O escândalo me toma

Vivemos momentos turbulentos, o ódio, o desejo de morte, a declaração aberta para se cometer homicídios, a indiferença dos poderosos, tudo é destruição do bem, em nome do favorecimento pessoal de cada um, o fisiologismo. Parece-nos que o mundo foi sequestrado pelo homem, porque mesmo sendo verme insignificante, se sente deus, capaz de decidir sobre a vida e a morte de cada criatura, a paz e a guerra.

Por que vou temer os dias maus,
quando os maus me cercam e espreitam,
7eles que confiam na sua fortuna
e se gloriam da sua riqueza imensa?
😯 homem não pode comprar seu próprio resgate,
nem pagar a Deus o preço de si mesmo.
9É tão caro o resgate da vida,
que nunca bastará
(Salmo 48 [49], 6-9).

Mas se enganam, porque a força que recobre o mundo não é a força bruta, mas a força fraca, que são chamados de pobres e humildes, como diz a Palavra do Senhor que adverte os seus quando diz que é loucura para os homens 18Pois a linguagem da cruz é loucura para aqueles que se perdem (I Coríntios, 1,18), diante da insanidade daqueles que pensam que podem rejeitar Deus e manter-se vivo por si mesmo sustentando pelo seu poder miserável e medíocre .

14Esse é o caminho dos que confiam em si,
o destino dos homens satisfeitos.
15São como rebanho destinado ao túmulo:
a morte é o seu pastor,
vão direto para a sepultura;
sua figura se desvanece,
e o túmulo é a sua moradia
(Salmo 48 [49], 14-15).

Não, o papel destes homens agora é destruir os corações, e dilacerar a alma que há em cada um de nós, para que se pareça inacreditável que Deus possa fazer algo por cada um de nós neste momento, e nos revoltemos com a injustiça velada:

10Muitos ficarão escandalizados, trairão e odiarão uns aos outros. 11Vão surgir muitos falsos profetas, que enganarão muita gente. 12A maldade se espalhará tanto, que o amor de muitos se resfriará. 13Mas quem perseverar até o fim, será salvo. 14E esta Boa Notícia sobre o Reino será anunciada pelo mundo inteiro, como um testemunho para todas as nações. Então chegará o fim.”(Mateus 24,10-14)

Assim, a arrogância, a determinação em destruir, o ódio daqueles que sentem o poder controlador do mundo, se revela como meio de fazer com que todos nós percamos esperança em Deus, porque sobre a rejeição ao Cristo para esse momento fomos alertados fomos alertados pelo próprio Cristo:

“O Filho do Homem deve sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da Lei, deve ser morto e ressuscitar no terceiro dia”. 23Depois Jesus disse a todos: “Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz cada dia, e siga-me. 24Pois quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, esse a salvará” (Lucas 19,22-24 – 12º Domingo do Tempo Comum – 22 jun. 2025).

Por isso, devemos desprezar o fisiologismo das nações, que tentam dividir os despojos dos mortos, para vermos tão somente que somos uma única nação, a nação de Cristo, selados pela Aliança que Deus fez com Abrahão, eternizada pelo Sacrifício Perpétuo de vosso Filho Jesus.

26Vós todos sois filhos de Deus pela fé em Jesus Cristo. 27Vós todos que fostes batizados em Cristo vos revestistes de Cristo. 28O que vale não é mais ser judeu nem grego, nem escravo nem livre, nem homem nem mulher, pois todos vós sois um só, em Jesus Cristo. 29Sendo de Cristo, sois então descendência de Abraão, herdeiros segundo a promessa (Gl 3,26-29 – 12º Domingo do Tempo Comum – 22 jun. 2025).

E esta é a promessa que Deus nos fez quando testemunhamos tamanhã maldade e injustiça do mundo:

7E Deus, não fará justiça aos seus escolhidos, que dia e noite gritam por ele? Será que vai fazê-los esperar?

8Eu vos digo que Deus lhes fará justiça bem depressa. Mas o Filho do homem, quando vier, será que ainda vai encontrar fé sobre a terra?” (Lucas, 18-7-8).

Conclusão:

Não fecheis o vosso coração, não se escandalize, não se revolte, mas conservai-se na paz que o Senhor lhe garante : 14Espere no Senhor, seja firme!
Fortaleça seu coração e confie no Senhor!
(Salmo 27,14),

Não perca a tua essência, a tua alegria do viver, não deixe a mediocridade humana tomar conta do teu coração, mantenha a fé, como cantou Bom Jovi keep the faith:

A justiça que há em mim

O presente artigo traz como tema para debate a equidade como justiça perfeita, diante da iniquidade causada pelas imperfeições humanas, visto que embora o homem não sendo perfeito, todos querem serem justos, contudo pouco seguem a equidade, e já miram em escala massiva, a exemplo do exegetismo empírico de Napoleão, a aplicação pela inteligencia artificial, da justiça pela igualdade.

A maioria das pessoas buscam a justiça pela igualdade das pessoas, esquecendo-se da equidade, e medem suas ações, partindo da ideia de que todos são iguais, ao passo que a equidade nos revela a nossas imperfeições, que impede que alcancemos a justiça real.

O igualitarismo da ideologia capitalista é uma de suas forças, que não se deve descartar levianamente. Desde a mais tenra infância, as pessoas aprendem por todos os meios concebíveis que todos têm oportunidades iguais e que as desigualdades com que se deparam não são o resultado de instituições injustas, mas de seus dotes naturais superiores ou inferiores (BARAN; SWEEZY apud MÉSZÁROS, apud AZEVEDO, 2013, p. 129).

Sem dúvida é importante que, na ordem de mercado […], os indivíduos acreditem que seu bem-estar depende, em essência, de seus próprios esforços e decisões […]. Por isso tal crença é freqüentemente encoraja-da pela educação e pela opinião dominante (HAYEK, apud AZEVEDO, 2013, p. 129).

Mas se a justiça não se alcança pelo Princípio da Igualdade, que prega que todos são iguais perante a lei, já na contradição da própria sociedade que cobra o respeito às diferenças da personalidade humana, fazendo com isso, que já nos deperemos com certa desarmonia (iniquidade) na justiça humana, levando-nos a perguntar: será que é esta justiça que queremos de verdade?

A sensação de injustiça pela aplicação estatal da igualdade, nos é evidenciada diante da experiência de muitas pessoas ao saírem dos tribunais lamentando que: aqui, é a (in)justiça dos homens, mas ela espera a justiça de divina.

Se devemos olhar para a equidade ao invés da igualdade, precisamos também mudar nosso olhar para a forma com que praticamos a justiça, pois quando falamos de igualdade, logo temos em mente que trata-se de um preceito que deve ser aplicado a todos.

