Saindo da Pandemia: As distrações no trabalho

Este texto traz uma proposta de segurança e certeza para a caminhada em meio à gravidade do momento.

No dia 16 de março foi publicado a primeira parte do tema Saindo da Pandemia, e tivemos a grata alegria de receber a partilha, quando um estimado amigo reagiu, enviando-nos uma mensagem que compartilharemos parte como parte edificante de um diálogo, por isso, esclarecemos que não se trata de uma disputa de teses de quem tem o melhor argumento, pois, a produção textual que costumamos publicar não é feita a partir de pensamento ou inteligência de um homem mas, sim como um trabalho profissional de alguém que traduz idiomas.

Assim, os textos são resultados de tradução de linguagens semióticas na linha cognitiva, porque Semiótica é a Ciência das Linguagens, que não se limita à comunicação humana, mas a comunicação de tudo que há mensagem desforme (informação) e reação do destinatário (interação), sendo o tradutor não apenas de um idioma, mas de linguagens planetária e estelar.

E ao apresentarmos a mensagem de um amigo que hoje vem a abrir esse tema, a tratamos como colaboração para percebemos nossa indiferença, pois, sem querer julgar o pensamento ou forma de pensar do autor, mas, somente os efeitos daquela mensagem, para nos mostrar como a humanidade está adormecida.

Credit:senoaji1989

Assim, o diálogo se revela útil como uma interação à uma realidade presente, que na semiótica é chamada de abdução, porque como diz o ditado popular: o primeiro ouvinte é aquele que vos fala, ou seja, antes desse texto ser produzido ele foi experimentando por que o produziu.

Assim para evidenciar essa nossa dormência, ou distração no trabalho, foi desenvolvido a continuidade desse tema apresentando ausência de reação, diante de advertências importantes, como se deixássemos de dar a mínima atenção a fenômenos essenciais ao nosso bem estar, a exemplo da massiva gritaria de todos os jornais nesses dias, advertindo os irresponsáveis, homicidas, para que respeitem o isolamento e usem máscaras.

Por isso, a tradução de Linguagens pela semiótica cognitiva não se trata da ideia, entendimento de homem, mas de reação sobre uma advertência em Linguagem não humana para humana, a exemplo da Palavra proferida hoje na Liturgia Missal de 18 de março de 2021, quando o Senhor diz: “Eu, porém, não dependo do testemunho de um ser humano. Mas falo assim para a vossa salvação” (João, cap. 5, v. 34).

A fim de se traduzir essa Linguagem para os tempos de hoje, quando foi dito à Humanidade ou igreja daquele tempo: “mas falo assim….”, traz como tradução humana, como se Ele se fizesse como humano, para usar a linguagem falada em idioma de um povo como recurso de comunicação humana.

Mas, a Linguagem do Senhor não é a linguagem do homem, pois o Senhor não é somente Senhor da Humanidade, mas, do Céu, ou seja, do que está na dimensão acima das criaturas, e, Senhor da Terra, que não é somente um planeta, mas tudo o que está abaixo do Céu, na dimensão material das criaturas e coisas criadas que é o Universo, pois, Ele, afirmamos com certeza pelo testemunho de tradutores, é a Vida que há em tudo que se move ou que se transmuta sobre a dimensão do Universo, de forma que, onde há Vida lá Ele está, e onde Ele não está, não há a Vida.

O resumo do texto publicado no dia 16 de março de 2021, é o seguinte:

a) Todos nós queremos resolver nosso problema, mas o problema não será resolvido por nossas mãos porque ele é muito maior do que nossas forças, por isso. é preciso que confiemos em quem está a resolver esses nossos problemas;

b) Para termos a segurança em Quem está resolvendo o nosso problema, precisamos responder (interagir) à sua mensagem dirigida a cada um de nós, que humanamente poderíamos entender assim: você quer que eu te ajude neste problema?

c) Para isso, foi demonstrado no texto que a oração não deve ser mental, mas é o próprio trabalho que produzimos a cada dia, como uma oferta, mas, diante da ausência de “Culto de Ação de Graças” pelo isolamento, que neste tempo, tem o sentido de jejum, deve ser feita pela Igreja doméstica, ou seja, por nós em nossas próprias casas.

d) Naquele texto a Igreja também foi convidada para substituir suas abstrações e distrações virtuais, e usar as telas para que os sacerdotes, como primeiro ouvintes, ajudem na interação de cada família, ou cada casa, ensinando-a a santificar sua oferta para que seja agradável ao Senhor, através do rito do Rosário nos mistérios Gozosos, Dolorosos e Gloriosos, a ser acolhido pelo rosto Maternal de Deus, ou, Regina Caelorum.

e) Por fim, conclui que a oração puramente mental, ainda que diante do altar mais sagrado, é uma fé morta porque não contem as obras, ao passo que a oferta das primícias, é uma obra (Estética) construída pela fé (Ética) que compõe a ARTE.

Diante daquele texto foi recebido a seguinte partilha que com a devida estima ao amigo, dizemos que é resultado da Igreja adormecida:

Meu irmão, estamos ma quaresma tempo de oração, jejum e esmola. Tempo de aposta em sermos melhores do que somos, em todos os níveis. Melhor diante de Deus, diante do Irmão e da Irmã, diante de mim mesmo.

A resposta trata-se da interação no modo introspectivo, que predomina o nosso comportamento hoje, isto é, puramente mental e não de obras de realidade, em forma de um ideal de ritos puramente mitológicos quando diz “estamos na quaresma tempo de oração, jejum e esmola”, pois, falamos distantes da realidade vivida.

Oração: oração mental? Fé sem obras, pois diferente disso, o texto anterior falou de se orar com a prática da dignidade e cidadania que é o mesmo que a liturgia em que se produz as primícias a serem ofertadas.

Jejum: Diante de nossa obstinação perguntamos, quem voltou a Deus para agradecer pelos sinais através da peste? Mas ao contrário, mal dizemos a peste “aff….quando irá passar?”, não voltamos e nem estamos fazendo jejum, mas reclamando dos infortúnios.

Esmola: Diante de nosso agir, costumamos imitar o publicano, ao voltarmos nosso olhar para aquele que não teve o nosso privilégio, ou, cobrador de impostos, e, hipocritamente piedoso dá como, a um desgraçado, merecedor da esmola, os restos que nos sobram, enquanto a Igreja é chamada a dar a dignidade que Pedro deu ao mendigo na porta do Templo: ouro e prata não tenho, mas o que tenho te dou, em nome do Senhor Jesus Cristo levanta-te e anda (Atos dos Apóstolos, cap. 6, v.3).

Assim na mensagem com todo o nosso respeito, há uma reação puramente abstrata confirmando o que se foi traduzido no primeiro texto quando se iniciou falando que você está sozinho, pois Governo e Igreja segue o mesmo parâmetro de retóricas, como se constata ao analisar no texto seguinte:

Tua mensagem acena algo que estamos fazendo na CF ecumênica.
Quanto aos padres, creio ser oportuno para aqueles que tem um dom da comunicação ocuparem o espaço no desejo de evangelizar. São vários os dons.
Quanto ao suicídio falamos bastante do caso na última campanha e, na oportunidade, te convido a acompanhar o padre Lício Araújo Vale, especilsita no suicídio. Ele acaba de craiar uma página no facebook.

Isso na linguagem humana é chamada de retórica, ferramenta muito utilizada hoje quando os poderes institucionalizam a demagogia em suas prestações de contas e dizem que estão fazendo todo o possível, ou que, nunca na história desse pais se fez como eles, falam que fazem, mas os efeitos de suas palavras é somente a dissipação pelo vento, pois não existe eficácia no que proferem, por consequente não existe ações efetivas e constatação de alguma melhoria.

A mensagem evidencia-nos um profundo sono daqueles que representam Sião quando a retórica diz:

Quanto aos padres, creio ser oportuno para aqueles que tem um dom da comunicação ocuparem o espaço no desejo de evangelizar. São vários os dons.

Há de se considerar que a interação com Deus se dá de dois modos, primeiro a Palavra, que é Sião, Aarão, o Culto pelos sacerdotes, e a segunda é a Obra pela Fé, ou prática da palavra que é Jerusalém, Moisés, ou Liturgia pelo povo.

Ao se valer do meio de interação através de Aarão, a única vocação dos sacerdotes é o Culto da Palavra, como um dia fizeram os levitas, por isso, nos dias de hoje, sob o pretexto de igreja moderna, não representa o Senhor aquele que é travestido de padre galã cantor, ou padre presidente, Senador, Deputado, e, ainda, padre travestido de cowboy para entreter as misérias humanas, ou, padre travestido de curandeiro como garoto propaganda de remédio milagroso.

Pois não trazem o Culto na forma a eles Institucionalizadas, mas apenas as misérias humanas, e corrompendo o sacerdócio, se transformam em simples concorrentes dos profissionais do mesmo ofício, que não estão aptos ao Culto mas à Liturgia e, sem função de sacerdotes ou de leigo, são mornos, como são aqueles que têm um pé em cada canoa para seguir o curso do mar.

O mesmo texto de 16 de março, diante de um forte apelo para se voltar à realidade, se depara com a repetição da mesma retórica: As devoções marianas seguem em nossas TV’s e rádios.

Se voltarmos ainda para aquele texto, diferente da mensagem, a proposta é a de que a oração mental não chega a Deus, mas sim, somente a obra com fé, assim, as devoções humanas das TV’s e rádios, não agradam ao Senhor da Igreja, pois são meramente abstratas, mitológicas ou distraídas, parece uma gravação cansativa, que fica repetindo e repetindo sem qualquer sentido, não sendo agradável nem mesmo para despertar o sono.

