O milagre da Ucrânia

Diante da angustiante experiência que vivemos nos dias presentes, apresentamos alguns caminhos que podem oferecer segurança e certeza para o amanhã em meios às dores do dia a dia.

Estamos vivendo dias angustiantes diante das notícias de guerra, e, se dissermos que não nos importamos como isso, mentimos para nós mesmos, porque é a Humanidade inteira que está sendo afetada por esse fenômeno, é não é só uma questão financeira, é questão da própria existência dela.

Na visão humana, o que parece é que ha um grande tabuleiro, onde de um lado há aqueles que dizendo-se em nome da paz, se julgam donos do poder bélico absoluto, e para isso, não medem consequência dos meios para justificar os fins.

Do outro lado há aqueles, dizendo-se em nome da paz, que se julgam os donos do poder econômico, e atribuem um preço caro para o mundo, mas, esquecem que o mundo não lhes pertencem e nem sabem se estarão vivos amanhã, como nos foi ensinado pela liturgia missal da Quarta-Feira da Sétima Semana do Tempo Comum de 23/02/2022:

Caríssimos: 13E agora, vós que dizeis: ‘Hoje ou amanhã iremos a tal cidade, passaremos ali um ano, negociando e ganhando dinheiro’. 14No entanto, não sabeis nem mesmo o que será da vossa vida, amanhã! Com efeito, não passais de uma neblina que se vê por um instante e logo desaparece. 15Em vez de dizer: ‘Se o Senhor quiser, estaremos vivos e faremos isto ou aquilo’ (Tg 4-13-15).

O que é possível perceber diante deste panorama é que nem um de um lado é possível se salvar pelas armas, nem do outro é possível se salvar pelo dinheiro, e por isso, não se tem a paz, ou, se a tivéssemos, seria uma paz injusta, como disse o Senhor, a paz do mundo não é a Paz que Deus nos prometeu:

27“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; mas não a dou como o mundo. Não se perturbe nem se intimide o vosso coração. 28Ouvistes que eu vos disse: ‘Vou, mas voltarei a vós’. Se me amásseis, ficaríeis alegres porque vou para o Pai, pois o Pai é maior do que eu. 29Disse-vos isto, agora, antes que aconteça, para que, quando acontecer, vós acrediteis”(Jo 14,27-29 – Liturgia Missal terça-feira da 5ª Semana da Páscoa – Ano B – 04/05/2021).

A partir destas considerações, perguntamos o que há de concreto a oferecer-nos uma saída para um momento tão crucial nos destinos da Humanidade?

A resposta para isso de uma forma imediata é: mudarmos a nossa vida, para considerar que a Paz que Deus nos oferece é a verdadeira paz, isto que dizer para nós agora, não devemos esperar uma solução humana, como por exemplo vemos hoje o milagre da resistência da Ucrânia, algo que parece inacreditável, mas fora das visões humanas, há um coração de Mãe, escondido que ninguém vê, abraçando cada um daqueles filhos e protegendo-os de tragédias maiores.

Sim, o Senhor prepara cada um dos seus filhos para encarar o inimigo opressor, e lhes dará vitória, semeiam entre lágrimas mas os frutos serão de alegria, pois, renunciarão a paz falsa que o mundo oferece através de articulações puramente humanas, para acolher a Paz verdadeira, se estabelecendo naquela Nação efetivamente. Glória a Ucrânia sim, mas, por primeiro, Glória a Deus que se lembrou de sua aliança.

Se compartilharmos com esta Nação, a consciência firme deste propósito, temos condições de encontrar o caminho para essa Paz, que virá das mãos do Senhor, como podemos conferir na recomendação que o Apóstolo São Tiago nos faz na liturgia missal de sexta-feira da 7ª Semana do Tempo Comum de 25/02/2022, quando nos convidou a olhar que as ações humanas tanto do lado das armas como do lado do dinheiro, por ser humanas, não garante a vida de ninguém.

