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Descobrindo a verdade

Iniciamos o quinto tema do capítulo 2, que trata da praxis dentro do contexto do tempo atual que é a penitência quaresmal pelos sofrimentos da Guerra, em que nos vemos como protagonistas dentro de uma arena sujeita a sofrer todo o tipo de violência até o ponto de perdermos totalmente a capacidade de acreditar.

Talvez a maior e mais definitiva sentença sobre guerras seja a morte da verdade (ROSSI, 2022, p. 1)1.

Credit: Geralt

Parece apenas, uma mensagem apelativa quando o Jornalista propôs que a morte da verdade é a primeira vítima da guerra, mas, ela é muito mais do que isso, porque, se olharmos com mais cuidado, vamos ver que a vítima somos nós, da mesma forma que somos nós os autores dos crimes de assassinato da verdade.

Sob a ideia do livre arbítrio nos consideramos senhores e julgadores, mas tendo matado a verdade, ou, feita ela como prisioneira da injustiça, como nos diz São Paulo, a exemplo do que já acompanhamos quando Herodes temia a opinião publica por matar João Batista, ou Fariseus que temiam pela rejeição popular pela condenação de Jesus, ou Pilatos que não vendo culpa em Jesus, o condenou por medo da impopularidade política, nos dias de hoje da opinião pública na corrida eleitoral em todo o Mundo.

Alinhamos nossa arbitrariedade pela nossa opinião pessoal, como se fôssemos donos da verdade, mas ela está cheia dos vícios da nossa vaidade e ambição, e assim, somos lançados no campo da guerra como opinadores, ou, juízes, a formar opinião que define as estratégias dos guerrilheiros.

A minha alma está cercada por leões ferozes, tenho de repousar entre homens perversos, que por dentes têm lanças e flechas e, por língua, uma espada afiada!

Salmo 56 (57),4

E em meio a guerra de armas, a língua que mata a verdade, produz uma guerra de versões

A ideia básica que permeia a menção aos termos ‘fake news’ e ‘pós-verdade’ é a da existência de uma era de rápida velocidade de produção e circulação da informação. Em suma, as formas tradicionais de organização, seleção, classificação e exclusão discursivas são colocadas em xeque em um ambiente no qual parece não haver mais qualquer autoridade estabelecida, ou seja, no qual qualquer um pode dizer qualquer coisa sobre qualquer assunto da maneira que bem entender. A informação pode vir de qualquer fonte e sem nenhum critério, com potencial de se espalhar, de manipular as emoções e de realizar influência destrutiva e determinante na população, capaz talvez de definir os rumos das democracias contemporâneas (ALVES E MACIEL apud MANS, 2020, p. 147-148)2.

E se falamos da caminhada penitencial da quaresma, o mesmo tema da morte da verdade também é tratado pela Igreja sob a denominação de subjetivismo com o seguinte apresentação

Esta confusa noção da realidade chamada relativismo está no coração da crise que ameaça a cultura hoje. O relativismo muda o foco da realidade para o sujeito individual. E, dado que as pessoas têm percepções diferentes, a verdade é vista como relativa. Isto, porém, só pode levar a uma ‘ditadura’ de opiniões, porque quando não podemos apoiar-nos na realidade e na razão para provar o nosso argumento, ficamos discutindo e lutando pelo poder, o que resulta em caos e até mesmo em violência (OLMSTED, 2019, p. 1)3.

Diante destes textos já podemos perceber que não falamos de duas nações guerreando, nem do que a sociedade prática, mas sim do poço lodaçal ao qual estamos imergidos, o túmulo da morte, ou a cadeia que aprisionamos a verdade, em que vivemos julgando os fatos, a fim de oferecermos opinião pública aqueles que pensamos se importar com essa opinião.

Alardeiam com sua boca, têm espadas, entre os lábios: “Pois quem está ouvindo?”

Salmo 58 (59),8

Assim, não importa o termo, ainda que seja: fakenews, pós-verdade, subjetivismo, há dois fatos que torna impossível negar a verdade; o primeiro que é que você faz parte dele, pois, estamos dentro dessa realidade social; o segundo é que a verdade é morta a todo o tempo e percebemos ao esfriarmos nossa fé como se estivéssemos sozinhos.

Mas, continuando nossa caminhada penitencial da quaresma, cujo coração contrito se depara com o crime da morte da verdade, ao refletirmos que se o Senhor é o caminho, a verdade e a vida (Jo 14,6), e, se matamos a verdade que é Deus, é porque nos aliamos à mentira que é do Diabo, perdendo toda a nossa fé.

Poderíamos nos arriscar a dizer, mas eu não mato a verdade, no entanto, se estamos diante da verdade, ela vai dizer-nos que: “se declaramos que não temos pecado algum enganamos a nós mesmos, e a verdade não está em nós” (1Jo 1,8), pois, para dizer que estamos longe da mentira, precisaríamos estarmos vivendo em uma outra realidade para nos declararmos livres disso.

Como exemplo, ao voltar nosso olhar para nós mesmos agora, vamos nos encontrar fazendo um julgamento sobre a guerra na Europa, e todos com o coração cheio de piedade, vão se compadecer da nação ucraniana, contudo, continuam comendo o adubo e o petróleo russo, que sustentam as armas que a destroem.

Temos dó, temos piedade, mas não mudamos de vida, pois, com lágrimas de crocodilo, corremos para o petróleo da Venezuela ou do Irã, continuamos a matar a vida, permanecendo em nossa pós-verdade ou verdade conveniente como nos ilustra a nossa inconsciente incoerência, a notícia abaixo:

São poucos os lugares na Terra que os humanos não estragaram com os desperdícios e a poluição resultantes de carros esbanjadores de gasolina, com a eletricidade a carvão com que alimentamos as nossas casas ou o pó e fuligem que resultam dos incêndios florestais que agravamos

(FRITZ e GAINOR, 2022, p.1)4.

Assim, da mesma forma que nos enchemos de dó da nação ucraniana na guerra, ao final do tempo quaresmal, estaremos nos enchendo de dó de um Cristo morto, porque a verdade foi assassinada, e sob a mentira Ele foi julgado e condenado à cruz, e, nós, cheios de dó ou pena daquele Cristo crucificado, nos conformamos que assim foi necessário, para que não fôssemos nós no lugar Dele, como se estivéssemos acima da lei que deveria ser aplicada somente a Ele.

Enganamos a nós mesmos, pois, o Senhor nos disse não tenhais dó de mim, tenhais dó de vocês mesmos e de vossos filhos: “e uma grande multidão seguia a Ele, inclusive muitas mulheres que choravam e pranteavam em desespero. Porém, Jesus, dirigindo-se a elas, as preveniu: “Filhas de Jerusalém, não choreis por mim; antes, pranteai, por vós mesmas e por vossos filhos” (Lc 23, 27-28)!

Assim, a revelação de que, por sermos senhores do livre arbítrio, atribuímos os efeitos da lei só para os outros e a nossa consciência subjetivista nos deixa livres de sermos alcançados por ela, para que assim não se aplique a nós mesmos o sofrimento dos outros.

Isso, nos faz, afastarmos da verdade (ou a matamos), e com isso, perdemos a amizade de Deus, e sem Deus, perdemos o dom de reconhecermos a verdade seguindo para o caminho da escuridão da morte, nos sendo dito de uma forma bem simples por São Paulo:

Irmãos, 1vós estáveis mortos por causa de vossas faltas e pecados, 2nos quais vivíeis outrora, quando seguíeis o deus deste mundo, o príncipe que reina entre o céu e a terra, o espírito que age agora entre os rebeldes.

3Nós éramos deste número, todos nós. Outrora nos abandonávamos às paixões da carne; satisfazíamos os seus desejos, seguíamos os seus caprichos e éramos por natureza como os demais, filhos da ira (Ef 2,-1-3– Liturgia 29ª Semana do Tempo Comum – Ano A – Segunda-Feira 19/10/2020).

Portando, ja é possível perceber que nosso subjetivismo nos separa da verdade nos deixando privados da vida, e, o único sentido é a nossa caminhada de voltar à verdade, mas isso, não dependente de nós, não é uma opção pessoal de escolha, pois, ainda que quiséssemos, voltar à verdade não se daria por nós mesmos, pois, perdemos a amizade com Deus, é Deus quem nos escolhe.

Com efeito, é pela graça que sois salvos, mediante a fé.
E isso não vem de vós; é dom de Deus!
Não vem das obras, para que ninguém se orgulhe.
Pois é ele quem nos fez;
nós fomos criados em Jesus Cristo para as obras boas, que Deus preparou de antemão para que nós as praticássemos
(Ef 2,-8-10 – Liturgia 29ª Semana do Tempo Comum – Ano A – Segunda-Feira 19/10/2020).

Estamos fadados à morte, e isso não é uma frase de efeito, é real, porque perdemos a graça de Deus, de forma que não somos mais capazes de reconhecer sua presença próximo de nós:

Quando as multidões se reuniram em grande quantidade,
Jesus começou a dizer:
‘Esta geração é uma geração má.
Ela busca um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, a não ser o sinal de Jonas.
Com efeito, assim como Jonas foi um sinal para os ninivitas,
assim também será o Filho do Homem para esta geração
(Lc 11,29-30 – Liturgia 1ª Semana da Quaresma – Ano C – Quarta-Feira 09/03/2022).

Se na nossa caminhada penitencial formos capazes de reconhecer o nosso erro, seremos capazes de restabelecer nossa amizade com Deus, único caminho para o restabelecimento da verdade e da vida sob a forma de restabelecimento da Aliança sagrada e eterna, como nos ensina São Paulo:

Mas Deus é rico em misericórdia.
Por causa do grande amor com que nos amou,
quando estávamos mortos por causa das nossas faltas,
ele nos deu a vida com Cristo.
É por graça que vós sois salvos!
Deus nos ressuscitou com Cristo
e nos fez sentar nos céus
em virtude de nossa união com Jesus Cristo.
Assim, pela bondade, que nos demonstrou em Jesus Cristo,
Deus quis mostrar, através dos séculos futuros,
a incomparável riqueza da sua graça.
Com efeito, é pela graça que sois salvos, mediante a fé.
E isso não vem de vós; é dom de Deus
(Ef 2,-4-8 – Liturgia 29ª Semana do Tempo Comum – Ano A – Segunda-Feira 19/10/2020)

É isso que o Senhor nos diz quando afirmou que “com efeito, assim como Jonas foi um sinal para os ninivitas, assim também será o Filho do Homem para esta geração (Lc 11,29-30 – Liturgia 1ª Semana da Quaresma – Ano C – Quarta-Feira 09/03/2022), pois o sinal de Jonas para nós presente no Senhor, é o mesmo acolhimento da verdade que teve a nação dos ninivitas que estava distante de Deus, evitando pelo coração contrito do reconhecimento da sua miséria, a catástrofe da destruição, e a nossa destruição é iminente, não pela guerra mas pela catástrofe ambiental.

