Arquivo mensal 27/08/2025

A imcomprensível humildade

Muito falamos e admiramos a humildade, mas, boa parte dela que nos acompanha, se mistura com certos sentimentos de hipocrisia, do tipo “Meu Malvado Favorito 3”, em que o irmão do Gru, o Dru, diz que não liga para bens, apresentando como prova, seu pátio repleto de carros de luxo.

Esse mesmo sentimento de falsa humildade é como uma praga que invade nossos corações, e muitas vezes juramos, convencendo primeiro até nós mesmos, que estamos sendo humildes, mas na surdina, falseamos a humildade pelo nosso sentimento de controle, poder que desperta a arrogância do autocontrole pessoal.

Fico a pensar no julgamento do ex-presidente do Brasil, cuja trajetória processual declarada como de humildade, é recheada de atos motivado em salvar-se a si mesmo, e, que acabaram por tornar seu chão como areia movediça, e, quanto mais insiste em seu propósito, mais se afunda.

Será que se tivesse a humildade de praticar o seu bordão: “conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará“, renunciando as armações revestida de falsa humildade, não encontraria agora uma Justiça mais complacente, ao invés da implacável que lhe pede conta dos seus malfadados atos?

A resposta a esta pergunta a partir do bordão “conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará”, nos a leva à Sabedoria que nos diz: “24Então Jesus disse aos discípulos: “Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga. 25Pois, quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; mas quem perde a sua vida por causa de mim, vai encontrá-la” (Mateus, 16,24-25).

A humildade é incompreensível, porque ela nasce da fragilidade de um olho d’agua, e por ser a mais pequena das coisas, a maioria dos homens não consegue percebê-la, porque o homem em seus pensamentos, traz em si que a força e o poder é brilhante em si mesmo, como vemos nos super-heróis, que brilham como laser, e emitem raios, e jamais acreditariam que a humildade contém a força e o poder, ao contrário, a tratam como fracasso, ou sinal de fraqueza.

Mas, a humildade é surpreendente e sempre se apresenta de forma pequena como nos é relatada na experiência vivida pelo Profeta Elias:

11O Senhor lhe disse: “Saia e fique no alto da montanha, diante do Senhor, pois Senhor vai passar”. Então aconteceu um furacão que de tão violento rachava as montanhas e quebrava as rochas diante de Senhor. No entanto, Senhor não estava no furacão. Depois do furacão, houve um terremoto. O Senhor porém não estava no terremoto. 12Depois do terremoto, apareceu fogo, e o Senhor não estava no fogo. Depois do fogo, ouviu-se uma brisa suave. 13Ouvindo-a, Elias cobriu o rosto com o manto, saiu e ficou na entrada da gruta (1Reis, 19,11-13).

Isso porque a estrutura da Vida contém a Força Fraca:
A força fraca é muito importante para a manutenção da vida na Terra, pois ela faz parte do processo de fusão atômica no Sol! Além disso, ela atua em todos os Férmions, sendo a única força percebida pelos Neutrinos. A Força Fraca possui dois bósons intermediadores: o W Bóson e o Z Bóson (UFRGS, s/d).

Agora lembrando a leve brisa a passar pelo Profeta Elias, conseguimos ver a Palavra, como partícula celeste sendo conduzida através de seu campo magnético (o Espírito), produz-se uma fusão imperceptível e incompreensível aos nossos olhos, como um cascalho de areia a se transformar em uma grande montanha.

19Filho, realiza teus trabalhos com mansidão
e serás amado mais do que um homem generoso.
20Na medida em que fores grande,
deverás praticar a humildade,
e assim encontrarás graça diante do Senhor.
Muitos são altaneiros e ilustres,
mas é aos humildes que ele revela seus mistérios.
21Pois grande é o poder do Senhor,
mas ele é glorificado pelos humildes
(Eclesiástico 3,19-21 – 22º Domingo do Tempo Comum – 31 ago. 2025.

A partícula é singela, que corre e se escorre, tornando-se um manancial:

10Derramastes lá do alto uma chuva generosa, *
e vossa terra, vossa herança, já cansada, renovastes;
11e ali vosso rebanho encontrou sua morada; *
com carinho preparastes essa terra para o pobre
(Salmo 67 [68],10-11 – 22º Domingo do Tempo Comum – 31 ago. 2025).