Conclusão

O texto inicial traduziu uma promessa de segurança absoluta para aqueles que se sentem inseguros, sem amparo, sem rumo, diante do grave momento em que vivemos, sob uma proposta de conforto para confiarem na solução Natural, e não nas propostas das próprias mãos, pois se hoje os irresponsáveis não obedecem o isolamento é porque viram que a solução humana não está dando certo, pois lhe colocam em risco a subsistência.

Isso se confirma pela Liturgia Missal de 18 de março de 2021, ao compararmos o texto de 16 de março de 2021 quando se falou para não se por a esperança em Vacas de Ouro, como se a vacina, cuja a origem etimológica do nome vem de vaca, fosse a solução de nossas mãos, e que hoje nos diz:

o Senhor falou a Moisés: “Vai, desce, pois corrompeu-se o teu povo, que tiraste da terra do Egito. Bem depressa desviaram-se do caminho que lhes prescrevi. Fizeram para si um bezerro de metal fundido, inclinaram-se em adoração diante dele e ofereceram-lhe sacrifícios, dizendo: ‘Estes são os teus deuses, Israel, que te fizeram sair do Egito!'” (Livro do Êxodo, Cap. 32, v. 7-8).

A proposta desse trabalho não deve ser entendida como se não se devêssemos obedecer os direcionamentos apresentadas hoje, com vacinas e isolamento, devemos sim, mas concomitantemente devemos também nos voltar ao Senhor a fim de que Ele nos instrua o que devemos fazer, pois a peste tornou-se uma forma de chamar a atenção de cada um, que, sem qualquer solução nas mãos, deve voltar sua segurança para Ele, e confiar que terá uma solução segura para este momento, e, que não é tempo para brincadeiras, isto é, Ele não está muito contente.

Portanto, os trabalhos que produzimos através dos títulos Saindo da Pandemia, tem por propósito despertar nos leitores apenas os pontos de linguagens que lhes parecem imperceptíveis no cotidianos, de forma que, ao lhes estimular os sentidos eles reajam por interações litúrgicas da Regina Caelorum, com aquele que é a própria Solução de Deus, pois do contrários se tornaram como as virgens imprudentes, que a exemplo do publicano, achando estar dominando a situação, acabaram ficando de fora.

Te amo meu amigo, por isso não estou te propondo um debate com minhas ideias, mas por obrigação que me foi imposta, te dando um aviso para que você desperte e se assegure na Solução de Deus.

Mais sobre esse tema: https://formaresaber.com.br/saindo-da-pandemia-pelo-recluses-no-lugar-do-lockdown/

Saindo da Pandemia pelo recluses no lugar do lockdown

Este artigo propõe uma caminhada de desenvolvimento de sentido emocional nas convulsões do dia a dia da vida.

Vivemos dias de extremas aflições, nos desviando da morte a cada instante e tentando salvar nossos filhos, porque, como na música dos Titãs, Pela Paz (1997)1, todo mundo está disposto à guerra, mas ninguém luta por você, você está sozinho.

Ao olharmos para o líderes, todos dizem, disposto à guerra, mas, não para lutar por você, isto é, para se efetivar a Justiça, mas, para manterem sua boa imagem pública, para manterem sua popularidade e, para alguns, para sucesso em reeleição das mamadeiras do Estado.

Para isso, praticam o ofício público da mera burocracia, que atenta contra a dignidade e cidadania, valendo-se do direito das aparências, cuja a injustiça do Ter Direito, faz prisioneira a verdade do Ser Direito e dizem sem qualquer constrangimento “é imoral, mas é legal”.

Por isso, vivemos um momento em que somos chamados a nos conscientizarmos de que o maior erro nosso agora, é por a esperança na mão de um desses caras, pois, ao invés de amarem a justiça, ostentam a si próprios, e preocupados apenas com a manutenção de seus luxos, não se importam e nem mexem um dedo para lutar por você, tua dignidade de ter um leito, um cuidado na saúde, é o que menos importa, a final adotam como ideal mais importante, a politicagem.

No entanto, a dignidade e a cidadania não estão sob as sujas mãos demagógicas deles, pois, são atributos sublimes que a própria natureza os guarda em seu santuário, e quando há ameaça a algum deles, ela própria se incumbe de protegê-los e não mede forças para, a seu tempo, destruir esses perversos egoístas.

Por isso, o momento presente em que testemunhamos uma peste global, ou pandemia, somos chamados a acreditar que não há “donos da verdade” a dar solução, pois não se têm a solução, não se devendo esperar que surgirá um plano mirabolante de economia e saúde, ou um plano conservador, porque tudo isso que foi feito até hoje já não se mostra mais adequado, por se sustentarem sob a indignidade do ter Direito, conservado pelas aparências, fingimentos, ou hipocrisias, e se afastarem do ser Direito.

Assim, não devemos esperar uma solução humana, não acredite em nenhuma promessa de homem, pois, o que nós todos somos chamados agora, trata-se de um fenômeno muito mais forte do que o homem, porque sua dimensão transpassa as fronteiras da capacidade de controle pela própria Humanidade.

Falar de solução por vacas (= vacina) de ouro, ou por máscaras como seu salvador, é ilusão para não se encarar o mal real que temos de enfrentar, que é a falta de coragem para olharmos para nós mesmos e ver que estamos sozinhos, e, homem nenhum lutará por nós e nossos filhos.

crédits:gdj

O momento presente não pede uma solução por lockdown, que quer dizer confinamento, mas, apresenta uma saída pelo recluses, que quer dizer contemplação, recolhendo-se a um jejum solitário, buscando atender ao chamado da única que pode estar ao nosso alado agora, a Natureza, nos convidando para voltarmos à realidade, à verdade, pois nós não somos vacas, nem de ouro, nem de carne, mas, cultuadores da dignidade e cidadania.

Para isso, se faz necessário se aprender a interagir com a Natureza para se aprende a ouvir dela o que ela quer e espera de cada um neste momento, tornando-se cultuadores da dignidade e cidadania, sendo Direito, e que podemos chamar de tecnologias de inovação de culto e liturgia.

É uma tecnologia de inovação, porque hoje, diante das ilusões que somos expostos diariamente, quando se fala em relacionamento com a Natureza nos permanecemos a um exercício milenarmente retrógrado, puramente mental, abstrato, como uma meditação, uma filosofia, reflexão, Yoga.

A assim, essa tecnologia diante da gravidade da situação, propõe uma mudança necessária para que a parte imaterial que compõe nossos atos, que poderíamos chamar de ética, também integre a parte material, cuja estrutura é chamada de de estética, pois a composição da Ética + Estética se forma a Arte.

Assim, nesse momento em que somos desafiados a presenciarmos um fenômeno aterrorizante, fora de nossas mãos, e também, quando nenhum homem parece disposto a fazer algo por nós, logo só nos resta lançamos mãos de um pedido a Deus, como por exemplo, os pais que oram pelo filho que sofreu um traumatismo craniano em acidente de carro, ou, o filho que ora pelo pai no leito de morte, na luta para sobreviver contra uma doença.

No entanto, esse modelo que estamos acostumado, e que se pratica milenarmente em qualquer credo ou igreja, por mais bem intencionado que seja, se mostra inoportuno, pois, muitas vezes, as orações parecem ter sido em vãos, o que nos faz lembrar aquele filme “Os imortais”, de 2011, quando o ladrão, ao lado de Teseu, responde à Oráculo, que se tornou ladrão porque teria pedido um cavalo para os deuses e nada recebeu, já que os deuses não lhe deram, ele decidiu roubá-lo.

Portanto, o momento não é o de elevar uma oração puramente mental, mas sim, a necessidade de inovar para uma nova tecnologia, para se colocar, antes de qualquer oração, a nossa obra de dignidade e de cidadania, que os cultos dignos costumam chamar de “oferta de Abel” ou, “a primícia”.

Para isso ser feito, é preciso que primeiro, acolhemos a verdade, aquela que não muda por conveniências, ou seja, aquela que era, é, e será, e, em nome dela pratiquemos todos os atos ao qual somos chamados a realizar no nosso dia a dia, em dignidade e cidadania, pois, somente a partir de nossas obras, podemos nos apresentar diante de Deus, com primícias, sem estar com as mãos vazias:

Que ninguém se apresente de mãos vazias diante do Senhor: cada um traga seu dom, conforme a bênção que o Senhor seu Deus lhe tiver proporcionado (Deuteronômio, Cap. 16, v. 16-17).

Para encher as mãos, é preciso portanto, praticar nosso ofício cotidiano dentro da dignidade, ou seja, o respeito, o carinho, o zelo, o sentimento verdadeiro de estima por quem nos relacionamos, seja ele humano, animal, vegetal ou mineral, e também dentro da cidadania, que é respeitar toda a dignidade do próximo, antes que esse próximo tenha de pedir, ou, ele antes dele ter de exigir do Estado nossa correção.

Com essa oferta em mãos, diante da verdade, só você e Deus saberá se a oferta é de Abel ou de Caim, e, sendo digna de primícias, antes de você se deparar com um ato aterrorizante, o Senhor mesmo já te livrou dele, mas se não, a exemplo da parábola das virgens imprudentes, você deixou para a última hora, não conseguirá reverter a situação só porque você quer daquela forma, ainda com longas dias de orações e lágrimas.