Depois disso talvez a verdade nos seja revelada e deixemos de praticar a dó do Cristo morto, e passamos a celebrar a alegria da vitória da vida sobre a morte e como aqueles gregos que recobraram a graça de Deus, possamos pedir “queremos ver Jesus” (Jo 12, 20-22).

Vendo Jesus somos capazes de ser curados assim como foram curados os rebeldes no tempo de Moisés que eram picados mortalmente por serpentes, e recuperavam a vida:

14Assim como Moisés levantou a serpente no deserto, desse mesmo modo é necessário que o Filho do homem seja levantado, 15para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.

Jo 3,14-15)

1ROSSI, Edson. Invasão da Ucrânia: breve receituário (e quatro dicas) de como não ser enganado pela cobertura da mídia. In Análise, 28/02/2022 – Isto é Dinheiro. Disponível em https://www.istoedinheiro.com.br/invasao-da-ucrania-breve-receituario-e-quatro-dicas-de-como-nao-ser-enganado-pela-cobertura-da-midia/. Acesso em 09 mar. 2022.

2ALVES, Marco Antônio Sousa, e, MACIEL, Emanuella R. Halfeld. O fenômeno das fake news: de!nição, combate e contexto. In Revista Internet e Sociedade, N.1⁄V.1⁄JANEIRO DE 2020 p. 144 A 171, Disponível em https://revista.internetlab.org.br/wp-content/uploads/2020/02/o-fenomeno-das-fake-news-definicao-combate-e-contexto.pdf. Acesso em 09 mar. 2022.

3OLMSTED, Thomas. É mentira que cada um tenha a “sua verdade”: a Verdade não é relativa. In – Atualidades, 11/12/19 – Aleteia. Disponível em https://pt.aleteia.org/2019/12/11/e-mentira-que-cada-um-tenha-a-sua-verdade-a-verdade-nao-e-relativa/. Acesso em 09 mar. 2022.

4FRITZ, Angela e GAINOR, Danya. Carbono negro é nova forma dos humanos causarem alterações na Antártida; entenda. In Tecnologias CNN Brasil @cnnbrasil, 12/03/2022.

Superando as dores

Iniciando o tema 4 do capítulo 2, da Praxis, vamos abordar a experiência com a dor, pois vivemos nas últimas décadas, o tempo das dores, pois a alegria de nossas festas foram trocados por tragédias, violências, corrupção e opressão.

Credit: cicloviasinvisiveis.com

Já não temos os cantos nas ruas, já não não reunimos com o vigor de brindar as vitórias dos campeonatos com os amigos, e nos últimos tempos, vivenciamos continuamente a dor pelo luto de nossos amigos, e nossos próximos.

Se olharmos para dentro de nosso coração enxergamos apenas o lamento, a saudade dos amigos que passaram por nossas vidas, pelos parentes que perdemos, o cansaço pela opressão da avidez tributária do Estado sem retorno de dignidade e cidadania, o excesso de trabalho com pouco retorno financeiro, endividamentos familiares.

Nosso sol se tornou escuro, nossas luas sangrentas, as estrelas parecem pálidas, e os Céus se foram, nos deixando neste deserto vazio, nebuloso, cheio de ódio, violência, indiferença, longe da graça de sentir que Deus existe.

Diante disso, perguntamos porque há tantos sofrimentos, tanta dor, tanta morte, tanta indiferença, tanto ódio? E a resposta vem na singeleza do conselho de um pai, ou, de uma mãe: estamos sofrendo por termos escolhido o caminho do filho pródigo, antecipamos a herança e saímos para o mundo por nós mesmos, por isso, perdemos todos os nossos bens, e agora, sob o risco de perder a própria Terra, e toda a nossa dignidade.

E assim, estamos sofrendo as dores porque até agora, errantes, não reconhecemos que precisamos mudar nosso modo de ser, abandonar o sonho de controlar, de dominar, para passarmos a reconhecer nossa impotência.

Isto quer dizer, renunciar ao controle próprio dos fatos, deixando que os fenômenos tomem o curso natural de sua realidade, deixando de olhar para as tragédias que nos circundam como obras do acaso, mas com um coração contrito, passarmos a reconhecer que elas são frutos dos nossos erros.

Enquanto não mudarmos nosso olhar continuaremos a viver as dores cada vez mais intensas. Mudar o olhar ou mudança de vida, não significa buscar tentar fazer tudo certinho, significa renunciar todo o controle interno de si mesmo e passar a deixar que as leis naturais é que direcione o comportamento.

Mudar de vida também não significa deixar as coisas por si mesmas, e nos tornamos passivos, mas sim, apreendermos a abrir nosso coração para a voz da Natureza, a sabedoria dos DNA’s, não biológicos, mas, DNA’s “em Espírito”, que nos sussurram as orientações de nossos pais nos direcionando para os atos que temos de realizar, pois do contrário continuaremos a andar errantes, sem dignidades e repletos de dores, como já nos ensina as Escrituras pelo Profeta Isaías:

4 Ai! Gente pecadora, povo carregado de crimes, geração de malfeitores, filhos degenerados!

Abandonaram o SENHOR, desprezaram o Santo de Israel, andaram para trás.

5 Se continuais nessa revolta, podereis ainda levar pancadas? A cabeça toda está doendo, o coração inteiro, magoado.

6 Da sola dos pés até o alto da cabeça não há nada são. É só machucado, vergão, ferida aberta, sem limpar, sem tratar, sem remédio para aliviar.

7 É assim mesmo: vosso país está arrasado, vossas cidades, destruídas pelo fogo, a as terras, bem diante dos vossos olhos, devoradas por estrangeiros. É a devastação, a invasão de inimigos.

8 Jerusalém, a filha de Sião, ficará como um rancho no vinhedo, uma choupana em plantação de pepinos, cidade cercada pelo inimigo.

9 Se o SENHOR dos exércitos não nos tivesse deixado uma sobra, ainda que pequena, ficaríamos como Sodoma, semelhantes a Gomorra (Is 4-9).

Temos de aprender a perceber nossos erros, observando que hoje somos chamados para uma mudança de vida, e essa mudança de vida significa eu deixar de acreditar que os próprios pensamentos são capazes de conduzir a prática de vida ideal, de justiça, mas removê-los todos, isto é, renunciar a si mesmo.

Assim, diante da dor do luto pela fome, diante da dor luto pela peste, diante da dor do luto pela guerra, renunciando a nós mesmos, poderemos enxergar que a solução não vem de nós, pois, se tudo isso está acontecendo não é por castigo de Deus mas por efeito de nossas caminhadas errantes, servindo para mostrar para nós, que nos afastamos da Solução de Deus, e perdendo a sua graça, e por isso estamos sucumbindo.

Precisamos aprender a renunciar a nós mesmos, isto é, como que sentados de carona no quadro de uma bicicleta, permitir que o piloto dela, Jesus, a conduza sem a nossa interferência, permanecendo obedientes aos pedidos Dele, assim, confiantes de que o caminho por mais tortuoso e acidentado que possa parecer, sob a direção dEle, chegaremos ao lugar seguro, com paz, dignidade e justiça.

Conclusão

Vimos a tragédia de uma pandemia, e o homem, dizendo-se tratar-se de um mal, correu para dar sua solução. Alguém voltou-se para Deus e disse: Senhor perdoai-nos pois, atraímos para nós o mal?

Estamos vivendo a tragédia da fome pela acumulação dos investidores que tornam os homens do mundo cada vez mais ociosos, sem condições de trabalho. Todos escolheram os próprios caminhos sob como sobreviver as crises, mas, alguém voltou-se para Deus e disse: Senhor, nos afastamos de vós por isso, fomos entregues nas mãos de nossos opressores?

Estamos vivendo a tragédia da guerra, pela ambição, mesquinhez e miserabilidade humana. O mundo correu para criar uma solução através de sua arrogante forma de controlar e dominar as pessoas. Alguém voltou-se a Deus e disse: Senhor, estamos prestes a sucumbir por nossos erros, mostrai-nos a vossa face?

Diante destas questões podemos perceber, mesmo diante de tantas tragédias, que não voltamos para Deus, e, ainda, o quanto estamos distantes de renunciar a nós mesmos pois estamos presos as soluções puramente humanas e não queremos abrir mãos do poder de dominar e controlar, fechando nossos ouvidos para os sussurros dos DNA’s de nossos pais, permanecendo rebeldes, surdos, não damos nenhuma atenção aos seus conselhos:

Abandonaram o SENHOR, desprezaram o Santo de Israel, andaram para trás.
5 Se continuais nessa revolta, podereis ainda levar pancadas? A cabeça toda está doendo, o coração inteiro, magoado. (Is 1,4-5).

Observemos então que não se trata apenas de uma mudança de pensamento, ou, de comportamento, mas de renúncia de nós mesmos que só é possível pela graça de Deus e não pela nossa própria vontade. E essa graça só acontece quando restabelecemos a Aliança Sagrada, criando em nós a amizade fiel entre Deus e o homem. A partir daí, é Ele quem dirige e não nós mais.

Do que você tem medo? De estar de carona em um bicicleta segura, ou caminhar por tuas próprias pernas e cair no abismo? Mude, volte ao valor de ter um amigo fiel.

“Permaneçamos com os corações vigilantes pois o GRANDE DIA está próximo, em que Jesus Cristo retornará na glória e esplendor, dando-nos a Verdadeira Vida. Assim, suplicamos em nossos corações: “Iluminai a vossa face sobre nós, convertei-nos para que sejamos salvos!” (Sl 79).

Entre nós… Aleluia! Dentro de nós… Maranatha! Saudações em Cristo” (VELOSO, 2021, p. 1)!1

1VELOSO, Dom Eurico dos Santos. Quarto Domingo do Advento.In Artigos CNBB – 16/12/2021. Disponível em https://www.cnbb.org.br/quarto-domingo-do-advento/. Acesso em 04 mar. 2022.

O milagre da Ucrânia

Estamos vivendo dias angustiantes diante das notícias de guerra, e, se dissermos que não nos importamos como isso, mentimos para nós mesmos, porque é a Humanidade inteira que está sendo afetada por esse fenômeno, é não é só uma questão financeira, é questão da própria existência dela.

Na visão humana, o que parece é que ha um grande tabuleiro, onde de um lado há aqueles que dizendo-se em nome da paz, se julgam donos do poder bélico absoluto, e para isso, não medem consequência dos meios para justificar os fins.