Por isso, não cabe a aqueles que desejam a verdadeira paz, por suas esperanças nas armas e contra o dinheiro, ou por suas esperanças no dinheiro e ser contra as armas, quando nos ensina: “9Irmãos, não vos queixeis uns dos outros, para que não sejais julgados. Eis que o juiz está às portas” (Tg 5,9). Ponha sua esperança no Senhor, e Ele te dará as armas necessárias para a vitória contra o pior dos inimigos.

Se o caminho da paz não é por armas, nem pelo dinheiro, cumpre a nós agora compreender então, qual o caminho devemos seguir para que possamos efetivamente receber a promessa a nós dada pelo próprio Cristo: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; mas não a dou como o mundo. Não se perturbe nem se intimide o vosso coração” (Jo 14,27), pois, a promessa de que o caminho certo de solução para a Paz, não vem das ações humanas, mas sim, vem de Deus.

Quando dizemos que a solução para a Paz vem de Deus, não estamos criando uma afirmação vaga do tipo, se Deus quiser teremos paz, como já nos advertiu São Tiago na Liturgia Missal da terça-feira da Sexta Semana do Tempo Comum – 15/02/2022 quando disse:

13Ninguém, ao ser tentado, deve dizer: “É Deus que me está tentando”, pois Deus não pode ser tentado pelo mal e tampouco ele tenta a ninguém. 14Antes, cada qual é tentado por sua própria concupiscência, que o arrasta e seduz. 15Em seguida, a concupiscência concebe o pecado e o dá à luz, e o pecado, uma vez consumado, gera a morte (Tg 1,13-15).

Ao contrário disso, saindo do abstrato, do subjetivo, estamos testificando de forma eficaz o cumprimento da Palavra nos deixada por Testamento, para que reconhecêssemos que tudo isso, já estava previsto pela Escrituras como anunciado pelo Senhor que nos pede a prestar atenção para quando acontecer nós acreditarmos; “28Ouvistes que eu vos disse: ‘Vou, mas voltarei a vós’. Se me amásseis, ficaríeis alegres porque vou para o Pai, pois o Pai é maior do que eu. 29Disse-vos isto, agora, antes que aconteça, para que, quando acontecer, vós acrediteis” (Jo 14,28-29).

Foi nos dito antes, para que acreditássemos quando acontecesse que: Quando ouvirdes falar de batalhas e notícias de guerras, não fiqueis alarmados: é preciso que essas coisas aconteçam, mas ainda não é o fim. 8De fato, há de se levantar nação contra nação e reino contra reino. Haverá terremotos em vários lugares, e muita fome. Isso é o começo das dores (Mt 13,7-8).

Não fiqueis alarmados quer dizer, ficais atentos aos sinais, eis que eu vos disse antes para que quando acontecer acrediteis, e se temos dúvidas ainda de que a notícia de guerra presente é a mesma das Escrituras, talvez podemos ter mais certeza, se olharmos para as mesmas advertências repetidas em 1917, em Fátima – Portugal, portanto, dito antes que acontecesse, quando nas visões de Nossa Senhora do Rosário pelos Pastorinhos, Ela convidou o mundo a mudar de vida, renunciando a paz falsa do mundo e voltar para a Fé como forma de instituição da Paz:

Para a impedir virei pedir a consagração da Rússia a meu Imaculado Coração e a comunhão reparadora nos primeiros sábados. Se atenderem a Meus pedidos, a Rússia se converterá e terão paz; se não, espalhará seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja. Os bons serão martirizados, o Santo Padre terá muito que sofrer, várias nações serão aniquiladas. Por fim o Meu Imaculado Coração triunfará. (SANTUÁRIO DE FÁTIMA, s/d, p.1)1

E, repetido novamente pelas crianças de Garabandal quando descrevem as seguintes visões:

Os seus rostos no momento das visões atestam o trauma sentido por Jacinta, Mari Loli e Mari Cruz, durante a primeira noite dos gritos. Mari Loli parece ter sido a primeira a falar sobre isso em 1967, quando prestou informações a um sacerdote mexicano, Padre Gustavo Morelos. Três anos depois, a mesma informação, de posse de Maria Saraco, foi escrita e confirmada por Mari Loli com a sua própria assinatura. A informação que foi transmitida foi a seguinte:

“Apesar de continuar a ver a Virgem (durante a primeira noite dos gritos), nós vimos uma grande multidão de pessoas que estavam a sofrer intensamente e gritavam de terror. A Mãe Santíssima explicou-nos que esta grande tribulação, que não era o Castigo, viria porque teria chegado um tempo em que Igreja parecia estar a ponto de morrer. Ela ( a Igreja) iria passar por um terrível sofrimento. Nós perguntamos à Virgem o que é este grande sofrimento e ela disse-nos que era o “comunismo”.

(…)

Ao ser questionada sobre isso, Loli respondeu que o modo com que ela viu, pensou que seria mais do que isso. A tia de Conchita, Antonia, afirmou ter ouvido as videntes dizerem em êxtase que “se nós não mudarmos os nossos modos, a Rússia irá tomar posse do mundo inteiro”. Se este for o caso, então a perseguição será em toda parte, além dos confins da Europa.(APOSTOLADO DE GARABANDAL, s/d, p. 1)2.

E, se ainda assim, restar dúvidas, talvez possam nos ajudar, os fatos presentes e suas relações diretas com o prenúncio tratado na Revista Garabandal publicada em 1988.

PATRICK, 1988, p. 43

Traduzindo o texto em inglês acima:

Quadro da esquerda: Na terça-feira, 29 de setembro de 1987, na conclusão do Sínodo dos Bispos Católicos Ucranianos em Roma, esta foto, tirada dos Bispos ucranianos do Mundo Livre, e um grupo de leigos, com o Santo Padre, o Papa João Paulo II. De 7 a 12 de julho de 1988, a celebração oficial do milênio acontecerá no Vaticano, com o Papa presidindo.

Quadro da Direita: Os Pinheiros de Garabandal, vistos do campanário da igreja da aldeia, simbolizam a tão esperada libertação dos católicos ucranianos e de todos os cristãos que sofrem perseguição religiosa atrás da Cortina de Ferro.

Depois lembrando-nos ainda, o que o Senhor nos disse de que eu vos falo antes para quando acontecer vós acrediteis, concluindo sobre a relação entre a Rússia e as aparições, em 1988, a mesma autora escreveu o seguinte:

Garabandal é Deus falando ao mundo em crise que inclui a Igreja, os sacerdotes e o povo. Além das duas grandes Mensagens dadas em Garabandal por Nossa Senhora, estão as que dizem respeito aos papas, ao sofrimento da Igreja e à conversão da Rússia.

Em Garabandal, foi profetizado um grande Milagre dos Pinheiros que deixará no local um sinal sobrenatural visível permanente que pode ser fotografado e televisionado mas não tocado.

Em 20 de julho de 1963, a vidente de Garabandal Conchita, em uma locução com Nossa Senhora, perguntou se o Milagre converteria a Rússia. Ela respondeu: “sim, ela se converterá e todos amarão Nossos Corações.

Então, queridos irmãos e irmãs da Ucrânia, celebrem seu Milênio! Alegrem-se! Espalhe as noticias! Não se assustem! O Senhor Deus enviou Sua Mãe Santíssima para trazer as boas novas de sua libertação (PATRICK, 1988, p.4).

Conclusão:

Quando ensaiávamos para sairmos do luto da Pandemia do Covid-19, caímos no luto das mortes pela Guerra, ou seja, começaram-se as dores, necessárias para mudarmos de vida, que consiste em aprendermos a renunciar o humanismo deixando de acreditar que a solução está nas mãos do homem, e, muito menos a salvação pela guerra ou pelo dinheiro, e prostrarmos à Sabedoria do Alto, na certeza de que é Deus quem define o curso da Vida, como o Senhor do Céu e da Terra.