Para aperfeiçoar essa tecnologia, há mil anos, ocorreu um fenômeno sem intervenção humana, testemunhada por São Domingos de Gusmão, em que, a Mulher, a mesma em que o Senhor lhe a apresentou como Mãe da Humanidade quando disse ao discípulo amado “eis o teu filho” (João, cap. 19, v. 25-27), se apresentou como medianeira, a colher as obras produzidas materialmente pelos homens diariamente e serem apresentadas como incenso santo a Deus.

Para instrumento de coleta instituiu uma prática imaterial, a nossa ética, a tornar as obras materiais, a estética do trabalho de nossas mãos, como incenso, chamada de Rosário, para que o homem peça à Ela, por meio de contemplação (recluses) de três mistérios: gozosos, dolorosos e gloriosos, e, assim, Ela apresente a Deus a sua oferta do dia, mediante a seguinte promessa chegada a nós nestes dias por São Domingos, destinada àqueles que, como o discípulo que o Senhor amava, a receberam em sua casa:

Eu lhe asseguro que apesar das gravidades de seus pecados “alcançareis a incorruptível coroa da glória” (1Pd 5,4). Mesmo que você esteja à beira da condenação eterna, mesmo que você já tenha um pé no inferno, mesmo que você já tenha vendido sua alma ao diabo como os feiticeiros fazem ao praticar a magia negra, e mesmo que você seja um herege obstinado, como um diabo, inevitavelmente você se converterá, conservará sua vida e Jesus salvará sua alma (MONFORT, 1997, p. 6)2.

Assim, a tecnologia inovadora trazida para os dias de hoje é composta pela iniciativa de deixarmos de nos apresentar de mãos vazias olhando para o céu a pedir ajuda de Deus, para pormos mãos à obra, e pratiquemos em todas as ações a que Deus nos chama a praticá-la, desde a mais simples como varrer uma sala, como projeto dele de liturgia, revestidas de dignidade e cidadania, e diariamente colocada, como incenso pela Medianeira, a rogar por nós, agora e na hora de nossa morte, cujo resultado dessas obras, seja como projeto Dele de Culto de vanguarda tecnológica.

E para se dar o primeiro passo, a primeira delas a vencer essa pandemia: é a reclusão interna (recluses), voltar-se para a verdade, ver onde erramos ao ferir a dignidade e cidadania e imediatamente começar as reparações, apresentando nosso incenso diário nos recluses de três mistérios.

Conclusão

Se você diante de tanta aflição, acolher a promessa feita aos homens testemunhada por São Domingos, tem a promessa, não por demagogos humanos, a de vencer os desafios presentes. Se acolhê-la, no mínimo, ficaria como está, ao passo que sozinho, sem ninguém lutar por você, você certamente não terá nenhuma chance, e só lhe restará ser pisados pelos homens.

1TITÃS, Paulo, Sérgio, Branco, Charles, Nando. Pela Paz. In Album Domingo – Acústico MTV, 1997. Disponível em https://youtu.be/ymk7Qby8Tmg. Acesso em 16 mar. 2021.

2MONFORT, São Luís Mª Grignion de. O segredo do Rosário. Belo Horizonte-MG:Divina Misericórdia, 1997.

O Novo Mundo: a história interagindo com a humanidade

Se direcionarmos nosso olhar para as lojas físicas de locadoras de vídeos, já não existem mais, ou, para lojas de CDs e DVDs, outras no mesmo ramo tentam sobrevida, à custa de muita briga, como os taxistas x motoristas de aplicativos, a drástica redução do público de jornais impressos, TVs abertas e até TVs a cabo.

Agora imagine que esse mesmo processo está ocorrendo com o Sistema Econômico Global, ou seja, o modelo de “A Riqueza das Nações” entrou em colapso, e estamos no salve-se quem puder: salve tua empresa, ou salve teu emprego, ou, salve teu investimento.

The crash

Te convidamos a sair dessa muvuca, e fazer uma análise de conjuntura para a nova realidade que se iniciou, que não se chama novo reset, ou novo normal, mas sim, o Novo Mundo, num warm-up produzido no vídeo de 30 segundos abaixo.

Breve resumo da Obra:

Obra literária desenvolvida a partir de pesquisas para desenvolvimento de percepção didática valendo-se da Ciência das Linguagens, a Semiótica, na linha de Semiótica Cognitiva, que permitiu retratar panoramicamente, o momento presente capaz de oferecer habilidades para criação de estratégias para a ações no desenvolvimento empresarial, governamental, profissional e pessoal.

Começando um novo tempo

Iniciar uma nova caminhada não é fácil, é como iniciar um novo idioma, acostumados com o Português, tentar compreender e falar o Inglếs, ou Japonês, Alemão, Chinês.

Assim, eu um novo começo de tudo, e começamos a aprender uma nova Língua, cujo curso precisa produzir sentido e emoção, fizemos um resumo na composição abaixo, que te convidamos a ver, ativando as legendas para interagir com a letra.

A trinca nos Poderes constitucionais: de cidadão ruindo para a escravidão

O presente artigo denuncia o recurso usado pelos administrador da lei para bular a cidadania e substituí-lo pela vantagem pessoal.

Entres os valores constitucionais do Brasil, três dispositivos se revelam como o sonho mais belo de uma Nação, sendo eles:

a) A sociedade constituída sobre a pedra da Dignidade (Art. 1º, III da Constituição da República/88), significando isto, que a menor de todas as vidas, tem de ter (…e não… deve ter, ou….pode ter), a mesma importância que a maior de todas.

b) A sociedade é constituída sobre a pedra da Cidadania (Art. 1º, II da Constituição da República/88), significando que todos são responsáveis pelo bem estar recíprocos, de forma que cada um tem o compromisso de respeitar o direito do outro naturalmente, isto é, sem a necessidade do credor, reclamá-lo ao Estado contra o devedor, constituindo a Ordem Social.

c) Os sagrados direitos Constitucionais não podem ser corrompidos pela conveniência dos administradores da Lei (Art. 37, cabeça, da Constituição da República), significando que o Direito deve se efetivar em Justiça, não se favorecendo direito de aparências de regularidade, que distancia a cidadania da Justiça.

Se a Sociedade Brasileira está formada sobre uma estrutura tão preciosa, a fazer inveja para nações mais afortunadas, porque está se vivendo o caos, em que, ao invés da cidadania, se testemunha como se fosse lixo, como que se ninguém percebesse, pessoas a morrerem na rua por falta de um leito, ou sem recursos para comprar um pão, humilhando-se em seus suplícios com esmolas do Estado que se quer alcançam 20% da promessa constitucional da dignidade do salário mínimo (Art. 7º, IV da Constituição da República/88)? A resposta é uma dura realidade, os Poderes da República estão trincados.

Ilustração: PellissierJP

O Foco da Crise Institucional

Se o interesse público constitucional é a efetivação da cidadania, formando-se a unidade republicana, e, a cidadania é o reconhecimento espontâneo do direito do outro (Art. 37 da Constituição da República/88), logo haverá crise institucional, quando não há esse reconhecimento espontâneo do interesse público, e se não há o reconhecimento espontâneo do interesse público, é porque está havendo a prevalência do interesse particular de alguém que resiste em reconhecê-lo, represando para si, os bens construído para toda a sociedade, desequilibrando a igualdade.

Da usurpação do Direito pelos administradores

A quebra da cidadania se dá pela prevalência do interesse particular sobre o interesse público, o que se costuma chamar de ato não republicano ao substituir o resultado da expectativa da Justiça da cidadania e dignidade, por uma operação de Direito puramente burocrática, o “direito de aparências” que não tem a dignidade do “santo do pau oco” ou “para inglês vê” de nossos antepassados.

Assim, no papel ou, o que ele chama de prestação de contas, parece que o administrador está agindo certo, mas, os efeitos administrativos, que deveria resultar no princípio da eficácia administrativa (Art. 37 da Constituição da República/88) se revelam contra a dignidade e cidadania, ou, não republicanos, pois, atendem apenas núcleos segmentados, transformando o Direito em correntes duras que transformam os cidadãos em escravos tolhidos da mínima dignidade, na injustiça do “olho por olho” que culmina na desordem social.

O Direito escravizante da injustiça do “olho por olho”

A injustiça do “olho por olho” é aquela em que sem o reconhecimento espontâneo do direito do outro, o cidadão se torna escravo, sob um “direito de aparências” onde cada um chora o seu leite derramado, e no lugar da dignidade, o que recebe sempre são esmolas como favores do seu suplício, e no lugar da unidade republicana o que se tem é cada um por si, ou olho por olho, como canta Rita Lee:

Quem não chora dali, não mama daqui, diz o ditado.
Quem pode, pode, deixa os acomodados que se incomodem
(LEE e MARCUTTI, 1978)1

Se o princípio que norteia os administradores do Direito é o de cada um por si, o administrador não será capaz de reconhecer o interesse público da unidade que estrutura a cidadania (Art. 37 da Constituição da República/88), substituindo a eficácia da lei, pela burocracia do direito aparente, como forma justificadoras dos atos segmentadores, o que pode ser chamado de corrupção da lei.

Alguns exemplos da corrupção do Direito pelas Instituições que substituem a unidade cidadã, pelo “quem pode, pode” sob a conveniência do direito das aparências:

Depois da denúncia de que desembargadores teriam recebido propina de R$ 1,5 milhão do padre Robson de Oliveira para favorecer decisões em um processo que envolveu a compra de uma fazenda, a juíza Placidina Pires, responsável pelo caso no Tribunal de Justiça de Goiás, encaminhou os documentos para o Superior Tribunal de Justiça (STJ) apurar o suposto favorecimento ilícito (OLIVEIRA, 2021, p. 1)2

Temos de ter cuidado porque quase sempre tiramos conclusões erradas, ao reagirmos contra o comportamento ético dos protagonistas, quando na verdade deveríamos procurar entender o que falhou na lei, no direito a causar injustiça.