Mas se olharmos para a equidade como modelo de justiça, ao nos encontrarmos dentro de um ambiente coletivo, o primeiro Princípio é o da Cidadania, ou seja, que tenho por certo, que não é preciso que o Estado me obrigue a respeitar o tratamento igualitário, pois, eu mesmo tenho por mim, o meu dever de zelar pela Justiça e bem comum.

A equidade não compreende um valor jurídico, mas sobretudo o alcance da justiça perfeita que se confunde com a Arte, por exemplo: se eu sou músico, e quero criar uma canção, ela tem por base os princípios da harmonia, cadência, que por sua vez, seguem a escala cromática das notas músicais.

Se decido compor uma música na escala de Dó (C), no entanto, nego a existência do Sol (G) na harmonia, e dizendo ser minha arte, por isso, farei do meu jeito, substituindo o Sol pelo Si Maior (B), na cadência, o som vai soar estranho, meio desafinado, pois, é um som de iniquidade, isto é de imperfeição na arte.

Ou ainda se quero reunir os números inteiros ímpares, de 0 a 7, (1, 3, 5 e 7) mas, por estabelecer o meu jeito, e querer nesse meio incluir o que considero mais belo, e,resolvo colocar o 2, eu nego a mim mesmo, pois quebro os princípios da harmonia natural das coisas, não há equilíbrio, há desarmonia, ou, iniquidade.

A equidade, portanto e compromisso que guardamos no nosso íntimo da realização da justiça, sem que sejamos forçados a cumprí-la, mas pelo desejo de produzir a todo o instante a arte da criação, tendo por base a Sabedoria que criou todas as coisa numa canção de um só verso, que quer dizer, o Universo:

Assim fala a sabedoria de Deus: 22“O Senhor me possuiu como primícias de seus caminhos, antes de suas obras mais antigas; 23desde a eternidade fui constituída, desde o princípio, antes das origens da terra. 24Fui gerada quando não existiam os abismos, quando não havia os mananciais das águas, 25antes que fossem estabelecidas as montanhas, antes das colinas fui gerada. 26Ele ainda não havia feito as terras e os campos, nem os primeiros vestígios de terra do mundo. 27Quando preparava os céus, ali estava eu, quando traçava a abóbada sobre o abismo, 28quando firmava as nuvens lá no alto e reprimia as fontes do abismo, 29quando fixava ao mar os seus limites – de modo que as águas não ultrapassassem suas bordas – e lançava os fundamentos da terra, 30eu estava ao seu lado como mestre-de-obras; eu era seu encanto, dia após dia, brincando, todo o tempo, em sua presença, 31brincando na superfície da terra, e alegrando-me em estar com os filhos dos homens” (Provérbios, 8, 22-30 – Festa da Santíssima Trindade – 15 jun. 2025).

Quando alcançamos a harmonia do bem comum, nos encantamos com as obras da criação e cantamos nosso louvor à Criação:

Ó Senhor, nosso Deus, como é grande vosso nome por todo o universo!

– Contemplando estes céus que plasmastes e formastes com dedos de artista; vendo a lua e estrelas brilhantes, perguntamos:” Senhor, que é o homem, para dele assim vos lembrardes e o tratardes com tanto carinho?”

– Pouco abaixo de Deus o fizestes, coroando-o de glória e esplendor; vós lhe destes poderes sobre tudo, vossas obras aos pés lhe pusestes:

– As ovelhas, os bois, os rebanhos, todo o gado e as feras da mata; passarinhos e peixes dos mares, todo ser que se move nas águas (Salmo 8, 4-5.6-7.8-9 – Festa da Santíssima Trindade – 15 jun. 2025).

Conclusão:

Se desenvolvemos em nosso íntimo o desejo da Justiça, nos tornamos amigos da equidade, e todo o nosso ser, já não mais sente outro prazer a não ser, realizar, sem que nos seja imposto por lei, a Justiça perfeita, que por efeito, nos coroa com a justificação, isto é, embora imperfeitos, a harmonia das nossas obras, apagam os desafinos da nossa arte, pelo acabamento Divino:

1Justificados pela fé, estamos em paz com Deus, pela mediação do Senhor nosso, Jesus Cristo. 2Por ele tivemos acesso, pela fé, a esta graça, na qual estamos firmes e nos gloriamos, na esperança da glória de Deus. 3E não só isso, pois nos gloriamos também de nossas tribulações, sabendo que a tribulação gera a constância, 4a constância leva a uma virtude provada, a virtude provada desabrocha em esperança; 5e a esperança não decepciona, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado (Romanos 5,1-5 – Festa da Santíssima Trindade – 15 jun. 2025 ).

Já não precisamos mais de leis incompletas, pois, em nós toda a lei já é cumprida naturalmente, inspirada em nossos íntimos pela Sabedoria plena, como um pão que nos alimenta do céu, pelos canais de um rio, que nos deixa até constrangidos a questionar: Senhor, que é o homem, para assim dele vos lembrardes e tratardes com tanto carinho?, ao ponto de se encarnar e habitar no meio de nós com a própria Sabedoria encarnada:

12“Tenho ainda muitas coisas a dizer-vos, mas não sois capazes de as compreender agora. 13Quando, porém, vier o Espírito da Verdade, ele vos conduzirá à plena verdade. Pois ele não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido; e até as coisas futuras vos anunciará. 14Ele me glorificará, porque receberá do que é meu e vo-lo anunciará. 15Tudo o que o Pai possui é meu. Por isso, disse que o que ele receberá e vos anunciará, é meu (Jo, 16,12-15 – Festa da Santíssima Trindade – 15 jun. 2025)

Neste louvor da criação lembramos a perfeição das obras da criação na Arte Ozark Moutain Daredevils you made it right:

Referências:

AZEVEDO, Mário Luiz Neves de. Igualdade e equidade: qual a medida da justiça social? In Avaliação, Campinas; Sorocaba, SP, v. 18, n.1, p.129-150, mar. 2013. Disponível em https://www.scielo.br/j/aval/a/PsC3yc8bKMBBxzWL8XjSXYP/?format=pdf&lang=pt. Acesso em 11 jun. 2025.

Nascido das estrelas

Este artigo apresenta no contexto da Festa de Pentecostes, o nosso protagonismo humano no Cosmos, como a gravidade e sua força trinitária (elétron, o múon e o tau), que formam nossos corpos a partir das estrelas, pois, os átomos que o compõem se procedem do Cosmos, ou seja, das estrelas, dos pulsares.

Por isso, é essencial para a nossa sobrevivência, a interação da nossa espiritualidade, como meio de guardar a memória do que nos estrutura física e psiquicamente, como se fosse um cordão umbilical que nos alimenta com o Cosmos, ou, um leito de um rio, porque, embora nos sintamos autônomos, não nos desligamos dele .

