Retiro da Quaresma: complexo de perfeição não faz a diferença no colaborador

O presente artigo convida o Leitor a aliviar o fardo de seus ombros sobrecarregado pela ilusão do perfeccionismo.

Iniciando a primeira semana de março, seguindo a rota do Sol, somos chamados à uma parada para nos encontrarmos como um vilão de nossa vida, o complexo da perfeição. É vilão, pois muito já morreram por se verem incapazes de serem perfeitos, e com isso, totalmente desfacelados em si, acreditaram que não deveriam ter nascido, como fez Judas Iscariotes, que preso à perfeição farisaica pela lei, em seu complexo de perfeição, diante de seu erro de traição, se sentiu imperdoável ao pensar que nada mais poderia restaurar uma vida perfeita nele, ou seja, carregaria uma marcha eterna em seu currículo, não perdoando a si mesmo.

Portanto, o vilão do perfeccionismo é o agir tendo por meta a perfeição apenas pelo cumprimento perfeito da lei. É, vilão porque nos ilude e nos enche de força para lutar até o ponto que nos damos conta de que a lei realiza o direito, mas o direito nem sempre é justiça.

Vemos hoje algo semelhante nos programas de compliance aplicados nas grandes coorporações e no sistema financeiro, ao proporem para que aquelas instituições cumpram rigorosamente a lei, mas, a lei que eles cumprem produz um direito totalmente preocupado em atender investidores, isto é, os mais favorecidos, do que realizar justiça, isto é, atender a todos, incluindo também a dignidade dos simples mortais, portanto se faz direito sem se fazer justiça que é o bem comum de todos.

Direito sem Justiça
Foto: O Globo

Assim, se temos o complexo de perfeccionismo, e nos vimos impotente para vencê-lo, muitas vezes nos enchemos da mesma dor que teve Judas Iscariotes, e muitos não a suportam, ao ponto de tirar a própria vida.

É uma dor terrível, pois, ao se voltarem para a lei humana vendo que não é possível alcançar justiça, a perfeição se revela para eles impossível, o que torna mais doloroso ainda, se voltar para as milhares de páginas da Bíblia, parecendo ser mais um estatuto rigoroso de direito e ética, a olhar para eles com um olhar mais severo ainda, nos fazendo perder todas as forças que existe em nós ao extrair da alma, toda a essência da dignidade de justiça que há em nós.

Podemos tirar como exemplo disso, a mensagem da 1ª Leitura do 2º Dom da Quaresma 28/02/2021, quando ouvimos sobre Abrahão sendo chamado para sacrificar o seu único filho, que aos olhos do perfeccionista parece que Deus quis apenas aplicar um vestibular para aprovar Abrahão com um diploma para o Céu.

Mas o que podemos compreender nesta ação de Deus, foi possibilitar a Abrahão remir-se da culpa que ele carregava em si, ao acreditar que Isaac fosse seu único filho, diante de seu ato perverso de entregar à morte o seu primogênito, Ismael, e também a mãe dele, Agar, que quer dizer escrava.

Naqueles dias, Deus pôs Abraão à prova. Chamando-o, disse: “Abraão!” E ele respondeu: “Aqui estou”.2E Deus disse: “Toma teu filho único, Isaac, a quem tanto amas, dirige-te à terra de Moriá e oferece-o aí em holocausto sobre um monte que eu te indicar”.

Abrahão não sabendo que Deus havia salvado Ismael, cheio da culpa de seu direito e sua ética não ter feito justiça com seu filho Ismael, não se rebelou contra Deus ao lhe pedir o sacrifício de Isaac, fato esse, que também se repetiu com Davi, que na sua dor de reparação, viu como justiça Deus ter tirado o filho que teve com a mulher de Urias.

O que há de comum entre esses dois fatos, é a plena consciência de que é impossível a perfeição, como justiça, pela lei, pela ética, ou pelo compliance, por isso, pelo exemplo de Abrahão e de Davi, é possível ver que o Senhor, limpa a sujeira que fazemos quando nos iludimos com a ideia de pela autossuficiência sermos perfeito, ou, ser “o cara” (the one), ou, “fazer a diferença”.