Quem pode, pode.

Ao mudar o nosso olhar, vamos perceber, primeiro, que o corruptor, que tinha por ofício o compromisso da Verdade, optou pela mentira (faz de conta que sou representante da verdade) sob um direito aparente. Por segundo, os favorecimento em decisões quem julga é porque quem julga afastou-se do dever da eficiência e legalidade do Art. 37 da Constituição da República/88, na preservação no interesse comum cidadão, para, sob a corrupção do direito, emitir decisão de juízo aparente, ou com a chancela oficial pelo tribunal.

Assim somos capazes de entender que o que se falhou foi que se um dia Montesquieu pensou em freio e contrapesos, a Constituição Cidadã do Brasil, criou um gatilho de garantia no seu Art. 37 para que a unidade cidadã se desse sob o interesse público, mas os poderes meticulosamente aprenderam a burlar esse gatilho, em governos sem transparência, substituindo a aplicação geral da lei, pelo entendimento pessoal do julgador, ou, pelo governo particular, ou, pela lei sob encomenda como se confirma abaixo:

O direito burocrático no poder judiciário, aprisionando a justiça

Quatro desembargadores do Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro foram presos por suspeita de receber propina para favorecer organizações sociais da saúde e do transporte que foram banidas de assinar contratos públicos. De acordo com as investigações, também fariam parte da suposta quadrilha advogados e parentes dos magistrados. No total, a operação prendeu 12 pessoas. As prisões são um desdobramento da operação que afastou do cargo o governador Wilson Witzel (JR NA TV, 2021, p.1)3.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) ordenou a prisão de duas desembargadoras do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA), nesta segunda-feira (14), por venda de sentenças. A ordem do ministro Og Fernandes faz parte da Operação Faroeste, que investiga um esquema de venda de sentenças no tribunal baiano que teve sua quinta fase deflagrada hoje (MENDES, 2020, p.1)4.

O direito burocrático no Poder Executivo tornando o cidadão escravo no desprezo da vida

A CGU (Controladoria Geral da União) divulgou, nessa 2ª feira (1º.mar.2021), um balanço das investigações de irregularidades na aplicação de recursos federais em ações de enfrentamento à pandemia por Estados e municípios.

O órgão estima um prejuízo potencial de R$ 125,9 milhões pelo desvio de verbas. O prejuízo efetivo, já confirmado pelas apurações, é de R$ 39,1 milhões. Desde o início da pandemia, a CGU atuou em 51 operações em conjunto com a Polícia Federal e Ministérios Públicos (RODRIGUES, 2021, p.1)5

O direito burocrático no Poder Legislativo transformando o interesse público em balcão de negócios privados

Bom lobista, dizem os especialistas no assunto, é aquele que consegue articular interesses em qualquer área de influência sem nunca se expor, passando quase despercebido. Essa ideia talvez explique o gigantismo dos investimentos nesse setor, especialmente por parte das grandes empresas. Elas transformaram o mercado dolobbyem Brasília numa verdadeira feira de ofertas, com distribuição de vantagens e “brindes” que podem ir de uma caixinha de bombons até um videocassete ou um valioso quadro de arte (JORNAL DO BRASIL apud SENADO, 1987)6.

Ou ainda:

O senador Chico Rodrigues (DEM), flagrado com R$ 33 mil na cueca durante operação da Polícia Federal, retornou ao Congresso Nacional nesta quinta-feira, 18, após licença de 121 dias para, segundo justificativa, tratar assuntos pessoais. Em uma publicação nas redes sociais, o parlamentar informou que encaminhou uma carta aos colegas do Senado Federal com explicações sobre o episódio, ocorrido em outubro do ano passado. Ele descarta ter cometido irregularidades e diz que ficou em pânico, temendo que fosse uma quadrilha criminosa. “Confesso que, em um dado momento, em meio ao transtorno, fiquei mesmo em dúvida se se tratava de uma operação policial ou de ação de uma quadrilha especializada. Estava dominado pelo pânico e pelo medo ( JOVEN PAN, 2021, p.1)7.

Conclusão

Há uma trinca nos Poderes Constitucional que além das fronteiras públicas afetam também as instituições privadas pela conveniência da concentração de poderes nos administradores sob a forma de interesse corporativista ou fisiologista (pessoal), que transforma a Justiça da unidade cidadã, em prisioneira do direito aparente em segmentos, ou partidarismos.

Haveria solução?

A solução não exige instrumento novo, ou engenhosidade tecnológica, mas sim, amor pela Justiça ao ponto de se tornar inaceitável:

a) a decisão do Poder Executivo, ausente do gatilho do Art. 37 da Constituição da República/88), que torna letra morta a Tríade Orçamentária, com o cumprimento apenas aparente, substituída pelo poder concentrado do “meu governo” do administrador.

b) A decisão do Poder Judiciário, ausente do gatilho do Art. 37 da Constituição da República/88, que torna letra morta o princípio do livre convencimento do Juiz, comprometendo a eficácia da Justiça pela burocracia processual do poder concentrado do juiz que profere a sentença “no meu entendimento”.

d) A decisão do Poder Legislativo, ausente do gatilho do Art. 37 da Constituição da República, que substitui o interesse público da lei, pela concentração do poder sob a lei “pelos meus eleitores”, “pelo meus filhos” “pelo meu partido” do administrador.

Diante disso, haveria homem capaz de amar a Justiça para a efetiva cidadania? Ou seria mais conveniente a indignidade como cidadã do direito aparente? Mas, se o poder concentrado já caiu uma vez, para aqueles que creem na Justiça, há um consolo, o canto de Chico Buarque:

Hoje você é quem manda,
falou, tá falado,
não tem discussão.
A minha gente hoje anda
falando de lado,
e olhando pro chão, viu.
Você que inventou esse estado,
e inventou de inventar
Toda a escuridão.
Você que inventou o pecado
esqueceu-se de inventar
o perdão
(BUARQUE, 1970)8.

1LEE, Rita e MARCUTTI, LEE. Jardins da Babilônia. In Album Babilônia, Som Livre, 1978. Disponível em https://youtu.be/q4ijItKsLv8 . Acesso em 09 mar. 2021.

2OLIVEIRA, Rafael. Juíza envia documentos dos processos do padre Robson para o STJ apurar suposta propina a desembargadores. In Goías: G1-TV Anhanguera, 08/03/2021. Disponível em https://g1.globo.com/go/goias/noticia/2021/03/08/juiza-envia-documentos-dos-processos-do-padre-robson-para-o-stj-apurar-suposta-propina-a-desembargadores.ghtml. Acessso em 09 mar. 2021.

3JR na TV. Quatro desembargadores do Rio são presos por suposta venda de sentenças no governo Witzel. In JR 24h, 02/03/2021. Disponível https://noticias.r7.com/jr-na-tv/videos/quatro-desembargadores-do-rio-sao-presos-por-suposta-venda-de-sentencas-no-governo-witzel-02032021. Acesso em 09 mar. 2021.

4MENDES, Guilherme. STJ prende desembargadoras da BA por venda de sentenças. In Congresso em Foco, 14/12/2020). Disponível em https://congressoemfoco.uol.com.br/judiciario/stj-desembargadoras-tjba-faroeste/. Acesso em 09/03/2021.

5RODRIGUES, Fernando. CGU estima prejuízo de R$ 126 milhões em desvios de verbas da pandemia. In Poder 360 02/03/2021. Disponível em https://www.poder360.com.br/governo/cgu-estima-prejuizo-de-r-126-milhoes-em-desvios-de-verbas-da-pandemia/. Acesso em 09/03/2021.

6SENADO FEDERAL. Loby da festas e presente e desnuda o poder. In Jornal do Brasil, Política, 02/08/87. Disponível em https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/134497/Agosto%2087_%20-%200010.pdf?sequence=3. Acesso em 09/03/2021

7JOVEN PAN. Chico Rodrigues volta ao Senado e diz que confundiu ação da PF com quadrilha. In Jornal da Manhã 19/02/2021. Disponível em https://jovempan.com.br/programas/jornal-da-manha/chico-rodrigues-volta-ao-senado-e-diz-que-confundiu-acao-com-pf-com-quadrilha.html. Acesso em 09 mar. 2021.

8BUARQUE, Chico. Apesar de você. In Poligram-Phillips: Lado B, 1970). Disponível em https://youtu.be/LZJ6QGSpVSk. Acesso em 09 mar. 2021.

Dia internacional da Mulher

Homenagem à Mulher

No dia de consciência pelo valor da Mulher, somos convidados a compreender que o Mundo não deve acreditar que a Mulher deva ter direitos, porque ainda que ela tivesse todos os direitos, o que testemunhamos como nos já existentes, não são suficientes para a efetivação da Justiça.

Assim, neste dia, esperamos que o Mundo desperte para a grandeza, a honra, a beleza, a suavidade, a certeza, a força, a lealdade, o valor maior, embebendo-se em ternura, capaz de gerar no íntimo de um coração anestesiado por tantas indiferenças, a iniciativa real capaz de garantir a Dignidade do ser Mulher, como meio de se alcançar o seu reconhecimento em grau de Justiça.

Ilustração: Darksou1-pixabay

COVID-19: governantes e empresários no caminho errante para a morte

O presente artigo traz uma crítica à iniciativa de se dar soluções para o problema sobre o Covid-19, propondo a substituição da solução do problema para saída do problema.