Às vezes, quando olho para as pessoas, penso: ‘Uau, vocês são organismos tão incríveis e nossos átomos compartilham a mesma história profunda que remonta ao Big Bang’”, contou. Ele espera que os leitores reconheçam “que até mesmo a célula mais simples é incrivelmente complexa e digna de grande respeito. E todas as pessoas também são” (NELSON apud LEVITT, 2023, p. 1).

Mas não somos apenas uma composição física e química, porque se você acredita que toda a matéria, isto é, o físico e o químico começou por uma grande explosão, o “Big Bang” formando os átomos, que compõem o nosso corpo, é preciso, para um compreensão mais completa, ter em mente também, que o átomo não age por si só, não é auto-energético, mas, ao centro, ele tem um elemento interativo chamado “nêutrons”, que é constituído de massa próximo de zero, considerado como elementos fantasmagóricos, chamados neutrinos, que interagem com os elétrons e prótons.

Os neutrinos são partículas elementares incomuns porque interagem com a matéria por meio de apenas duas das quatro forças fundamentais – a gravidade e a força fraca (a força fraca pode permitir que um neutrino transforme um nêutron em um próton e um elétron). (…) Os neutrinos conseguem, basicamente, atravessar a matéria comum como se ela fosse quase transparente (…).

Em todos os outros casos, os neutrinos passam através da matéria ininterruptamente – incluindo os bilhões deles que atravessam nossos corpos a cada segundo! Como os neutrinos só interagem muito fracamente com nossos detectores, é extremamente difícil “vê-los” e medir suas propriedades. Devido às suas raras interações com a matéria, algumas pessoas chamam os neutrinos de “os fantasmas do universo” (…)

Os neutrinos são de três tipos ou “sabores” e interagem com três partículas elementares: o elétron, o múon e o tau (RYAN apud McDONALD, 2023, p. 1).

Assim, podemos compreender que, para que houvesse a grande explosão, capaz de formar a matéria química que estruturou o físico, antes dela, houve uma ação precedente dos neutrinos: como se fosse a de apertar o detonador da explosão.

E essa interação fantasmagórica continua agir em nós hoje, conhecida como a espiritualidade do ser, ou religião, que mantém uma relação cotidiana, ou amizade, entre a composição estelar que somos, como seres únicos, com o próprio Cosmos, para que jamais esqueçamos o que somos e da onde viemos.

“Nosso universo está inundado de moléculas orgânicas, muitas delas são precursoras das moléculas das quais somos feitos”, disse. “Então meu pensamento se alterna entre pensar que é muito improvável que criaturas como nós existam, e ao mesmo tempo achar que a vida deve existir em muitos lugares do universo” (ibid).

E isso completa os sentidos em nós no próximo domingo dia 08 de junho de 2025, em que é celebrada uma festa que vem desde os tempos antigos, originalmente chamada pelos judeus de “Festa da Colheita” (Êxodo 23,16), em que a comunidade se reunia e partilhava entre em si, uma parte do que produziu durante o ano, hoje conhecida como “Festa de Pentecostes”.

E, a tradição antiga chega ao dias atuais como festa de “Festa de Pentecostes” celebrada pela Igreja cristã, cuja memória espiritual foi introduzida pela liturgia celebrada no 6º Domingo da Páscoa, 25 de maio, em que o Senhor diz não esqueça de quem você é, guardando a Palavra consigo mesmo, porque o Espírito (neutrinos para a Astronomia), vos recordará tudo:

23“Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e o meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada. 24Quem não me ama, não guarda a minha palavra. E a palavra que escutais não é minha, mas do Pai que me enviou. 25Isso é o que vos disse enquanto estava convosco. 26Mas o Defensor, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ele vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos tenho dito.27Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; mas não a dou como o mundo. Não se perturbe nem se intimide o vosso coração. 28Ouvistes o que eu vos disse: ‘Vou, mas voltarei a vós’. Se me amásseis, ficaríeis alegres porque vou para o Pai, pois o Pai é maior do que eu. 29Disse-vos isso, agora, antes que aconteça, para que, quando acontecer, vós acrediteis” (João, 14,23-25- 6º Domingo da Páscoa – 25 mai. 2025).

Portanto, se considerarmos o universo nas Escrituras Sagradas, como sinônimo de Terra, pois é a matéria (físico + químico), ao acrescentarmos a energia que produz a matéria, chegamos ao Cosmos, ou seja o Céu (neutrinos = força cinética na gravidade) e a Terra (físico e químico).

Assim, nossos sentidos se completam e já conseguimos entender a celebração de Pentecostes pela Igreja Cristã (Católica), como a força, como o rio celeste que nos alimentas (o Espírito) e constrói em nós pela Palavra, o Pão do Céu (Filho) a Verdade de Deus (Pai).

A Celebração de Pentecostes é a Força do Céus, a nos dar a Vida, porque a Palavra é Espírito em Vida:

49Eu enviarei sobre vós aquele que meu Pai prometeu. Por isso, permanecei na cidade, até que sejais revestidos da força do alto”. 50Então Jesus levou-os para fora, até perto de Betânia. Ali ergueu as mãos e abençoou-os. 51Enquanto os abençoava, afastou-se deles e foi levado para o céu. 52Eles o adoraram. Em seguida voltaram para Jerusalém, com grande alegria. 53E estavam sempre no Templo, bendizendo a Deus (Lucas, 24-49-53 – Ascensão do Senhor – 01 jun. 2025.

Conclusão:

Se mantemos nosso alimentos pelo rio celestial, mantemos nossa interação com o Cosmos, e a Palavra é em nós Espírito e Vida, porque somos revestidos das forças dos Céus:

– 19Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas, por medo dos judeus, as portas do lugar onde os discípulos se encontravam, Jesus entrou e, pondo-se no meio deles, disse: “A paz esteja convosco”. 20Depois dessas palavras, mostrou-lhes as mãos e o lado. Então os discípulos se alegraram por verem o Senhor. 21Novamente, Jesus disse: “A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio”. 22E, depois de ter dito isso, soprou sobre eles e disse: “Recebei o Espírito Santo. 23A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem não os perdoardes, eles lhes serão retidos” (Lucas, 19-23 – Ascensão do Senhor – 08 jun. 2025.

Não podemos esquecer o que disse McDonald, que somos “organismos tão incríveis e nossos átomos compartilham a mesma história profunda que remonta ao Big Bang”, por isso como a Banda Imagine Dragons, cantamos: Children of the sky – somos filhos do céu:

Referências:

NELSON, Bryn. Somos todos feitos de estrelas: a longa viagem do Big Bang ao corpo humano. In CNN Brasil – Tecnologias – 29/01/2023 – #cnnbrasil. Disponível em https://www.cnnbrasil.com.br/tecnologia/somos-todos-feitos-de-estrelas-a-longa-viagem-do-big-bang-ao-corpo-humano/ Acesso em 04 jun. 2025.

