Arquivo de tag cnbb

A justiça que há em mim

O presente artigo traz como tema para debate a equidade como justiça perfeita, diante da iniquidade causada pelas imperfeições humanas, visto que embora o homem não sendo perfeito, todos querem serem justos, contudo pouco seguem a equidade, e já miram em escala massiva, a exemplo do exegetismo empírico de Napoleão, a aplicação pela inteligencia artificial, da justiça pela igualdade.

A maioria das pessoas buscam a justiça pela igualdade das pessoas, esquecendo-se da equidade, e medem suas ações, partindo da ideia de que todos são iguais, ao passo que a equidade nos revela a nossas imperfeições, que impede que alcancemos a justiça real.

O igualitarismo da ideologia capitalista é uma de suas forças, que não se deve descartar levianamente. Desde a mais tenra infância, as pessoas aprendem por todos os meios concebíveis que todos têm oportunidades iguais e que as desigualdades com que se deparam não são o resultado de instituições injustas, mas de seus dotes naturais superiores ou inferiores (BARAN; SWEEZY apud MÉSZÁROS, apud AZEVEDO, 2013, p. 129).

Sem dúvida é importante que, na ordem de mercado […], os indivíduos acreditem que seu bem-estar depende, em essência, de seus próprios esforços e decisões […]. Por isso tal crença é freqüentemente encoraja-da pela educação e pela opinião dominante (HAYEK, apud AZEVEDO, 2013, p. 129).

Mas se a justiça não se alcança pelo Princípio da Igualdade, que prega que todos são iguais perante a lei, já na contradição da própria sociedade que cobra o respeito às diferenças da personalidade humana, fazendo com isso, que já nos deperemos com certa desarmonia (iniquidade) na justiça humana, levando-nos a perguntar: será que é esta justiça que queremos de verdade?

A sensação de injustiça pela aplicação estatal da igualdade, nos é evidenciada diante da experiência de muitas pessoas ao saírem dos tribunais lamentando que: aqui, é a (in)justiça dos homens, mas ela espera a justiça de divina.

Se devemos olhar para a equidade ao invés da igualdade, precisamos também mudar nosso olhar para a forma com que praticamos a justiça, pois quando falamos de igualdade, logo temos em mente que trata-se de um preceito que deve ser aplicado a todos.

Mas se olharmos para a equidade como modelo de justiça, ao nos encontrarmos dentro de um ambiente coletivo, o primeiro Princípio é o da Cidadania, ou seja, que tenho por certo, que não é preciso que o Estado me obrigue a respeitar o tratamento igualitário, pois, eu mesmo tenho por mim, o meu dever de zelar pela Justiça e bem comum.

A equidade não compreende um valor jurídico, mas sobretudo o alcance da justiça perfeita que se confunde com a Arte, por exemplo: se eu sou músico, e quero criar uma canção, ela tem por base os princípios da harmonia, cadência, que por sua vez, seguem a escala cromática das notas músicais.

Se decido compor uma música na escala de Dó (C), no entanto, nego a existência do Sol (G) na harmonia, e dizendo ser minha arte, por isso, farei do meu jeito, substituindo o Sol pelo Si Maior (B), na cadência, o som vai soar estranho, meio desafinado, pois, é um som de iniquidade, isto é de imperfeição na arte.

Ou ainda se quero reunir os números inteiros ímpares, de 0 a 7, (1, 3, 5 e 7) mas, por estabelecer o meu jeito, e querer nesse meio incluir o que considero mais belo, e,resolvo colocar o 2, eu nego a mim mesmo, pois quebro os princípios da harmonia natural das coisas, não há equilíbrio, há desarmonia, ou, iniquidade.

A equidade, portanto e compromisso que guardamos no nosso íntimo da realização da justiça, sem que sejamos forçados a cumprí-la, mas pelo desejo de produzir a todo o instante a arte da criação, tendo por base a Sabedoria que criou todas as coisa numa canção de um só verso, que quer dizer, o Universo:

Assim fala a sabedoria de Deus: 22“O Senhor me possuiu como primícias de seus caminhos, antes de suas obras mais antigas; 23desde a eternidade fui constituída, desde o princípio, antes das origens da terra. 24Fui gerada quando não existiam os abismos, quando não havia os mananciais das águas, 25antes que fossem estabelecidas as montanhas, antes das colinas fui gerada. 26Ele ainda não havia feito as terras e os campos, nem os primeiros vestígios de terra do mundo. 27Quando preparava os céus, ali estava eu, quando traçava a abóbada sobre o abismo, 28quando firmava as nuvens lá no alto e reprimia as fontes do abismo, 29quando fixava ao mar os seus limites – de modo que as águas não ultrapassassem suas bordas – e lançava os fundamentos da terra, 30eu estava ao seu lado como mestre-de-obras; eu era seu encanto, dia após dia, brincando, todo o tempo, em sua presença, 31brincando na superfície da terra, e alegrando-me em estar com os filhos dos homens” (Provérbios, 8, 22-30 – Festa da Santíssima Trindade – 15 jun. 2025).

Quando alcançamos a harmonia do bem comum, nos encantamos com as obras da criação e cantamos nosso louvor à Criação:

Ó Senhor, nosso Deus, como é grande vosso nome por todo o universo!

– Contemplando estes céus que plasmastes e formastes com dedos de artista; vendo a lua e estrelas brilhantes, perguntamos:” Senhor, que é o homem, para dele assim vos lembrardes e o tratardes com tanto carinho?”

– Pouco abaixo de Deus o fizestes, coroando-o de glória e esplendor; vós lhe destes poderes sobre tudo, vossas obras aos pés lhe pusestes:

– As ovelhas, os bois, os rebanhos, todo o gado e as feras da mata; passarinhos e peixes dos mares, todo ser que se move nas águas (Salmo 8, 4-5.6-7.8-9 – Festa da Santíssima Trindade – 15 jun. 2025).

Conclusão:

Se desenvolvemos em nosso íntimo o desejo da Justiça, nos tornamos amigos da equidade, e todo o nosso ser, já não mais sente outro prazer a não ser, realizar, sem que nos seja imposto por lei, a Justiça perfeita, que por efeito, nos coroa com a justificação, isto é, embora imperfeitos, a harmonia das nossas obras, apagam os desafinos da nossa arte, pelo acabamento Divino:

1Justificados pela fé, estamos em paz com Deus, pela mediação do Senhor nosso, Jesus Cristo. 2Por ele tivemos acesso, pela fé, a esta graça, na qual estamos firmes e nos gloriamos, na esperança da glória de Deus. 3E não só isso, pois nos gloriamos também de nossas tribulações, sabendo que a tribulação gera a constância, 4a constância leva a uma virtude provada, a virtude provada desabrocha em esperança; 5e a esperança não decepciona, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado (Romanos 5,1-5 – Festa da Santíssima Trindade – 15 jun. 2025 ).

Já não precisamos mais de leis incompletas, pois, em nós toda a lei já é cumprida naturalmente, inspirada em nossos íntimos pela Sabedoria plena, como um pão que nos alimenta do céu, pelos canais de um rio, que nos deixa até constrangidos a questionar: Senhor, que é o homem, para assim dele vos lembrardes e tratardes com tanto carinho?, ao ponto de se encarnar e habitar no meio de nós com a própria Sabedoria encarnada:

12“Tenho ainda muitas coisas a dizer-vos, mas não sois capazes de as compreender agora. 13Quando, porém, vier o Espírito da Verdade, ele vos conduzirá à plena verdade. Pois ele não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido; e até as coisas futuras vos anunciará. 14Ele me glorificará, porque receberá do que é meu e vo-lo anunciará. 15Tudo o que o Pai possui é meu. Por isso, disse que o que ele receberá e vos anunciará, é meu (Jo, 16,12-15 – Festa da Santíssima Trindade – 15 jun. 2025)

Neste louvor da criação lembramos a perfeição das obras da criação na Arte Ozark Moutain Daredevils you made it right:

Referências:

AZEVEDO, Mário Luiz Neves de. Igualdade e equidade: qual a medida da justiça social? In Avaliação, Campinas; Sorocaba, SP, v. 18, n.1, p.129-150, mar. 2013. Disponível em https://www.scielo.br/j/aval/a/PsC3yc8bKMBBxzWL8XjSXYP/?format=pdf&lang=pt. Acesso em 11 jun. 2025.