E, ao cairmos em si, diante da nossa dor ao reconhecermos dependentes de todos, nos fazendo iguais a Cristo, que sendo Deus, dependeu de José de Arimatéa para ser tirado da cruz, banhado, e o levar para a sepultura, Deus abre-se, para receber de nós a dor da reparação, também chamado, coração contrito, do pobre, mediante a fé que é chamada de justificação.

Por isso podemos dizer que Abrahão, Davi, não conseguindo ser perfeitos pela lei, foram justificado pela fé, e, agora, somos chamados à reparação como medida de justiça, a fim de que pela fé, possamos completar a justiça, que por nós mesmos é impossível de ser realizada, como se confirma nos ensinamentos de São Paulo:

Agora, porém, independentemente da Lei, manifestou-se a justiça de Deus, testemunhada pela Lei e pelos Profetas. É a justiça de Deus que se realiza através da fé em Jesus Cristo, para todos aqueles que acreditam. E não há distinção: todos pecaram e estão privados da glória de Deus, mas se tornam justos gratuitamente pela sua graça, mediante a libertação realizada por meio de Jesus Cristo. Deus o destinou a ser vítima que, mediante seu próprio sangue, nos consegue o perdão, contanto que nós acreditemos. Assim Deus manifestou sua justiça, pois antes deixava pecar sem intervir: eram os tempos da paciência de Deus. Mas, no tempo presente, ele manifesta a sua justiça para ser justo e para tornar justo quem tem fé em Jesus.

Só a fé nos torna justos — Então, onde está o motivo de se gloriar? Foi eliminado. Por qual lei? Pela lei das obras? Não, pela lei da fé. Pois, esta é a nossa tese: o homem se torna justo através da fé, independentemente da observância da Lei. Então, será que Deus é Deus somente dos judeus? Não será também Deus dos pagãos? Sim, ele é Deus também dos pagãos. De fato, há um só Deus que justifica, pela fé, tanto os circuncidados como os não circuncidados. Então, pela fé anulamos a Lei? De forma nenhuma! Pelo contrário, nós a confirmamos (Romanos cap, 3, v. 21-27).

Pela justificação de Abrahão, o mal de seu pecado Deus transformou em bem, gerando em Isaac; a herança da Lei, de Sião, de Aarão. E, de Ismael; a herança da Liturgia, de Jerusalém, de Moisés.

O ministério de Felipe: “mostrai-nos o Pai e isso nos basta!”

Agradecimento (ação de graças) pelo mandato presbiterial de Padre Felipe Dalcegio na Paróquia Sagrado Coração de Jesus

Desde os meados da primeira década do milênio, Padre Leo Heck, scj, suscitava aos paroquianos da Paróquia Sagrado Coração de Jesus de Taubaté a prática de se registrar as graças de Deus ocorrida entre seus povo na Comunidade.

Ao longo dos anos foi se apreendendo que isso é a preparação para o um rito litúrgico, pois no Culto Dominical, nos preâmbulos da Oração Eucarística, se convoca o Povo de Deus à apresentação das Graças de Deus, celebrando jubilosos:

Pres. O Senhor esteja convosco!

Ass: Ele está no meio de nós.

Pres. Corações ao alto!

Ass. O nosso coração está em Deus!

Pres. Demos graças ao Senhor!

Ass. É nosso dever e nossa salvação!

E para que possamos nos apresentar a Deus certos de que cumprimos o nosso dever e esperamos a salvação, queremos apresentar ao Senhor as Graças do Ministério de Felipe, que já se encontra de partida para outros mares, sem a pretensão de destacar a figura de alguém, mas sob o compromisso de reconhecer a Graça de Deus atuando na história construída ao longo de seu mandato presbiterial, na Glória de Deus revelada no percurso de sua atuação nos últimos 6 anos.