Do outro lado há aqueles, dizendo-se em nome da paz, que se julgam os donos do poder econômico, e atribuem um preço caro para o mundo, mas, esquecem que o mundo não lhes pertencem e nem sabem se estarão vivos amanhã, como nos foi ensinado pela liturgia missal da Quarta-Feira da Sétima Semana do Tempo Comum de 23/02/2022:

Caríssimos: 13E agora, vós que dizeis: ‘Hoje ou amanhã iremos a tal cidade, passaremos ali um ano, negociando e ganhando dinheiro’. 14No entanto, não sabeis nem mesmo o que será da vossa vida, amanhã! Com efeito, não passais de uma neblina que se vê por um instante e logo desaparece. 15Em vez de dizer: ‘Se o Senhor quiser, estaremos vivos e faremos isto ou aquilo’ (Tg 4-13-15).

O que é possível perceber diante deste panorama é que nem um de um lado é possível se salvar pelas armas, nem do outro é possível se salvar pelo dinheiro, e por isso, não se tem a paz, ou, se a tivéssemos, seria uma paz injusta, como disse o Senhor, a paz do mundo não é a Paz que Deus nos prometeu:

27“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; mas não a dou como o mundo. Não se perturbe nem se intimide o vosso coração. 28Ouvistes que eu vos disse: ‘Vou, mas voltarei a vós’. Se me amásseis, ficaríeis alegres porque vou para o Pai, pois o Pai é maior do que eu. 29Disse-vos isto, agora, antes que aconteça, para que, quando acontecer, vós acrediteis”(Jo 14,27-29 – Liturgia Missal terça-feira da 5ª Semana da Páscoa – Ano B – 04/05/2021).

A partir destas considerações, perguntamos o que há de concreto a oferecer-nos uma saída para um momento tão crucial nos destinos da Humanidade?

A resposta para isso de uma forma imediata é: mudarmos a nossa vida, para considerar que a Paz que Deus nos oferece é a verdadeira paz, isto que dizer para nós agora, não devemos esperar uma solução humana, como por exemplo vemos hoje o milagre da resistência da Ucrânia, algo que parece inacreditável, mas fora das visões humanas, há um coração de Mãe, escondido que ninguém vê, abraçando cada um daqueles filhos e protegendo-os de tragédias maiores.

Sim, o Senhor prepara cada um dos seus filhos para encarar o inimigo opressor, e lhes dará vitória, semeiam entre lágrimas mas os frutos serão de alegria, pois, renunciarão a paz falsa que o mundo oferece através de articulações puramente humanas, para acolher a Paz verdadeira, se estabelecendo naquela Nação efetivamente. Glória a Ucrânia sim, mas, por primeiro, Glória a Deus que se lembrou de sua aliança.

Se compartilharmos com esta Nação, a consciência firme deste propósito, temos condições de encontrar o caminho para essa Paz, que virá das mãos do Senhor, como podemos conferir na recomendação que o Apóstolo São Tiago nos faz na liturgia missal de sexta-feira da 7ª Semana do Tempo Comum de 25/02/2022, quando nos convidou a olhar que as ações humanas tanto do lado das armas como do lado do dinheiro, por ser humanas, não garante a vida de ninguém.

Por isso, não cabe a aqueles que desejam a verdadeira paz, por suas esperanças nas armas e contra o dinheiro, ou por suas esperanças no dinheiro e ser contra as armas, quando nos ensina: “9Irmãos, não vos queixeis uns dos outros, para que não sejais julgados. Eis que o juiz está às portas” (Tg 5,9). Ponha sua esperança no Senhor, e Ele te dará as armas necessárias para a vitória contra o pior dos inimigos.

Se o caminho da paz não é por armas, nem pelo dinheiro, cumpre a nós agora compreender então, qual o caminho devemos seguir para que possamos efetivamente receber a promessa a nós dada pelo próprio Cristo: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; mas não a dou como o mundo. Não se perturbe nem se intimide o vosso coração” (Jo 14,27), pois, a promessa de que o caminho certo de solução para a Paz, não vem das ações humanas, mas sim, vem de Deus.

Quando dizemos que a solução para a Paz vem de Deus, não estamos criando uma afirmação vaga do tipo, se Deus quiser teremos paz, como já nos advertiu São Tiago na Liturgia Missal da terça-feira da Sexta Semana do Tempo Comum – 15/02/2022 quando disse:

13Ninguém, ao ser tentado, deve dizer: “É Deus que me está tentando”, pois Deus não pode ser tentado pelo mal e tampouco ele tenta a ninguém. 14Antes, cada qual é tentado por sua própria concupiscência, que o arrasta e seduz. 15Em seguida, a concupiscência concebe o pecado e o dá à luz, e o pecado, uma vez consumado, gera a morte (Tg 1,13-15).

Ao contrário disso, saindo do abstrato, do subjetivo, estamos testificando de forma eficaz o cumprimento da Palavra nos deixada por Testamento, para que reconhecêssemos que tudo isso, já estava previsto pela Escrituras como anunciado pelo Senhor que nos pede a prestar atenção para quando acontecer nós acreditarmos; “28Ouvistes que eu vos disse: ‘Vou, mas voltarei a vós’. Se me amásseis, ficaríeis alegres porque vou para o Pai, pois o Pai é maior do que eu. 29Disse-vos isto, agora, antes que aconteça, para que, quando acontecer, vós acrediteis” (Jo 14,28-29).

Foi nos dito antes, para que acreditássemos quando acontecesse que: Quando ouvirdes falar de batalhas e notícias de guerras, não fiqueis alarmados: é preciso que essas coisas aconteçam, mas ainda não é o fim. 8De fato, há de se levantar nação contra nação e reino contra reino. Haverá terremotos em vários lugares, e muita fome. Isso é o começo das dores (Mt 13,7-8).

Não fiqueis alarmados quer dizer, ficais atentos aos sinais, eis que eu vos disse antes para que quando acontecer acrediteis, e se temos dúvidas ainda de que a notícia de guerra presente é a mesma das Escrituras, talvez podemos ter mais certeza, se olharmos para as mesmas advertências repetidas em 1917, em Fátima – Portugal, portanto, dito antes que acontecesse, quando nas visões de Nossa Senhora do Rosário pelos Pastorinhos, Ela convidou o mundo a mudar de vida, renunciando a paz falsa do mundo e voltar para a Fé como forma de instituição da Paz:

Para a impedir virei pedir a consagração da Rússia a meu Imaculado Coração e a comunhão reparadora nos primeiros sábados. Se atenderem a Meus pedidos, a Rússia se converterá e terão paz; se não, espalhará seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja. Os bons serão martirizados, o Santo Padre terá muito que sofrer, várias nações serão aniquiladas. Por fim o Meu Imaculado Coração triunfará. (SANTUÁRIO DE FÁTIMA, s/d, p.1)1

E, repetido novamente pelas crianças de Garabandal quando descrevem as seguintes visões:

Os seus rostos no momento das visões atestam o trauma sentido por Jacinta, Mari Loli e Mari Cruz, durante a primeira noite dos gritos. Mari Loli parece ter sido a primeira a falar sobre isso em 1967, quando prestou informações a um sacerdote mexicano, Padre Gustavo Morelos. Três anos depois, a mesma informação, de posse de Maria Saraco, foi escrita e confirmada por Mari Loli com a sua própria assinatura. A informação que foi transmitida foi a seguinte:

“Apesar de continuar a ver a Virgem (durante a primeira noite dos gritos), nós vimos uma grande multidão de pessoas que estavam a sofrer intensamente e gritavam de terror. A Mãe Santíssima explicou-nos que esta grande tribulação, que não era o Castigo, viria porque teria chegado um tempo em que Igreja parecia estar a ponto de morrer. Ela ( a Igreja) iria passar por um terrível sofrimento. Nós perguntamos à Virgem o que é este grande sofrimento e ela disse-nos que era o “comunismo”.

(…)

Ao ser questionada sobre isso, Loli respondeu que o modo com que ela viu, pensou que seria mais do que isso. A tia de Conchita, Antonia, afirmou ter ouvido as videntes dizerem em êxtase que “se nós não mudarmos os nossos modos, a Rússia irá tomar posse do mundo inteiro”. Se este for o caso, então a perseguição será em toda parte, além dos confins da Europa.(APOSTOLADO DE GARABANDAL, s/d, p. 1)2.

E, se ainda assim, restar dúvidas, talvez possam nos ajudar, os fatos presentes e suas relações diretas com o prenúncio tratado na Revista Garabandal publicada em 1988.

PATRICK, 1988, p. 43

Traduzindo o texto em inglês acima:

Quadro da esquerda: Na terça-feira, 29 de setembro de 1987, na conclusão do Sínodo dos Bispos Católicos Ucranianos em Roma, esta foto, tirada dos Bispos ucranianos do Mundo Livre, e um grupo de leigos, com o Santo Padre, o Papa João Paulo II. De 7 a 12 de julho de 1988, a celebração oficial do milênio acontecerá no Vaticano, com o Papa presidindo.

Quadro da Direita: Os Pinheiros de Garabandal, vistos do campanário da igreja da aldeia, simbolizam a tão esperada libertação dos católicos ucranianos e de todos os cristãos que sofrem perseguição religiosa atrás da Cortina de Ferro.

Depois lembrando-nos ainda, o que o Senhor nos disse de que eu vos falo antes para quando acontecer vós acrediteis, concluindo sobre a relação entre a Rússia e as aparições, em 1988, a mesma autora escreveu o seguinte:

Garabandal é Deus falando ao mundo em crise que inclui a Igreja, os sacerdotes e o povo. Além das duas grandes Mensagens dadas em Garabandal por Nossa Senhora, estão as que dizem respeito aos papas, ao sofrimento da Igreja e à conversão da Rússia.

Em Garabandal, foi profetizado um grande Milagre dos Pinheiros que deixará no local um sinal sobrenatural visível permanente que pode ser fotografado e televisionado mas não tocado.

Em 20 de julho de 1963, a vidente de Garabandal Conchita, em uma locução com Nossa Senhora, perguntou se o Milagre converteria a Rússia. Ela respondeu: “sim, ela se converterá e todos amarão Nossos Corações.

Então, queridos irmãos e irmãs da Ucrânia, celebrem seu Milênio! Alegrem-se! Espalhe as noticias! Não se assustem! O Senhor Deus enviou Sua Mãe Santíssima para trazer as boas novas de sua libertação (PATRICK, 1988, p.4).