Estamos vivendo um momento dramático de extrema gravidade, em que todos estão exposto ao risco de morte imediata, e, já não se sabe, se hoje, estaremos em casa, ou, morrendo asfixiado na fila de um leito de morte, pois, se nas ultimas décadas perdemos a dignidade de cidadão com as soluções de líderes inspiradas na conveniência de lucros, agora o que testemunhamos é que a indignidade está se tornando a cidadã das hipocrisias sociais, onde o grito de socorro daquele que agoniza, não se escuta, e, tornam as democracias mera utopia ou, mesmo, a exemplo do efeito Covid-19, “letra morta”.

Ilustração:pixabay

Os erros que se testemunha no presente são perceptíveis ao observamos que os modelos da administração moderna têm como referência líderes que dão soluções, emoldurando ícones como por exemplo, Steve Jobs, Bill Gates, que, certamente na faculdade, não frequentaram aquele barzinho preferido da turma, e por isso não ouviram as lições de J. Quest quando cantava:

Viver é uma arte, é um ofício
só que precisa cuidado.
Prá perceber quer que olhar só pra dentro
é o maior desperdício.
O teu amor pode estar do seu lado (REIS e JOTA QUEST, 2004)1.

Assim, nos seus modelos de gestão, prometem, sob ilusões de engenhosidades, vender todos os tipos de soluções, no entanto, arquitetadas no desperdício de olhar só para dentro de si, por isso, acabam por escravizar as pessoas para sempre depender de soluções, ao passo que o cuidado no ofício da arte, não é para se dar soluções, mas para se criar saídas, pois, o amor que está ao nosso lado, sob o desperdício de não o vermos, é a nossa própria vida.

Portanto dar soluções, é o modelo aplicado pelos atuais líderes, que norteia a Humanidade como solução para a pandemia atual, o Covid-19, e, pela sua ineficiência, está levando, a saúde, os empresários e os colaboradores para a ausência de recursos de sobrevivência, ou seja, todos caminham para a asfixia, porque o momento não é para se dar soluções mirabolantes, mas sim, para se encontrar saídas.

Abrindo as fronteiras do olhar para fora de si mesmo

Ao conseguir abrir os olhos para fora de si mesmo, o primeiro norte a apontar saídas, vem da possibilidade de se perceber que o princípio aplicado na fabricação de vacinas de combate ao Covid-19, isto é, da indução do organismo para produção de anticorpos visando a estabilidade da saúde e cura pode ser uma saída.

Assim, se é saída, é porque esse princípio, deve ser aplicado não somente para a peste, pois, se abrirmos o olhar veremos que a realidade nos apresenta inúmeros sistemas que estão buscando anticorpos para a estabilidade do ambiente, ou seja se constata a instabilidade do Planeta, reflexo do comprometimento da saúde do Mundo, que está lutando, e, com violência, para curar as suas chagas, como nos ajuda a compreender isso, a Teoria de Gaia:

A teoria de Gaia é uma hipótese da Ecologia que estabelece que a Terra é um imenso organismo vivo. Elaborada pelo cientista inglês James Lovelock, em 1979, ensina-nos que nosso planeta é capaz de obter energia para seu funcionamento, enquanto regula seu clima e temperatura, elimina seus detritos e combate suas próprias doenças, ou seja, assim como os demais seres vivos, um organismo capaz de se autorregular (FIRMO e FINAMORE, 2020, p. 1)2.

Esse processo de autorregulação ou auto recomposição do organismo é chamado de autopoieses (MATURANA e VARELA, 2001)3, e nós, como que dentro do olho do furação, estamos sob forte violência, o que nos leva à primeira constatação da nossa condição real: não estamos no controle, portanto, não somos capazes de dar soluções para vencer algo maior do que o maior dos furacões, restando-nos como meio de cura somente encontrar saídas.

Se demos um primeiro passo para a saída, com o reconhecimento de não sermos capazes de dar soluções, ao tentar darmos o segundo passo para se encontrar saídas, ao lado do princípio da criação de vacinas, há o isolamento, mas que não deve ser visto como uma desgraça, e sim, como uma dieta médica, ou, jejum, isto é, o tempo de convalescência, ou, privações e remodelações de vida, que, também foi cantado no barzinho da faculdade dos tempos de Gates e Jobs em bad moon rising :

Não saia essa noite.
Bem, ele é obrigado a tira a sua vida.
Há uma lua ruim em ascensão.
Eu ouço furacões soprando,
eu sei que o fim está chegando em breve
Eu temo que os rios fluam
eu ouço a voz da raiva e da ruína (FOGERTY e CREEDENCE CLEARWATER REVIVAL, 1969)4
[tradução nossa].

Para muitos acostumados a estarem sob o controle das suas coisas, a ideia do isolamento parece suicídio, pois, como se lucrar ao se deixar de vender ou comprar, aparentemente não se resistiria empregadores e empregados. A resposta para esse momento pode receber algumas luzes do texto produzido em 09/12/2016, isto é, há 3 anos, quando já se falou da experiência do homem abrir mão do controle, no enfrentamento da pandemia da asfixia:

Como no contágio por um vírus ou uma bactéria, a partir daí, adquirimos uma doença, cujo hospedeiro é a avidez, e o sintoma é a alucinação, pois ao amarmos o dinheiro, ele sempre nos parecerá insuficiente, e o queremos sempre mais (Cf. Ecl 5,9), cobiçando cada vez mais, sem o limite do que nos é necessário ou, do que nos pertence, sob o efeito alucinógeno de se ter o domínio com ele, ao passo que, a contrário sensu, a ele submetemos toda a nossa livre iniciativa, que passa a ser dominada por ele e, com isso, sujeitamos nossas vontades a ele, nos ajoelhamos, suplicamos, nos arrastamos, nos matamos, assassinamos, casamos, amigamos, traímos, amamos, adorando uma imagem ilusória da segurança, do poder do cara e coroa.

Essa doença tomou uma proporção global como uma pandemia, pois, pelo amor ao dinheiro, o mundo sofre alucinações gigantescas como o fim dos mercados comuns, fim do emprego no mundo, riscos de queda dos ricos e poderosos, que, beirando a uma convulsão, dentro de um escuro leito, atônito, moribundo, não se vê esperança, porque não se guarda mais a fé, agonizante sob o efeito da ilusão de uma pobreza extrema pela perda da energia da sua vida, o dinheiro, se aflige em múltiplos tormentos (Cf. 1Tm 6,10) (LUCIO FILHO, 2016)5

Essa experiência do nosso terror de sermos convidado a andar sob um abismo, sem segurar com nossas mãos, também foi cantada no barzinho da faculdade, na canção Só o fim:

Se o chão abriu sob os seus pés
e a segurança, ela sumiu da faixa.
Se as peças estão todas soltas,
e nada mais encaixa.
Oh, crianças isso é só o fim.
Isso é só o fim,
Isso é só o fim (HUMMEL, MULLEM, NOVA e CAMISA DE VÊNUS, 1986).6

Se conseguimos abrir: a) as portas do olhar para fora de nós mesmos e, b) se nos vemos sem os controle da situação; é como se tivéssemos adquiridos duas pernas, a nos tornar capazes de caminhar para a saída, ou seja, iniciando o ofício da Arte da Vida que canta o Jota Quest, para se perceber a fonte da segurança a nos amparar.

Para se perceber isso, é preciso nos voltarmos para o processo de autopoieses do sistema todo, isto é, o Planeta, que como se estivesse em uma convulsão, busca a cura através da autorecomposição, e nós estando dentro dele, precisaremos criar uma identidade capaz de revelar se ocupamos o perfil dos anticorpos, ou, dos invasores pois, neste segundo caso, seremos eliminados como algo inútil, maléfico, ou desprezível ao organismo, através de uma hemorragia, um vômito, ou, um conteúdo purulento.

E para criar essa identidade precisamos voltar ao nosso índice vital, os seja, nas informações que estão impressa no DNA do organismo, capazes de nos dar sinais perceptíveis de reação, como por exemplo na biologia, quando nos deparamos com o sintomas da febre alta, ou, nos princípios de uma acidente vascular cerebral (AVC) pela pressão alta.

No caso da humanidade que é constituída de consciência, os sinais se dão pela lições de seus ancestrais, como uma cultura, por isso, pedimos licença para chamar a reunião dessa cultura de Acervo Cultural da Humanidade, que, a exemplo do artigo “previna-se da pandemia da fome” (cit. nota 5), como um sinal para esse momento, também, há inúmeros outros como o mais recente, o fabuloso sinal do ParHelio da China apresentado sob o Cântico: da Luz do Mundo És Aurora” (LUCIO FILHO, 2020)7.

Se esses sinais se dão na forma de cultura dos ancestrais, já se é capaz, com o passo da primeira perna, de se olhar para fora de si, para assim, superar a incerteza desse momento, se ensaiando a segurança pelo passo da segunda perna, na renúncia da autossuficiência se reconhecendo impotente, fora do controle.

Esse processo vai criar uma incrível ferramenta da Arte de viver, através do ofício da prudência pois, para que se produza seus efeitos do Acervo Cultural da Humanidade essa mesma prudência se efetiva pelo ofício do respeito ao conselho, como um testamento deixado por nossos ancestrais, ou seja, como no Direito moderno na sucessão testamentária, o conselho é uma disposição de última vontade, por isso, não pode ser quebrada, assim, diante do conselho, pela ofício da prudência se acolhe suas orientações.

Conclusão

Há uma certeza, o Planeta entrou em processo de convalescência, para isso, conta com todas as proteínas, vitaminas, e organismos energéticos de onde ele vai tirar forças para se recuperar e eliminar os invasores, não é apenas no universo de humanidade, mas sim, de todas as criaturas, por isso, repetimos, isto não é uma hipótese, é uma certeza.