RYAN. Neutrinos: as partículas “fantasmagóricas” que constroem nosso universo. In UNESP para Jovens 01 de novembro de 2023. Disponível em https://parajovens.unesp.br/neutrinos-as-particulas-fantasmagoricas-que-constroem-nosso-universo/.

Anciolíticos a nos assombrar

Os tempos presentes nos mostram a sociedade tendendo para um estilo de vida em que as pessoas não querem depender de ninguém, querem ser autossuficientes, esperam somente de si mesmas.

Mas, o esforço concentrado em si mesmas, de tentarem resolver todas as coisas pelas próprias mãos, racha a estrutura psíquica do ser, e ele começa a se esvaziar, ao mesmo tempo em que vendo-se frágil, começa a estimular dentro de si, uma ansiedade descontrolada.

Essa situação já evidencia a tolice do sonho de ser o “homem de aço”, pois, ao pretender ser tão forte, independente e autossuficiente, tornou-se dependente dos anciolíticos, álcool e derivados químicos, como por exemplo, maconha, fumo, crack entre outros.

A comercialização de antidepressivos e estabilizadores de humor cresce a cada ano no Brasil. Dados do Conselho Federal de Farmácia apontam que a venda desses medicamentos cresceu cerca de 58% entre os anos de 2017 e 2021.

Antes da pandemia de Covid-19, cerca de 193 milhões de pessoas tinham transtorno depressivo maior e 298 milhões de pessoas tiveram transtornos de ansiedade em 2020. Após o ajuste para a pandemia, as estimativas iniciais mostram um salto para 246 milhões para transtorno depressivo maior e 374 milhões para transtornos de ansiedade.

Estimativas recentes sugerem que uma em cada oito pessoas, quase um bilhão de indivíduos em todo o mundo, vive com uma condição de saúde mental. No primeiro ano da pandemia, houve um aumento estimado de 25% na prevalência de depressão e ansiedade no mundo” (ROCHA, 2023).

A tolice lhes recai porque querem a todo o custo, salvar suas vidas, contudo, apressam-se para se matarem mais cedo, sem obter descanso, porque desejando o poder da autossuficiência, se tornaram tolos que desprezam a sabedoria e a instrução, esquecendo-se que a dependência em Deus é o princípio do conhecimento (Provérbios, 1-7).

Cegos pelas suas cobiças de poder e bens como fonte garantidora da vida, ignoram todo o bem que Deus lhes faz. Renegam o sacrifício perpétuo que foi feito por eles, em que o próprio Deus rebaixando-se a sua condição de Deus, se tornou carne como homem.

Não bastando isso, o próprio Deus, morreu para provar à toda a criação, a amizade que estabeleceu com o homem, garantidora de toda a segurança e sustento:

17O Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai, a quem pertence a glória, vos dê um espírito de sabedoria que vo-lo revele e faça verdadeiramente conhecer. 18Que ele abra o vosso coração à sua luz, para que saibais qual a esperança que o seu chamamento vos dá, qual a riqueza da glória que está na vossa herança com os santos, 19e que imenso poder ele exerceu em favor de nós que cremos, de acordo com a sua ação e força onipotente. 20Ele manifestou sua força em Cristo, quando o ressuscitou dos mortos e o fez sentar-se à sua direita nos céus, 21bem acima de toda a autoridade, poder, potência, soberania ou qualquer título que se possa nomear, não somente neste mundo, mas ainda no mundo futuro. 22Sim, ele pôs tudo sob seus pés e fez dele, que está acima de tudo, a Cabeça da Igreja, 23que é o seu corpo, a plenitude daquele que possui a plenitude universal (Efésios, 1,17-23 – Ascensão do Senhor – 01 jun. 2025).

Cheios da Sabedoria, já não temos mais medo, pois, pela honra do nome do Senhor (Salmo 21 [22]), nós cremos na promessa que Ele nos fez, de que o nosso trabalho duro, não nos matará, mas nos salvará:

46“Assim está escrito: O Cristo sofrerá e ressuscitará dos mortos ao terceiro dia 47e no seu nome serão anunciados a conversão e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. 48Vós sereis testemunhas de tudo isso. 49Eu enviarei sobre vós aquele que meu Pai prometeu. Por isso, permanecei na cidade, até que sejais revestidos da força do alto” (Lucas 24, 46-49 – Ascensão do Senhor – 01 jun. 2025).

Conclusão

Assim, tolos urbanos, cheios de ansiedade, o que mais o amor precisa fazer para vos convencer a parar com suas tolices e começarem a buscar a viver uma vida intensa de alegrias e sentidos reais? O Cristo não será crucificado uma segunda vez, por isso, não rejeite a tua herança, a da vida eterna, dependente de Deus, como o ramo da videira que está unido ao seu tronco.

Diante de tantas provas de amor que lhes foi oferecida e você desprezou, ó cultivador de tolices, o que mais será preciso fazer em nome do amor para arrancar a cegueira dos teus olhos, como um dia, cantou o U2 em Pride (in the name of love), ressuscitando e fazendo reluzir em nós, o sonho de Matin Lutherking “Dias virão que o monte do Senhor, será o mais alto de todos, e todas as nações acorrerão a ele (Isaias, 2,2-5):

Referências:

ROCHA, Lucas. Uso de medicamentos para a saúde mental cresce no Brasil; especialistas alertam sobre cuidados. In CNN Brasil, 14/01/2023. Disponível em https://www.cnnbrasil.com.br/saude/uso-de-medicamentos-para-a-saude-mental-cresce-no-brasil-especialistas-alertam-sobre-cuidados/ (#cnnbrasil). Acesso em 28 mai. 2025.

A Paz na cidade

Vivemos dias em que políticas públicas de segurança urbana, se transformaram em moeda de voto eleitoreiro, cujos governantes, ao invés de buscarem a paz social, banalizam o direito à vida, estimulando tiroteios em episódios diários de faroeste urbano, querendo com isso se tornarem os heróis do populismo, mesmo sem trazer a Paz na cidade, isto é, sem alterarem a realidade violenta das cidades.

Diante dessa dura realidade, nos voltamos às Palavras precedentes da apresentação do novo Papa Leão XIV, para que agora, suscite em cada um de nós, a Paz e a Segurança provinda de um Coração que é manso e humilde: “A paz esteja contigo!” Receba-a e você se conservará na Paz que o mundo não te dá: “27Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; mas não a dou como o mundo. Não se perturbe nem se intimide o vosso coração” (João, 14,27 – 6º Domingo da Páscoa – 25 mai. 2025).