Conclusão:

Quando ensaiávamos para sairmos do luto da Pandemia do Covid-19, caímos no luto das mortes pela Guerra, ou seja, começaram-se as dores, necessárias para mudarmos de vida, que consiste em aprendermos a renunciar o humanismo deixando de acreditar que a solução está nas mãos do homem, e, muito menos a salvação pela guerra ou pelo dinheiro, e prostrarmos à Sabedoria do Alto, na certeza de que é Deus quem define o curso da Vida, como o Senhor do Céu e da Terra.

Volte para Ele e perceberá que as soluções estão vindo dos Céus, um sinal perceptível para o coração, e receberemos a Paz que o mundo não tem, pois do contrário, o dinheiro ou a arma não manterá tua vida. E voltar para Ele significa deixar a rebeldia e aprender a ouvir os seus conselhos desenvolvendo a sensibilidade capaz de identificar que tuas ações e decisões já não são tuas, mas, Dele em você: não sou eu que vivo, mas Cristo que vive em mim (Gl 2,20).

Portal Feliz dos Céus

Intercessão de Nossa Senhora da Conceição pelo Mundo

Pela natividade da Mãe do Senhor, recebemos o dom de tornarmos filhos de Deus, como vontade testamentária do Filho: “Mulher eis o teu filho” (Jo 19,26), atribuindo-lhe assim, a maternidade de Nossa Senhora da Conceição ao colocar em seu coração despedaçado, o consolo materno, pela missão de cuidar daqueles que a recebem como Mãe, “eis tua mãe” (Jo 19,27), e por isso, a exemplo da Rainha Esther, concedeu-lhe a glória de Porta Imaculada humana, “fecunda e sempre virgem”, que liga a Humanidade a Deus Celestial, o Portal Feliz dos Céus (Ave Maris Stella – Frei Galvão).

A MÃE DO REDENTOR tem um lugar bem preciso no plano da salvação, porque, ‘ao chegar a plenitude dos tempos, Deus enviou o seu Filho, nascido duma mulher, nascido sob a Lei, a fim de resgatar os que estavam sujeitos à Lei e para que nós recebêssemos a adoção de filhos. E porque vós sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito do seu Filho, que clama: ‘Abbá! Pai’!’ (Gl 4, 4-6) (PAPA JOÃO PAULO II – Redemptoris Mater)

Oração para a Nação Ucraniana pela intercessão de Nossa Senhora da Conceição

Santa Mãe de Deus,
estende o teu manto maternal sobre todos os cristãos
e sobre todos os homens e mulheres de boa vontade,
que vivem nesta grande Nação.
Guia-os para o teu Filho Jesus,
que é para todos caminho, verdade e vida
(Papa João Paulo II – Oração à Nossa Senhora de ZARVANYTSIA).

Nossa Senhora de Zarvanytsia – Fonte: RISU – Relig. Infomation Serv. Ukraine

Oração pela Paz no Mundo:

“O reinado sobre o mundo pertence agora ao nosso Senhor e ao seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre”.

“Nós te damos graças, Senhor Deus, Todo-poderoso, aquele ‘que é e que era’, porque assumiste o teu grande poder e começaste a reinar. 18 As nações tinham-se enfurecido, mas chegou a tua ira, e o tempo de julgar os mortos e de dar a recompensa aos teus servos, os profetas, os santos, e os que temem o teu nome, pequenos e grandes; chegou o tempo de destruir os que destroem a terra” (Ap 11,15.17-18).

Serva Tarsykiya Matskiv rogai por nos!

1SANTUÁRIO DE FÁTIMA. Narrativa das aparições: Terceira Aparição de Nossa Senhora. Disponível em https://www.fatima.pt/pt/pages/narrativa-das-aparicoes. Acesso em 25 fev. 2022.

2APOSTOLADO DE GARABANDAL. A grande tribulação antes do “Aviso”. Disponível em https://www.apostoladodegarabandal.com/a-grande-tribulacao-antes-do-aviso2/. Acesso em 25 fev. 2022.

3PATRICK, Marie Fitz. The church in silence. In Garabandal – The message of Our Lady in Mount Carmel: as a result of miracle, Rússia will be converted, April-June, 1988. Disponível em https://www.garabandal.us/wp-content/uploads/2013/02/russia.pdf. Acesso em 25 fev. 2022.

Descobrindo a Justiça

Este trabalho vem demonstrar como os julgamentos sob o pensamento humano só conduzem aos caminhos errantes produzindo a injustiça. Para descobrirmos o caminho para a Justiça real, nos valemos neste trabalho da análise da brutalidade humana na condenação de um inocente e justo, Jesus Cristo, o Messias.

Credit:JohnHain

Hoje damos seguimento aos trabalhos que constroem o Capítulo 2, em que mais uma vez, abordando-se a prática da Palavra no nosso dia a dia, ou Praxis Cristã, mergulharemos no contexto das leituras da liturgia missal do mesmo dia da produção deste texto que é Mc 8,27-33 – Sexta Semana do Tempo Comum – Ano C – 17/02/2022.

A prática de hoje tem por objetivo mostrar como caminhamos direto para a morte quando nos apegarmos à ideia de que a Lei é só para os homens, isto é, quando desenvolvemos nossas ações somente de acordo com os pensamentos humanos, e, foi essa razão que levou o Senhor a repreender o Apóstolo Pedro: “Jesus voltou-se, olhou para os discípulos e repreendeu a Pedro, dizendo: “Vai para longe de mim, Satanás! Tu não pensas como Deus, e sim como os homens” (Mc 8,33).

Já abordamos algumas vezes o pensamento humano, ou, espiritualidade humanista, quando, por exemplo, nas metodologias iniciais de nossos trabalhos, falamos sobre o reinado de Pedro Romano e, também, quanto tratamos da formação do senso crítico, em que podemos destacar aqui neste trabalho como ponto comum, o quanto o homem se fecha em si mesmo quando aplica o pensamento humano.

Mas, voltando à repreensão de Jesus ao Apóstolo Pedro, o que vamos trabalhar daqui para a frente é a seguinte questão: se Pedro pensava como os homens, como Jesus pensava como Deus, quando disse: Tu não pensas como Deus, e sim como os homens” (Mc 8,33)?

A Escritura sagrada traz como pensamento de Deus a morte de um inocente, de um homem justo, fiel a Deus, cumpridor de todos os preceitos das Escrituras Sagradas, que foi chamado de o Cordeiro de Deus, por ser o Único a ser fiel integralmente a Deus, isto é, a cumprir integralmente e fielmente a vontade de Deus, na forma de criatura humana.

Era sobre este Homem que o Senhor falava, que no pensamento humano despertou no Apóstolo Pedro o senso de injustiça pela morte de um inocente, da mesma forma que despertou o senso de injustiça no Rei Davi, quando o Profeta Natã narrou a morte de um inocente:

  • Naqueles dias: 1O Senhor mandou o profeta Natã a Davi. Ele foi ter com o rei e lhe disse-lhe: ‘Numa cidade havia dois homens, um rico e outro pobre.
    2O rico possuía ovelhas e bois em grande número.
    3O pobre só possuía uma ovelha pequenina, que tinha comprado e criado.
    Ela crescera em sua casa junto com seus filhos, comendo do seu pão, bebendo do mesmo copo, dormindo no seu regaço. Era para ele como uma filha.
    4Veio um hóspede à casa do homem rico, e este não quis tomar uma das suas ovelhas ou um dos seus bois para preparar um banquete e dar de comer ao hóspede que chegara. Mas foi, apoderou – se da ovelhinha do pobre e preparou-a para o visitante’.
    5Davi ficou indignado contra esse homem e disse a Natã: ‘Pela vida do Senhor, o homem que fez isso merece a morte!
    6Pagará quatro vezes o valor da ovelha, por ter feito o que fez e não ter tido compaixão’.
    7aNatã disse a Davi: ‘Esse homem és tu! Assim diz o Senhor, o Deus de Israel:
    10Por isso, a espada jamais se afastará de tua casa,
    porque me desprezaste e tomaste a mulher do hitita Urias
    para fazer dela a tua esposa
    (2Sm, 12-1-10 Liturgia Missal de Sábado da 3ª Semana do Tempo Comum – Ano C – 29/01/2022).

Na Leitura sobre a morte do Homem Inocente tem-se o seguinte texto:

Em seguida, começou a ensiná-los, dizendo que o Filho do Homem devia sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da Lei, devia ser morto, e ressuscitar depois de três dias.
32Ele dizia isso abertamente. Então Pedro tomou Jesus à parte e começou a repreendê-lo
(Mc 8,31-32).

As duas Leituras nos traz algo em comum na indignação do Rei Davi e também na indignação de Pedro, causadas pela injustiça da morte de um inocente, que é a seguinte: tanto o Rei Davi quanto Pedro, tiveram a capacidade de perceberem a injustiça, mas por estarem sob o olhar humano, não conseguiram ver que o criminoso injusto a matar o inocente, era cada um deles próprio, ou, cada um de nós, que estamos mergulhados no pensamento humano, e só nos voltamos para nós mesmos, exigindo o rigor da lei para os outros e encobertando as nossas injustiças.

Por outro lado se voltarmos nosso olhar para o pensamento de Deus quando a Escritura diz: Em seguida, começou a ensiná-los, dizendo que o Filho do Homem devia sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da Lei, devia ser morto, e ressuscitar depois de três dias, podemos compreender o seguinte:

Sob o pensamento de Deus, devemos compreender que o Filho do Homem, é o Cordeiro de Deus, que quer dizer: A Oferta Perfeita para o Sacrifício Sagrado em favor do crime da Humanidade, e, foi Oferecido a Deus, sem mancha, sem ossos quebrados, e sem pecado, sob a forma humana, como primícia em favor dos homens, para a remissão da culpa humana causadora da destruição e devastação revestidas pelo predadorismo rebelde.

Por isso, não havendo homem fiel no mundo, não havendo algum amigo leal a Deus, O Cordeiro de Deus assumiu a forma humana, para apresentar a Deus um sacrifício como Filho do Homem, e assim, a Humanidade ser redimida do seu crime horroroso de rebeldia, que produziu no mundo, a morte, como nos ensina o Apóstolo Paulo:

7 Dificilmente alguém morrerá por um justo; por uma pessoa muito boa, talvez alguém se anime a morrer. 8 Pois bem, a prova de que Deus nos ama é que Cristo morreu por nós, quando éramos ainda pecadores.

12 Pois como o pecado entrou no mundo por um só homem e, por meio do pecado, a morte; e a morte passou para todos os homens, porque todos pecaram… (Rm 5,7.12).

