Vivemos no tempo presente a convocação, ou chamado da Igreja de Roma, para a Assembleia Universal, ou, o exercício da catolicidade, no sentido da diversidade de dons nomeada de Processo Sinodal 2021-2023.
Por isso, iniciamos aqui um debate com o fim de nos ajudar a participar efetivamente dessas convocações, de forma que cada um saiba desenvolver as ideias e formular pressupostos que se revelarem necessários a correções e aperfeiçoamentos da praxis cristã.
I – Aprendendo a ouvir com o espírito da empatia (acolhimento).
O primeiro passo que devemos considerar no Processo Sinodal é o de que a chamada para a Assembleia Universal não deve confundir a liturgia do processo paroquial local, como múltiplos canais de “calls centers” a receber reclamações sobre a prestação de serviços religiosos, pois, o processo na verdade trata-se de uma profunda reflexão pessoal, ou, autoreflexão da própria caminhada na Fé, assim, o primeiro defeito a ser identificado, que com certeza haverá, deverá ser o meu próprio.
E para permanecermos coerente conosco mesmo, precisamos inicialmente apreendermos a ouvir, ao qual gostaria de convidá-lo a assistir este vídeo que nos parece muito oportuno para o momento.
Depois de assistirmos a este vídeo, já se faz possível compreender que a nossa participação nessa Assembleia é um chamado para o banquete do Pão da Palavra, em que cada um sacia o seu próximo na edificação da vida, construindo-se assim a Eucaristia Viva.
Assim podemos compreender que somos convocados ao banquete por isso, é um compromisso essencial de nossas vidas, ao qual não podemos nos furtar, e depois de compreender isso, aprendemos a primeira lição, de que a nossa contribuição é a de Edificar a Vida, e não reclamar da vida como pode ser compreendida nas palavras do Papa Francisco quando disse:
Como sabeis — não é uma novidade! — está prestes a iniciar um processo sinodal , um caminho no qual toda a Igreja está comprometida ao redor do tema: «Para uma Igreja sinodal: comunhão, participação, missão»: três pilares. Estão previstas três fases, que terão lugar entre outubro de 2021 e outubro de 2023. Este itinerário foi concebido como dinamismo de escuta recíproca , gostaria de o frisar: um dinamismo de escuta recíproca, conduzido a todos os níveis da Igreja, que concerne todo o povo de Deus. O Cardeal vigário e os Bispos auxiliares devem ouvir-se, os sacerdotes devem ouvir-se, os religiosos devem ouvir-se, os leigos devem ouvir-se. E depois, devem ouvir-se uns aos outros, todos. Ouvir-se; falar uns com os outros e ouvir-se uns aos outros. Não é uma questão de recolher opiniões, não. Não é um inquérito, mas trata-se de ouvir o Espírito Santo, como lemos no livro do Apocalipse : «Quem tiver ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas» (2, 7). Ter ouvidos, ouvir, é o primeiro compromisso. Trata-se de ouvir a voz de Deus, colher a sua presença, intercetar a sua passagem e sopro de vida”1.
Nosso primeiro passo hoje portanto, foi o de compreender o Processo Sinodal, mas já te convidamos para participar do próximo tema que é: Aprender a formar um senso crítico construtivo capaz de nos inspirar a coerência isenta, que já está disponível aqui.
Não seja omisso, aceite o convite para o banquete, para o qual fomos chamados.
Para nos ajudar a entender a ação real da Palavra na história, sugerimos a leitura da Liturgia Missal de 13/01/2022 no link : https://formaresaber.com.br/cura/
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Ao iniciarmos o ano de 2022, seguramente podemos dizer que vivemos novos tempos, tempo de transição de eras, sendo que na era atual vivemos o reinado do Papa Pedro Romano, ou, para alguns, o Papa Negro, ao qual devemos entender aqui como Papa não a pessoa única de um sacerdote, mas a composição de um Governo de Estado, ou seja, o próprio Mundo que defende as Leis do Mundo como ideal de justiça, não se resumindo somente às ações de uma Igreja, mas tendo-a apenas como referência.