Se guardarmos em nós a Paz que vem de Deus, já não precisaremos mais das políticas demagógicas de segurança pública, que só incentivam a violência urbana com perseguições, morte por balas perdidas em tiroteios públicos, ações de ódio e discriminação, porque a partir de nós, poderemos semear a Paz:

Diferentemente do que costumamos associar, a paz não está presente apenas na relação entre os Estados Nacionais. Pelo contrário – a paz começa nas cidades, em suas esquinas, na residência de seus habitantes. Decorre daí o primado do “direito à segurança”, que representa o direito fundamental de cada indivíduo viver livre de ameaças, violência e perigo, independentemente da origem, raça/cor, orientação sexual ou idade. Esta premissa abrange a segurança física, emocional, social e econômica e, ao mesmo tempo, a vida em comunidade, com as pessoas usufruindo do direito à cidade (MORAES, 2024, p. 1).

Somos chamados à edificação da paz desde os primeiros tempos, quando Aristóteles já nos dizia que a família é a célula da sociedade, e se a família vai bem, o Estado vai bem, e, hoje, complementada pelas palavras do Papa Leão XIV, na audiência com os chefes de Estado, quando falou-lhes da importância da família constituída entre o homem e a mulher, tendo por valor fundamentar na sua condição de anciã, porque é a mais antiga e primeira forma das relações sociais, se completando ainda pelas palavras do Papa João Paulo II quando nos escreveu dizendo:

Dentre essas numerosas estradas, a primeira e a mais importante é a família: uma via comum, mesmo se permanece particular, única e irrepetível, como irrepetível é cada homem; uma via da qual o ser humano não pode separar-se. Com efeito, normalmente ele vem ao mundo no seio de uma família, podendo-se dizer que a ela deve o próprio facto de existir como homem. Quando falta a família logo à chegada da pessoa ao mundo, acaba por criar-se uma inquietante e dolorosa carência que pesará depois sobre toda a vida (PAPA JOÃO PAULO II, 1994).

É nesta paz que no munda não nos dá, mas, provém do Coração que é manso e humildade, a que hoje somos chamados a permanecer como família, capazes de construir um alicerce forte como pedra, a sustentar nossas casas, e com outras famílias fortes, vilas, cidades, estados e nações: “23Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e o meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada. 24Quem não me ama, não guarda a minha palavra. E a palavra que escutais não é minha, mas do Pai que me enviou. 25Isso é o que vos disse enquanto estava convosco. 26Mas o Defensor, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ele vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos tenho dito.” (João, 14,23-25- 6º Domingo da Páscoa – 25 mai. 2025).

Se permanecemos edificamos um alicerce firmes, construímos além das estruturas das cidades, também os muros de Sião, também simbolizada pela Mulher, ao qual nos foi feita a promessa de nos tornarmos cidadãos, desde os tempos mais antigos que agora nos é mostrada no futuro:

10Um anjo me levou em espírito a uma montanha grande e alta. Mostrou-me a cidade santa, Jerusalém, descendo do céu, de junto de Deus, 11brilhando com a glória de Deus. Seu brilho era como o de uma pedra preciosíssima, como o brilho de jaspe cristalino. 12Estava cercada por uma muralha maciça e alta, com doze portas. Sobre as portas estavam doze anjos, e nas portas estavam escritos os nomes das doze tribos de Israel. 13Havia três portas do lado do oriente, três portas do lado norte, três portas do lado sul e três portas do lado do ocidente.14A muralha da cidade tinha doze alicerces, e sobre eles estavam escritos os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro. 22Não vi templo na cidade, pois o seu Templo é o próprio Senhor, o Deus Todo-poderoso, e o Cordeiro. 23A cidade não precisa de sol nem de lua que a iluminem, pois a glória de Deus é a sua luz, e a sua lâmpada é o Cordeiro (Apocalipse, 21,10-14.22-23- 6º Domingo da Páscoa – 25 mai. 2025).

Conclsuão:

Assim, poderíamos perguntar o que você faz pela paz? E a resposta seria: se guardamos a paz, lembramos que somos alguém na cidade que estrutura a sua paz, porque ama ao Senhor e guarda a sua Palavra: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e o meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada” (João, 14,23 – 6º Domingo da Páscoa – 25 mai. 2025).

Do contrário, se não guardamos as palavras assim como os governantes populista, falamos de paz que o mundo não têm, pois, ela só está em nossa boca sem estar na nossa prática diária, assim, falamos da paz, não não fazendo nada pela paz, como cantou os Titãs em Pela Paz, você espera sempre mais, você não se conforma, mas, você acredita ou não, e então, o que você faz pela paz?

Referências:

MORAES, Paulo. A paz começa nas cidades. in Opinião – Folha de Pernambuco, 13/11/24. Disponível em https://www.folhape.com.br/noticias/opiniao/a-paz-comeca-nas-cidades/372202/ . Acesso em 21 mai. 2025.

PAPA JOÃO PAULO II, Gratissiman Sane. In Carta às famílias, 1994 – Ano da Família. Disponível em :https://www.vatican.va/content/john-paul-ii/pt/letters/1994/documents/hf_jp-ii_let_02021994_families.html. Acesso em 21 mai. 2025.

Projeto de vida

No próximo domingo 18 de maio de 2025, somos convidados a olhar para o nosso Projeto de Vida, com perguntas como: eu trabalho para que? O que quero fazer da minha Vida? Aonde eu quero chegar um dia? O que espero do futuro?

O projeto de vida é fundamental para que nós tenhamos solidez nos propósitos da nossa realização pessoal e profissional, pois, do contrário, tudo o que construirmos será volátil e casual, e não encontraremos o sentido da nossa vida, como cantou o U2 em Still haven’t found what I’m looking for (Eu ainda não encontrei o que estou procurando).

A primeira coisa que devemos ter em mente quando pensarmos sobre o nosso projeto de vida, é que ele deve ser de longo prazo, isto é, acompanhar toda a nossa vida. E, a segunda coisa, é que nós não conseguimos realizá-lo sozinho, isto é, por nós mesmos, precisamos de parcerias.

O primeiro parceiro que devemos eleger é a Sabedoria, pois é ela quem poderá nos dar toda a estrutura que construirá o nosso projeto, aí já não estamos mais sozinhos, somos: Eu e a Sabedoria. Mas, como nós não dominamos a Sabedoria, ao contrário, é ela quem nos domina, a condição básica para que o nosso Projeto de Vida de certo, é que devemos aceitar a proposta que ela nos faz da sua amizade conosco, e, para isso, ela exige de nós que façamos um acordo, que no termo mais correto é: uma aliança de amizade.