Nascido das estrelas

Este artigo apresenta no contexto da Festa de Pentecostes, o nosso protagonismo humano no Cosmos, como a gravidade e sua força trinitária (elétron, o múon e o tau), que formam nossos corpos a partir das estrelas, pois, os átomos que o compõem se procedem do Cosmos, ou seja, das estrelas, dos pulsares.

Por isso, é essencial para a nossa sobrevivência, a interação da nossa espiritualidade, como meio de guardar a memória do que nos estrutura física e psiquicamente, como se fosse um cordão umbilical que nos alimenta com o Cosmos, ou, um leito de um rio, porque, embora nos sintamos autônomos, não nos desligamos dele .

Às vezes, quando olho para as pessoas, penso: ‘Uau, vocês são organismos tão incríveis e nossos átomos compartilham a mesma história profunda que remonta ao Big Bang’”, contou. Ele espera que os leitores reconheçam “que até mesmo a célula mais simples é incrivelmente complexa e digna de grande respeito. E todas as pessoas também são” (NELSON apud LEVITT, 2023, p. 1).

Mas não somos apenas uma composição física e química, porque se você acredita que toda a matéria, isto é, o físico e o químico começou por uma grande explosão, o “Big Bang” formando os átomos, que compõem o nosso corpo, é preciso, para um compreensão mais completa, ter em mente também, que o átomo não age por si só, não é auto-energético, mas, ao centro, ele tem um elemento interativo chamado “nêutrons”, que é constituído de massa próximo de zero, considerado como elementos fantasmagóricos, chamados neutrinos, que interagem com os elétrons e prótons.

Os neutrinos são partículas elementares incomuns porque interagem com a matéria por meio de apenas duas das quatro forças fundamentais – a gravidade e a força fraca (a força fraca pode permitir que um neutrino transforme um nêutron em um próton e um elétron). (…) Os neutrinos conseguem, basicamente, atravessar a matéria comum como se ela fosse quase transparente (…).

Em todos os outros casos, os neutrinos passam através da matéria ininterruptamente – incluindo os bilhões deles que atravessam nossos corpos a cada segundo! Como os neutrinos só interagem muito fracamente com nossos detectores, é extremamente difícil “vê-los” e medir suas propriedades. Devido às suas raras interações com a matéria, algumas pessoas chamam os neutrinos de “os fantasmas do universo” (…)

Os neutrinos são de três tipos ou “sabores” e interagem com três partículas elementares: o elétron, o múon e o tau (RYAN apud McDONALD, 2023, p. 1).

Assim, podemos compreender que, para que houvesse a grande explosão, capaz de formar a matéria química que estruturou o físico, antes dela, houve uma ação precedente dos neutrinos: como se fosse a de apertar o detonador da explosão.

E essa interação fantasmagórica continua agir em nós hoje, conhecida como a espiritualidade do ser, ou religião, que mantém uma relação cotidiana, ou amizade, entre a composição estelar que somos, como seres únicos, com o próprio Cosmos, para que jamais esqueçamos o que somos e da onde viemos.

“Nosso universo está inundado de moléculas orgânicas, muitas delas são precursoras das moléculas das quais somos feitos”, disse. “Então meu pensamento se alterna entre pensar que é muito improvável que criaturas como nós existam, e ao mesmo tempo achar que a vida deve existir em muitos lugares do universo” (ibid).

E isso completa os sentidos em nós no próximo domingo dia 08 de junho de 2025, em que é celebrada uma festa que vem desde os tempos antigos, originalmente chamada pelos judeus de “Festa da Colheita” (Êxodo 23,16), em que a comunidade se reunia e partilhava entre em si, uma parte do que produziu durante o ano, hoje conhecida como “Festa de Pentecostes”.

E, a tradição antiga chega ao dias atuais como festa de “Festa de Pentecostes” celebrada pela Igreja cristã, cuja memória espiritual foi introduzida pela liturgia celebrada no 6º Domingo da Páscoa, 25 de maio, em que o Senhor diz não esqueça de quem você é, guardando a Palavra consigo mesmo, porque o Espírito (neutrinos para a Astronomia), vos recordará tudo:

23“Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e o meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada. 24Quem não me ama, não guarda a minha palavra. E a palavra que escutais não é minha, mas do Pai que me enviou. 25Isso é o que vos disse enquanto estava convosco. 26Mas o Defensor, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ele vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos tenho dito.27Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; mas não a dou como o mundo. Não se perturbe nem se intimide o vosso coração. 28Ouvistes o que eu vos disse: ‘Vou, mas voltarei a vós’. Se me amásseis, ficaríeis alegres porque vou para o Pai, pois o Pai é maior do que eu. 29Disse-vos isso, agora, antes que aconteça, para que, quando acontecer, vós acrediteis” (João, 14,23-25- 6º Domingo da Páscoa – 25 mai. 2025).

Portanto, se considerarmos o universo nas Escrituras Sagradas, como sinônimo de Terra, pois é a matéria (físico + químico), ao acrescentarmos a energia que produz a matéria, chegamos ao Cosmos, ou seja o Céu (neutrinos = força cinética na gravidade) e a Terra (físico e químico).

Assim, nossos sentidos se completam e já conseguimos entender a celebração de Pentecostes pela Igreja Cristã (Católica), como a força, como o rio celeste que nos alimentas (o Espírito) e constrói em nós pela Palavra, o Pão do Céu (Filho) a Verdade de Deus (Pai).

A Celebração de Pentecostes é a Força do Céus, a nos dar a Vida, porque a Palavra é Espírito em Vida:

49Eu enviarei sobre vós aquele que meu Pai prometeu. Por isso, permanecei na cidade, até que sejais revestidos da força do alto”. 50Então Jesus levou-os para fora, até perto de Betânia. Ali ergueu as mãos e abençoou-os. 51Enquanto os abençoava, afastou-se deles e foi levado para o céu. 52Eles o adoraram. Em seguida voltaram para Jerusalém, com grande alegria. 53E estavam sempre no Templo, bendizendo a Deus (Lucas, 24-49-53 – Ascensão do Senhor – 01 jun. 2025.

Conclusão:

Se mantemos nosso alimentos pelo rio celestial, mantemos nossa interação com o Cosmos, e a Palavra é em nós Espírito e Vida, porque somos revestidos das forças dos Céus:

– 19Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas, por medo dos judeus, as portas do lugar onde os discípulos se encontravam, Jesus entrou e, pondo-se no meio deles, disse: “A paz esteja convosco”. 20Depois dessas palavras, mostrou-lhes as mãos e o lado. Então os discípulos se alegraram por verem o Senhor. 21Novamente, Jesus disse: “A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio”. 22E, depois de ter dito isso, soprou sobre eles e disse: “Recebei o Espírito Santo. 23A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem não os perdoardes, eles lhes serão retidos” (Lucas, 19-23 – Ascensão do Senhor – 08 jun. 2025.

Não podemos esquecer o que disse McDonald, que somos “organismos tão incríveis e nossos átomos compartilham a mesma história profunda que remonta ao Big Bang”, por isso como a Banda Imagine Dragons, cantamos: Children of the sky – somos filhos do céu:

Referências:

NELSON, Bryn. Somos todos feitos de estrelas: a longa viagem do Big Bang ao corpo humano. In CNN Brasil – Tecnologias – 29/01/2023 – #cnnbrasil. Disponível em https://www.cnnbrasil.com.br/tecnologia/somos-todos-feitos-de-estrelas-a-longa-viagem-do-big-bang-ao-corpo-humano/ Acesso em 04 jun. 2025.

RYAN. Neutrinos: as partículas “fantasmagóricas” que constroem nosso universo. In UNESP para Jovens 01 de novembro de 2023. Disponível em https://parajovens.unesp.br/neutrinos-as-particulas-fantasmagoricas-que-constroem-nosso-universo/.

A Paz na cidade

Vivemos dias em que políticas públicas de segurança urbana, se transformaram em moeda de voto eleitoreiro, cujos governantes, ao invés de buscarem a paz social, banalizam o direito à vida, estimulando tiroteios em episódios diários de faroeste urbano, querendo com isso se tornarem os heróis do populismo, mesmo sem trazer a Paz na cidade, isto é, sem alterarem a realidade violenta das cidades.

Diante dessa dura realidade, nos voltamos às Palavras precedentes da apresentação do novo Papa Leão XIV, para que agora, suscite em cada um de nós, a Paz e a Segurança provinda de um Coração que é manso e humilde: “A paz esteja contigo!” Receba-a e você se conservará na Paz que o mundo não te dá: “27Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; mas não a dou como o mundo. Não se perturbe nem se intimide o vosso coração” (João, 14,27 – 6º Domingo da Páscoa – 25 mai. 2025).