Pedro Romano é de acordo com a revelação feita ao padre irlandês São Malaquias, o governo do 112º Papa. Preferimos usar a palavra revelação no lugar de profecia, pois, a era que deve iniciar um novo mundo é a era em que a Verdade não será mais obscura, mas limpa, clara, em que a todos é revelado o sentido das coisas, essa revelação é chamada por São João como Apocalipse que se equipara a “filhos do Espírito”.
Assim, Apocalipse não significa destruição e catástrofe, mas revelação da Verdade, ou seja, o Reino em que a vivência dos sentidos de cada um, o faz se alinhar ao justo, orientando-o para o curso perfeito da vida, portanto Apocalipse é a revelação cotidiana daquele que vive em Espírito, pois, nasceram do Espírito e não da carne, isto é, da carne são aqueles que só aceitam o explicável pela lógica humana, e não admitem a Fé, ou o Espírito, como medida de justiça, por isso permanecem na escuridão como cegos.
Entendendo essa Verdade se torna possível compreender o sentido da interpretação da revelação de Nostradamus quando se refere ao governo papal atual como Papa Negro, que na verdade, negro não se refere à cor de uma pessoa, mas a escuridão que impede os homens de enxergarem a Verdade, pois, nestes tempos, há a saturação de mentiras (fakenews) a enfraquecer os sentidos verdadeiros.
Vale destacar, lembrando as profecias de Nostradamus, que o líder jesuíta é referido como o “papa negro”. A respeito disso, o profeta disse que um “rei negro”, no trono do Vaticano, seria o último antes de o mundo sucumbir ao Apocalipse: “A princípio, haverá doenças letais como advertência. Depois surgirão pragas, morrerão muitos animais, catástrofes acontecerão, mudanças climáticas e, finalmente, começarão as guerras e invasões do rei negro”. Dessa forma, a profecia de São Malaquias afirma que o último papa antes “do final dos tempos” será o número 112 desde Celestino II, no século XII, sob cujo mandato “a cidade das sete colinas será destruída” (History Channel Brasil, 2016, p.11).
Compreendido o sentido de revelação ou apocalipse, voltemos ao reinado de Pedro Romano, que foi entre os 112 papas, a única denominação dada pela revelação de São Malaquias, sem símbolo em Latim.
O Sentido dessa denominação direta “Pedro Romano”, quer dizer aquele que rege a justiça pelas leis do mundo, ou, o governo papal humanista, ao contrário por exemplo da Igreja de Davi, quando renuncia a Lei do Mundo para ser fiel à Lei de Deus:
13Gad foi ter com Davi e referiu-lhe estas palavras, dizendo: “Que preferes: três anos de fome na tua terra, três meses de derrotas diante dos inimigos que te perseguem, ou três dias de peste no país? Reflete, pois e vê o que devo responder a quem me enviou”.
14Davi respondeu a Gad: “Estou em grande angústia. É melhor cair nas mãos do Senhor, cuja misericórdia é grande, do que cair nas mãos dos homens!”
15E Davi escolheu a peste. Era o tempo da colheita do trigo. O Senhor mandou, então, a peste a Israel, desde aquela manhã até o dia fixado, de modo que morreram setenta mil homens da população, desde Dã até Bersabéia (2Sm. 24, 13-15 – Liturgia Missal 4ª Sem. Tempo Comum – Ano A – 20/02/2020).