Esta morada é imperceptível e incompreensível, e para o homem que a acolhe, ela lhe dá seu regaço:

18Vós não vos aproximastes de uma realidade palpável:
“fogo ardente e escuridão, trevas e tempestade,
19som da trombeta e voz poderosa”,
que os ouvintes suplicaram não continuasse.
22Mas vós vos aproximastes do monte Sião
e da cidade do Deus vivo, a Jerusalém celeste;
da reunião festiva de milhões de anjos;
23da assembleia dos primogênitos,
cujos nomes estão escritos nos céus;
de Deus, o Juiz de todos;
dos espíritos dos justos, que chegaram à perfeição;
24ade Jesus, mediador da nova aliança
(Hebreus, 12,18-19.22-24 – 22º Domingo do Tempo Comum – 31 ago. 2025).

Conclusão

A humildade e a força fraça que funde o amor em nós, como um fermento misturado na farinha ela cresce, até quando fugiremos dela como matéria escura, para agarrarmos aos devaneios das luzes dos lasers que nos cegam?

Será que conseguiremos algum dia renunciaremos ao nosso autocontrole para desejarmos sermos os últimos, ao invés de querer sermos o primeiro? A renúncia significa permitirmos que a Palavra, como Força Fraça aja e atue em nós, e permanecemos na certeza de que a impotência que nos sufoca tornará o cascalho de areia na admirável montanha.

Porque quem se eleva, será humilhado
e quem se humilha, será elevado”.
12E disse também a quem o tinha convidado:
“Quando tu deres um almoço ou um jantar,
não convides teus amigos, nem teus irmãos,
nem teus parentes, nem teus vizinhos ricos.
Pois estes poderiam também convidar-te
e isto já seria a tua recompensa.
13Pelo contrário, quando deres uma festa,
convida os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos.
14Então tu serás feliz!
Porque eles não te podem retribuir.
Tu receberás a recompensa na ressurreição dos justos
” Lucas, 14,11-14 – 22º Domingo do Tempo Comum – 31 ago. 2025).

Esta partícula d’água, que se torna rio, parece ser tão insignificante que insistimos em não dar atenção, permanecendo no mundo das ilusões, abra o teu coração, não tente controlar, apenas viva sem saber como está acontecendo em você, e experimente este milagre, pois é o milagre do amor como canta Eurythmics em The miracle of love.

Referências

UFRGS – Universidade Federal do Rio Grande do Sul – Glossário – Força Fraca. Disponível em https://www.ufrgs.br/amlef/glossario/forca-fraca/. Acesso em 27 ago. 2025.

O calor que aquece o teu consolo

Vivemos dias de grande escuridão, porque cada um acredita ter uma verdade sólida dentro de seu coração, segura o suficiente para lhe iluminar os caminhos indecifráveis do tempo presente.

Diferente disso, se olharmos para 40 anos atrás, podemos perceber que as ações sempre eram realidadas a partir de uma referência, do tipo, “pai, você é meu herói”.

Hoje já não há mais isso, os jovens se rebelam contra seus pais, e muitas vezes, os tratam como antiquados, despreparados, e desprovidos de saber. E ainda, como se não bastasse, para tornar os sóis mais escuros, há uma avalanche de informações deturpadas, ou mesmo, mentirosas, alimentando a razão daqueles que acreditam ter a verdade em si, avançando além da própria casa, a desconfiança das instituições.

O efeito disto, é um mundo absolutamente mergulhado na escuridão, não há mais estrelas no céu a orientar os homens, cada um se nutre da sua própria esperteza, desprezando os nortes, as instituições, o último recurso que seria o professor, hoje, já assim como os pais, se encontra absolutamente despido de moral a gerar fagulhas referenciais nos alunos.

Hoje está fora de moda a pergunta como: qual é a tua referência, em quem você se inspira, se todos os princípios que estruturam a formação dos jovens e adolescentes, ja vêm contaminados com informações deformadas da estrutura que consolidou a verdade, recheadas de estímulo ao egocentrismo para isolar-se no próprio parecer, capaz de criar horror na palavra chamada ética.

Com isso, não percebem a escuridão a que estão mergulhados, e que estão cavando a própria morte: “as vezes um caminho parece reto para alguém, mas acaba levando para a morte” (Provérbios, 14,12).

Há ainda alguns que conseguem perceber a escuridão, mas logo desanimam porque a ciência em que eles botaram toda a confiança da verdade lhes revela falha porque, lhes oferece o conhecimento, sem contudo lhes oferecer a sabedoria.