Se usarmos aqui os pensamentos humanos do Rei Davi e do Apóstolo Pedro, vamos nos indignarmos também com a injustiça contra os inocentes, mas pensando tratar-se somente dos homens, o crime de Adão que se arrasta até nós ao carregarmos a marca de Adão, a marca da rebeldia que gera a morte:”Eis que na culpa fui gerado, no pecado minha mãe me concebeu” (Sl 50,7 ).

Mas o crime de Adão, não se refere somente à morte dos humanos, mas a morte te tudo o que vive, ou seja, o pecado de Adão fez entrar a morte na dimensão do Universo, e a partir daquele rebeldia, tudo passou a ter um ciclo de nascimento e morte.

A grande injustiça que podemos nos indignar que aqui nos deparamos, é que o nosso crime de rebeldia, passou a matar tudo o que está sob a dimensão do Universo, desde as maiores galáxias que nascem e morrem, até as estrelas, os planetas, e as menores criaturas vivas, porque, pelo homem, a morte entrou no Mundo.

Todos eles eram inocentes, todos eles seguiam a Lei de Deus, e o homem, e somente o homem, produziu o homicídio, e, ainda assim, as vítimas dele, mesmo inocentes, recebendo injustamente a morte, não se rebelaram contra Deus, mantiveram-se fiéis à sua amizade.

E graças à essa fidelidade das outras criaturas, é que o próprio Deus, amando o homem, para que não se perdesse nenhum daqueles que eram seus, assumiu a condição humana para que ofertasse, como o Único Homem Fiel, um sacrifício em favor dos inocentes, para a remissão do pecado do homem, diante do seu imenso crime, que fez a morte recair sobre todas as outras criaturas: Pois bem, a prova de que Deus nos ama é que Cristo morreu por nós, quando éramos ainda pecadores(Rm 5,8).

Ao afastarmos do pensamento humano do Rei Davi e do Apóstolo Pedro, percebemos a imensidão do nosso crime, pois, todas as outras criaturas passaram a experimentar a morte por nossa culpa. No entanto, Deus amando o homem, não o deixou entregue a morte, mas Veio restabelecer com ele sua Aliança:

17 Por um só homem que pecou, a morte começou a reinar. Muito mais reinarão na vida, pela mediação de um só, Jesus Cristo, os que recebem o dom gratuito e transbordante da justiça.

18 Como a falta de um só acarretou condenação para todos os seres humanos, assim a justiça de um só trouxe para todos a justificação que dá a vida.

19 Com efeito, como, pela desobediência de um só homem, a humanidade toda tornou-se pecadora, assim também, pela obediência de um só, todos se tornarão justos.

20 Quanto à Lei, ela interveio para que se multiplicassem as transgressões. Onde, porém, se multiplicou o pecado, a graça transbordou.

21 Enfim, como o pecado reinou pela morte, assim também a graça reina pela justiça, para a vida eterna, por Jesus Cristo, nosso Senhor (Rm 5,17-21).

Assim, acolhamos os pensamentos de Deus para que encontremos a verdadeira Justiça, como nos convida o Salmo da Liturgia de hoje:

6Contemplai a sua face e alegrai-vos,* e vosso rosto não se cubra de vergonha!
7Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido,* e o Senhor o libertou de toda angústia
(Sl 33,6-7).

Conclusão.

Os ensinamentos do Senhor sobre ser necessário o sofrimento do Filho do Homem, sob o pensamento de Deus, permite que compreendamos ser necessário o sofrimento do Cristo, porque diante do erro do homem que fez a morte entrar no Mundo, Deus, ao perdoar o homem, precisou corrigir a nova natureza humana que incluiu o ciclo nascimento e morte, e para isso, acabou sacrificando as outras criaturas, que inocentes, passaram a pagar com a mesma morte, pela culpa do homem.

Mas as outras criaturas diferente do homem não se rebelaram contra Deus, por isso, como medida de Justiça, ante a morte dos inocentes, Deus aceitou como sacrifício de reparação como ato de Justiça pela Humanidade, a morte do próprio Filho, sofrendo a injustiça humana, como oblação pelos inocentes, por isso, era necessário que o Filho do Homem sofresse, revestido na condição humana:

14 De fato, com esta única oblação, levou à perfeição definitiva os que são por ele santificados.

15 Também o Espírito Santo nos atesta isso; de fato, depois de ter dito:

16 “Eis a aliança que farei com eles, depois daqueles dias”, o Senhor acrescenta: “Pondo as minhas leis nos seus corações e inscrevendo-as na sua mente,

17 não me lembrarei mais dos seus pecados, nem das suas iniqüidades”.

18 Onde, pois, existe o perdão, já não se faz oferenda pelo pecado (Hb 10,14-18).

A Luz invisível

Hoje iniciamos os trabalhos construindo o Capítulo 2, em que será abordado a prática da Palavra no nosso dia a dia, que também pode ser chamada de Praxis Cristã. Para isto, vamos nos valer das leituras da liturgia missal do mesmo dia da produção deste texto que é Mc 7,31-37 – Quinta Semana do Tempo Comum – Ano C – 11/02/2022.

A prática deste trabalho será a de entender que na relação de Deus com o homem, há alguns preceitos fundamentais, entre eles a de não construir deuses falsos adorando imagens, como diz a liturgia de hoje: “10Em teu meio não exista um deus estranho nem adores a um deus desconhecido”! (Sl 80, 10).

O primeiro ponto que temos de considerar aqui é se existe um deus estranhos, ou se adoramos um deus desconhecido nos dias de hoje. Se olharmos para o Mundo que definha sob as dores da violência, injustiça e devassidão, barbáries, corrupção, a resposta é sim, existe deus estranho e adoramos um deus desconhecido.

O segundo ponto, depois da resposta acima é: quem é o deus estranho e o deus desconhecido que adoramos? A resposta é: a imagem de um deus humano que relacionamos como se fosse Jesus Salvador, que é representada pela grande estátua do sonho de Nabucodonossor no Livro do Profeta Daniel, ou Falso Profeta, por que Deus não pode ser relacionado à imagem:

Não farás para ti nenhum ídolo, nenhuma imagem esculpida, nada que se assemelhe ao que existe lá em cima, nos céus, ou embaixo na terra, ou mesmo nas águas que estão debaixo da terra (Ex 20,4).

Para compreendermos isso, é preciso entender que Cristo encarnou-se no seio da virgem, sim, se fez carne, mas, ao se fazer carne, não viveu a corrupção humana, manteve-se íntegro, sem pecado, por isso, não é um deus humano, se fez igual a nós não como pessoa, mas sim, ao mergulhar nas trevas em que a humanidade está mergulhada, como diz São João:

1 No princípio era a Palavra, e a Palavra estava junto de Deus, e a Palavra era Deus. 2 Ela existia, no princípio, junto de Deus. 3 Tudo foi feito por meio dela, e sem ela nada foi feito de tudo o que existe. 4 Nela estava a vida, e a vida era a luz dos homens. 5 E a luz brilha nas trevas, e as trevas não conseguiram dominá-la. 9 Esta era a luz verdadeira, que vindo ao mundo a todos ilumina. 10 Ela estava no mundo, e o mundo foi feito por meio dela, mas o mundo não a reconheceu. 11 Ela veio para o que era seu, mas os seus não a acolheram (Jo 1,1-6.9-11).

Por isso, adoramos um deus desconhecido, pois, se fosse permitido adorar a imagem de um homem ainda que relacionada a Jesus Salvador, estaríamos quebrando a Palavra que diz: Não farás para ti nenhum ídolo, nenhuma imagem esculpida, nada que se assemelhe ao que existe lá em cima, nos céus, ou embaixo na terra, ou mesmo nas águas que estão debaixo da terra (Ex 20,4).

E, também ao figurarmos Jesus, o Salvador, à uma imagem de homem, estaríamos quebrando a Palavra, quando disse São Paulo de que a fé é a relação com Deus na forma de nos apresentarmos a Ele, sem o vê-Lo: “1 A fé é a certeza daquilo que ainda se espera, a demonstração de realidades que não se vêem” ( Hb 11,1).

Assim, parece-nos que estamos adorando um deus estranho e desconhecido, quando relacionamos a imagem de um homem a do Senhor Jesus, o que faz surgir o terceiro ponto: se estamos adorando um deus estranho e desconhecido”, também já somos capazes de ouvir a Palavra do Anjo que disse à Marta na madrugada da Ressurreição: “Ele não está aqui, ressuscitou como disse”.

Essa resposta do Anjo vai nos direcionar também ao que falou os Anjos aos Apóstolo na Ascensão do Senhor ao Céus, quando disseram:

10 Continuavam olhando para o céu, enquanto Jesus subia. Apresentaram-se a eles então dois homens vestidos de branco, 11que lhes disseram: “Homens da Galiléia, por que ficais aqui, parados, olhando para o céu? Esse Jesus que, do meio de vós, foi elevado ao céu, virá assim, do mesmo modo como o vistes partir para o céu” (Atos, 1,10-11).

Estas Palavras Sagradas, nos ajudam a compreender a forma correta de adorarmos o Deus verdadeiro, nos fazendo entender a Palavra da Liturgia missal que nos diz hoje:

34Olhando para o céu, suspirou e disse: ‘Efatá!’, que quer dizer: ‘Abre-te!’
35Imediatamente seus ouvidos se abriram, sua língua se soltou e ele começou a falar sem dificuldade. 36Jesus recomendou com insistência que não contassem a ninguém. (Mc 7,34-36).

Nesta Palavra em que o Senhor recomenda com insistência ao homem que havia sido curado para que não contasse a ninguém sobre a cura que se realizava, é pela razão de que não era Ele quem havia feito a cura, diante de sua condição humana, não foi Ele quem curou, mas sim Deus, pois, tudo provém de Deus.

No entanto, ao contrário disso, a divulgação daquela cura criaria, como de fato criou, uma imagem que relaciona falsamente a cura com a habilidade de um homem Jesus, como um deus humano, ao passo que Jesus ao recomendar ao homem curado, que se mantivesse o segredo daquela cura, era para que aquele homem permanecesse na contemplação da Graça de Deus que por sua misericórdia curou o surdo, vivendo a Fé, ou seja, sem se ver Deus.

Mas o homem não se manteve na Graça de Deus, e revelou para o mundo o segredo, e diante disso, não reconheceram a Luz, mas sim, todos se impressionavam com a destreza de um deus homem:” Mas, quanto mais ele recomendava, mais eles divulgavam. 37Muito impressionados, diziam: ‘Ele tem feito bem todas as coisas: Aos surdos faz ouvir e aos mudos falar’”.