Ou, contrário à Igreja de São Paulo, quando ele renuncia servir aos homens para servir a Deus:
8Pois bem, mesmo que nós ou um anjo vindo do céu vos pregasse um evangelho diferente daquele que vos pregamos, seja excomungado. 9Como já dissemos e agora repito: Se alguém vos pregar um evangelho diferente daquele que recebestes, seja excomungado. 10Será que eu estou buscando a aprovação dos homens ou a aprovação de Deus? Ou estou procurando agradar aos homens? Se eu ainda estivesse preocupado em agradar aos homens, não seria servo de Cristo. 11Irmãos, asseguro-vos que o evangelho pregado por mim não é conforme a critérios humanos. 12Com efeito, não o recebi nem aprendi de homem algum, mas por revelação de Jesus Cristo (Gl 1, 8-12 – Liturgia Missal da 27ª Sem. Do Tempo Comum – Ano A, 05/10/2020).
Nos tempos atuais é possível evidenciar o termo Pedro Romano pela ação do Clero, no sentido de se alinhar às leis do mundo, quando o Governo do Vaticano renuncia a Lei de Deus, isto é, as Escrituras Sagradas, para em seu lugar aplicar o Direito Civil, que é derivado do Direito Romano, quando se pronunciou:
Casais homossexuais devem ter o direito a firmar uniões civis, afirmou o papaFrancisco em um documentário que estreou nesta quarta-feira (21/10).
“Os homossexuais têm direito a formar uma família”, disse ele no filme, dirigido por Evgeny Afineevsky.
“Eles são filhos de Deus e têm direito a uma família. Ninguém deve ser excluído ou forçado a ser infeliz por isso.“
“O que temos que fazer é criar uma legislação para a união civil. Dessa forma, eles ficam legalmente cobertos” (BBC Brasil, 2020, p.1)2.
Ao considerarmos o pressuposto do mundo de que “Eles são filhos de Deus e têm direito a uma família. Ninguém deve ser excluído ou forçado a ser infeliz por isso. “O que temos que fazer é criar uma legislação para a união civil”. Expressa o esforço em substituir os preceitos ditados pela Lei de Deus que desagradam os homens, pelo humanismo que é louvado por eles, como proposta de se reformar à Lei de Deus, como é advertido pelas Escrituras:
“Este povo me honra com os lábios, mas seu coração está longe de mim. 7De nada adianta o culto que me prestam, pois, as doutrinas que ensinam são preceitos humanos’. 8Vós abandonais o mandamento de Deus para seguir a tradição dos homens” (Mc 7, 7-8 – Liturgia Missal do 22º Domingo do Tempo Comum, Ano B).
Mas se a própria Igreja prega que Lei de Deus é perfeita, quer dizer que ela não admite alguém maior do que seu Mestre a reformá-la, assim, a atitude de afastar-se da Lei de Deus sob o pretexto de contextualizá-la a outros tempos, é, portanto, reprovada com veemência por São Paulo quando disse: “8Pois bem, mesmo que nós ou um anjo vindo do céu vos pregasse um evangelho diferente daquele que vos pregamos, seja excomungado. 9Como já dissemos e agora repito: Se alguém vos pregar um evangelho diferente daquele que recebestes, seja excomungado” (Gl 1,8-9 – Liturgia Missal da 27ª Semana do Tempo Comum – Ano A – 05/10/2020).
O humanismo, ou lei do mundo, se revela imperfeito, pois ele não segue o princípio básico da Lei de Deus que é o de “não fazer acepção de pessoas”, porque ao contrário disso, ele se volta para as conveniências humanas, que são estruturadas pelas 7 colinas da grande cidade, isto é, originando-se da soberba, avareza, inveja, ira, luxúria, gula e a preguiça.
O princípio de “não fazer acepção de pessoas” é o de fechar a mente para não olhar para Deus, isto é, desapegar-se dos resultados das ações para não intervir nos seus efeitos, e assim, não cair na tentação de tentar adivinhar qual será o resultado da ação do justo, pois, ao cair nessa armadilha, o homem se engana pensando que conhece os pensamentos de Deus, é nesse sentido que a Escritura adverte:
26’Se alguém vem a mim, mas não se desapega de seu pai e sua mãe, sua mulher e seus filhos, seus irmãos e suas irmãs e até da sua própria vida, não pode ser meu discípulo.