Volte para Ele e perceberá que as soluções estão vindo dos Céus, um sinal perceptível para o coração, e receberemos a Paz que o mundo não tem, pois do contrário, o dinheiro ou a arma não manterá tua vida. E voltar para Ele significa deixar a rebeldia e aprender a ouvir os seus conselhos desenvolvendo a sensibilidade capaz de identificar que tuas ações e decisões já não são tuas, mas, Dele em você: não sou eu que vivo, mas Cristo que vive em mim (Gl 2,20).

Portal Feliz dos Céus

Intercessão de Nossa Senhora da Conceição pelo Mundo

Pela natividade da Mãe do Senhor, recebemos o dom de tornarmos filhos de Deus, como vontade testamentária do Filho: “Mulher eis o teu filho” (Jo 19,26), atribuindo-lhe assim, a maternidade de Nossa Senhora da Conceição ao colocar em seu coração despedaçado, o consolo materno, pela missão de cuidar daqueles que a recebem como Mãe, “eis tua mãe” (Jo 19,27), e por isso, a exemplo da Rainha Esther, concedeu-lhe a glória de Porta Imaculada humana, “fecunda e sempre virgem”, que liga a Humanidade a Deus Celestial, o Portal Feliz dos Céus (Ave Maris Stella – Frei Galvão).

A MÃE DO REDENTOR tem um lugar bem preciso no plano da salvação, porque, ‘ao chegar a plenitude dos tempos, Deus enviou o seu Filho, nascido duma mulher, nascido sob a Lei, a fim de resgatar os que estavam sujeitos à Lei e para que nós recebêssemos a adoção de filhos. E porque vós sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito do seu Filho, que clama: ‘Abbá! Pai’!’ (Gl 4, 4-6) (PAPA JOÃO PAULO II – Redemptoris Mater)

Oração para a Nação Ucraniana pela intercessão de Nossa Senhora da Conceição

Santa Mãe de Deus,
estende o teu manto maternal sobre todos os cristãos
e sobre todos os homens e mulheres de boa vontade,
que vivem nesta grande Nação.
Guia-os para o teu Filho Jesus,
que é para todos caminho, verdade e vida
(Papa João Paulo II – Oração à Nossa Senhora de ZARVANYTSIA).

Nossa Senhora de Zarvanytsia – Fonte: RISU – Relig. Infomation Serv. Ukraine

Oração pela Paz no Mundo:

“O reinado sobre o mundo pertence agora ao nosso Senhor e ao seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre”.

“Nós te damos graças, Senhor Deus, Todo-poderoso, aquele ‘que é e que era’, porque assumiste o teu grande poder e começaste a reinar. 18 As nações tinham-se enfurecido, mas chegou a tua ira, e o tempo de julgar os mortos e de dar a recompensa aos teus servos, os profetas, os santos, e os que temem o teu nome, pequenos e grandes; chegou o tempo de destruir os que destroem a terra” (Ap 11,15.17-18).

Serva Tarsykiya Matskiv rogai por nos!

1SANTUÁRIO DE FÁTIMA. Narrativa das aparições: Terceira Aparição de Nossa Senhora. Disponível em https://www.fatima.pt/pt/pages/narrativa-das-aparicoes. Acesso em 25 fev. 2022.

2APOSTOLADO DE GARABANDAL. A grande tribulação antes do “Aviso”. Disponível em https://www.apostoladodegarabandal.com/a-grande-tribulacao-antes-do-aviso2/. Acesso em 25 fev. 2022.

3PATRICK, Marie Fitz. The church in silence. In Garabandal – The message of Our Lady in Mount Carmel: as a result of miracle, Rússia will be converted, April-June, 1988. Disponível em https://www.garabandal.us/wp-content/uploads/2013/02/russia.pdf. Acesso em 25 fev. 2022.