Diante disso, não há uma solução humana, para resolver um problema atrás do outro, está fora de suas mãos, assim, o que resta são as saídas para o equilíbrio do ambiente como solução global de tudo, efetivadas a partir do acolhimento dos sinais dado para a conscientização humana.

O primeiro sinal dado nesse processo para a humanidade é para a conscientização que ela está na rota da destruição, contudo, o Planeta, como um organismo em “dieta médica”, não rejeita um bom aliado, como que escolhendo adequadamente os alimentos para fortalecer sua imunidade, abre uma porta, a partir da sabedoria ancestral para que especificamente em uma parte do seu organismo, se opere a cura, chamada de Aliança (LUCIO FILHO, 2019)8.

Portanto, esperamos que o objeto desse artigo não seja entendido como algo da inteligência de uma homem querendo se autopromover, ou, convencer alguém de alguma ideia pessoal sua, mas sim, por ofício da arte, a transcrição de um aviso médico, como o termômetro para a febre, acompanhados de sinais verdadeiros que podem ser testemunhados por qualquer pessoa.

Assim, se isso parece assustador é porque, pela prudência, espera-se o despertar de uma consciência que está morta e insensível para os acontecimentos, para que as pessoas não se comportem como os líderes “donos de soluções convenientes”, dizendo ser tudo normal a massiva mortandade de pessoas, e que tudo vai ficar bem com o seu salvador chamado de mercado econômico, porque, na ilusão de que tudo é normal, acostumando-se com o mal, não suportarão o que terá pela frente, e com isso , serão eliminados como células mortas.

Se há medo, a segurança completa estará na prudência, prestando atenção aos sinais, que como conselhos testamentados, estão sendo apresentado a todos, para que se abra a visão, e, se reconheça a saída do problema, ao invés da ilusória solução de um problema como salvação, pois essa saída, já se cantou no clube da esquina Milton Nascimento:

Eu já estou com o pé nessa estrada,
qualquer dia a gente se vê.
Sei que nada será como antes, amanhã.
que notícias me dão dos amigos?
Que notícias me dão de você?
Alvoroço em meu coração,
amanhã ou depois de amanhã.
Resistindo na boca da noite um gosto de sol.
Num domingo qualquer, qualquer hora.
Ventania em qualquer direção.
Sei que nada será como antes amanhã.

Que notícias me dão de você?
Alvoroço em meu coração,
amanhã ou depois de amanhã.
Resistindo na boca da noite um gosto de sol
(BASTOS e NASCIMENTO, 1972)9.

1REIS, Nando e JOTA QUEST. Do seu lado. Sony, 2004. Disponível em https://youtu.be/h8y-45T_Hak . Acesso em 06 mar. 2021.

2FIRMO, Heloísa, FINAMORE, Renan. O novo coronavirus e a hipótese de gaia. In Conexão UFRJ 02/04/2020. Disponível em https://conexao.ufrj.br/2020/04/02/o-novo-coronavirus-e-a-hipotese-de-gaia/ . Acesso em 06 mar 2021.

3MATURANA, Humberto R. e VARELA, Francisco J. A árvore do conhecimento: as bases biológicas para a compreensão humana. São Paulo: Palas Athena, 2001.

4FOGERTY, John e CREEDENCE Clearwater Revival,Bad moon rising. In Album Green River, 1969. Disponível em https://youtu.be/pbwBKB7UQYI?list=RDpbwBKB7UQYI . Acesso em 06 mar. 2021.

5LUCIO FILHO, Laurentino. Previna-se da pandemia da fome. Disponível em http://liturgiadigital.blogspot.com/2016/12/previna-se-da-pandemia-da-fome.html .Aceso em 06 mar. 2021.

6HUMMEL, Karl, MULLEM, Gustavo, NOVA, Marcelo e CAMISA DE VÊNUS. Só o fim. In Album Correndo o Risco, RGE, 1986. Disponível em https://youtu.be/Vd3AmJ4MMlw . Acesso em 06 mar. 2021.

7LUCIO FILHO, Laurentino. Retiro da Quaresma: da Luz do Mundo És Aurora. Disponível em https://formaresaber.com.br/retiro-da-quaresma-cantico/. Acesso em 06 mar. 2021.

8LUCIO FILHO, Laurentino. A comunicação inteligente entre a Terra e a Constelação de Auriga. Disponível em https://formaresaber.com.br/a-comunicacao-humana-entre-a-terra-e-a-constelacao-de-auriga/ . Acesso em 05 mar. 2021.

9BASTOS, Reinaldo e NASCIMENTO, Milton. Nada será como antes. In Clube da Esquina, 1972, EMI. Disponível em https://youtu.be/v6ZUwtAty8k . Acesso em 06 mar. 2021.

Retiro da Quaresma: complexo de perfeição não faz a diferença no colaborador

O presente artigo convida o Leitor a aliviar o fardo de seus ombros sobrecarregado pela ilusão do perfeccionismo.

Iniciando a primeira semana de março, seguindo a rota do Sol, somos chamados à uma parada para nos encontrarmos como um vilão de nossa vida, o complexo da perfeição. É vilão, pois muito já morreram por se verem incapazes de serem perfeitos, e com isso, totalmente desfacelados em si, acreditaram que não deveriam ter nascido, como fez Judas Iscariotes, que preso à perfeição farisaica pela lei, em seu complexo de perfeição, diante de seu erro de traição, se sentiu imperdoável ao pensar que nada mais poderia restaurar uma vida perfeita nele, ou seja, carregaria uma marcha eterna em seu currículo, não perdoando a si mesmo.

Portanto, o vilão do perfeccionismo é o agir tendo por meta a perfeição apenas pelo cumprimento perfeito da lei. É, vilão porque nos ilude e nos enche de força para lutar até o ponto que nos damos conta de que a lei realiza o direito, mas o direito nem sempre é justiça.

Vemos hoje algo semelhante nos programas de compliance aplicados nas grandes coorporações e no sistema financeiro, ao proporem para que aquelas instituições cumpram rigorosamente a lei, mas, a lei que eles cumprem produz um direito totalmente preocupado em atender investidores, isto é, os mais favorecidos, do que realizar justiça, isto é, atender a todos, incluindo também a dignidade dos simples mortais, portanto se faz direito sem se fazer justiça que é o bem comum de todos.

Direito sem Justiça
Foto: O Globo

Assim, se temos o complexo de perfeccionismo, e nos vimos impotente para vencê-lo, muitas vezes nos enchemos da mesma dor que teve Judas Iscariotes, e muitos não a suportam, ao ponto de tirar a própria vida.

É uma dor terrível, pois, ao se voltarem para a lei humana vendo que não é possível alcançar justiça, a perfeição se revela para eles impossível, o que torna mais doloroso ainda, se voltar para as milhares de páginas da Bíblia, parecendo ser mais um estatuto rigoroso de direito e ética, a olhar para eles com um olhar mais severo ainda, nos fazendo perder todas as forças que existe em nós ao extrair da alma, toda a essência da dignidade de justiça que há em nós.

Podemos tirar como exemplo disso, a mensagem da 1ª Leitura do 2º Dom da Quaresma 28/02/2021, quando ouvimos sobre Abrahão sendo chamado para sacrificar o seu único filho, que aos olhos do perfeccionista parece que Deus quis apenas aplicar um vestibular para aprovar Abrahão com um diploma para o Céu.

Mas o que podemos compreender nesta ação de Deus, foi possibilitar a Abrahão remir-se da culpa que ele carregava em si, ao acreditar que Isaac fosse seu único filho, diante de seu ato perverso de entregar à morte o seu primogênito, Ismael, e também a mãe dele, Agar, que quer dizer escrava.

Naqueles dias, Deus pôs Abraão à prova. Chamando-o, disse: “Abraão!” E ele respondeu: “Aqui estou”.2E Deus disse: “Toma teu filho único, Isaac, a quem tanto amas, dirige-te à terra de Moriá e oferece-o aí em holocausto sobre um monte que eu te indicar”.

Abrahão não sabendo que Deus havia salvado Ismael, cheio da culpa de seu direito e sua ética não ter feito justiça com seu filho Ismael, não se rebelou contra Deus ao lhe pedir o sacrifício de Isaac, fato esse, que também se repetiu com Davi, que na sua dor de reparação, viu como justiça Deus ter tirado o filho que teve com a mulher de Urias.

O que há de comum entre esses dois fatos, é a plena consciência de que é impossível a perfeição, como justiça, pela lei, pela ética, ou pelo compliance, por isso, pelo exemplo de Abrahão e de Davi, é possível ver que o Senhor, limpa a sujeira que fazemos quando nos iludimos com a ideia de pela autossuficiência sermos perfeito, ou, ser “o cara” (the one), ou, “fazer a diferença”.

E, ao cairmos em si, diante da nossa dor ao reconhecermos dependentes de todos, nos fazendo iguais a Cristo, que sendo Deus, dependeu de José de Arimatéa para ser tirado da cruz, banhado, e o levar para a sepultura, Deus abre-se, para receber de nós a dor da reparação, também chamado, coração contrito, do pobre, mediante a fé que é chamada de justificação.