Diante dessa grande escuridão ressurge a Vida, como esperança restauradora, resplandecendo o seu sinal, a fim de se tornar novamente a referência para os homens que conduz para os caminhos corretos:

Eu que conheço suas obras e seus pensamentos,
virei para reunir todos os povos e línguas;
eles virão e verão minha glória.
19 Porei no meio deles um sinal,
e enviarei, dentre os que foram salvos,
mensageiros para os povos de Társis,
Fut, Lud, Mosoc, Ros, Tubal e Javã,
para as terras distantes,
e, para aquelas que ainda não ouviram falar em mim
e não viram minha glória
(Isaías 66, 18-19 – 21º Domingo do Tempo Comum – 20 ago. 2025).

Restaurados pela Vida, já se tornou possível notar alguns clarões no meio da escuridão, capazes de mostrar ao homem que a sabedoria consiste em ouvir não o que se quer ouvir, mas sim, o que se precisa ouvir, ainda que seja contrário ao nosso interesse.

5Já esquecestes as palavras de encorajamento
que vos foram dirigidas como a filhos:
“Meu filho, não desprezes a educação do Senhor,
não te desanimes quando ele te repreende;
6pois o Senhor corrige a quem ele ama
e castiga a quem aceita como filho”.
7É para a vossa educação que sofreis,
e é como filhos que Deus vos trata.
Pois qual é o filho a quem o pai não corrige?
11No momento mesmo,
nenhuma correção parece alegrar, mas causa dor.
Depois, porém, produz um fruto de paz e de justiça
para aqueles que nela foram exercitados.
12Portanto,
“firmai as mãos cansadas e os joelhos enfraquecidos;
13acertai os passos dos vossos pés”,
para que não se extravie o que é manco,
mas antes seja curado
(Hebreus 12,5-7.11-13 – 21º Domingo do Tempo Comum – 20 ago. 2025).

Conclusão

Se renunciarmos a nossa arrogância a nos iludir que nosso conhecimento é maior que a menor das sabedorias, e por isso, nos transformou como se fossemos filhos rebeldes que desprezam seus pais.

Como novo homem, poderemos abrir o coração para a referência pura que a Vida nos apresenta, e, sem o desvirtuamento da verdade, seremos capazes de acolher a amizade com a Sabedoria que nos permite discernir diante das armadilhas que oferecem caminhos vantajosos mas que tiram nossas vidas, para escolher os caminhos que nos garante a Vida com a paz e abundancia de todos bens que necessitamos.

22Jesus atravessava cidades e povoados,
ensinando e prosseguindo o caminho para Jerusalém.
23Alguém lhe perguntou:
“Senhor, é verdade que são poucos os que se salvam?”
Jesus respondeu:
24″Fazei todo esforço possível
para entrar pela porta estreita.
Porque eu vos digo que muitos tentarão entrar
e não conseguirão.
25Uma vez que o dono da casa se levantar e fechar a porta,
vós, do lado de fora,
começareis a bater, dizendo:
‘Senhor, abre-nos a porta!’
Ele responderá: ‘Não sei de onde sois.’
26Então começareis a dizer:
‘Nós comemos e bebemos diante de ti,
e tu ensinaste em nossas praças!’
27Ele, porém, responderá:
‘Não sei de onde sois.
Afastai-vos de mim
todos vós que praticais a injustiça!’
28Ali haverá choro e ranger de dentes,
quando virdes Abraão, Isaac e Jacó,
junto com todos os profetas no Reino de Deus,
e vós, porém, sendo lançados fora.
29Virão homens do oriente e do ocidente,
do norte e do sul,
e tomarão lugar à mesa no Reino de Deus.
30E assim há últimos que serão primeiros,
e primeiros que serão últimos”
( Lucas 13, 22-30 – 21º Domingo do Tempo Comum – 20 ago. 2025).

Pegue a tua bússola, que ela te oriente para o vértice do Norte, porque lá há a Estrela que dará para nós, navegantes a deriva, a referência que talvez nos possa levar finalmente para a casa, como cantou Debby Boone em You light up my life.

Obras que se eternizam

Quando eu era jovem, entre meus 18 e 40 anos, a coisa mais difícil de eu colocar em minha mente, era um plano para o meu futuro, tudo me parecia consumido instantaneamente, o trabalho, o fruto do trabalho.

Quando começamos a alcançar a maturidade e sentimos que já não temos mais a mesma força em nossos braços, somos despertados para sentir a necessidade de olhar para um futuro a nos manter vivos em nossa velhice, uns aspiram a aposentadoria, outras já encaram que ela não será suporte e deverão continuar trabalhando.