Se estamos adorando um deus estranho e desconhecido, faz surgir o quarto ponto deste trabalho: Se não reconheceram a Luz, porque não A reconheceram, onde estava a Luz?

Para compreendermos esse ponto temos de entender que o Senhor, sendo Luz, assemelhou-se ao homem que é a Lâmpada, por isso, Luz e Trevas criaram uma semelhança comum, sob a forma de nuvem.

Assim, o Senhor, sobre as nuvens, ou seja, a Luz no momento da cura do surdo, parecia uma simples lâmpada, que só podia ser reconhecida pelo interior na Fé como Graça de Deus, e, não pelo exterior, isto é, pelo espetáculo produzido na imagem dos fatos que pareciam revelar diante dos homens a falsa ideia de um deus humano.

Conclusão:

Concluímos esse trabalho apresentando o Cristo pela Fé, pois, aqueles que seguem o Senhor, não se atrevem a olhar para Ele, mas, sob a Fé, imitam o exemplo de Simeão quando foi ao templo, conduzido pelo Espírito Santo, apenas contemplando permanentemente a Graça de Deus:

28 Simeão tomou-o nos braços e louvou a Deus, dizendo:

29 “Agora, Senhor, segundo a tua promessa, deixas teu servo ir em paz, 30 porque meus olhos viram a tua salvação, 31 que preparaste diante de todos os povos: 32 luz para iluminar as nações e glória de Israel, teu povo” (Lc 2,-28-30).

No entanto, nos dias de hoje vivemos o culto camuflado do sagrado, atribuindo a Jesus a imagem de um deus humano, que se repete desde os tempos antigos em que Israel se rebelou contra Deus, adorando o Falso Profeta.

E assim, desde sempre até hoje continua cultuando a idolatria, narrada pelo Profeta Daniel no sonho de Nabucodonossor, representando que em toda a história o homem adorou deuses estranhos e desconhecidos.

Sendo o culto à idolatria: na Idade Antiga (cabeça de ouro), na Idade Média (o tronco de prata), na Idade Moderna (pernas de bronze), e, na Idade Antropoceno (pés de ferro e argila), como diz a Liturgia Missal de hoje na Primeira Leitura: Israel rebelou-se contra a casa de Davi até ao dia de hoje (Mateus 12,19).

Por isso, os Filhos do Espírito, que reconhecem Deus sem olhar para Ele, estão sob a frequência da Luz, como a Lâmpada do homem que se assemelha a uma lâmpada de luz infravermelha, pois ao resplandecer a Luz, parece estar apagada, não cria espetáculos aos olhos.

O reinado de Pedro Romano: a transição

Ao iniciarmos o ano de 2022, seguramente podemos dizer que vivemos novos tempos, tempo de transição de eras, sendo que na era atual vivemos o reinado do Papa Pedro Romano, ou, para alguns, o Papa Negro, ao qual devemos entender aqui como Papa não a pessoa única de um sacerdote, mas a composição de um Governo de Estado, ou seja, o próprio Mundo que defende as Leis do Mundo como ideal de justiça, não se resumindo somente às ações de uma Igreja, mas tendo-a apenas como referência.

Pedro Romano é de acordo com a revelação feita ao padre irlandês São Malaquias, o governo do 112º Papa. Preferimos usar a palavra revelação no lugar de profecia, pois, a era que deve iniciar um novo mundo é a era em que a Verdade não será mais obscura, mas limpa, clara, em que a todos é revelado o sentido das coisas, essa revelação é chamada por São João como Apocalipse que se equipara a “filhos do Espírito”.

Assim, Apocalipse não significa destruição e catástrofe, mas revelação da Verdade, ou seja, o Reino em que a vivência dos sentidos de cada um, o faz se alinhar ao justo, orientando-o para o curso perfeito da vida, portanto Apocalipse é a revelação cotidiana daquele que vive em Espírito, pois, nasceram do Espírito e não da carne, isto é, da carne são aqueles que só aceitam o explicável pela lógica humana, e não admitem a Fé, ou o Espírito, como medida de justiça, por isso permanecem na escuridão como cegos.

Entendendo essa Verdade se torna possível compreender o sentido da interpretação da revelação de Nostradamus quando se refere ao governo papal atual como Papa Negro, que na verdade, negro não se refere à cor de uma pessoa, mas a escuridão que impede os homens de enxergarem a Verdade, pois, nestes tempos, há a saturação de mentiras (fakenews) a enfraquecer os sentidos verdadeiros.

Vale destacar, lembrando as profecias de Nostradamus, que o líder jesuíta é referido como o “papa negro”. A respeito disso, o profeta disse que um “rei negro”, no trono do Vaticano, seria o último antes de o mundo sucumbir ao Apocalipse: “A princípio, haverá doenças letais como advertência. Depois surgirão pragas, morrerão muitos animais, catástrofes acontecerão, mudanças climáticas e, finalmente, começarão as guerras e invasões do rei negro”. Dessa forma, a profecia de São Malaquias afirma que o último papa antes “do final dos tempos” será o número 112 desde Celestino II, no século XII, sob cujo mandato “a cidade das sete colinas será destruída” (History Channel Brasil, 2016, p.11).

Compreendido o sentido de revelação ou apocalipse, voltemos ao reinado de Pedro Romano, que foi entre os 112 papas, a única denominação dada pela revelação de São Malaquias, sem símbolo em Latim.

O Sentido dessa denominação direta “Pedro Romano”, quer dizer aquele que rege a justiça pelas leis do mundo, ou, o governo papal humanista, ao contrário por exemplo da Igreja de Davi, quando renuncia a Lei do Mundo para ser fiel à Lei de Deus:

13Gad foi ter com Davi e referiu-lhe estas palavras, dizendo: “Que preferes: três anos de fome na tua terra, três meses de derrotas diante dos inimigos que te perseguem, ou três dias de peste no país? Reflete, pois e vê o que devo responder a quem me enviou”.

14Davi respondeu a Gad: “Estou em grande angústia. É melhor cair nas mãos do Senhor, cuja misericórdia é grande, do que cair nas mãos dos homens!”

15E Davi escolheu a peste. Era o tempo da colheita do trigo. O Senhor mandou, então, a peste a Israel, desde aquela manhã até o dia fixado, de modo que morreram setenta mil homens da população, desde Dã até Bersabéia (2Sm. 24, 13-15 – Liturgia Missal 4ª Sem. Tempo Comum – Ano A – 20/02/2020).

Ou, contrário à Igreja de São Paulo, quando ele renuncia servir aos homens para servir a Deus:

8Pois bem, mesmo que nós ou um anjo vindo do céu vos pregasse um evangelho diferente daquele que vos pregamos, seja excomungado. 9Como já dissemos e agora repito: Se alguém vos pregar um evangelho diferente daquele que recebestes, seja excomungado. 10Será que eu estou buscando a aprovação dos homens ou a aprovação de Deus? Ou estou procurando agradar aos homens? Se eu ainda estivesse preocupado em agradar aos homens, não seria servo de Cristo. 11Irmãos, asseguro-vos que o evangelho pregado por mim não é conforme a critérios humanos. 12Com efeito, não o recebi nem aprendi de homem algum, mas por revelação de Jesus Cristo (Gl 1, 8-12 – Liturgia Missal da 27ª Sem. Do Tempo Comum – Ano A, 05/10/2020).

Nos tempos atuais é possível evidenciar o termo Pedro Romano pela ação do Clero, no sentido de se alinhar às leis do mundo, quando o Governo do Vaticano renuncia a Lei de Deus, isto é, as Escrituras Sagradas, para em seu lugar aplicar o Direito Civil, que é derivado do Direito Romano, quando se pronunciou:

Casais homossexuais devem ter o direito a firmar uniões civis, afirmou o papa Francisco em um documentário que estreou nesta quarta-feira (21/10).

“Os homossexuais têm direito a formar uma família”, disse ele no filme, dirigido por Evgeny Afineevsky.

“Eles são filhos de Deus e têm direito a uma família. Ninguém deve ser excluído ou forçado a ser infeliz por isso.

“O que temos que fazer é criar uma legislação para a união civil. Dessa forma, eles ficam legalmente cobertos” (BBC Brasil, 2020, p.1)2.

Ao considerarmos o pressuposto do mundo de que “Eles são filhos de Deus e têm direito a uma família. Ninguém deve ser excluído ou forçado a ser infeliz por isso. “O que temos que fazer é criar uma legislação para a união civil”. Expressa o esforço em substituir os preceitos ditados pela Lei de Deus que desagradam os homens, pelo humanismo que é louvado por eles, como proposta de se reformar à Lei de Deus, como é advertido pelas Escrituras:

“Este povo me honra com os lábios, mas seu coração está longe de mim. 7De nada adianta o culto que me prestam, pois, as doutrinas que ensinam são preceitos humanos’. 8Vós abandonais o mandamento de Deus para seguir a tradição dos homens” (Mc 7, 7-8 – Liturgia Missal do 22º Domingo do Tempo Comum, Ano B).

Mas se a própria Igreja prega que Lei de Deus é perfeita, quer dizer que ela não admite alguém maior do que seu Mestre a reformá-la, assim, a atitude de afastar-se da Lei de Deus sob o pretexto de contextualizá-la a outros tempos, é, portanto, reprovada com veemência por São Paulo quando disse: “8Pois bem, mesmo que nós ou um anjo vindo do céu vos pregasse um evangelho diferente daquele que vos pregamos, seja excomungado. 9Como já dissemos e agora repito: Se alguém vos pregar um evangelho diferente daquele que recebestes, seja excomungado” (Gl 1,8-9 – Liturgia Missal da 27ª Semana do Tempo Comum – Ano A – 05/10/2020).

O humanismo, ou lei do mundo, se revela imperfeito, pois ele não segue o princípio básico da Lei de Deus que é o de “não fazer acepção de pessoas”, porque ao contrário disso, ele se volta para as conveniências humanas, que são estruturadas pelas 7 colinas da grande cidade, isto é, originando-se da soberba, avareza, inveja, ira, luxúria, gula e a preguiça.

O princípio de “não fazer acepção de pessoas” é o de fechar a mente para não olhar para Deus, isto é, desapegar-se dos resultados das ações para não intervir nos seus efeitos, e assim, não cair na tentação de tentar adivinhar qual será o resultado da ação do justo, pois, ao cair nessa armadilha, o homem se engana pensando que conhece os pensamentos de Deus, é nesse sentido que a Escritura adverte:

26’Se alguém vem a mim, mas não se desapega de seu pai e sua mãe, sua mulher e seus filhos, seus irmãos e suas irmãs e até da sua própria vida, não pode ser meu discípulo.

27Quem não carrega sua cruz e não caminha atrás de mim,
não pode ser meu discípulo
(Lc 14.26-27 – Liturgia Missal do 27 Domingo do Tempo Comum – Ano C – 08/09/2019).

A grande lição que aprendemos com isso é, que quando compreendemos o sentido de isenção, isto é, “não acepção de pessoas”, podemos perceber que a Lei de Deus segue um sentido e a Lei do Mundo parece ser a contra-mão, pois, para o mundo todas as ações seguem para a conveniência do “bem estar” ou “ser feliz”, ao passo que para a Lei de Deus, tudo é feito por justiça, isto é, conforme a Verdade a orientar o caminho da vida, e quase sempre esse caminho, exige sangue, suor e lágrimas como é meditado no segundo Terço do Rosário, nos Mistérios Dolorosos, cujo Batismo do Senhor ocorre mediante a renúncia do gozo do mundo, substituído pelo testemunho único do Cordeiro, na Fé da Verdade de Deus: “em Tuas mãos, entrego o meu Espírito” (Lc 23, 46 – Liturgia do Domingo de Ramos – Ano C – 14/10/2019).

Essa contra-mão do mundo, também pode ser vista no diálogo de Santa Tereza de Ávila com Deus quando diz:

Senhor, se estou cumprindo Tuas Ordens, por que tenho tantas dificuldades no caminho? Deus respondeu: — Teresa, não sabes que é assim que trato os meus amigos? Teresa, honrando seu sangue espanhol, respondeu: — Ah, Senhor, então é por isto que tens tão poucos amigos (PIZZINGA, s/d, p.1)3!

O que podemos compreender nesse diálogo é que Deus não quer dizer para Santa Tereza, que tem prazer no sofrimento de pessoas, mas que que trata como amigos quem segue a Verdade, e quem ama a Verdade é amigo, é fiel, capaz de renunciar a tudo, isto é, de “não fazer acepção de pessoas, sem medir resultados, pois, muitas vezes lhe será suprimido quase todas as suas forças e, nessa hora, não renunciará a sua missão e nem se rebelará.

Conclusão:

Portanto, no reinado de Pedro Romano nos deparamos com uma ação do mundo para que, seguindo o princípio humanista, considerar a Verdade como um texto fora de contexto para o mundo moderno, e, em razão disso a Bíblia precisaria de reformas, o que é um sofisma, pois, a Verdade não muda, pois senão seria mentira na medida que o tempo vai mudando e não teria unicidade, mas, ao contrário disso, Ela É aquela que É, Sou o que Sou, como diz as Escrituras: “O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar (Lc 21,33 – Liturgia Missal da 34ª Semana do Tempo Comum – Ano B – 26/11/2021).

Assim, ao invés da pregação piedosa do humanismo voltado para a acepção do direito da mulher que sofre violência, acepção do Direito Negro do segregado, acepção do Direito do pobre sem comida, da falta da paz do mundo, que leva à queda pelo pecado de se querer ver Deus na ação humana pois, se cria a falsa convicção de que esses pensamentos humanos, são os mesmos pensamentos de Deus, e assim, se enche da sensação do “poder fazer” que é o domínio humano do artificial, resultando-se na degradação da dignidade da Vida, pela ambição de se tornar deus.

Por isso, devemos evitar mergulharmos no papado da escuridão, para que se torne possível a nós, reconhecermos o clamor da vida que nos levará de volta tão somente à Verdade, pois a Verdade é a Vida e nela tudo se faz novo pela arte do Apocalipse, que completa os sentidos da Vida pela revelação.

Assim, ao invés da criação do artefato, que é o resultado da tecnologia por uma inteligência artificial (sub-inteligência), a praxis da revelação, se incumbe de criar a tecnologia ultra moderna perfeita (Arte) que expande o Universo, ao fazer emergir os filhos da Luz, ou, amigos de Deus, que cuidam do Seu Jardim no Éden, ou da Mãe Terra.

Leia mais sobre este tema em:

“O novo mundo: a história interagindo com a humanidade” disponível no link: https://fomaresaber.com.br.

“Liturgia Missal de 13/01/2022: https://formaresaber.com.br/cura/

1HISTORY CHANNEL BRASIL. As profecias apocalípticas de Nostradamus e São Malaquias, que apontam o Papa Francisco como o “Papa do fim do mundo”. Disponível em https://history.uol.com.br/historia-geral/profecias-apocalipticas-de-nostradamus-e-sao-malaquias-que-apontam-francisco-como-o. Acesso em 07 jan. 2022.

2BBC Brasil. Papa defende a união gay. O que Francisco já disse sobre a homossexualidade. Disponível em https://www.bbc.com/portuguese/internacional-54639743. Acesso em 07 jan. 2022.

3PIZZINGA, Rodolfo Domenico. Só Deus basta! Santa Teresa de Ávila O.C.D.: pensamentos e reflexões. Disponível em http://paxprofundis.org/livros/teresaavila/ta.htm. Acesso em 07 jan. 2021.

Desenvolvendo a percepção: Tecnologias da Inteligência

Capítulo 1 – Entrando no ambiente

Capítulo 2 – O maketing pessoal

Capítulo 3 – A Ética prisioneira da corrupção

Capítulo 4 – Os desafios da Covid e Desemprego

Capítulo 5 – Estratégias para um novo tempo

Why does God allow death? And would your death be just?

It is already approaching one million people killed by Covid-19, adding to the more than one billion animal and biome deaths in Australia, which is also expected to be added in no less expressive amount, to the holocausts on the East Coast of the United States , and in the Pantanal Mato Grossense, in Indonesia, Asia, leading us to the classic question:

Why does God allow death and suffering so horrible?

The answer to this question is given to us today, Monday, September 28, 2020, through the Daily Missal Liturgy, using our first Reading and that in order to understand it we need to comment step by step:

One day, the children of God presented themselves to the Lord;

among them also Satan (Job, 1-6).

In this preamble, which is not a parable, but the present reality telling us that the justice of God is no respecter of person, not differing in his garden, the children of God and Satan, the just or unjust, because, in amidst wheat, there is also the chaff, then the dialogue continues:

The Lord then said to Satan: ‘Where are you from?’ – ‘I am going to take a walk around the earth,’ he replied. The Lord said to him: ‘Have you noticed my servant Job? There is no equal on earth: he is a man of integrity and integrity, he fears God and turns away from evil ‘(Job 1,7-8).

When paying attention to the question: Did you notice my servant Job? Semiotic Science creates an energetic value for an invitation to man, for him to pay attention that the Servant Job in the form of a question, that is, in fact, the representation of his father’s house, the Garden of God, Paradise, that is, the Earth , who faithfully serves God, figuratively as a responsible father, supports his children.

However, this is contested by Satan, who in the present context could be summed up in the sense of our reality, beginning to accuse Job (the Earth), despises her by placing all his subservience to God only as an exchange for the goods that were accumulated throughout his life, and that his relationship with God, that is, the Earth only responds to God because it is not given beyond the natural reaction of the earth that only responds by the seed of God, even today doubting whether, it is God Himself who places these goods, and not because She would have some relationship of obedience to God as a creature.

Then the Lord said to Satan: ‘Well, all that he has, you can dispose of, but don’t reach out against him’ (Job 1:12).

But everything that the Earth gives and the fruit of Life, and Life does not live with injustice, therefore, within this same Justice, God, in favor of Life under the mantle of Justice in friendship with Job, that is, with Terra, his Garden, in which he pitched his tent, is assured that it will not be shaken, grants to Satan, to act not as a penalty of trial to be borne by Job, but as a way to separate those who are from Life, Wheats, who are friends with God and are preserved in Justice, of those who are from Death, weeds, who are the enemies of Life, as is celebrated in the Liturgy of the Feast of All Saints in which he sings:

And so the generation of those who seek the Lord!

– The Lord belongs to the earth and what it contains, the whole world with the beings that populate it; because he made it firm on the seas, and on the waters he keeps it steadfast.

– “Who will go up to the mountain of the Lord, who will stay in his holy habitation?” “Who has pure hands and an innocent heart, who does not direct his mind to crime.

– Upon this descends the blessing of the Lord and the reward of his God and Savior ”. “This is how the generation of those who seek him is, and the God of Israel seek the face” (Psalm 23 [24]).

From then on, the offending actions to the Garden of God, to the Holy Land begin, starting with those who get drunk in greed, believing that salvation is in the accumulation of goods, and for that, they do not think about the common good. , but only turning to self-interest, they assault the goods of those who believed that the meaning of Life is in the justice of being happy and that no one was born to suffer, but rather for the pleasure of drinking and eating:

Now, on a day when Job’s sons and daughters were eating and drinking wine at the older brother’s house, a messenger came to Job: ‘The oxen were plowing and the mules grazing beside him, when, suddenly, wise men and stole everything, passing the servants to the edge of the sword (Job 1: 13-15).

Although the sons of Job, that is, the men are on Earth, warned of the loss of their property by injustice, did not turn to Justice, as is shown in the news that before the death of Greenland, in the face of the agony of the Sea, no one was touched by the death of God’s creatures, the biomes of the ice, the sea, the forest by the fires in Australia, California, Mato Grosso, not even by the one million of his own brothers in the Coronavirus plague, but, at the first opportunity , with a heart steeped in ingratitude, they continue their cult of selfishness founded on the right to be happy, running to the bars, to the beaches (while there is still left), to the parties.

He was still talking, when another came and said: ‘The fire of God fell from heaven and killed sheep and shepherds, reducing them to ashes (Job 1:16).

The fire of God fell from Heaven, not because he wanted the death of man, but because man, having been elected its administrator, usurped his right, to the point that his wickedness was called the Anthropocene Era, because it changed the laws of God of breeze, for global warming, as a thousand years ago, Saint Francis of Assisi already penitented us:

Consider, O man, in what excellence the Lord God has placed you: he created you and formed you in the image of his Son in terms of the body, and in the likeness of the spirit.

And all the creatures under the sky, each in their own way, serve their creator, know him and obey him better than you do.

And even the demons did not crucify him, but you, with them you crucified and still crucify him, delighting in vices and sins.

What can you then boast about?

5th Ammonition (MATURA, 1999, p. 25)1.

Under the cult that the Earth is just something, goods and happiness of those who can be happy, of those who stole a place in the sun of their neighbors, that is, of the animals, of the biomes, of the seas, of the glaciers, the Earth, as who suffering from a terrible ulcer, suffers the pains of human malice, by the domain of investors, or owners of the governors and their vassals who bear witness to the most painful injustice

The latter was still speaking, when another arrived and said:

‘The Chaldeans, divided into three groups, threw themselves on the camels and took them with them, after passing the servants by the edge of the sword (Jn 1,17).

And in the cult of selfishness founded on the right to be happy, everyone concerned about having fun with restaurants, shopping malls, beaches, was not touched by the pain of the Garden of God, because their human justice is to receive as administrator, and to enslave who serves him, usurping his obedience admonished by São Fransisco when he said: And all the creatures that are under the sky, each in their own way, serve their creator, know him and obey him better than you (MATURA, 1999 , p. 25) do not turn to justice, but run out to the bars, to the beaches (while it still remains), to the parties.

(Harriane Laura – Set/2020 by Yucatam Times)

The latter was still speaking, when another one came and said: ‘Your sons and your daughters were eating and drinking wine in the older brother’s house, when a hurricane rose from the desert bands and launched itself against the four corners of the house, which collapsed on the young people and killed them (Job 1: 18-19).

Nobody looked at the hurricanes in the world these days with a sense of justice against men, even though these phenomena of creatures, obeying God, wanted to draw their attention to the large number of them, to the point that they were used to identify them all. names, that is, from A to Z, making it necessary to use now the Greek alphabet.

So the answer to the questions: Why does God allow death? And, is your death just? You will know how to respond when you look at yourself and conclude whether you “are the generation of those who seek the Lord”, like wheat, or if you are deluded that justice is in the right to be happy (at the cost of the death of others), the tares, therefore, those who do not belong to the generation of those who seek the Lord, will not be killed because God is unjust, but because they chose Death instead of Life.

1MATURA, Thadeé. Pray 15 days with Saint Francis of Assisi. Aparecida: Sanctuary, 1999.

1MATURA, Thadeé. Pray 15 days with Saint Francis of Assisi. Aparecida: Sanctuary, 1999.

Porque Deus permite a morte? E a tua morte seria justa?

Já se aproxima de um milhão de pessoas mortas pelo Covid-19, somando-se aos mais de um bilhão de mortes de animais e bioma na Austrália, que também deverá ser somada em quantidade não menos expressiva, aos holocaustos na Costa Leste dos Estados Unidos, e no Pantanal Mato Grossense, na Indonésia, Asia, levando-nos a tão clássica pergunta:

Porque Deus permite a morte e o sofrimento tão horrível?

A resposta para esta pergunta nos é dada hoje, segunda-feira 28 de setembro de 2020, através da Liturgia Diária Missal, nos valendo de sua primeira Leitura e que para compreendê-la precisamos comentar passo a passo:

Um dia, foram os filhos de Deus apresentar-se ao Senhor;
entre eles também Satanás (Jó, 1-6).

Neste preâmbulo, que não é uma parábola, mas a realidade presente a dizer-nos que a justiça de Deus não faz acepção de pessoa, não se diferenciando no seu jardim, os filhos de Deus e Satanás, os justos ou injustos, pois, em meio ao trigo, está também o joio, então se prossegue o diálogo:

O Senhor, então, disse a Satanás: ‘Donde vens?’ – ‘Venho de dar umas voltas pela terra’, respondeu ele. O Senhor disse-lhe: ‘Reparaste no meu servo Jó? Na terra não há outro igual: é um homem íntegro e correto, teme a Deus e afasta-se do mal’ (Jó 1,7-8).

Ao se dar atenção a pergunta: Reparaste no meu servo Jó? A Ciência Semiótica cria uma valor energético para um convite ao homem, para ele prestar atenção que o Servo Jó em forma de pergunta, quer dizer, na verdade, a representação da casa paterna, o Jardim de Deus, o Paraíso, isto é a Terra, que serve fielmente a Deus, figurativamente como um pai responsável, sustenta seus filhos.

No entanto, isso é contestado por Satanás, que no contexto presente poderia se resumir dentro do sentido da nossa realidade, começando a acusar Jó (a Terra), despreza-a ao colocar toda a sua subserviência a Deus somente como troca pelos bens que havia acumulado ao longo de sua vida, e que a sua relação com Deus, isto é, a Terra só responde a Deus pela própria semente de Deus, sé duvidando hoje até se, é Deus mesmo que coloca esses bens, e não porque Ela teria alguma relação de obediência a Deus.

Então o Senhor disse a Satanás: ‘Pois bem, de tudo o que ele possui, podes dispor, mas não estendas a mão contra ele’ (Jó 1,12).

Mas tudo o que a Terra dá e fruto da Vida, e a Vida não convive com a injustiça, por isso, dentro desta mesma Justiça, Deus, em favor da Vida sob o manto da Justiça na amizade com Jó, isto é, com a Terra, seu Jardim, em que armou sua Tenda, é garantiu-lhe que ela não será abalada, concede a Satanás, agir não como uma pena de provação a ser suportada por Jó, mas, como forma de separar os que são da Vida, trigos, que tem amizade com Deus e se conservam na Justiça, dos que são da Morte, joios, que são os inimigos da Vida, como é celebrado na Liturgia da Festa de Todos os Santos em que canta:

E assim a geração dos que procuram o Senhor!

— Ao Senhor pertence a terra e o que ela encerra, o mundo inteiro com os seres que o povoam; porque ele a tornou firme sobre os mares, e sobre as águas a mantém inabalável.

— “Quem subirá até o monte do Senhor,quem ficará em sua santa habitação?” “Quem tem mãos puras e inocente coração,quem não dirige sua mente para o crime.

— Sobre este desce a bênção do Senhor e a recompensa de seu Deus e Salvador”. “É assim a geração dos que o procuram,e do Deus de Israel buscam a face” (Salmo 23 [24]).

A partir daí começa-se então as ações de ofensa ao Jardim de Deus, ao Solo Santo, iniciando-se por aqueles que se embebedam na cobiça, acreditando que a salvação está no acúmulo de bens, e para isso, não pensam no bem comum, mas somente se voltando para o interesse próprio, assaltam os bens daqueles que acreditavam que o sentido da Vida está na justiça do ser feliz e que ninguém nasceu para sofrer, mas para o prazer do beber e do comer:

Ora, num dia em que os filhos e filhas de Jó comiam e bebiam vinho na casa do irmão mais velho, um mensageiro veio dizer a Jó: ‘Estavam os bois lavrando e as mulas pastando a seu lado, quando, de repente, apareceram os sabeus e roubaram tudo, passando os criados ao fio da espada (Jó 1,13-15).

Embora os filhos de Jó, isto é, os homens tá Terra, advertidos pela perda de seus bens pela injustiça, não se voltaram para a Justiça, , como se acompanha nos noticiários que diante da morte da Groelândia, diante da agonia do Mar, ninguém se sensibilizou pela morte das culturas de Deus, os biomas do gelo, do mar, da floresta pelos incêndios na Austrália, na Califórnia, no Mato Grosso, nem mesmo pelo um milhão de seus próprios irmãos na peste do Coronavírus, mas, na primeira oportunidade, com um coração embebido de ingratidão, continuam o seu culto de egoísmo fundado no direito de ser feliz, correndo para os bares, para as praias (enquanto ainda lhe resta), para as festas.

Estava ainda falando, quando chegou outro e disse: ‘Caiu do céu o fogo de Deus e matou ovelhas e pastores, reduzindo-os a cinza (Jó 1,16).

O fogo de Deus caiu do Céu, não em razão de desejar a morte do homem, mas, porque o homem tendo sido eleito o seu administrador, usurpou do seu direito, ao ponto de chegar sua maldade ser chamada de Era Antropoceno, pois, mudou as leis de Deus de brisa, para aquecimento global, como há mil anos, já nos penitenciava São Francisco de Assis:

Considera, ó homem em que excelência te colocou o Senhor Deus: ele te criou e formou à imagem de seu Filho quanto ao corpo, e à semelhança quanto ao espírito.

E todas as criaturas que estão sob o céu, cada uma a seu modo, serve o seu criador, o conhecem e lhe obedecem melhor que tu.

E mesmo os demônios não o crucificaram, mas tu, com eles o crucificastes e o crucificas ainda, deleitando-te nos vícios e nos pecados.

De que podes, então, gloriar-te?

5ª Amonição (MATURA, 1999, p. 25)1.

Sob o culto de que a Terra é só coisa, bens e felicidade de quem pode ser feliz, de quem roubou um lugar ao sol de seu próximo, isto é, dos animaizinhos, dos biomas, dos mares, das geleiras, a Terra, como que padecendo de uma úlcera terrível, sofre as dores da maldade humana, pelo domínio dos investidores, ou donos dos governantes e dos seus vassalos que testemunham a mais dolorosa injustiça

Este ainda falava, quando chegou outro e disse:
‘Os caldeus, divididos em três bandos, lançaram-se sobre os camelos e levaram-nos consigo, depois de passarem os criados ao fio da espada (Jo 1,17).

E no culto do egoísmo fundado no direito de ser feliz, todo mundo preocupado em se divertir com os restaurantes, os shoppings, as praias, não se sensibilizaram pela dor do Jardim de Deus, pois sua justiça humana estar em receber como administrador, e escravizar quem lhe serve, usurpando-se da sua obediência admoestada por São Fransisco quando disse: E todas as criaturas que estão sob o céu, cada uma a seu modo, serve o seu criador, o conhecem e lhe obedecem melhor que tu (MATURA, 1999, p. 25) não se voltam para a Justiça, mas saem correndo para os bares, para as praias (enquanto ainda lhe resta), para as festas.

(Furação Laura – Set/2020 by Yucatam Times)

Este ainda falava, quando chegou outro e disse: ‘Teus filhos e tuas filhas estavam comendo e bebendo vinho na casa do irmão mais velho, quandoum furacão se levantou das bandas do deserto e se lançou contra os quatro cantos da casa, que desabou sobre os jovens e os matou (Jó 1,18-19).

Ninguém olhou para os furacões no mundo nesses dias com senso de justiça contra os homens, ainda que esses fenômenos de criaturas, obedecendo a Deus, quisessem chamar-lhes a atenção pela grande quantidade deles, ao ponto de se ter usado para identificação deles todos os nomes, isto é, de A a Z, se fazendo necessário a se valer agora, do alfabeto grego.

Por isso, a resposta às questões: Porque Deus permite a Morte? E, a tua morte é justa? Você saberá responder quando olhar para si mesmo e concluir se você “É assim a geração dos que procuram o Senhor”, como o trigo, ou se é dos que se iludem que a justiça está no direito de ser feliz (à custa da morte dos outros), o joio, pois, os que não pertencem a geração dos que procuram o Senhor, não serão mortos porque Deus é injusto, mas porque escolheram a Morte no lugar da Vida.

1MATURA, Thadeé. Orar 15 dias com São Francisco de Assis. Aparecida:Santuário, 1999.