Essa amizade é como um casamento, porque a aliança com a Sabedoria terá por alimento o próprio amor, e como o nosso projeto de vida é de longo prazo, esta aliança não deve ser quebrada porque correremos o risco de ruir todo o sentido da nossa vida ao mergulharmos na escuridão, porque a Sabedoria não aceita divórcio consensual.

Vivendo esta amizade, já é possível executar as primeiras ações de nosso projeto de vida, tendo em mente que o trabalho não é fácil, e que para isso, a nossa amizade será desafiada ao máximo expondo-se ao risco de quebrar a aliança, por isso a Sabedoria vem nos exortar a permanecemos firmes:

Naqueles dias, Paulo e Barnabé 21bvoltaram para as cidades de Listra, Icônio e Antioquia. 22Encorajando os discípulos, eles os exortavam a permanecerem firmes na fé, dizendo-lhes: “É preciso que passemos por muitos sofrimentos para entrar no Reino de Deus” (Atos 14, 21b-22 – 5º Domingo da Páscoa – 18 mai. 2025).

A dor ou sofrimento não é um preço que temos de pagar, mas sim, o esforço normal de qualquer trabalho ao qual nos determinamos a realizar como condição de vida, e, se o fazemos na amizade com a Sabedoria, o resultado deste trabalho não representará apenas a nossa realização pessoal, mas revelará ao Universo, a Arte da Sabedoria em nós:

– Que vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem, e os vossos santos com louvores vos bendigam! Narrem a glória e o esplendor do vosso reino e saibam proclamar vosso poder!

R: Bendirei o vosso nome, ó meu Deus, meu Senhor e meu Rei para sempre.

– Para espalhar vossos prodígios entre os homens e o fulgor de vosso reino esplendoroso. O vosso reino é um reino para sempre, vosso poder, de geração em geração. (Salmo 144 [145] – 5º Domingo da Páscoa – 18 mai. 2025).

E sentindo em nós a grande alegria de vermos o nosso (e não meu) projeto se realizando, criamos a certeza de que valeu apena todo o nosso esforço, e que a nossa força poderá fazer muito mais, porque juntos, já não existe limite em nós, ao ver que o nosso projeto de vida, se tornou parte da construção da Cidade santa, que é eterna:

Eu, João, 1vi um novo céu e uma nova terra. Pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. 2Vi a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, de junto de Deus, vestida qual esposa enfeitada para o seu marido. 3Então, ouvi uma voz forte que saía do trono e dizia: “Esta é a morada de Deus entre os homens. Deus vai morar no meio deles. Eles serão o seu povo, e o próprio Deus estará com eles. 4Deus enxugará toda lágrima dos seus olhos. A morte não existirá mais, e não haverá mais luto, nem choro, nem dor, porque passou o que havia antes”. 5Aquele que está sentado no trono disse: “Eis que faço novas todas as coisas”. Depois, ele me disse: “Escreve, porque estas palavras são dignas de fé e verdadeiras” (Apocalipse 21, 1-5a – 5º Domingo da Páscoa – 18 mai. 2025).

Conclusão:

Diz o sábio que quando desistimos de um projeto, não traímos a nós, mas traímos a todos, por isso, o nosso projeto de vida deve ser bem delineado compondo-se em nós, uma aliança indelével, isto é, inquebrável, pois é a nossa própria razão de viver. E, se estamos na amizade com a Sabedoria, somos como a árvore bem regada a produzir frutos e espaços para que os passarinhos façam seus ninhos.

Nesta amizade a Sabedoria te revelará que a dor e sofrimento não é um custo necessário para o sucesso, mas sim, o próprio alimento que te tornará forte como o concreto que edifica as colunas angulares da tua casa: “faça do teu trabalho o teu divertimento” (Felix Guisard), por isso, alegre-se e aguente firme, porque “Deus não pode inspirar desejos irrealizáveis” (Santa Terezinha), renove tuas forças e, não quebre esta aliança, como cantou R.E.M em everbody hurts.

Curando a Ansiedade e Angústia

Como 17 tema do Sínodo, compartilhamos uma estudos que estamos fazendo a partir do 14º Anual dos Advogados da AASP que nos ajuda a vencer a angústia e a ansiedade

Anisedade e Sonambulismo

O braço de Deus que resgata na calamidade

Como os irmãos de Emaús, ao caminharmos ao lado do Sagrado Coração de Jesus, sentimos o nosso coração arder, mas não o reconhecemos: “não estava ardendo o nosso coração, quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as escrituras” (Lc 24,32 – Liturgia do 3º Dom. da Páscoa), porque muito falta em nós a revelação do sentido da espiritualidade que provém do Sagrado Coração de Jesus, por isso iniciamos este artigo, em primeiro lugar, tentando reconhecermos a nós mesmos diante do Sagrado Coração de Jesus.

Essa revelação provém da graça de Deus, e não do esforço próprio do homem, pois, o homem por si só não pode alcançar a Deus, porque o servo sendo menor do que o seu Senhor, precisa da misericórdia do Senhor para que possa tornar-se Seu amigo, por isso, não O reconhecemos muitas vezes, pois, não O vemos como amigo, e nem buscamos a sua misericórdia para que forme em nós sua amizade, e, por isso, só sentimos o nosso coração arder, mas, não o reconhecemos, pois estamos em meio às trevas que nos ofuscam.

Ao arder em nós, o Sagrado Coração de Jesus se constitui de sinal da misericórdia de Deus que nos ama mesmo nós sendo pecadores, mesmo sem o reconhecermos, mesmo com nossos olhos estando encobertos, Ele conserva em nós a esperança de nos libertarmos das profundezas da escuridão, por isso, nós clamamos por sua misericórdia:

1Das profundezas eu clamo a vós, Senhor, *
2†escutai a minha voz!
– Vossos ouvidos estejam bem atentos *
ao clamor da minha prece!
3 Se levardes em conta nossas faltas, *
quem haverá de subsistir?
4 Mas em vós se encontra o perdão, *
eu vos temo e em vós espero
(Sl 129, 1- – Liturgia da 1ª Sem. da Quaresma).

E a escuridão reina quando elegemos como fonte e referência do saber, os nossos próprios pensamentos, sob o propósito de um coração independente, de autodomínio, por isso, nos tornamos incapazes do reconhecimento do Cristo, porque rompemos com Deus, e, ainda que nos esforcemos com a nossa inteligência em nos aproximar, há um abismo entre nós e Deus.

Assim, a luz só brilha pela misericórdia de Deus quando nos prostramos aos seus pés, e com isso nos tornamos capazes de sermos amigos de Deus, restabelecendo com ele a Aliança Eterna, pelo renascimento do alto como ensinado ao mestre Nicodemos:

Rabi, sabemos que vieste como mestre da parte de Deus. De fato, ninguém pode realizar os sinais que tu fazes, a não ser que Deus esteja com ele.
3Jesus respondeu: ‘em verdade, em verdade, te digo, se alguém não nasce do alto, não pode ver o Reino de Deus’. 4Nicodemos disse: ‘Como é que alguém pode nascer, se já é velho? Poderá entrar outra vez no ventre de sua mãe?’ Jesus Respondeu ‘Em verdade, em verdade, te digo, se alguém não nasce da água e do Espírito, não pode entrar no Reino de Deus. 6Quem nasce da carne é carne; quem nasce do Espírito é espírito’ (Jo 3,1-6 – Liturgia 2º Dom. da Páscoa).

Portanto, quando percebemos que nossos pensamentos nos enganam, vemos que essa graça não provem de nós, miseráveis pecadores que somos, mas somente como dom de Deus, como nos foi revelada no louvor de São João:

Caríssimos,

29 já que sabeis que ele é justo,
sabei também que todo aquele que pratica a justiça
nasceu dele.

3,1 Vede que grande presente de amor o Pai nos deu:
de sermos chamados filhos de Deus!
E nós o somos!
Se o mundo não nos conhece,
é porque não conheceu o Pai (1Jo, 2, 29.3,1 – Liturgia de Natal antes da Epifania).

Assim, o Sagrado Coração de Jesus faz nosso coração arder, e como amigos que o reconhecem, respondamos com o nosso louvor porque diante de Deus fomos agraciados pelo grande presente oriundo de sua misericórdia, o grande presente de amor que o Pai nos deu.

Dessa forma, ele nos permite reconhecê-lo no meio de nós, o Emanuel, o Deus conosco revelando-nos que entre nós fez sua morada:

“Se alguém me ama, guardará a minha palavra,
e o meu Pai o amará, e nós viremos
e faremos nele a nossa morada”
(Jo 14, 23 – Liturgia da 5ª Sem. da Páscoa).

Tendo reconhecido nossas misérias, se faz possível também, completar os sentidos do Sagrado Coração de Jesus, porque ao restabelecemos com Deus nossa amizade, o Senhor se revela para nós como fonte da salvação: “Haurireis águas com gáudio das fontes do Salvador” (Is 12, 3) (Papa Pio XII – Haurietis Acqua).

O Senhor ao se revestir da figura humana, de modo compreensível à inteligência humana, como o Emanuel, que significa Deus conosco, revelou a glória de Deus para o mundo:

Levanta-te, acende as luzes, Jerusalém,

porque chegou a tua luz,

apareceu sobre ti a glória do Senhor.

2 Eis que está a terra envolvida em trevas,
e nuvens escuras cobrem os povos;
mas sobre ti apareceu o Senhor,
e sua glória já se manifesta sobre ti” (Is 60, 1-2 – Liturgia da Epifania do Senhor).

A inteligência do homem se abriu, e ao reconhecer o Emanuel, o Deus conosco, pode contemplar como testemunhando a um raio que transpassa o tempo, que abriu uma fissura nos mistérios que separavam o céu e a terra, o Senhor se fez luz para todas as nações, isso quer dizer que no mesmo fenômeno luminoso, se revelou sem as dimensões do tempo, isto é, ao mesmo tempo, para aqueles que eram, que são e que serão, como era no princípio, agora e sempre, Amém!

O Emanuel como a Árvore da Vida, no meio do Jardim de Deus, tornou-se um sinal permanente no mundo ao mesmo tempo em todos os tempos, a brilhar como o calor do fogo que o homem busca na escuridão da noite gelada, ao estender sua mão para capitar um pouquinho da luz e calor, cuja misericórdia transpassou o tempo e se revelou ao mesmo tempo para os que já vieram, para os que são contemporâneos de Maria, e para os que virão, como um farol que pode ser visto além das dimensões temporais, por todo aquele que professa a sua fé, podendo assim também, testemunhar que em “Eu Sou”, não há passado, presente e futuro, por isso Ele diz: “Eu sou”: “Quando tiverdes elevado o Filho do homem, então sabereis que eu sou e que nada faço por mim mesmo, mas apenas falo aquilo que o Pai me ensinou” (Jo 8,28 – Liturgia da 5ª Semana da Quaresma).

A “haurietis acqua” é um pulsar no coração do mundo, para que todos os que têm sede beba, uma herança do céu que já podemos desfrutar, o Emanuel, é como um farol a brilhar para todo os navegantes de todos os tempos simultaneamente, porque É o que É, como era no princípio agora e sempre, amém, e diz: “Eu Sou”, para que todos a Ele recorram como fonte de salvação do agora, presente tanto aos nossos antepassados, à nós, e, aos nossos filhos que virão: “Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos, pois todos vivem para ele” (Lc 20,38), pois, está no meio de nós, Deus está conosco, plasmando como a estrela de nêutron, o Espírito em Vida, pois a Palavra é Espírito e Vida, no centro do coração como na imagem abaixo.

Neutrons star1

Um farol visível do peito de Deus pelo homem que o reencontra e com Ele volta a amizade na Aliança, o Sagrado Coração de Jesus, o Salvador como fonte a nos amparar:

Luz Fonte central da Vida

Quando nos vemos sem qualquer saída, Ele se monstra à Luz do Coração, e basta buscarmos a fonte de salvação (haurietis acqua) e estendermos a nossa mão ao calor de sua luz e logo estamos protegidos pelo Pai que ampara o filho:

=2Quando eu chamo, respondei-me, ó meu Deus, minha justiça! †
Vós que soubestes aliviar-me nos momentos de aflição,*
atendei-me por piedade e escutai minha oração!

3Filhos dos homens, até quando fechareis o coração? *
Por que amais a ilusão e procurais a falsidade?

4Compreendei que nosso Deus faz maravilhas por seu servo, *
e que o Senhor me ouvirá quando lhe faço a minha prece
(Salmo 4, 2-4)!

Portanto, o Sagrado Coração de Jesus é a presença viva do Emanuel, o Deus conosco, Ele está no meio de nós, quando o reconhecemos como glória de Deus brilhante a partir de uma manjedora, vivo desde sempre como Estrela da Manhã, a nos dar o calor, a luz, e, saciar a nossa sede, bastando que estendamos nossas mãos, e, nos apeguemos à divina vontade que sabe e conhece nossas necessidades e fraquezas: “já que o nosso amor de tal maneira se apega à divina vontade, que vem a fazer-se uma coisa só com ela, consoante aquelas palavras: “Quem está unido ao Senhor é com ele um mesmo espírito” (1 Cor 6, 17) (PAPA PIO XII – Haurietis Acqua).

Vejam que grande presente de amor o Pai nos deu, de sermos chamados de filho de Deus, por isso, já podemos ver que Ele está vivo ao nosso lado, e podemos tocá-lo, basta para isso, que em nós o nosso amor só deseje fazer uma só coisa: estar unido ao Senhor para que Ele e o Pai faça-se em nós suas moradas, abrindo nosso coração para acolher ao Espírito (Ecce ancilla – faça-se em mim, conforme tua Palavra).

Pois assim, conseguimos reconhecer a luz do Sacrifício Perpétuo que eternizou a Aliança de Abrahão, pela abertura de uma fenda nas trevas dos abismos, comungando seu seguidores com o Ecce Venio – ei que com prazer faço a vossa vontade, no sacerdócio régio que complementa a obra do Criador, como era no princípio, agora e sempre, amém, e nos tornamos com unido aos pais e ao nossos filhos, a geração de todos os tempos que testemunhou “Em verdade vos digo, esta geração não passará até que tudo isso aconteça. O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão (Mc 13, 30-31 – Liturgia do 33º Dom Tempo Comum), bebei da água que sacia tua sede “Haurireis águas com gáudio das fontes do Salvador” (Is 12, 3) (Papa Pio XII – Haurietis Acqua).

O Senhor está no meio de nós, seu Sagrado Coração é a fonte de água viva, a mesma que Moisés fez jorrar batendo seu cajado na pedra.

1NASA – Neutrons Star: Disponível em https://imagine.gsfc.nasa.gov/science/objects/neutron_stars1.html. Acesso em 09 mai. 2023.

O Jejum que nos faz entrar em forma

A quaresma é um período de quarenta dias para exercitarmos o batismo de fogo constituído da Palavra, pois, somos chamados a abraçar à Santa Cruz, isto é, nos mostrar disponível ao jejum, ou, trabalho que muitas vezes é doloroso, uma vez que no tempo do Advento, já fomos alimentados pela regeneração pela água do Batismo de João, mediante a experiência pessoal na Fé.

O abraço à Santa Cruz começa com o mergulho com garganta embargada, as fauces secas, a boca amarga, o corpo esfolado, a dignidade humilhada pela maldade do homem, e, olhando para o alto queremos gritar: “meu Deus, meu Deus porque me abandonastes” (Sl 21), pois, em um mundo tão belo, o paraíso, o jardim do Senhor, a Verdade se tornou prisioneira da injustiça.

Credits: FunLucky

Assim, nesse período, somos chamados ao Jejum, que quer dizer renúncia da prática daqueles atos que nos mobiliza a produzir ações sanguinárias e nos transformam em preguiçosos, presunçosos, orgulhosos, indiferentes, impiedosos, ávidos, egoístas, soberbos. Jejum é decidir seguir o caminho da austeridade da alma, tornando-se pobre, isto é, a alma é despida de toda a pretensão de “ser” e se reconhece como absolutamente dependente da Vida, se tornando como uma criança recém nascida, cujo Pai lhe garante toda a integridade.

A austeridade da alma significa renunciar o açúcar e preferir o puro, ainda que amargo, significa renunciar o vício químico para apreciar o sabor da água, renunciar o vício do fumo para sentir a força do ar nas entranhas, explodindo em vida; renunciar a indiferença para acolher; renunciar a avidez para partilhar; renunciar a impaciência para tolerar; renunciar o conforto do sossego no isolamento, para carregar a carga juntos; renunciar a honra, para na humilhação, educar; e, assim, todos os vícios sanguinários que tornam nossos comportamentos perversos, e nos faz calcar com os cravos da injustiça o solo santo que grita “meu Deus, meu Deus, porque me abandonastes”.

Jejuar é abster-se, deixar de praticar aqueles atos que tão corriqueiramente consideramos como banais, mas sem que percebemos, pensando estarmos na ética perfeita, contribuímos como gotas do esgoto que avassala e sufoca a vida.

Abster-se significa determinar-se ao abraço da Vida que só alcança sua dignidade com o trabalho, constituído de suor, sangue e lágrimas, renunciando as práticas dos atos que nos cativa a tornarmos sedentários de sentidos e morrermos na ilusão que estamos construindo a vida, em um mundo de sobrevidas.

Amar a Santa Cruz, e amar a Vida, que é completa, pois não contém só o açúcar, mas o sal, o amaro, a água purificada para beber com a água quente para cozer, o sol que queima para germinar, junto com a sombra que refrigera, não é só amar o que se quer, mas e dar graças por tudo o que se tem, porque se já somos como crianças, o tudo que se tem não pertence a nós e a ninguém.

Blasfêmia Papal ?

Eu escuto com perplexidade as notícias em 26 de janeiro de 2023, de que o Papa teria dito que a homossexualidade é pecado mas não é crime, porque um sacerdote do mais simples ao mais elevado nível de pastoreio jamais poderia afirmar tamanha contradição à Verdade de Cristo.

Credit: Geralt

Devemos lembrar que a missão da Igreja é aquela de se sair da humanidade para se tornar divina “sede perfeito como vosso Pai é perfeito”, de forma que o alicerce que a sustenta, é a Verdade Testamental das Escrituras, e, não as convenções humanas, pois os pensamentos de Deus, não são os pensamentos dos homens.

Diante disso, afirmar que a homossexualidade é pecado mas não é crime, é responder humanamente a Cristo a pergunta que ele fez aos fariseus de que sim, é mais fácil dizer “levanta-te e anda” do que “o teu pecado foi perdoado”.

Isto representaria o falso Pastoreio, significando que devemos temer o que mata pelo crime, mas não o que mata pelo pecado, ao passo que a Verdade nos diz o contrário, temais o pecado que mata a alma, e não o que mata o corpo, pois o poder não está no Chefe que criminaliza, mas nas mãos do Justo Juiz.

O que vos digo na escuridão, dizei-o à luz do dia; e o que se vos diz ao ouvido, proclamai-o do alto dos telhados. E, não temais os que matam o corpo, mas não têm poder para matar a alma. Temei antes, aquele que pode destruir no inferno tanto a alma como o corpo. Não se vendem dois pardais por uma moedinha de cobre? Mesmo assim, nenhum deles cairá sobre a terra sem a permissão de vosso Pai (Mateus, 10, 27-28).

Conclusão:

Um sacerdote que está em Cristo jamais pronunciaria tamanha blasfêmia, por isso, preferimos entender que a palavras do Pastor é, cuidado com o pecado que é pior do que o crime, pois, o crime mata o corpo, mas o pecado mata a alma, ou como diz São João produz a segunda morte, e, ai daquele que sofrer a segunda morte (acredite se quiser).