Mas a grande lição que vem das cãs, é que se na experiência do jovem há uma ambição de alcançar seu sonho, na maturidade há uma grande cobrança em si mesmo, do sentido do seu existir, o que faz o homem na sua maturidade, se sentir muitas vezes desafiado a rever seus atos, e a questionar no seu íntimo, o sentido da sua vida.

Essa dor, ou, inquietação natural vem da Sabedoria, ou seja, não se trata de um pensamento, mas, de uma movimentação do espírito que agita em seu ser, agora não mais com a impetuosidade do homem jovem, mas, com a serenidade do homem sábio, e ele pode perceber em si, de uma forma nova, o sentido de suas obras:

O desejo de Deus é um sentimento inscrito no coração do homem, porque o homem foi criado por Deus e para Deus. Deus não cessa de atrair o homem para Si e só em Deus é que o homem encontra a verdade e a felicidade que procura sem descanso

“A razão mais sublime da dignidade humana consiste na sua vocação à comunhão com Deus. Desde o começo da sua existência, o homem é convidado a dialogar com Deus: pois se existe, é só porque, criado por Deus por amor, é por Ele, e por amor, constantemente conservado: nem pode viver plenamente segundo a verdade, se não reconhecer livremente esse amor e não se entregar ao seu Criador”. (CATECISMO, nº 27).

Esta Sabedoria ao ser despertada na consciência do homem, faz com ele consiga sentir a razão do seu existir, já não mais para uma obra temporária, mas chamado para uma obra eternizante, de cidadão da Cidade de Davi, Sião, onde encontra o seu destino, em cujo centro encontra-se o Palácio Real.

Pois o Senhor quis para si Jerusalém
e a desejou para que fosse sua morada:
14 “Eis o lugar do meu repouso para sempre,
eu fico aqui: este é o lugar que preferi!”
(Salmo 131 [132] Assunção da Bem-Aventurada Virgem Maria – 17 ago. 2025).

Esta cidade tem por alicerce o Espírito, e para reconhecermos este Espírito, precisamos lembrar da Vida que é ressurreição, o Cristo:

25Então Jesus disse: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, mesmo que morra, viverá. 26E todo aquele que vive e crê em mim não morrerá jamais. Crês isto?” 27Respondeu ela: “Sim, Senhor, eu creio firmemente que tu és o Messias, o Filho de Deus, que devia vir ao mundo” (João 11,25-27 – 17ª Semana do Tempo Comum, Memória dos Santos Marta, Maria e Lázaro – 29 jul. 2025).

A ressurreição significa o maná, o pão que alimenta a vida, a nutrir a vida, como o sangue que corre em nossas veias para nos manter vivos, não se confundindo com reencarnação que significa, o apossamento do corpo, como nos é mostrado por Jesus, diante do seu túmulo, quando falou à Maria Madalena:

Jesus disse:
“Não me segures.
Ainda não subi para junto do Pai.
Mas vai dizer aos meus irmãos:
subo para junto do meu Pai e vosso Pai,
meu Deus e vosso Deus”
(João 20,17 – 16ª Semana do Tempo Comum, Memória de Santa Maria Madalena – 22 jul. 2025).

Disse isso para compreendermos que o Espírito de Deus em nós, é Palavra de Vida, e nela se perpetua a Vida como Espírito, da qual, nos alimentamos pela nossa amizade com Deus, precisamos entender também que vencer a morte significa que somos assuntos aos céus pelo mesmo Espírito, acompanhando a ascensão do Sacerdote Eterno, que tendo subido aos céus, apresentou o sacrifício perpétuo, preparando nossas moradas, para assim, santificar a criação e alimentar, fazendo nova, a Vida pelo Espírito que repousa sobre nós.

É por isso, que os amigos de Deus, que preservam em si o dom do Espírito , Na Vida que há em nós, trazem o selo testamentário a nos dar por herança uma morada:

Por isso, nós vos anunciamos este Evangelho:
a promessa que Deus fez aos antepassados,
33 ele a cumpriu para nós, seus filhos,
quando ressuscitou Jesus,
como está escrito no salmo segundo:
‘Tu és o meu filho, eu hoje te gerei'”
(Atos dos Apóstolos, 13, 32-33 – 4ª Semana da Páscoa – 16 mai. 2025).

Assim, o verdadeiro sentido de nossas vidas, assim como o Filho subiu, se completa ao sermos chamados para a obra viva e eterna, que continuamos, não um dia, mas desde agora, a edificar onde também mora Deus, que habita no seio da Arca Viva, Sião, a cidade de Davi, que desde os tempos antigos, já acolheu em seu seio o próprio Filho.