Se guardarmos em nós a Paz que vem de Deus, já não precisaremos mais das políticas demagógicas de segurança pública, que só incentivam a violência urbana com perseguições, morte por balas perdidas em tiroteios públicos, ações de ódio e discriminação, porque a partir de nós, poderemos semear a Paz:

Diferentemente do que costumamos associar, a paz não está presente apenas na relação entre os Estados Nacionais. Pelo contrário – a paz começa nas cidades, em suas esquinas, na residência de seus habitantes. Decorre daí o primado do “direito à segurança”, que representa o direito fundamental de cada indivíduo viver livre de ameaças, violência e perigo, independentemente da origem, raça/cor, orientação sexual ou idade. Esta premissa abrange a segurança física, emocional, social e econômica e, ao mesmo tempo, a vida em comunidade, com as pessoas usufruindo do direito à cidade (MORAES, 2024, p. 1).

Somos chamados à edificação da paz desde os primeiros tempos, quando Aristóteles já nos dizia que a família é a célula da sociedade, e se a família vai bem, o Estado vai bem, e, hoje, complementada pelas palavras do Papa Leão XIV, na audiência com os chefes de Estado, quando falou-lhes da importância da família constituída entre o homem e a mulher, tendo por valor fundamentar na sua condição de anciã, porque é a mais antiga e primeira forma das relações sociais, se completando ainda pelas palavras do Papa João Paulo II quando nos escreveu dizendo:

Dentre essas numerosas estradas, a primeira e a mais importante é a família: uma via comum, mesmo se permanece particular, única e irrepetível, como irrepetível é cada homem; uma via da qual o ser humano não pode separar-se. Com efeito, normalmente ele vem ao mundo no seio de uma família, podendo-se dizer que a ela deve o próprio facto de existir como homem. Quando falta a família logo à chegada da pessoa ao mundo, acaba por criar-se uma inquietante e dolorosa carência que pesará depois sobre toda a vida (PAPA JOÃO PAULO II, 1994).

É nesta paz que no munda não nos dá, mas, provém do Coração que é manso e humildade, a que hoje somos chamados a permanecer como família, capazes de construir um alicerce forte como pedra, a sustentar nossas casas, e com outras famílias fortes, vilas, cidades, estados e nações: “23Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e o meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada. 24Quem não me ama, não guarda a minha palavra. E a palavra que escutais não é minha, mas do Pai que me enviou. 25Isso é o que vos disse enquanto estava convosco. 26Mas o Defensor, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ele vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos tenho dito.” (João, 14,23-25- 6º Domingo da Páscoa – 25 mai. 2025).

Se permanecemos edificamos um alicerce firmes, construímos além das estruturas das cidades, também os muros de Sião, também simbolizada pela Mulher, ao qual nos foi feita a promessa de nos tornarmos cidadãos, desde os tempos mais antigos que agora nos é mostrada no futuro:

10Um anjo me levou em espírito a uma montanha grande e alta. Mostrou-me a cidade santa, Jerusalém, descendo do céu, de junto de Deus, 11brilhando com a glória de Deus. Seu brilho era como o de uma pedra preciosíssima, como o brilho de jaspe cristalino. 12Estava cercada por uma muralha maciça e alta, com doze portas. Sobre as portas estavam doze anjos, e nas portas estavam escritos os nomes das doze tribos de Israel. 13Havia três portas do lado do oriente, três portas do lado norte, três portas do lado sul e três portas do lado do ocidente.14A muralha da cidade tinha doze alicerces, e sobre eles estavam escritos os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro. 22Não vi templo na cidade, pois o seu Templo é o próprio Senhor, o Deus Todo-poderoso, e o Cordeiro. 23A cidade não precisa de sol nem de lua que a iluminem, pois a glória de Deus é a sua luz, e a sua lâmpada é o Cordeiro (Apocalipse, 21,10-14.22-23- 6º Domingo da Páscoa – 25 mai. 2025).

Conclsuão:

Assim, poderíamos perguntar o que você faz pela paz? E a resposta seria: se guardamos a paz, lembramos que somos alguém na cidade que estrutura a sua paz, porque ama ao Senhor e guarda a sua Palavra: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e o meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada” (João, 14,23 – 6º Domingo da Páscoa – 25 mai. 2025).

Do contrário, se não guardamos as palavras assim como os governantes populista, falamos de paz que o mundo não têm, pois, ela só está em nossa boca sem estar na nossa prática diária, assim, falamos da paz, não não fazendo nada pela paz, como cantou os Titãs em Pela Paz, você espera sempre mais, você não se conforma, mas, você acredita ou não, e então, o que você faz pela paz?

Referências:

MORAES, Paulo. A paz começa nas cidades. in Opinião – Folha de Pernambuco, 13/11/24. Disponível em https://www.folhape.com.br/noticias/opiniao/a-paz-comeca-nas-cidades/372202/ . Acesso em 21 mai. 2025.

PAPA JOÃO PAULO II, Gratissiman Sane. In Carta às famílias, 1994 – Ano da Família. Disponível em :https://www.vatican.va/content/john-paul-ii/pt/letters/1994/documents/hf_jp-ii_let_02021994_families.html. Acesso em 21 mai. 2025.

O braço de Deus que resgata na calamidade

Como os irmãos de Emaús, ao caminharmos ao lado do Sagrado Coração de Jesus, sentimos o nosso coração arder, mas não o reconhecemos: “não estava ardendo o nosso coração, quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as escrituras” (Lc 24,32 – Liturgia do 3º Dom. da Páscoa), porque muito falta em nós a revelação do sentido da espiritualidade que provém do Sagrado Coração de Jesus, por isso iniciamos este artigo, em primeiro lugar, tentando reconhecermos a nós mesmos diante do Sagrado Coração de Jesus.

Essa revelação provém da graça de Deus, e não do esforço próprio do homem, pois, o homem por si só não pode alcançar a Deus, porque o servo sendo menor do que o seu Senhor, precisa da misericórdia do Senhor para que possa tornar-se Seu amigo, por isso, não O reconhecemos muitas vezes, pois, não O vemos como amigo, e nem buscamos a sua misericórdia para que forme em nós sua amizade, e, por isso, só sentimos o nosso coração arder, mas, não o reconhecemos, pois estamos em meio às trevas que nos ofuscam.

Ao arder em nós, o Sagrado Coração de Jesus se constitui de sinal da misericórdia de Deus que nos ama mesmo nós sendo pecadores, mesmo sem o reconhecermos, mesmo com nossos olhos estando encobertos, Ele conserva em nós a esperança de nos libertarmos das profundezas da escuridão, por isso, nós clamamos por sua misericórdia:

1Das profundezas eu clamo a vós, Senhor, *
2†escutai a minha voz!
– Vossos ouvidos estejam bem atentos *
ao clamor da minha prece!
3 Se levardes em conta nossas faltas, *
quem haverá de subsistir?
4 Mas em vós se encontra o perdão, *
eu vos temo e em vós espero
(Sl 129, 1- – Liturgia da 1ª Sem. da Quaresma).

E a escuridão reina quando elegemos como fonte e referência do saber, os nossos próprios pensamentos, sob o propósito de um coração independente, de autodomínio, por isso, nos tornamos incapazes do reconhecimento do Cristo, porque rompemos com Deus, e, ainda que nos esforcemos com a nossa inteligência em nos aproximar, há um abismo entre nós e Deus.

Assim, a luz só brilha pela misericórdia de Deus quando nos prostramos aos seus pés, e com isso nos tornamos capazes de sermos amigos de Deus, restabelecendo com ele a Aliança Eterna, pelo renascimento do alto como ensinado ao mestre Nicodemos:

Rabi, sabemos que vieste como mestre da parte de Deus. De fato, ninguém pode realizar os sinais que tu fazes, a não ser que Deus esteja com ele.
3Jesus respondeu: ‘em verdade, em verdade, te digo, se alguém não nasce do alto, não pode ver o Reino de Deus’. 4Nicodemos disse: ‘Como é que alguém pode nascer, se já é velho? Poderá entrar outra vez no ventre de sua mãe?’ Jesus Respondeu ‘Em verdade, em verdade, te digo, se alguém não nasce da água e do Espírito, não pode entrar no Reino de Deus. 6Quem nasce da carne é carne; quem nasce do Espírito é espírito’ (Jo 3,1-6 – Liturgia 2º Dom. da Páscoa).