Por isso podemos dizer que Abrahão, Davi, não conseguindo ser perfeitos pela lei, foram justificado pela fé, e, agora, somos chamados à reparação como medida de justiça, a fim de que pela fé, possamos completar a justiça, que por nós mesmos é impossível de ser realizada, como se confirma nos ensinamentos de São Paulo:

Agora, porém, independentemente da Lei, manifestou-se a justiça de Deus, testemunhada pela Lei e pelos Profetas. É a justiça de Deus que se realiza através da fé em Jesus Cristo, para todos aqueles que acreditam. E não há distinção: todos pecaram e estão privados da glória de Deus, mas se tornam justos gratuitamente pela sua graça, mediante a libertação realizada por meio de Jesus Cristo. Deus o destinou a ser vítima que, mediante seu próprio sangue, nos consegue o perdão, contanto que nós acreditemos. Assim Deus manifestou sua justiça, pois antes deixava pecar sem intervir: eram os tempos da paciência de Deus. Mas, no tempo presente, ele manifesta a sua justiça para ser justo e para tornar justo quem tem fé em Jesus.

Só a fé nos torna justos — Então, onde está o motivo de se gloriar? Foi eliminado. Por qual lei? Pela lei das obras? Não, pela lei da fé. Pois, esta é a nossa tese: o homem se torna justo através da fé, independentemente da observância da Lei. Então, será que Deus é Deus somente dos judeus? Não será também Deus dos pagãos? Sim, ele é Deus também dos pagãos. De fato, há um só Deus que justifica, pela fé, tanto os circuncidados como os não circuncidados. Então, pela fé anulamos a Lei? De forma nenhuma! Pelo contrário, nós a confirmamos (Romanos cap, 3, v. 21-27).

Pela justificação de Abrahão, o mal de seu pecado Deus transformou em bem, gerando em Isaac; a herança da Lei, de Sião, de Aarão. E, de Ismael; a herança da Liturgia, de Jerusalém, de Moisés.

Retiro da Quaresma:bem-vindo à Rota 66

Propõe o renascimento das cinzas diante da certeza da realização de uma promessa de alegria verdadeira

No retiro de hoje, pretendendo dar continuidade sobre os 40 dias da quaresma como fração de 40 anos de caminhada errante, iniciado em nosso vídeo, neste trabalho propõe oferecer algumas luzes sobre a caminhada errante dos 40 anos de Garabandal.

Os 40 anos de Garabandal, se equiparam volta orbital da história de 3000 anos, ao tempo de quarenta anos entre a fuga de Moisés do Egito e o seu retorno como instrumento de libertação dos hebreus, que iniciou com a recusa do escravos dizendo “E quem foi que nomeou você para ser chefe e juiz sobre nós?” (Ex 2,14). Para entendermos isso, precisamos criar estrutura de percepção, com uma comparação.

A Palavra de Deus é como o sangue que circula em nossas veias, ou seja, ele circula, não segue uma linha reta, assim, as caraterísticas dele como um alimento do sistema circulatório, não se mostram como um resto de comida, mas sempre como uma comida nova, porque houve uma transformação entre o espaço e tempo no ciclo circulatório, como uma renovação do sangue.

Esse processo que também pode ser comparado com o pensamento de Heráclito de quem ninguém pisa duas vezes no mesmo rio, é ilustrado pela geometria como espiral fractal, que aqui usamos para comparar dois fenômenos com espaço de 3000 anos, cuja a essência, o sangue, é o mesmo, mas não como um resto de comida, e sim, um alimento novo, renovando a Vida, ou seja, é por exemplo, diferente daquela fonte artificial de peças de decoração, cujo o movimento também é circulatório, mas só rotina, não contendo o “Sabor” de uma fonte natural.

Assim, aplicando essa comparação aos quarenta anos de Garabandal, é como se repetisse a mesma espiral fractal de quando Moisés foi rejeitado pelos hebreus no Egito, ao lhe repugnarem dizendo: “E quem foi que nomeou você para ser chefe e juiz sobre nós? Está querendo me matar como matou o egípcio ontem?” (Ex 2,14), uma vez que depois disso, ou seja, 40 anos, pela contagem do calendário de Joaquim de Fiore, que é por gerações, não coincide com o caledário comum que conhecemos, vemos o suplício:

muito tempo depois, o rei do Egito morreu. Os filhos de Israel gemiam sob o peso da escravidão, e clamaram; e do fundo da escravidão, o seu clamor chegou até Deus. Deus ouviu as queixas deles e lembrou-se da aliança que fizera com Abraão, Isaac e Jacó. Deus viu a condição dos filhos de Israel e a levou em consideração” (Ex 2,16).

Da mesma forma, agora, pois, a aparição de Garabandal, que, na verdade, foi a 7ª aparição de Nossa Senhora de Fátima, pois, foi em San Sebastian de Garabandal, na Espanha, e, San Sebastian é uma reverência ao Rei ungido de Portugal Dom Sebastião, cumprindo a sua promessa de 1917 aos pastorinhos, de vir mais uma vez, mas, a exemplo dos hebreus, foi rejeitada pela Igreja entre os anos de 63 a 65, por isso, cantada no Salmo de Bob Dylan na música “Like a Rolling Stone”.

Chamamos de Salmo no sentido de cânticos ou realidade poética porque simultaneamente à aparição de Nossa Senhora, aconteceu outro fenômeno, não promovido por um homem, ou, por uma banda de rock, mas, como se o mundo estivesse numa grande festa, ouvindo o soar de uma trombeta dando o tom e compasso.

Nesse tom e compasso, houve um profunda transformação na música, pois os jovens ficaram embebidos da Arte, a música está no ar, basta pegar uma (Keith Richard), e, tiveram visões e compuseram canções incríveis que retratam a realidade humana com fidelidade, conforme disse o mesmo Profeta Joel que abriu nossa caminhada de cinzas:

Terra, não tema; alegre-se e faça festa, pois o Senhor fez coisas grandiosas. Não temam, feras, pois o verde voltou às pastagens dos campos. As árvores já estão carregadas de frutos, a figueira e a parreira já produzem sua riqueza.

Depois disso, derramarei o meu espírito sobre todos os viventes, e os filhos e filhas de vocês se tornarão profetas; entre vocês, os velhos terão sonhos e os jovens terão visões! Nesses dias, até sobre os escravos e escravas derramarei o meu espírito! (Joel 2, 21.3,2).

Isso nos leva a um paradoxo, pois, ouvimos falar de tantas aparições de Nossa Senhora depois disso, mas, não nos atrevemos a dizer que eram falsas aparições, mas sim, que eram as Ladys da Rainha, sob as mais diversas faces.

Dizemos com certeza que a aparição de Garabandal foi a 7ª aparição prometida em Fátima, por que ela é precedida para as criancinhas primeiro por um mensageiro, no encontro com o Anjo, como mensageiro da Boa Nova, lá, depois ela afirma para as criancinhas, que será a sua última aparição, e agora, aproximadamente de acordo com Joaquim de Fiore, 40 anos depois, ela nos permite calcular o número de homem, 666:

Numero de homem com o significado de “sem conter a Verdade que forma a Arte = Universo”, mas, o artificial = artefato que todo mundo confunde como tecnologia.

Primeiro 6 = Seis aparições no Santuário de nossa Senhora de Fátima, porque o sétimo foi na Espanha;

Segundo 6 = Um estouro como brilho de rojão, ou sinaleiro (brilho, ou relâmpago de 5 milhões de sóis) em 02/11/2012, dia de sufrágio pelos fiéis defuntos, denominado pela Astronomia de FRB121102, e depois, novamente, mais 5 pulsos em 2015, equivalente a 2,5 bilhões de sóis, ou, os simples 5 mistérios gozosos do terço(LUCIO FILHO, 2019)1.

Terceiro 6 = Capella de Auriga, 6ª estrela mais brilhante do universo, pois, Auriga é a fonte do FRB121102 (ibid.).

Assim, a espiral fractal agora nos traz uma dor no íntimo pela indigestão provocada pelo artificialismo do Pão de 40 anos atrás, nos fazendo diante de suplícios, suplicar por alívios, suscitando igualmente naquele tempo, um clamor ao Senhor, que, por sua vez, ouviu o clamor do seu povo e mandou um sinal da Aliança (ibid.), que foi profetizado por Bechior quando cantou o salmo Velha Roupa Colorida:

Velha Roupa Colorida

1LUCIO FILHO, Laurentino. A comunicação humana nos sinais cósmicos de rádio. In PEREIRA, Denise (org) Ciências Humanas e a dimensão adquirida através da evolução tecnológica. Ponta Grossa – PR: Atena, 2019), disponível em https://formaresaber.com.br/a-comunicacao-humana-entre-a-terra-e-a-constelacao-de-auriga/.

Retiro da Quaresma: O Espírito da Missão

Pregar o diálogo, despido do desprezo, revestindo-se da unidade.

Na quarta-feira de cinzas, atravessando o portal, e dando início uma caminhada de reconciliação, como os peregrinos de Tiago de Compostela, ou como os romeiros de Aparecida, o Senhor falou pela boca de Joel “rasgai o coração, e não as vestes; e voltai para o Senhor, vosso Deus;” (Joel 2,13), porque a contrição do nosso coração, ao contrário de se apertar um botão para acender ma vela virtual nos santuários, é uma árdua caminhada, uma vez que todos nós, por natureza estamos destinados à ira” (Efésios 2,3), e já estamos sofrendo os efeitos dessa ira nos nossos dias (Apocalipse 16,1), ou fazemos parte do coro dos negacionistas da existência do aquecimento global (Apocalipse, 16,8)?