3Davi convocou todo o Israel em Jerusalém,
a fim de transportar a arca do Senhor
para o lugar que lhe havia preparado.
4Davi reuniu também os filhos de Aarão e os levitas.
15Os filhos de Levi levaram a arca de Deus,
com os varais sobre os ombros,
como Moisés havia mandado,
de acordo com a ordem do Senhor
(Crônicas, 3,3-4.15 – Assunção da Bem-Aventurada Virgem Maria – 17 ago. 2025).

Da Ascensão do Cristo, agora somos convidados também, ao ressuscitarmos, a sermos assunto aos céus, habitando a cidade de Davi,

Quando este ser corruptível
estiver vestido de incorruptibilidade
e este ser mortal estiver vestido de imortalidade,
então estará cumprida a palavra da Escritura:
“A morte foi tragada pela vitória.
55Ó morte, onde está a tua vitória?
Onde está o teu aguilhão?”
(2ª Carta aos Coríntios, 15, 54-55 – Assunção da Bem-Aventurada Virgem Maria – 17 ago. 2025 – missa da Aurora).

Fomos poupados da Mansão dos Mortos, para como herdeiros, como cidadãos celestes edificar a Cidade que foi estabelecida a morada do Senhor.

Davi ordenou aos chefes dos levitas
que designassem seus irmãos como cantores,
para entoarem cânticos festivos,
acompanhados de instrumentos musicais,
harpas, cítaras e címbalos.
16,1Tendo, pois, introduzido a arca de Deus
e colocado no meio da tenda que Davi tinha armado,
ofereceram na presença de Deus
holocaustos e sacrifícios pacíficos.
2Depois de oferecer os holocaustos
e os sacrifícios pacíficos,
Davi abençoou o povo em nome do Senhor
(Crônicas, 16, 1-2 – Assunção da Bem-Aventurada Virgem Maria – 17 ago. 2025).

É nessa amizade que nos tornamos dignos da purificação necessária para vivermos na Casa do Senhor, a cidade de sua morada

2O Senhor é grande e muito louvável
na cidade do nosso Deus.
3Seu monte santo, belo em altura,
alegria de toda a terra:
o monte Sião, vértice do céu,
cidade do grande rei.
4Entre seus palácios,
Deus se mostrou como fortaleza
(Salmo 47 [48], 2-4).

O sentido do nosso viver, vem do Espírito que nos renova, Nele está toda a Sabedoria e força que constrói a vida, por isso, celebramos na cidade de Davi, o louvor à Arca cujo Deus nela habita:

R. À vossa direita se encontra a rainha,
com veste esplendente de ouro de Ofir.

10bAs filhas de reis vêm ao vosso encontro, †
ce à vossa direita se encontra a rainha *
com veste esplendente de ouro de Ofir. R.

11 Escutai, minha filha, olhai, ouvi isto: *
“Esquecei vosso povo e a casa paterna!
12aQue o Rei se encante com vossa beleza! *
bPrestai-lhe homenagem: é vosso Senhor! R.

16Entre cantos de festa e com grande alegria, *
ingressam, então, no palácio real”.
R. (Salmo 44 [45] – Assunção da Bem-Aventurada Virgem Maria – 17 ago. 2025).

Agora portanto, nossas cãs nos vêm completar os sentidos, diante de um mundo de escuridão, sussurrar em nossos ouvidos: escutai, minha filha, olhai ouvi isto. “esquecei vosso povo e a casa parterna!”, e olhe para a Glória que te coroará.

Enquanto Jesus falava ao povo
uma mulher levantou a voz no meio da multidão
e lhe disse: “Feliz o ventre que te trouxe
e os seios que te amamentaram”.
28Jesus respondeu:
“Muito mais felizes são aqueles
que ouvem a palavra de Deus
e a põem em prática
” (Lucas 11, 27-28 – Assunção da Bem-Aventurada Virgem Maria – 17 ago. 2025 – missa da Aurora).

Conclusão

Como é bom sermos agraciados por tão bela promessa, pois completa todo o sentindo de existirmos, nos revelando a verdade de para que fomos criados. Por outro lado, quase sempre permanecemos sem maturidade para isso, como crianças que faz Deus perguntar: Quando é que você vai crescer? Torne-se um homem. Por isso te pedidmos agora ó Deus, deixe tua luz brilhar em nós, como cantou Collective Soul em Shine:

Referência

Catecismo da Igreja Católica. São Paulo: Loyola, 1999.

O sereno da madrugada

Vivemos em meio a mares agitados,
grandes ondas espumantes
nos ameaçam com sua força bruta.

Espumas violentas imperam o terror;
a nos arremessar com força para a escuridão da noite,
nos fazendo reféns da espuma dominadora
que nos impõe o seu querer.

Seu individualismo se espalha
como uma máquina trituradora,
exalando o enxofre que quer esmagar com sua força
todo aquele que não se submete ao seu poder.

levados pelos redemoinhos das ondas,
ao mergulhão nas profundezas da noite,
surgem gotas intrépidas, que semeiam a vida,
como o sereno da madrugada a cantarem:

A noite da libertação
fora predita a nossos pais,
para que, sabendo a que juramento tinham dado crédito,
se conservassem intrépidos
(Sabedoria 18,6 – 19º Domingo do Tempo Comum).

As ondas querem implacavelmente, removerem os montes,
reinstalar os vulcões e suas lavas,
mas não conseguem evitarem o sereno da noite
que faz renascer gotinhas infantis e intrépidas.

1Saiba, porém, que nos últimos dias
haverá momentos difíceis.2Os homens serão egoístas,
gananciosos, soberbos, blasfemos, rebeldes com os pais,
ingratos, iníquos, 3sem afeto, implacáveis, mentirosos,
incontinentes, cruéis, inimigos do bem, 4traidores,
atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres do que de Deus;
5manterão aparências de piedade,
mas negarão a sua força interior. Evite essas pessoas!

14Quanto a você, permaneça firme
naquilo que aprendeu e aceitou como certo;
você sabe de quem o aprendeu.
15Desde a infância você conhece as Sagradas Escrituras;
elas têm o poder de lhe comunicar a sabedoria
que conduz à salvação pela fé em Jesus Cristo.
16Toda Escritura é inspirada por Deus
e é útil para ensinar, para refutar,
para corrigir, para educar na justiça,
17a fim de que o homem de Deus seja perfeito,
preparado para toda boa obra
(2Timóteo, 3-15.14-17)

Navegamos na madrugada,
como o vigia que deseja a aurora.
O orvalho já apareceu, transformando
o medo da escuridão em alegria na noite da libertação.

Ela foi esperada por teu povo,
como salvação para os justos
e como perdição para os inimigos.
8Com efeito, aquilo com que puniste nossos adversários,
serviu também para glorificar-nos,
chamando-nos a ti.
9Os piedosos filhos dos bons
ofereceram sacrifícios secretamente
e, de comum acordo, fizeram este pacto divino:
que os santos participariam solidariamente
dos mesmos bens e dos mesmos perigos.
Isto, enquanto entoavam antecipadamente
os cânticos de seus pais
(Sabedoria 18,7-9 – 19º Domingo do Tempo Comum – 10 ago. 2025).

Agora nos tornamos amigos da escuridão,
e, não nos importa mais o ver ou o aparecer
porque somos ligados pela corrente do sereno,
que nos faz enxergar sem ver, ouvir sem escutar.

A fé é um modo de já possuir o que ainda se espera,
a convicção acerca de realidades que não se vêem
(Hebreus 11,1 – 19º Domingo do Tempo Comum – 10 ago. 2025).

A alegria nos transborda
porque estamos consolidados
no Reino soberano que não tem fim.

Ó justos, alegrai-vos no Senhor! *
aos retos fica bem glorificá-lo.
12Feliz o povo cujo Deus é o Senhor *
e a nação que escolheu por sua herança!
(Salmo 32 [33], 1.12 – 19º Domingo do Tempo Comum – 10 ago. 2025).

As ondas já se amansaram,
porque as montanhas cravaram no seio da terra
um sereno perpétuo a pulsar tesouros incontáveis.

32″Não tenhais medo, pequenino rebanho,
pois foi do agrado do Pai dar a vós o Reino.
33Vendei vossos bens e dai esmola.
Fazei bolsas que não se estraguem,
um tesouro no céu que não se acabe;
ali o ladrão não chega nem a traça corrói.
Porque onde está o vosso tesouro,
aí estará também o vosso coração.
35 Que vossos rins estejam cingidos
e as lâmpadas acesas
(Lucas 12,32-35 – 19º Domingo do Tempo Comum – 10 ago. 2025).

Conclusão

Não temas, porque te chamo pelo nome, tu és meu, e eu estou contigo (Isaías 41,1-7), olhe para o céu e veja que há um lindo luar no sertão.