Portanto, quando percebemos que nossos pensamentos nos enganam, vemos que essa graça não provem de nós, miseráveis pecadores que somos, mas somente como dom de Deus, como nos foi revelada no louvor de São João:

Caríssimos,

29 já que sabeis que ele é justo,
sabei também que todo aquele que pratica a justiça
nasceu dele.

3,1 Vede que grande presente de amor o Pai nos deu:
de sermos chamados filhos de Deus!
E nós o somos!
Se o mundo não nos conhece,
é porque não conheceu o Pai (1Jo, 2, 29.3,1 – Liturgia de Natal antes da Epifania).

Assim, o Sagrado Coração de Jesus faz nosso coração arder, e como amigos que o reconhecem, respondamos com o nosso louvor porque diante de Deus fomos agraciados pelo grande presente oriundo de sua misericórdia, o grande presente de amor que o Pai nos deu.

Dessa forma, ele nos permite reconhecê-lo no meio de nós, o Emanuel, o Deus conosco revelando-nos que entre nós fez sua morada:

“Se alguém me ama, guardará a minha palavra,
e o meu Pai o amará, e nós viremos
e faremos nele a nossa morada”
(Jo 14, 23 – Liturgia da 5ª Sem. da Páscoa).

Tendo reconhecido nossas misérias, se faz possível também, completar os sentidos do Sagrado Coração de Jesus, porque ao restabelecemos com Deus nossa amizade, o Senhor se revela para nós como fonte da salvação: “Haurireis águas com gáudio das fontes do Salvador” (Is 12, 3) (Papa Pio XII – Haurietis Acqua).

O Senhor ao se revestir da figura humana, de modo compreensível à inteligência humana, como o Emanuel, que significa Deus conosco, revelou a glória de Deus para o mundo:

Levanta-te, acende as luzes, Jerusalém,

porque chegou a tua luz,

apareceu sobre ti a glória do Senhor.

2 Eis que está a terra envolvida em trevas,
e nuvens escuras cobrem os povos;
mas sobre ti apareceu o Senhor,
e sua glória já se manifesta sobre ti” (Is 60, 1-2 – Liturgia da Epifania do Senhor).

A inteligência do homem se abriu, e ao reconhecer o Emanuel, o Deus conosco, pode contemplar como testemunhando a um raio que transpassa o tempo, que abriu uma fissura nos mistérios que separavam o céu e a terra, o Senhor se fez luz para todas as nações, isso quer dizer que no mesmo fenômeno luminoso, se revelou sem as dimensões do tempo, isto é, ao mesmo tempo, para aqueles que eram, que são e que serão, como era no princípio, agora e sempre, Amém!

O Emanuel como a Árvore da Vida, no meio do Jardim de Deus, tornou-se um sinal permanente no mundo ao mesmo tempo em todos os tempos, a brilhar como o calor do fogo que o homem busca na escuridão da noite gelada, ao estender sua mão para capitar um pouquinho da luz e calor, cuja misericórdia transpassou o tempo e se revelou ao mesmo tempo para os que já vieram, para os que são contemporâneos de Maria, e para os que virão, como um farol que pode ser visto além das dimensões temporais, por todo aquele que professa a sua fé, podendo assim também, testemunhar que em “Eu Sou”, não há passado, presente e futuro, por isso Ele diz: “Eu sou”: “Quando tiverdes elevado o Filho do homem, então sabereis que eu sou e que nada faço por mim mesmo, mas apenas falo aquilo que o Pai me ensinou” (Jo 8,28 – Liturgia da 5ª Semana da Quaresma).

A “haurietis acqua” é um pulsar no coração do mundo, para que todos os que têm sede beba, uma herança do céu que já podemos desfrutar, o Emanuel, é como um farol a brilhar para todo os navegantes de todos os tempos simultaneamente, porque É o que É, como era no princípio agora e sempre, amém, e diz: “Eu Sou”, para que todos a Ele recorram como fonte de salvação do agora, presente tanto aos nossos antepassados, à nós, e, aos nossos filhos que virão: “Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos, pois todos vivem para ele” (Lc 20,38), pois, está no meio de nós, Deus está conosco, plasmando como a estrela de nêutron, o Espírito em Vida, pois a Palavra é Espírito e Vida, no centro do coração como na imagem abaixo.

Neutrons star1

Um farol visível do peito de Deus pelo homem que o reencontra e com Ele volta a amizade na Aliança, o Sagrado Coração de Jesus, o Salvador como fonte a nos amparar:

Luz Fonte central da Vida

Quando nos vemos sem qualquer saída, Ele se monstra à Luz do Coração, e basta buscarmos a fonte de salvação (haurietis acqua) e estendermos a nossa mão ao calor de sua luz e logo estamos protegidos pelo Pai que ampara o filho:

=2Quando eu chamo, respondei-me, ó meu Deus, minha justiça! †
Vós que soubestes aliviar-me nos momentos de aflição,*
atendei-me por piedade e escutai minha oração!

3Filhos dos homens, até quando fechareis o coração? *
Por que amais a ilusão e procurais a falsidade?

4Compreendei que nosso Deus faz maravilhas por seu servo, *
e que o Senhor me ouvirá quando lhe faço a minha prece
(Salmo 4, 2-4)!

Portanto, o Sagrado Coração de Jesus é a presença viva do Emanuel, o Deus conosco, Ele está no meio de nós, quando o reconhecemos como glória de Deus brilhante a partir de uma manjedora, vivo desde sempre como Estrela da Manhã, a nos dar o calor, a luz, e, saciar a nossa sede, bastando que estendamos nossas mãos, e, nos apeguemos à divina vontade que sabe e conhece nossas necessidades e fraquezas: “já que o nosso amor de tal maneira se apega à divina vontade, que vem a fazer-se uma coisa só com ela, consoante aquelas palavras: “Quem está unido ao Senhor é com ele um mesmo espírito” (1 Cor 6, 17) (PAPA PIO XII – Haurietis Acqua).

Vejam que grande presente de amor o Pai nos deu, de sermos chamados de filho de Deus, por isso, já podemos ver que Ele está vivo ao nosso lado, e podemos tocá-lo, basta para isso, que em nós o nosso amor só deseje fazer uma só coisa: estar unido ao Senhor para que Ele e o Pai faça-se em nós suas moradas, abrindo nosso coração para acolher ao Espírito (Ecce ancilla – faça-se em mim, conforme tua Palavra).

Pois assim, conseguimos reconhecer a luz do Sacrifício Perpétuo que eternizou a Aliança de Abrahão, pela abertura de uma fenda nas trevas dos abismos, comungando seu seguidores com o Ecce Venio – ei que com prazer faço a vossa vontade, no sacerdócio régio que complementa a obra do Criador, como era no princípio, agora e sempre, amém, e nos tornamos com unido aos pais e ao nossos filhos, a geração de todos os tempos que testemunhou “Em verdade vos digo, esta geração não passará até que tudo isso aconteça. O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão (Mc 13, 30-31 – Liturgia do 33º Dom Tempo Comum), bebei da água que sacia tua sede “Haurireis águas com gáudio das fontes do Salvador” (Is 12, 3) (Papa Pio XII – Haurietis Acqua).

O Senhor está no meio de nós, seu Sagrado Coração é a fonte de água viva, a mesma que Moisés fez jorrar batendo seu cajado na pedra.

1NASA – Neutrons Star: Disponível em https://imagine.gsfc.nasa.gov/science/objects/neutron_stars1.html. Acesso em 09 mai. 2023.

O Jejum que nos faz entrar em forma

A quaresma é um período de quarenta dias para exercitarmos o batismo de fogo constituído da Palavra, pois, somos chamados a abraçar à Santa Cruz, isto é, nos mostrar disponível ao jejum, ou, trabalho que muitas vezes é doloroso, uma vez que no tempo do Advento, já fomos alimentados pela regeneração pela água do Batismo de João, mediante a experiência pessoal na Fé.

O abraço à Santa Cruz começa com o mergulho com garganta embargada, as fauces secas, a boca amarga, o corpo esfolado, a dignidade humilhada pela maldade do homem, e, olhando para o alto queremos gritar: “meu Deus, meu Deus porque me abandonastes” (Sl 21), pois, em um mundo tão belo, o paraíso, o jardim do Senhor, a Verdade se tornou prisioneira da injustiça.