27Quem não carrega sua cruz e não caminha atrás de mim, não pode ser meu discípulo (Lc 14.26-27 – Liturgia Missal do 27 Domingo do Tempo Comum – Ano C – 08/09/2019).
A grande lição que aprendemos com isso é, que quando compreendemos o sentido de isenção, isto é, “não acepção de pessoas”, podemos perceber que a Lei de Deus segue um sentido e a Lei do Mundo parece ser a contra-mão, pois, para o mundo todas as ações seguem para a conveniência do “bem estar” ou “ser feliz”, ao passo que para a Lei de Deus, tudo é feito por justiça, isto é, conforme a Verdade a orientar o caminho da vida, e quase sempre esse caminho, exige sangue, suor e lágrimas como é meditado no segundo Terço do Rosário, nos Mistérios Dolorosos, cujo Batismo do Senhor ocorre mediante a renúncia do gozo do mundo, substituído pelo testemunho único do Cordeiro, na Fé da Verdade de Deus: “em Tuas mãos, entrego o meu Espírito” (Lc 23, 46 – Liturgia do Domingo de Ramos – Ano C – 14/10/2019).
Essa contra-mão do mundo, também pode ser vista no diálogo de Santa Tereza de Ávila com Deus quando diz:
“Senhor, se estou cumprindo Tuas Ordens, por que tenho tantas dificuldades no caminho? Deus respondeu: — Teresa, não sabes que é assim que trato os meus amigos? Teresa, honrando seu sangue espanhol, respondeu: — Ah, Senhor, então é por isto que tens tão poucos amigos (PIZZINGA, s/d, p.1)3!
O que podemos compreender nesse diálogo é que Deus não quer dizer para Santa Tereza, que tem prazer no sofrimento de pessoas, mas que que trata como amigos quem segue a Verdade, e quem ama a Verdade é amigo, é fiel, capaz de renunciar a tudo, isto é, de “não fazer acepção de pessoas”, sem medir resultados, pois, muitas vezes lhe será suprimido quase todas as suas forças e, nessa hora, não renunciará a sua missão e nem se rebelará.
Conclusão:
Portanto, no reinado de Pedro Romano nos deparamos com uma ação do mundo para que, seguindo o princípio humanista, considerar a Verdade como um texto fora de contexto para o mundo moderno, e, em razão disso a Bíblia precisaria de reformas, o que é um sofisma, pois, a Verdade não muda, pois senão seria mentira na medida que o tempo vai mudando e não teria unicidade, mas, ao contrário disso, Ela É aquela que É, Sou o que Sou, como diz as Escrituras: “O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar (Lc 21,33 – Liturgia Missal da 34ª Semana do Tempo Comum – Ano B – 26/11/2021).
Assim, ao invés da pregação piedosa do humanismo voltado para a acepção do direito da mulher que sofre violência, acepção do Direito Negro do segregado, acepção do Direito do pobre sem comida, da falta da paz do mundo, que leva à queda pelo pecado de se querer ver Deus na ação humana pois, se cria a falsa convicção de que esses pensamentos humanos, são os mesmos pensamentos de Deus, e assim, se enche da sensação do “poder fazer” que é o domínio humano do artificial, resultando-se na degradação da dignidade da Vida, pela ambição de se tornar deus.
Por isso, devemos evitar mergulharmos no papado da escuridão, para que se torne possível a nós, reconhecermos o clamor da vida que nos levará de volta tão somente à Verdade, pois a Verdade é a Vida e nela tudo se faz novo pela arte do Apocalipse, que completa os sentidos da Vida pela revelação.
Assim, ao invés da criação do artefato, que é o resultado da tecnologia por uma inteligência artificial (sub-inteligência), a praxis da revelação, se incumbe de criar a tecnologia ultra moderna perfeita (Arte) que expande o Universo, ao fazer emergir os filhos da Luz, ou, amigos de Deus, que cuidam do Seu Jardim no Éden, ou da Mãe Terra.