O Reino de Felipe

Foi sob os trabalhos de Felipe que Deus deu a conhecer ao mundo a revelação de que: mais do que filosofia de palavras teológicas, Deus quer a prática, a coerência na defesa do nome Santo do Senhor, a imitação do Cristo: “Em verdade, em verdade, vos digo: quem crê em mim fará as obras que eu faço, e fará ainda maiores do que estas” (Jo 14,12).

Por isso ele revelou pelo ministério de Pe. Felipe: “Filipe, há tanto tempo estou convosco, e não me conheces? Quem me viu, tem visto o Pai. Como é que tu dizes: ‘Mostra-nos o Pai’?, chamando a atenção de que a Palavra é Viva e não interpretação pessoal de um homem, diante da práxis humana das assembleias que olham para Deus, cultuando a filosofia, a imaginação, como já faziam nossos antepassados, como por exemplo na rebeldia do tempo da Jurisdição do Profeta Samuel, porque não gostam de praticar a Verdade, como é ensinado pelo ditado popular quando diz:

que há apenas duas coisas que o homem não se conforma neste mundo: a primeira é a morte, por isso, ele finge ser deus, iludindo-se que pode controlá-la, e a segunda, é a verdade, que ele rejeita, pois, isso significa abraçar o bem de todos (cidadania e dignidade) e suprimir o seu interesse pessoal.

Mas a dignidade da Graça de Deus na Paróquia Sagrado Coração de Jesus, representa na história dos dias de hoje, a atuação de Deus, como um eco aos ouvidos do Apóstolo Filipe que repercute na atualidade do Ministério de Pe. Felipe através da Comunhão do Sangue Eucarístico do Senhor, chegando até nós, como uma continuidade da Vida, para isso, novamente Deus foi apresentado ao Tribunal, como Réu na figura da Comunidade Nossa Senhora das Graças, sob a presidência do Juiz da 2ª Vara Cível, Dr. Felipe.

O Tribunal, ou Roma, pois julga o civil, isto é, julga aquele que na antiguidade era o gentil romano, e, agora, os códigos legais da atualidade são estruturados sob os mesmos Direitos de Roma, o Jus Civile, por isso Roma, que é destacado aqui porque o Estado Romano, também tem um protagonismo de continuação da história de Deus para o presente, quando os traidores de Júlio César, sentindo o fracasso de suas iniciativas têm uma visão do espírito daquele Imperador, que lhes diz: Em “Filipos vós me vereis”, assim como nos tempos de hoje, sob o ministério de Felipe, Deus mostra os sinais da Aliança aos seu povo (LUCIO FILHO, 2019)1 mostrando em Felipos, isto é a Paróquia Sagrado Coração de Jesus de Taubaté sob o ministério de Pe. Felipe, e também, sob o julgo do Juiz Felipe que a Palavra Viva é do Deus vivo e não de um Deus morto.

E estes sinais não são revelados como prenúncio para a derrubada do Império que escraviza o Mundo de hoje, ou a sonhada restauração da república, ou social democracia, mas, sim para a Instauração do Reino prometido de Sacerdotes, como um dia, na intimidade do coração como Juiz, clamou a Deus o Profeta Samuel: “Samuel se desgostou, quando lhe disseram: ‘Dá-nos um rei para que nos governe’. E invocou o Senhor” (1Sm 8,6).

Tudo isso, vem mostrar-nos que a História da Amizade com Deus é viva, pois ele é o Deus de nossos pais, e não esquece jamais de sua Aliança, por isso, a filosofia, a mitologia e a fantasia de Deus elegida pelo homem por sua rejeição à Verdade, já revelava a hipocrisia dos reinos humanos antes de Samuel, por Ana, consagradora do Profeta Samuel a Deus, que em seu cântico exultava no Espírito:

Não multipliqueis palavras orgulhosas, nem saia insolência de vossas bocas!

Pois o Senhor é um Deus que sabe, é ele quem pesa as nossas ações (1Sm, 2,3).

A Glória de Deus, ao qual se faz neste ato a ação de Graças, tem como início da caminhada com Felipe uma das homilias das três primeiras missas dominicais do início de seu ministério, celebrada às sete da manhã em que foi comungado a Palavra, cujo alimento era a união de todos em uma só verdade, ao qual foi-lhe chamado a atenção ao final da missa que ele falou sobre a Profecia de Isaías:

Visão de Isaías, filho de Amós, a respeito de Judá e de Jerusalém.

Acontecerá, nos últimos tempos, que a montanha da Casa do SENHOR estará plantada bem firme no topo das montanhas, dominando os mais altos morros. Para lá afluirão as nações todas, povos numerosos irão, dizendo: “Vinde! Vamos subir à montanha do SENHOR! Vamos ao Templo do Deus de Jacó. Jacó. Ele nos vai mostrar a sua estrada e nós vamos trilhar os seus caminhos.” Pois de Sião sai o ensinamento, de Jerusalém vem a palavra do SENHOR.

Às nações ele dará a sentença, decisão para povos numerosos: devem fundir suas espadas, para fazer bicos de arado, fundir as lanças, para delas fazer foices. Nenhuma nação pegará em armas contra a outra e nunca mais se treinarão para a guerra.

Casa de Jacó, vinde, vamos caminhar à luz do SENHOR!”(Is 2,1-5)

Dessa Graça foi revelado ao Povo, um sinal da Aliança para o Dia do Senhor, …dias virão que a Casa do Senhor será no mais alto dos montes (Is 2,1), ou seja, o Espírito da Verdade revelou a Casa do Senhor, a sua Tenda, não como miragem, nem imaginação, mas real, certeza na fidelidade da Promessa de Deus, através do Sinal da Aliança, revelando Sião que tem a Lei, o Conselho, o Patriarca, Aarão, o Culto, e, também, revelando Jerusalém que tem a Prudência, a Palavra ou prática da obediência, Moisés, a Liturgia.

Ligando assim o Céu – Auriga Constelação Celeste (Lei de Sião e Palavra de Jerusalém), e a Terra Auriga Virtutus (Conselho (Lei) Aarão e Prudência (prática da Palavra), Moisés, retratada no Salmo apresentado para o Jubileu da Paróquia quando louvando a história jubilar entoou o cântico:

Na festa de oito dezembro, é o júbilo da Imaculada Conceição, Alegra-te ó cheia de graça, pois, contigo está o Senhor (Lc 1,26,28b). Que do solo arenoso, o Coração do Filho levantou. Tornou-se um brilho do céu e luz a propagar o amor de Deus, como predestinados, para o louvor de sua glória, (Ef 1,11-12) o Senhor fez conhecer a salvação, e às nações, sua justiça (Sl 97,2); alimentada pelo carisma de Leão (LUCIO FILHO, 2018)2.

11/08/2020

Desde 27 de novembro de 2016, último dia do ano lítúrgico do Ano C, festa de Nossa Senhora das Graças, Comunidade protagonista da apresentação de Deus no Tribunal da Humanidade, ou, Tribunal Romano, foi iniciado uma pequena via em que de muitas maneiras Deus se manifestou convocando a Humanidade ao retorno para a Verdade, como na revelação pela homilia dominical da Epifania do Senhor de 2017, Ano A, que se tornou importante contribuição para a Pesquisa que, através da Semiótica (Ciência das Linguagens) foi revelado na Paróquia Sagrado Coração de Jesus de Taubaté, os Sinais da Aliança:

Oitava secundidade dos FRBs

A oitava secundidade trabalha a interpretação sobre as afirmações da primeira semana de janeiro de 2017, sobre a possível fonte ou origem dos FRBs, que segundo estudos recentes, são originadas de uma pálida ou empalecida galáxia anã da constelação do condutor da biga, que quer dizer Auriga, mas, pela solenidade da Epífania, peço licença para chamar de constelação do condutor da carruagem.

O Prof. Chatterjee compara as anomalias com explosões de pulsar quando estrelas de nêutrons girando emitem pulsos de radiação como um relógio de tique-taque. Mas essas explosões de rádio rápidas da constelação de Auriga vêm em comprimentos de onda que se espalharam ao longo do tempo, indicando que a fonte está a 3 bilhões de anos-luz da Terra em uma galáxia anã, pálida, da constelação Auriga, apenas 1/100 da massa da galáxia da Via Láctea (HOWE, 2017).

Tendo em vista que essa interpretação se estrutura pelo pragmaticismo através da tridimensionalidade da semiótica, que quer dizer que ela possui altura, largura e profundidade, ou seja, ela se completa pela física que é material, pela metafísica que é imaterial e, pelo fato, que é o significante ou signo.

Assim, a aplicação da semiótica na linguagem cristã, não se limita ao imaterial com o pensamento teológico ou filosófico, mas também, se estende ao universo físico, para a composição do signo.

A parte física, que a teologia chama de obra pela fé, neste caso, se dá pelo serviço à música litúrgica na missa dominical das sete horas da manhã, ao qual, o rito da celebração que simboliza um banquete com o Senhor, que reúne todos os celebrantes ao redor da sua mesa, que alimentados pela Palavra, partilham entre si, suas alegrias, tristezas, esperanças, clamores e fé.


O banquete servido pela homilia deste domingo (DALCEGIO, 2017), vem apresentar a fonte da luz que toda a humanidade espera ver, diante de uma ínfima faísca, mas, mais poderosa de que o brilho do sol em dez mil anos, que parece ser localizada em uma pálida, ou poderíamos dizer fraquinha, simples, pequena, como a pequenez de Deus já tratada na primeira secundidade, em uma galáxia não pequena, mas mais pequena ainda, uma galáxia anã, que integra a constelação do condutor da carruagem ou cocheiro, na constelação de Auriga.

A homilia que desenvolve este signo, que para melhor lógica, aqui foi invertida do meio para o começo, do meio vem sob o contexto do sinal aos reis magos para os dias de hoje, fez referência às falsas fontes de luz, criadas pelos Herodes de hoje, que, formadores de opinião, matam a luz da Verdade em nós, e, do início, faz referência ao profeta Isaías, cuja vocação está em trazer, diante das tragédias a boa notícia, a boa nova para a humanidade, e como que aplicando um pragmaticismo espontâneo, vem falar dos sinais físicos da sabedoria explícitos a nós pela natureza, pela leitura de um livro, de uma carta, pelas estrelas, ou até mesmo, pela dor da doença, que nos ajudam a compreender a ação de Deus na sua amizade com o homem, cuja inversão proposital aqui, foi feita para se alinhar a ordem correta das palavras de Jó que traz um discurso idêntico quando contesta os sábios:

Como vocês são importantes! A sabedoria vai morrer junto com vocês! Todavia, eu também tenho inteligência, e não sou inferior a vocês. Quem não sabe tudo isso?

[…]
Eu me tornei motivo de zombaria para os meus amigos, eu que gritava a Deus para ter uma resposta.

[…]
Pergunte aos animais, que eles instruirão você. Pergunte às aves do céu, que elas o informarão. Pergunte aos répteis do chão, que eles lhe darão lições. Os peixes do mar lhe contarão tudo isso. Entre todos esses seres, quem não sabe que foi a mão do Senhor que fez tudo isso? Nas mãos dele está a vida de todos os viventes e a respiração de todo ser humano. Não é o ouvido que distingue as palavras, e o paladar que saboreia os alimentos? Por acaso, os anciãos não estão destinados a ter sabedoria, e os velhos a ter prudência? (Jó 12, 2.4.7-12).

A parte central e inicial da homilia se faz importante para a compreensão da oitava secundidade pois ela aqui, apresentada invertida, vem trazer para a linguagem cristã, não a indicação da fonte dos FRBs como é hoje buscada pelos sábios, mas sim, o seu destino, ou seja, para onde ela vai.


Apenas para melhor esclarecer, na parte final da homilia, ela conclui com a ideia de que, assim como aconteceu com os os reis magos que mudaram de direção, seguindo um caminho novo depois do encontro com Jesus, a estrela de Belém, deve criar um sentido e brilhar em nós ao ponto de mudar a direção das nossas vidas (DALCEGIO, 2017).


Assim, para a linguagem cristã, o fluxo dos FRBs não é, de onde vem a luz, mas, para onde estará indo uma faísca que tem o brilho de 10 mil anos luz do brilho do sol? E, a resposta aponta para um único caminho que a princípio pode parecer simbólico, mas para a linguagem cristã é real, porque é uma interpretação digna de fé….a faísca, se encandecida, estará indo para o fundo do teu coração: “Pois o Deus que disse: «Do meio das trevas brilhe a luz!» foi ele mesmo que reluziu em nossos corações para fazer brilhar o conhecimento da glória de Deus, que resplandece na face de Cristo” (2Cor 4,6), pois, como a um amigo fiel, Ele te coroou de esplendor e glória: “Quando contemplo o céu, obra de teus dedos, a lua e as estrelas que fixaste… O que é o homem, para dele te lembrares? O ser humano, para que o visites? Tu o fizeste pouco menos do que um deus, e o coroaste de glória e esplendor”(Sl 8,4-6), e como um Pai amoroso se alegra por tua volta restabelecendo a tua dignidade:
“Quando ainda estava longe, o pai o avistou, e teve compaixão. Saiu correndo, o abraçou, e o cobriu de beijos. Então o filho disse: ‘Pai, pequei contra Deus e contra ti; já não mereço que me chamem teu filho’. Mas o pai disse aos empregados: ‘Depressa, tragam a melhor túnica para vestir meu filho. E coloquem um anel no seu dedo e sandálias nos pés. Peguem o novilho gordo e o matem. Vamos fazer um banquete. Porque este meu filho estava morto, e tornou a viver; estava perdido, e foi encontrado’. E começaram a festa”. (Lc 15, 20b-24).

Portanto, o teu coração não é tão anão, ao ponto de não ser capaz de receber 18 faíscas de rádio, com duração de cinco milésimos de segundo cada uma, cujo fogo do brilho dela não te consome, como cantada na sequência da celebração de Pentecostes.

A nós descei, Divina Luz.
A nós descei, Divina Luz.

Em nossas almas acendei, o amor, o amor de Jesus, o amor, o amor de Jesus.


1-Vinde Santo Espírito, e do céu mandai, luminoso raio, luminoso raio.
Vinde Pai dos pobres, doador de dons, luz dos corações, luz corações.
Grande Defensor, em nós habitai e nos confortai, e nos confortai.
Na fadiga pouso, no ardor brandura, e na dor ternura, e na dor ternura.

2- Ó Luz venturosa, divinais clarões, enche os corações, enche os corações.
Sem um tal poder, em qualquer vivente, nada há de inocente, nada há de inocente.
Lavai o impuro e regai o seco, sarai o enfermo, sarai o enfermo.
Dobrai a dureza, aquecei o frio, livrai do desvio, livrai do desvio (VELOSO, s/d).

Essa faísca traz em nós a encandecência, como a sarça que não se consumia (Ex 3,2d), o fogo que não queima, cuja a força, tem um brilho maior do que dez mil anos do brilho do sol, porque “ vocês, porém, são raça eleita, sacerdócio régio, nação santa, povo adquirido por Deus, para proclamar as obras maravilhosas daquele que chamou vocês das trevas para a sua luz maravilhosa” (1Pd 2,9); Porque todos vocês são filhos da luz e filhos do dia. Não somos da noite nem das trevas (1Ts 5,5); Outrora vocês eram trevas, mas agora são luz no Senhor (Ef 5,8);


Para que a luz não passe despercebida ou deixe de encandecer, Cristo adverte seus amigos: “A luz ainda estará no meio de vocês por um pouco de tempo. Procurem caminhar enquanto vocês têm a luz, para que as trevas não alcancem vocês (Jo 12,35), pois, se a alma não é encandecida, a luz do coração não aquecerá, e não é possível fazê-la brilhar em nós: “Enquanto vocês têm a luz, acreditem na luz, para que vocês se tornem filhos da luz’, Depois de dizer isso, Jesus foi embora e se escondeu deles” (Jo 12,36).

Resta-nos a alegria da luz ou como com nas palavras da homilia, que a Estrela de Belém, que te permitiu um encontro com o Deus que visitou seu povo, Emanuel, te faça viver um novo caminho em tua vida. (LUCIO FILHO, 2017, Oitava Secundiade)3

Mas a Humanidade está preocupada tão somente com seus benefícios, seus bônus, seus lucros, suas propriedades, seus direitos, e não se volta para o chamado de Deus, ela o ignora, não aceita a Verdade, diante disso, o Senhor estabeleceu o Jejum entre todas as Igrejas, não mais permitindo o seu culto, fechando também os mercados, e, ainda assim, a Humanidade não deu importância, iludindo-se que é apenas uma questão de vacina, pois, o que importa são os mercados, os gozos, prazeres, e as festas.

Conclusão

O Ministério de Felipe teve um brilho tão grande na participação de Deus na História da Humanidade, quase como o próprio Fast Radio Bust, pequeno com 5 milésimos de segundo, mas, com o brilho de 500 milhões de sóis, como o Coração de Jesus, manso e humilde com um clico (pulso elétrico de 5 milésimos de segundo), e com um amor maior que 500 milhões de sóis.

Todo o serviço desse últimos 5 anos, foi Liturgia, ou Palavra Viva, de ação de Deus na História da Humanidade, por isso, ela é Palavra Viva, se é Palavra é Jerusalém, se é Jerusalém deverá ser registradas nos Anais da Paróquia pois, não poderá ser esquecida, como na celebração missal da semana seguinte à Festa do Sagrado Coração de Jesus, de 26 de junho de 2020, 12ª Semena do Tempo Comum, quando se proclamou no Salmo:

R: Que se prenda a minha língua ao céu da boca, se de ti Jerusalém, eu me esquecer!

Que se cole a minha língua e se prenda ao céu da boca, se de ti não me lembrar!
Se não for Jerusalém minha grande alegria! (Sl 136,6).

É nosso dever e salvação dar-vos graças em todo o tempo e lugar, pois agora, Pe. Felipe, como na liturgia da semana precedente à festa do Sagrado Coração de 12 de junho de 2020:

O Senhor disse-lhe: ‘Vai e toma o teu caminho de volta, na direção do deserto de Damasco’ (1ª Leitura, 1Rs, 19,16).

A Ti ó Senhor vos damos graças, pois, manifestando os teus dons nos teus servos, coroai a Vossa Glória, armado tua Tenda entre nós, e nós levantando o Vosso Filho da Terra.

Obrigado Senhor pela Liturgia, amizade no Senhor, que constituiu a memória do Senhor (fazei isto em memória de Mim), em uma eucaristia permanente, ao longo de 5 anos de história com a Humanidade sob o alimento (eis o meu sangue) da Palavra Viva.

1LUCIO FILHO, Laurentino. A comunicação humana nos sinais cósmicos de rádios, p. 1-12. PEREIRA, Denise (Org), Ciências Humanas e a dimensão adquirida através da evolução tecnológica, Ponta Grossa – PR: Atenas, 2019. Disponível em http://www.formaresaber.com.br/a-comunicacao-humana-entre-a-terra-e-a-constelacao-de-auriga. Acesso 29 nov. 2020.

2LUCIO FILHO, Laurentino. Concurso Poesias na Celebração do Jubileu de 50 anos da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, 2018.

3LUCIO FILHO, Laurentino. A Linguagem cristã nos sinais de rádio. Disponível em http://liturgiadigital.blogspot.com/2016/12/a-linguagem-crista-nos-sinais-de-radio.html. Acesso 02 dez. 2020.