Credits: FunLucky

Assim, nesse período, somos chamados ao Jejum, que quer dizer renúncia da prática daqueles atos que nos mobiliza a produzir ações sanguinárias e nos transformam em preguiçosos, presunçosos, orgulhosos, indiferentes, impiedosos, ávidos, egoístas, soberbos. Jejum é decidir seguir o caminho da austeridade da alma, tornando-se pobre, isto é, a alma é despida de toda a pretensão de “ser” e se reconhece como absolutamente dependente da Vida, se tornando como uma criança recém nascida, cujo Pai lhe garante toda a integridade.

A austeridade da alma significa renunciar o açúcar e preferir o puro, ainda que amargo, significa renunciar o vício químico para apreciar o sabor da água, renunciar o vício do fumo para sentir a força do ar nas entranhas, explodindo em vida; renunciar a indiferença para acolher; renunciar a avidez para partilhar; renunciar a impaciência para tolerar; renunciar o conforto do sossego no isolamento, para carregar a carga juntos; renunciar a honra, para na humilhação, educar; e, assim, todos os vícios sanguinários que tornam nossos comportamentos perversos, e nos faz calcar com os cravos da injustiça o solo santo que grita “meu Deus, meu Deus, porque me abandonastes”.

Jejuar é abster-se, deixar de praticar aqueles atos que tão corriqueiramente consideramos como banais, mas sem que percebemos, pensando estarmos na ética perfeita, contribuímos como gotas do esgoto que avassala e sufoca a vida.

Abster-se significa determinar-se ao abraço da Vida que só alcança sua dignidade com o trabalho, constituído de suor, sangue e lágrimas, renunciando as práticas dos atos que nos cativa a tornarmos sedentários de sentidos e morrermos na ilusão que estamos construindo a vida, em um mundo de sobrevidas.

Amar a Santa Cruz, e amar a Vida, que é completa, pois não contém só o açúcar, mas o sal, o amaro, a água purificada para beber com a água quente para cozer, o sol que queima para germinar, junto com a sombra que refrigera, não é só amar o que se quer, mas e dar graças por tudo o que se tem, porque se já somos como crianças, o tudo que se tem não pertence a nós e a ninguém.

Blasfêmia Papal ?

Eu escuto com perplexidade as notícias em 26 de janeiro de 2023, de que o Papa teria dito que a homossexualidade é pecado mas não é crime, porque um sacerdote do mais simples ao mais elevado nível de pastoreio jamais poderia afirmar tamanha contradição à Verdade de Cristo.

Credit: Geralt

Devemos lembrar que a missão da Igreja é aquela de se sair da humanidade para se tornar divina “sede perfeito como vosso Pai é perfeito”, de forma que o alicerce que a sustenta, é a Verdade Testamental das Escrituras, e, não as convenções humanas, pois os pensamentos de Deus, não são os pensamentos dos homens.

Diante disso, afirmar que a homossexualidade é pecado mas não é crime, é responder humanamente a Cristo a pergunta que ele fez aos fariseus de que sim, é mais fácil dizer “levanta-te e anda” do que “o teu pecado foi perdoado”.

Isto representaria o falso Pastoreio, significando que devemos temer o que mata pelo crime, mas não o que mata pelo pecado, ao passo que a Verdade nos diz o contrário, temais o pecado que mata a alma, e não o que mata o corpo, pois o poder não está no Chefe que criminaliza, mas nas mãos do Justo Juiz.

O que vos digo na escuridão, dizei-o à luz do dia; e o que se vos diz ao ouvido, proclamai-o do alto dos telhados. E, não temais os que matam o corpo, mas não têm poder para matar a alma. Temei antes, aquele que pode destruir no inferno tanto a alma como o corpo. Não se vendem dois pardais por uma moedinha de cobre? Mesmo assim, nenhum deles cairá sobre a terra sem a permissão de vosso Pai (Mateus, 10, 27-28).

Conclusão:

Um sacerdote que está em Cristo jamais pronunciaria tamanha blasfêmia, por isso, preferimos entender que a palavras do Pastor é, cuidado com o pecado que é pior do que o crime, pois, o crime mata o corpo, mas o pecado mata a alma, ou como diz São João produz a segunda morte, e, ai daquele que sofrer a segunda morte (acredite se quiser).

Advento:completando os sentidos

O 13º Tema do Sínodo vem contemplar os sentidos do Advento, como Liturgia, que é Palavra Viva, que o Senhor nos diz: são Espírito e Vida, assim, para os dias de hoje o Espírito é Vida na prática da Palavra do início de um novo Ano Litúrgico, Ano A, com o Tempo do Advento:

O Tempo Litúrgico do Advento, que neste artigo ousamos chamar de Festa do Advento, alcança seu ápice com as festas do Natal de Jesus, Epifania e Batismo do Senhor, encerrando-se com a celebração do Batismo do Senhor.

Crd:Dieterich01

O primeiro elemento a definir o Sacramento do Batismo, é a regeneração pela água, como Porta que completará o Sacramento do Batismo pelo Tempo Pascal, juntamente com o segundo elemento, que é a Palavra, revestindo o homem como filho de Deus porque o Batismo é o sacramento da fé (CAC, 1253)1: Aquele que crer e for batizado será salvo; o que não crer será condenado (Mc 16,16).

Assim, o Sacramento do Batismo que é único, recebe então as colunas das duas testemunhas de Deus, pelo Novo Testamento: o Batismo da primeira testemunha que é João, com a regeneração pela água (Tempo do Advento), e o Batismo do Senhor com o testemunho da Palavra (Tempo Pascal), ambos sob a mesma cor roxa.

Assim, as duas testemunhas de Deus, João Batista e o próprio Cristo, criam as duas colunas do Arco que consagra o homem que renasceu em Cristo, e se tornou amigo de Deus:

O santo Batismo é o fundamento de toda a vida cristã, o pórtico da vida no Espírito (“vitae spiritualis ianua – porta da vida espiritual”) e a porta que dá acesso aos outros sacramentos. Pelo Batismo somos libertos do pecado e regenerados como filhos de Deus: tornamo-nos membros de Cristo e somos incorporados na Igreja e tornados participantes na sua missão. “Baptismos est sacramentam regeneratiorais per aquam in Verbo – O Batismo pode definir-se como o sacramento da regeneração pela águano Tempo do Advento, e pela Palavra”no Tempo Pascal, [grifo nosso] (ibid, 1213).

A cor roxa do Tempo do Advento é a cor da regeneração pela água do Batismo de João, como a voz que clama no deserto, preparando o caminho do Senhor, nele todos são chamados a se voltarem para Deus, regenerar-se, dar uma guinada na vida, converter a direção, retornar à casa paterna, nascer de novo, sendo esse momento, o momento de purificação dos pecados, um encontro com Cristo, deixando o homem velho, para ser nova criatura.

É o tempo em que a ovelha é chamada pela voz do Pastor que diz: “buscai ao Senhor enquanto Ele se deixa encontrar, invocai ao Senhor enquanto Ele está próximo” (Is 51,6), para se experimentar o encontro pessoal com Cristo, voltar-se para o Pai, constituindo-se portanto, a porta de entrada cuja chave é pela abertura do coração do homem a acolher em si o Espírito e torná-lo régio em sua vida, sendo a força que fará partir daí as ações decorrente da vontade de Deus, segundo a Palavra, para este momento o Pastor, a segunda testemunha, reverenciando a primeira, faz o chamado: “Daí em diante Jesus começou a pregar dizendo: “Convertei-vos, porque o Reino dos Céus está próximo (Mt, 4,12).

A iniciação batismal pela regeneração da água, atua como o próprio Querigma que pincelamos aqui alguns fragmentos:

Deus o ama, pessoalmente, como Pai amoroso.

Ele o Ama, você é importante para Ele, te aceita incondicionalmente.

(…)

Ele nos criou e para Ele caminhamos. Dele viemos e para Ele Vamos.

Ele é o Princípio e o Fim, o Alfa e o Ômega.

(…)

E desde o princípio nos convidou a ter uma relação e comunhão pessoal de amor com Ele, como filhos e amigos; “e todo o que ama aquele que o gerou, ama também aquele que dele foi gerado (1Jo 5,1).

És precioso aos meus olhos, estimados, valioso e valorizado”, você é muito valioso para Mim, você Me é muito importante. A sua pessoa, a sua história e a sua condição atual. Com rosto, nome próprio, história vocação, estado de vida e condição concreta de sua vida..

(…)

És meu”… e todo mundo cuida daquilo que sente que é seu… “Ele nos fez, somos Dele”. Deus mesmo diz que você é Dele, pertence a Ele.

Depois de tê-lo recusado e a seu amor, e havemos nos separados Dele pelo pecado, Ele continua a amar-nos e nõs abandona.

Oferece-nos a reconciliação, a salvação e Vida nova (NAVARRO, 1999, p. 9)2.

Diante deste convite de conversão, se olharmos para o fundo do coração e não sentirmos a intensidade da Promessa Divina em nossa alma, poderíamos perguntar: o que nos impede ter sentir Deus, de ter uma relação íntima com Ele?

Muitas vezes enganamos a nós mesmos, somos em nós mesmos, falsos pastores, porque dizemos acreditar a Deus, assim como o próprio diabo acredita (Mt 24,5), ou, ainda, que Deus é tudo em nossas vidas, mas, a exemplo dos fariseus só repetimos palavras, mas, a realidade nossa alma não é integra, porque temos um propósito no íntimo e uma ação diferente externamente, não há uma comunhão entre o que falamos e o que fazemos, e o Senhor nos diz: Nem todo aquele que diz a mim: ‘Senhor, Senhor!’ entrará no Reino dos céus, mas somente o que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus (Mt 7,21).

E João Batista igualmente, vendo aqueles cuja fé é apenas aparente, diante daqueles que iam lá para se purificarem, mas ainda não tinham o encontro pessoal com o Senhor, isto é, queriam ter os pecados perdoados, mas, não se abriam para a amizade com Deus, que eram “raça de víboras”.

1Naqueles dias, apareceu João Batista, pregando no deserto da Judeia: 2“Convertei-vos, porque o Reino dos Céus está próximo”. 3João foi anunciado pelo profeta Isaías, que disse: “Esta é a voz daquele que grita no deserto: preparai o caminho do Senhor, endireitai suas veredas!” 4João usava uma roupa feita de pêlos de camelo e um cinturão de couro em torno dos rins; comia gafanhotos e mel do campo. 5Os moradores de Jerusalém, de toda a Judeia e de todos os lugares em volta do rio Jordão vinham ao encontro de João. 6Confessavam seus pecados e João os batizava no rio Jordão. 7Quando viu muitos fariseus e saduceus vindo para o batismo, João disse-lhes: “Raça de cobras venenosas, quem vos ensinou a fugir da ira que vai chegar? 8Produzi frutos que provem a vossa conversão. 9Não penseis que basta dizer: ‘Abraão é nosso pai’, porque eu vos digo: até mesmo destas pedras Deus pode fazer nascer filhos de Abraão (Mt 3,1-8).

Portanto, o Tempo do Advento é o tempo favorável da Graça de Deus para o encontro pessoal com o Senhor, o chamado do Pastor para as suas ovelhas: “Convertei-vos, porque o Reino dos Céus está próximo”, dando a cada um que acolhe o Espírito Santo, a Verdade do Senhor, e assim, responder com o amor profundo e verdadeiro renunciando a verdade aparente, para se eleger a Verdade que se dá testemunho, de quem muito amou, compondo o testemunho da Palavra, o segundo elemento do Batismo celebrado Tempo Pascal “o que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus (Mt 7,21)”.

Como sinal de alerta, a exemplo de João, o Senhor nos lembra daqueles que João Batista chamava de raça de víboras, como o jovem rico que se via imaculado, mas diante do convite de acolhimento do Espírito Santo no lugar dos bens saiu contrariado e Jesus disse como é difícil aquele que apegado a si mesmo entrar no Reino dos Céus (Mc 10,23).

Por isso, os renascidos pelo Batismo, os que muito amaram, serão poucos, porque delegar a vida ao Espírito é uma decisão muito forte em nossa vida e poucos estão dispostos a isso, uma passagem pela porta estreita, é como um camelo passar pelo buraco de uma agulha, portando devemos estar atentos para saber se estamos sendo honestos conosco mesmo e, de repente se não estamos recusando o convite para as bodas.

Quanto alcançamos a Graça e temos este encontro sincero com Cristo, a reação imediata é a de desânimo e lamentação, pois nos sentimos como se já estivéssemos condenados e não há mais nada o que fazer, como Pedro quando pediu para que Jesus se afastasse dele porque era pecador (Lc 5,8), ou ,quando os discípulos disseram estas palavras são muito duras, quem então, entrará no Reino dos Céus? Naquele tempo, 60muitos dos discípulos de Jesus, que o escutaram, disseram: “Esta palavra é dura. Quem consegue escutá-la?” 61Sabendo que seus discípulos estavam murmurando por causa disso mesmo, Jesus perguntou: “Isto vos escandaliza?” (Jo 6,60-61).

Mas a Graça de Deus é maior e vem nos dizer:

1Alegre-se a terra que era deserta e intransitável, exulte a solidão e floresça como um lírio.2Germine e exulte de alegria e louvores. Foi-lhe dada a glória do Líbano, o esplendor do Carmelo e de Saron; seus habitantes verão a glória do Senhor, a majestade do nosso Deus.3Fortalecei as mãos enfraquecidas e firmai os joelhos debilitados.4Dizei às pessoas deprimidas: “Criai ânimo, não tenhais medo! Vede, é vosso Deus, é a vingança que vem, é a recompensa de Deus; é ele que vem para vos salvar”.5Então se abrirão os olhos dos cegos e se descerrarão os ouvidos dos surdos – Liturgia Missal – 2º Semana do Advento – Ano A, 05/12/2022, 1ª Leitura – Is 34, 1-5).

Conclusão

O Tempo do Advento é o Tempo da Graça do Senhor, o chamado do Pastor às suas ovelhas para que voltem ao aprisco, regenerando-se pela água da Voz que clama no Deserto, é uma liturgia profundamente penitencial de constrição e arrependimento sob o título “convertei-vos, o Reino dos Céus está próximo”.

É a preparação para o testemunho da Palavra que completa o Sacramento do Batismo no Tempo Pascal, em que nos colocamos diante da liturgia quaresmal do amor a Cruz, a defender a Palavra sobre a angústia do Monte das Oliveiras, a prostrarmos diante de César, a sermos coroados com os espinhos da humilhação pública, a carregar os nossos fatos subindo o Monte Sião, até consumarmos nossas obras no imenso amor à Cruz, sob o testemunho da Palavra até o fim, pela morte do Cristo na cruz, imitando a submissão do Cordeiro.

1 CAC – Catecismo da Igreja Católica nº 1253

2NAVARRO, Pe. Alfonso Castelhano, MspS. Evangelização – Primeiro Anúncio – Querigma. São José dos Campos – SP: Edições ComDeus, 1999.

A Dignidade da Mulher

No 11º, Tema da preparação para o Sínodo 2023, apresentamos a praxis nas recomendações para a Festa de Casamento (Mt 22,1-3 – Liturgia Missal 18/08/2022), do Príncipe da Realeza do Sul, que traz em seu manto a consumação da Palavra de Deus “olhastes para a humilhação de tua serva”, pois Ele viu a humilhação da mulher, desde o tempo de Zípora, mulher de Moisés, humilhada por Aarão e Míria, por ser negra e estrangeira, “e o Senhor ouviu isso” (Nm 12, 1-2), para que agora sabeis “que Eu, o Senhor, digo e faço – oráculo do Senhor” (Ez 37,14 – Liturgia Missal de 19/08/2022).

Créditos: Mohamed Hassan

Cred: Mohamed Hassan

Como servo, pus me ao serviço, que é liturgia viva da Palavra que é Espírito e Vida, proclamando:

Abri meus lábios Senhor e minha boca anunciará o vosso louvor em meio à grande Assembleia, cantando eternamente a vossa misericórdia, porque eterna é a misericórdia do Senhor e, a sua misericórdia eu cantarei eternamente.

A Palavra diz que “O Senhor disse” (Ez 37,14), e eu, servo, prostrado aos teus pés, peço-Lhe, faça-se em mim segundo a Tua Palavra, para que então, as nações saibam “que Eu, o Senhor, digo e faço – Oraculo do Senhor” (Ez 37,14).

O serviço designado a este servo, foi levar o convite à Academia Marial da cidade de Aparecida-SP, a fim de que tomem conhecimento de que os cultos com a oração do Salmo do Apostolado à Rainha do Sul, foram desvirtuados e estão contaminados por vícios humanos de egoísmo, individualismo e adoração aos bens do mundo, a exemplo do que já advertiu São Tiago na Palavra que é Espírito e Vida quado diz:

De onde vêm as guerras? De onde vêm as lutas entre vós? Não vem daqui: dos prazeres que guerreiam nos vossos membros: Cobiçais e não tendes? Então matais. Buscais com avidez, mas nada conseguis obter? Pedis, mas não recebeis, porque pedis mal, com o fim de gastardes nos vossos prazeres.

Adúlteros não sabeis que a amizade com o mundo é inimizade com Deus? (Tg 4,1-4).

Feito estas considerações apresentamos abaixo a recomendação encaminhada à Academia Marial de Aparecida – SP.

**********************************************************

Aparecida-SP, 18 de agosto de 2022.

Ação de Graças

Assim como fez com o Profeta Samuel, o Senhor chamou-me pelo nome “Laurentino”. E eu respondi: fala Senhor, o teu servo te escuta. O Senhor então disse-me: quero estabelecer contigo minha amizade. Eu respondi: eis o teu servo Senhor, faça-se em mim segundo à tua Palavra. O Senhor disse-me: Eu te ungirei com meu Espírito, e, se te conservares nesta amizade, em 40 anos, te darei a conhecer o dom que recebestes.

Eu me conservei nesta amizade, e, no tempo do Senhor, foi me revelado o dom de línguas, não o de falar, mas, o de interpretar, para isso me formou ao longo de 40 anos no ofício de hermeneuta, completado pelo ofício de Mestre Educador de Linguagens.

Ao ter conhecimento desta revelação o Senhor disse-me, te ungi com meu Espírito, atribuindo-te o dom da interpretação de línguas, para que sirva-me como atalaia nos desvirtuamentos da Palavra de Deus para pensamentos humanos, porque os pensamentos dos homens não é o pensamento de Deus.

O Apóstolo da Rainha do Sul (Salmo)

Este salmo foi inspirado ao servo da Rainha do Sul, Pe. Vitor Coelho, como chave para que aqueles que se tornam amigos de Deus, alcancem a dignidade de servir a Deus através do projeto da Vida confiado à Virgem, bendita entre todas as mulheres, como tabernáculo do Santíssimo, chamada de à Mãe de Deus, e assim, receberem a misericórdia de conservar-se como fiéis servos e amigos de Deus, de agora e por torda a eternidade.

No entanto, este Salmo foi transmudado, recebendo pensamentos humanos, por isso, a Rainha do Sul manifesta sua preferência pela a sua correção para a adequada Palavra de Deus como a proposta seguinte:

Ó Maria Santíssima, que vossa querida presença milagrosa em Aparecida, espalhais inúmeros benefícios sobre todo o Mundo.

Eu, embora indigno de pertencer ao número de vossos servos, mas cheio do desejo de participar dos benefícios de vossa misericórdia, prostrado a vossos pés, consagro-vos o meu entendimento, para que sempre me lembre do amor que mereceis; consagro-vos a minha língua para que sempre vos louve e propague a vossa devoção; consagro-vos o meu coração, para que, em Deus, vos ame sobre todas as coisas.

Recebei-me, ó Rainha incomparável no ditoso número de vossos servos, acolhei-nos debaixo de vossa proteção; socorrei-me em nossas necessidades espirituais e temporais, e, sobretudo, na hora de nossa morte.

Abençoai-nos, ó Mãe Celestial, e com vossa poderosa intercessão fortalecei-nos em nossa fraqueza, a fim de que, servindo-vos, fielmente nesta vida, possamos louvar-vos, amar-vos e render-vos graças no céu, por toda a eternidade. Assim seja!

Justificativa para a correção: se faz necessária porque os vícios humanos insculpidos na oração transmudada, fomentam o egoísmo, o individualismo e rebaixam o Santístimo como escravo das vontades humanas transfigurado-o como deus superprotetor dos interesses do mundo.

Tibouchina (a quaresmeira que floresceu na Páscoa).

Tibouchina é o nome científico do Manacá da Serra, ou quaresmeira.

A incrível visão explícita da Fonte do Amor

Tenho pesquisados os fast radio burst desde 2015, e fiz duas publicações em que associei os minúsculos relâmpagos ao clico, isto é, o pulso elétrico emitido pelo coração humano, comparando-o na linguagem humana com o Coração de Deus, isto é, a Misericórdia Divina dando sinais para que o homem escute os sinais.

Credit: Happyend

Na publicação de 08 de outubro de 2020 foi escrito o seguinte:

Perante os humildes se fez humilde, pois, no gigantesco brilho equivalente a 500 milhões de sóis, se fez pequeno como um pequeno relâmpago de 5 milésimos de segundo, igual a um sinal elétrico do coração que a medicina chama de clico, curando o homem da insensibilidade causada pelo artificialismo, para chamá-lo novamente à Arte, cuja a vida é rica em emoções (LUCIO FILHO, 2020, p.1)1.

Depois, na publicação de 02 de dezembro de 2020:

Conclusão

O Ministério de Felipe teve um brilho tão grande na participação de Deus na História da Humanidade, quase como o próprio Fast Radio Bust, pequeno com 5 milésimos de segundo, mas, com o brilho de 500 milhões de sóis, como o Coração de Jesus, manso e humilde com um clico (pulso elétrico de 5 milésimos de segundo), e com um amor maior que 500 milhões de sóis (LUCIO FILHO, 2020, p.1)2..

E Deus vem nos confirmar que o seu coração bate em favor do homem, mas o homem não dá atenção:

Misterioso sinal de rádio no espaço tem o padrão de um batimento cardíaco

Uma misteriosa explosão de rádio com um padrão semelhante a um batimento cardíaco foi detetada no espaço.

Os astrónomos estimam que o sinal tenha vindo de uma galáxia a cerca de um bilhão de anos-luz de distância, mas a localização exata e a causa da rajada mantêm-se desconhecidas. Um estudo que detalha os resultados foi publicado na quarta-feira na revista Nature.

As rajadas rápidas de rádio, ou FRBs (Fast Radio Bursts), são rajadas intensas de ondas de rádio com apenas milissegundos de duração, com origens desconhecidas. A primeira FRB foi descoberta em 2007, e desde então, centenas destes flashes rápidos e cósmicos têm vindo a ser detetados vindos de vários pontos distantes de todo o universo (STRICKLAND, 2022, p.1)3.

Conclusão:

A liturgia missal de hoje, 18 de julho de 2022, vem, junto com esta revelação nos confirmar que o Coração de Jesus nos está dando o Sinal de Jonas, ou seja, se o homem não voltar para a Fonte que sela a Aliança Eterna, ele será destruído, já advertindo que os próprios habitantes de Nívive agirão contra essa geração:

“No dia do juízo, os habitantes de Nínive se levantarão contra essa geração e a condenarão, porque se converteram diante da pregação de Jonas. E aqui está quem é maior do que Jonas” (Mateus, 12,41).

Se você reconhece os sinais, não permaneça só, proclame a Graça, converse com quem está nesta caminhada para encontrar o rumo desta estrada, cuja passagem é muito estreita.

Mas cuidados, como também diz a liturgia missal de hoje nas Profecias de Miquéias, há muitos ai se fazendo de abençoados, mas vazios como o túmulo caiado, que só contém ossos secos.

1LUCIO FILHO, Laurentino. Atitude para superar as adversidade do tempo presente. Disponível em https://formaresaber.com.br/atitude-para-superar-as-adversidades-do-tempo-presente/. Acesso em 18 jul. 2022.

2LUCIO FILHO, Laurentino. O ministério de Felipe: mostra-nos o Pai e isso nos basta. Disponível em https://formaresaber.com.br/o-ministerio-de-felipe-mostrai-nos-o-pai-e-isso-nos-basta/. Acesso em 18 jul. 2022.

3STRICKLAND, Ashley.Misterioso sinal de rádio no espaço tem o padrão de um batimento cardíaco. @cnnportugal – 16/07/2022. Disponível em https://cnnportugal.iol.pt/sinal-de-radio/chime/misterioso-sinal-de-radio-no-espaco-tem-o-padrao-de-um-batimento-cardiaco/20220716/62d025780cf2ea4f0a53e9f2. Acesso em 18 jul. 2022.

A velha amiga escuridão

Nós brasileiros costumamos dizer, que agora que já passou o carnaval, então o País entrou em marcha para as atividades normais, e voltamos as nossas correrias, nossas aflições de como pagar as contas, de como sustentar os gastos necessários as nossas mínimas dignidade, a exposição das violências, dos assaltos, das agressões, das mutilações, e isso, nos deixa muitas vezes desconsolados, desamidados, com um gosto amargo na língua, com um pigarro grudento na garganta, nos deixando até roco, roco de gritar no silêncio por Deus.

Foto: Jarmoluk

E este é o tema que comporá o nosso sétimo capítulo da praxis, porque de tanta dor, violência e sofrimento, a pergunta que vem diante de nós é “porque isso meu Deus”? Ou, “onde está o teu Deus que parece não ver nada disso”?.

E para tentar se compreender a razão do amargo da língua, a nossa dor, precisamos desfazer um paradoxo, constituído na Palavra que se forma entre as Escrituras do Antigo Testamento que proclama: “Ninguém pode ver Deus e continuar vivo” (Ex 3,6; 33,18-19), e, na Escritura do Novo Testamento que proclama Jesus como Deus sendo visível ao mundo quando diz: ‘O Espírito virá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com sua sombra. Por isso, o menino que vai nascer será chamado Santo, Filho de Deus (Lc 1,35).

Assim, o paradoxo se forma quando a Escritura proclama que ninguém pode ver Deus e continuar vivo, no entanto, em aparente contradição, nos dá o Testemunho de que todos que viveram no tempo de Jesus viram Deus, ao longo de sua passagem na Terra e continuaram vivo, diante da proclamação da Palavra que diz que Jesus é Deus.

Diante desse paradoxo, arriscamos dizer que essa confusão que fazemos é que nos causa a dor e o sofrimento, criando em nós a sensação de que Deus não está perto, que Deus é apenas exercícios mentais destoados das realidade das aflições, desarticulados dos medos, morte, doença, ao sermos, como São Paulo disse, tratados diariamente como ovelhas destinadas ao matadouro (Rm 8,36).

Mas é o próprio Jesus que em sua imensa misericórdia, é o primeiro a nos ajudar a sair desse lodo que alcança o nosso pescoço, quando vem nos repetir a Palavra dada a Tomé e a Filipe, ao dizer que Ele está diante de nós, mas, nós mergulhados em nossas ambições mesquinhas, de curar a doença, ganhar dinheiro, comprar coisas, não o vemos:

6″Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida.
Ninguém vai ao Pai senão por mim.
7Se vós me conhecêsseis,
conheceríeis também o meu Pai.
E desde agora o conheceis e o vistes”.

8Disse Filipe:
“Senhor, mostra-nos o Pai, isso nos basta!”
9Jesus respondeu:
“Há tanto tempo estou convosco,
e não me conheces, Filipe?
Quem me viu, viu o Pai.
Como é que tu dizes:
`Mostra-nos o Pai’?

Assim, hoje, valendo nos da didática de Filipe, “mostra-nos o Pai, isso nos basta”, ou seja, nos contentarmos com a glória do passado, a de Abrahão, Jacó, Moisés, e não precisamos aplicá-la ao presente, apenas revivê-las, olhando para trás, ou vendo Deus pelas costas pois, já passou, podemos reviver,o tempo de Jesus a revelar-nos claramente para nós o Pai, no reinício da Vida.

Começando pelo sim da nova Eva, que acolheu o Espírito Santo, renunciando a si mesma, ao proclamar “Faça-se em mim, segundo a Tua Palavra”, e dano início a um novo Reino, com a encarnação de Deus, ao qual se chamou Jesus.

Testemunhamos que Jesus, sendo Deus, rebaixou-se à condição de filho do homem, deixando a sua condição de Palavra de Deus, e, encarnou-se para dar o testemunho do Verbo, tornando a Palavra no mundo Espírito e Vida, cuja fidelidade ao cumprimento da Palavra, lhe deu a condição de ser chamado no Céu e na Terra como “o Cordeiro de Deus”, pois, por Ele se consumou a Verdade a partir da Palavra: “tudo esta consumado” (Lc 19,30).

Assim, Jesus mostrando-nos hoje o Pai, como pedido por Filipe, testemunhamos que Ele foi a Palavra encarnada, o Verbo de Deus, que transformou em Verdade no mundo, pelo seu testemunho a Palavra de Deus, tornando-se a partir da instauração desso no Reino, o ponto inicial, a fonte que nasce no lado norte do Templo, a dar origem a nova vida, tornando nova todas as coisas, com o refrigerio que estabiliza o ser vivente.

Mas o ser vivente ao sentir-se nutrido pelo Pão do Céu, a tanto tempo conosco, não conseguimos ver o Pai diante de nós, mas, como Filipe, só pelas costas, ao crermos e revivermos que toda a dor e todo o sofrimento já foi consumado na Cruz, por Jesus como o pagamento da iniquidade do mundo, assim, ele já sofreu em seu lugar, e só queremos sermos felizes.

E sentimos felizes quando não dependemos de Deus, ou seja, quando sentimos que tudo está dentro do nosso controle, não do jeito de Deus, mas sim do nosso jeito de ser, viver e ter as coisas, para nós, o ápice da criação é a plenitude do viver o nosso estilo próprio, fazendo quem sabe a nova moda, o novo meme, o bombar nos clique e seguidores digitais.

Assim, já não invocando o Espírito sem dizer mais nossas ações “faça-se em mim, segundo a vossa Palavra”, nossos olhos afastam-se da Graça de Deus, da amizade de Deus, e não mais O reconhecemos, não podemos ver Deus diante de nós, e passamos a desejar ver “sinais”, como é testemunhado pela Palavra no tempo de Jesus quando se proclamou:

22Celebrava-se, em Jerusalém, a festa da Dedicação do Templo.
Era inverno.
23Jesus passeava pelo Templo, no pórtico de Salomão.
24Os judeus rodeavam-no e disseram: ‘Até quando nos deixarás em dúvida?
Se tu és o Messias, dize-nos abertamente.’

25Jesus respondeu: ‘Já vo-lo disse, mas vós não acreditais.
As obras que eu faço em nome do meu Pai dão testemunho de mim;
26vós, porém, não acreditais (Jo 10,22-26),

Aqueles homens recebiam o sabor de Deus, viviam o sabor de Deus, pelo Pai que lhe era mostrado como se repetia no pedido por Filipe, mas, incomodados com a Verdade, mergulharam nas trevas, e, agora, nós, podemos dizer que mesmo nos deparando com a Luz, conduzidos de frente para o Caminho, não reconhecemos a Luz: “Ela estava no mundo, e o mundo foi feito por meio dela, mas, o mundo não a reconheceu (Jo 1,10), e por isso, com nossas línguas amargas, diante das barbáries, iniquidades, homicídios, violências, corrupção, oprimidos por aflições, das profundezas perguntamos, onde está o teu Deus? Pois, não o reconhecemos.

Ele está no meio de nós, mas nós não o reconhecemos, Ele está diante dos sacerdotes, governadores discípulos, mas ninguém o reconheceu, por nós que imitamos o testemunho de Maria Madalena, ao adentrar-se nas profundezas da angústia, isto é, no túmulo, que ao voltar-se “para traz, e viu Jesus de pé, mas não sabia que era Jesus. Jesus nós pergunta então “Por que choras”?, e mergulhados na nossa dor própria, pensamos tratar-se de apenas um pedinte no farol, ou aquele cara chato que nos procura para chorar novamente suas misérias, e nosso coração o rejeita como inconveniente (Jo 20-14-15).

Conclusão

Não há contradição entre a Palavra que proclama: Ninguém pode ver Deus e continuar vivo” e Jesus, sendo Deus foi visível entre os homens durante sua visita a este mundo, pois, todos que viram e dão o seu testemunho o dão como o testemunho dado por Moisés, isto é, só vendo Deus, pelas costas, depois que Ele já passou, da mesma forma só reconhecemos o Cristo depois que ele já não estava mais neste mundo.

E para que possamos aprender a caminhar “em tempo real com Deus”, isto é, “não só olhando para o Pai e basta”, isto é, alimentando-se da Glória do passado, o Senhor nos prometeu enviar o Espírito da Verdade, aquele que nos retira os véus do coração, e nos faz reconhecer a Glória do Deus testemunhada por Amós, a plenitude do Deus sob a escuridão (Am 5,18), cuja Graça, como um pecuarista, nos adquire como suas ovelhas, dando-nos o dom de reconhecer a Verdade. Dai-nos a vossa Graça, pois, a Tua Graça me basta.