A ira de Deus não se contradiz quando Ele falou naquele dia para nós “ele é benigno e compassivo, paciente e cheio de misericórdia, inclinado a perdoar o castigo” (Joel 2,13), porque a contrição é um convite para o retorno de uma amizade, o que conhecemos como aliança, por isso exige de nós um compromisso, assim como o patrão pede empenho aos colaboradores, a contrição não acontece sem a nossa participação, e sem essa participação não somos capazes de nos tornarmos amigos de Deus, porque, também naturalmente, qualquer patrão ao perceber que o empregado é preguiçoso, não produz, ou rebelde, o demite.

Portanto a quaresma não é destinada para o católico esfolar os joelhos no genuflexório dos confessionários, mas para uma contrição dos amigos de Deus, pois não existe mais judeus ou gregos, escravos ou livres, homem ou mulher, pois todos nós somos um só em Cristo Jesus (Gálatas, 3,28).

E quando se fala para não se esfolar os joelhos no genuflexório dos confessionários, não se quer dizer que está se abolindo o Sacramento da Penitência, portanto, o que se quer dizer sim, é que a contrição não é apenas para o leigo que vai confessar, mas também para quem concede a absolvição, pois, a Justiça de Deus, ao ver as longas filas em confessionários, percebeu que elas acabam por sobrecarregá-los, e com isso, fazendo-os esquecer que também estão destinados a ira, por isso, há para eles o convite de Joel nas cinzas; “chorem, postos entre o vestíbulo e o altar, os ministros sagrados do Senhor (Joel 2,17).

Eles são representantes do Senhor, por isso, devem imitar o Senhor como Ele fez no chamado de João Batista para a reconciliação, se apresentando e, ao mesmo tempo, deixando constrangido João Batista, que foi consolado pela Palavra do Senhor, “para que se cumpra toda a justiça” (Mt 3,18), porque todo aquele que se humilha será exaltado.

Ao passo que, ao contrário, se ele não se faz modelo, não se humilha igual à ovelha, mas ao invés disso, se eleva como o patrão, contrariando a advertência do próprio Pedro na liturgia missal de hoje, 22/02/2021, “caríssimo, exorto aos presbíteros que estão entre vós, eu, presbítero como eles – sede pastores do rebanho de Deus, confiado a vós, – não como dominadores daqueles que vos foram confiantes, antes, como modelos do rebanho” (1 Carta de Pedro, 5, 1-3), ou seja, se eles na reconciliação, agem diferente de João Batista quando disse “eu não sou digno”, e elevam a voz para pregar às ovelhas, dizendo-lhes que estão promovendo o diálogo, mas cuspindo o autoritarismo da intolerância na voz de desprezo contra aqueles imitando o exemplo de Paulo a Pedro, lhe repreendem.

Dizem-lhes “não é bem isto que Deus está dizendo….eles nos fazem bem em agir contra nós”, ou ainda, ao invés de se acolher a unidade, instigam a divisão nas homilias, dizendo, a Igreja é mãe de todos, são mentirosos os que dizem que Deus está irado, por isso, não nos fará mal”, ou ainda, que estão do lado do demônio por ecoar a voz de Paulo, transformando a contrição no banal apertar do botão de uma vela virtual, por isso, o Senhor adverte a nós hoje sobre para queles que estão protegidos sob o telhado da Igreja mãe:

Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim. Quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim não é digno de mim. Quem não toma a sua cruz e não me segue não é digno de mim. Quem procura conservar a sua vida vai perdê-la. E quem perde a sua vida por causa de mim vai encontrá-la (Mateus, 10,37-40).

Pois, Deus não está pedindo jejum hipócrita, com flagelos inúteis, está querendo saber na proposta de reconciliação da aliança de cada um de nós, ao manifestarmos nossa vontade de sermos seus amigos, se vem como contrição para uma amizade fiel, pois Ele é fiel conosco, por isso, para essa hora, a reconciliação de cada um, deve revelar o caráter de cada um, como exorta-nos, no momento de seu martírio pelos transloucados, o Papa Sisto II:

Entregando tudo ao Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, imitando o Cristo, que, horas antes de morrer, celebrou a Eucaristia, o Sumo Pontífice iniciou a Missa, admoestando a todas a se entregarem confiantes como Hóstias Vivas por Cristo e sua Igreja” (SURIAN, 2014, p. 67)1.

Por isso, a nosso compromisso é por mãos à obra para serem calejadas, não esperando a facilidade de um botão, que automaticamente perdoa todos os nossos pecados, ou, depositando uma moeda para acender uma vela virtual, como simbolismo contricional de restabelecimento da nossa amizade com o Senhor, sob o descaso da falta do Temor Santo, ao dizerem nos seus atos, Deus sabe o que preciso, então não preciso fazer nada.

Portanto, o Espírito da Missão está em você despir-se diante de Deus, e mostrar a todos quem você é, como adverte a Palavra, na Bíblia, Edição CNBB:

Os cristãos devem estar atentos

9Se alguém tem ouvidos, ouça:

10Se alguém está destinado à prisão, irá para a prisão.
Se alguém deve morrer pela espada, é pela espada que deve morrer.
Aqui se fundamenta a perseverança e a fé dos santos
(Apocalipse, 13,9-10).

1SURIAN, O.F.M, Frei Carmelo. Vida de São Lourenço. Aparecida – SP:Santuário, 2014)

Retiro da Quaresma: Cântico

Cântico no exílio, vislumbrando o retorno para o seu povo.

Em dezembro de 2020, os jornais do mundo inteiro noticiaram o acontecimento de um fenômeno meteorológico na China, chamado de parhelio, registrando a incrível imagem de 3 Sóis.

Mas ao mergulhar na grandeza desse fenômeno fomos inspirados a compor um cântico novo, ou salmo, que chamamos Do Mundo és Aurora, cuja letra vem pela mensagem da própria impressão do que nos surpreendeu ao nos depararmos com aquela doce imagem de saudação de Paz, por uma Rainha, acompanhada por duas Ladys atrás.

Libertando-se das fronteiras de credos particulares, contemple-a por 30 segundos para receber a Saudação da Paz.

O protagonismo das Ladys

O protagonismo da Lady Santa Clara, se deu pela sua ligação ao Irmão Sol, como cantou Jorge Benjor, Santa Clara clareou, que por isso se ligou a consumação de um tempo de mil anos pelo calendário de Franscico, seu irmão, Frei Gerardo de Borgo e Joaquim de Fiore.

O segundo protagonismo, o de Santa Bárbara, mostrando o amor do Senhor por seus inimigos, pois, se faz por ter sido rejeitada pela própria Igreja, razão do seu martírio e também nos quarenta anos da mensagem de Garabandal, pelo preconceito, ou intolerância religiosa da atual Igreja, como também aconteceu com São Jorge e Santa Margarida de Antioquia que foi desonrada ao deixar de ser chamada de santa por rejeição à sua memória, e peço licença para incluir também, a inocência em Cristo do irmão de Francisco, Frei Gerardo de Borgo, intolerado pela Igreja diante de seus honrrados e honestos trabalhos.

Assim, Deus a tornou Lady, Embaixatriz dos descendentes de Salomão e da Rainha de Sabah, para falar na língua deles, confirmando o que disse Paulo quando falou que o Deus de Abrahão, Isaac e Jacó, não é só Deus de Israel, pois, já não existe mais judeus, gregos, americanos, africanos, europeus, asiáticos, mas, “com efeito, vós todos sois filho de Deus pela fé em Cristo Jesus” e se acolhem o Cristo como seu Senhor, “Não há mais judeus ou grego, escravo ou livre, homem ou mulher: pois todos vós sois um só em Cristo Jesus” (Gálatas, 3-26-28).

Assim, diante da escravidão daqueles que trabalharam sob perverso tratamento desumano, pior do que dado a outros animais, e hoje continuam a trabaralhar a vida inteira, na terra da Rainha de Sabah, que é a Rainha do Sul, sem conseguir formar patrimônios, mas só, pagando juros e prestações e pedidos de favores, vivendo sempre como sobreviventes dentro do suplício da falta de dignidade, sem poder ser tratados como cidadãos das democracias, Santa Bárbara levou a Deus as lágrimas dos olhos morenos, cantada no salmo Conto de Areia, por Clara Nunes.

E, como uma mãe que amamenta nos peitos seus filhinhos, cuidou da dignidade deles lhes falando da promessa que se realizaria em nossos dias, e, na alegria do Senhor que é a nossa força, abriu um sorriso de moça, pedindo para dançar: “era um peito só (porque ela teve um seio estirpado no seu martírio diante da Igreja), cheio de promessa era só, era um peito só, cheio de promessa era só”, mas agora garantido para a descendência de Davi, um peito cheio de orgulho pela certeza do restabelecimento da dignidade da libertação dos cativos) “.

E a ligação de Santa Bárbara com a Rainha, a partir do Brasil, é porque situando-se no Polo Sul, o seu povo, com o sangue dos africanos, aclamou como Rainha do Brasil, aquela que o Senhor chama de Mulher, quando lhe diz “eis o teu filho” (Jo 19,26), negra, Aparecida, parecendo brincar com o nome Cabrita, ou Capela de Auriga, 6º estrela mais brilhante do Universo, e que na Cruz do Céu do Brasil, novamente ela parece querer nos fazer sorrir, pois, aparece como a estrela intrometida da constelação de Cruz, ao compor a silhueta do buraco feito pela lança dos insensatos, no peito de Jesus, que nesta perspectiva, está de costas para a Terra, e do céu, olha para Deus nos Céus, ou como o Sacerdote Eterno intercede a Deus, com a Aparecida do seu lado direito, porque à direita Dele está a Rainha (Salmo 45).

Tentando sintetizar isso, compomos um salmo que se chama Rainha do Sul que você pode ouvir aqui, mas sem esquecer de contemplar acima “do Mundo és Aurora”: