No retiro de hoje, pretendendo dar continuidade sobre os 40 dias da quaresma como fração de 40 anos de caminhada errante, iniciado em nosso vídeo, neste trabalho propõe oferecer algumas luzes sobre a caminhada errante dos 40 anos de Garabandal.
Os 40 anos de Garabandal, se equiparam volta orbital da história de 3000 anos, ao tempo de quarenta anos entre a fuga de Moisés do Egito e o seu retorno como instrumento de libertação dos hebreus, que iniciou com a recusa do escravos dizendo “E quem foi que nomeou você para ser chefe e juiz sobre nós?” (Ex 2,14). Para entendermos isso, precisamos criar estrutura de percepção, com uma comparação.
A Palavra de Deus é como o sangue que circula em nossas veias, ou seja, ele circula, não segue uma linha reta, assim, as caraterísticas dele como um alimento do sistema circulatório, não se mostram como um resto de comida, mas sempre como uma comida nova, porque houve uma transformação entre o espaço e tempo no ciclo circulatório, como uma renovação do sangue.
Esse processo que também pode ser comparado com o pensamento de Heráclito de quem ninguém pisa duas vezes no mesmo rio, é ilustrado pela geometria como espiral fractal, que aqui usamos para comparar dois fenômenos com espaço de 3000 anos, cuja a essência, o sangue, é o mesmo, mas não como um resto de comida, e sim, um alimento novo, renovando a Vida, ou seja, é por exemplo, diferente daquela fonte artificial de peças de decoração, cujo o movimento também é circulatório, mas só rotina, não contendo o “Sabor” de uma fonte natural.
Assim, aplicando essa comparação aos quarenta anos de Garabandal, é como se repetisse a mesma espiral fractal de quando Moisés foi rejeitado pelos hebreus no Egito, ao lhe repugnarem dizendo: “E quem foi que nomeou você para ser chefe e juiz sobre nós? Está querendo me matar como matou o egípcio ontem?” (Ex 2,14), uma vez que depois disso, ou seja, 40 anos, pela contagem do calendário de Joaquim de Fiore, que é por gerações, não coincide com o caledário comum que conhecemos, vemos o suplício:
“muito tempo depois, o rei do Egito morreu. Os filhos de Israel gemiam sob o peso da escravidão, e clamaram; e do fundo da escravidão, o seu clamor chegou até Deus. Deus ouviu as queixas deles e lembrou-se da aliança que fizera com Abraão, Isaac e Jacó. Deus viu a condição dos filhos de Israel e a levou em consideração” (Ex 2,16).
Da mesma forma, agora, pois, a aparição de Garabandal, que, na verdade, foi a 7ª aparição de Nossa Senhora de Fátima, pois, foi em San Sebastian de Garabandal, na Espanha, e, San Sebastian é uma reverência ao Rei ungido de Portugal Dom Sebastião, cumprindo a sua promessa de 1917 aos pastorinhos, de vir mais uma vez, mas, a exemplo dos hebreus, foi rejeitada pela Igreja entre os anos de 63 a 65, por isso, cantada no Salmo de Bob Dylan na música “Like a Rolling Stone”.
Chamamos de Salmo no sentido de cânticos ou realidade poética porque simultaneamente à aparição de Nossa Senhora, aconteceu outro fenômeno, não promovido por um homem, ou, por uma banda de rock, mas, como se o mundo estivesse numa grande festa, ouvindo o soar de uma trombeta dando o tom e compasso.
Nesse tom e compasso, houve um profunda transformação na música, pois os jovens ficaram embebidos da Arte, a música está no ar, basta pegar uma (Keith Richard), e, tiveram visões e compuseram canções incríveis que retratam a realidade humana com fidelidade, conforme disse o mesmo Profeta Joel que abriu nossa caminhada de cinzas:
Terra, não tema; alegre-se e faça festa, pois o Senhor fez coisas grandiosas. Não temam, feras, pois o verde voltou às pastagens dos campos. As árvores já estão carregadas de frutos, a figueira e a parreira já produzem sua riqueza.
Depois disso, derramarei o meu espírito sobre todos os viventes, e os filhos e filhas de vocês se tornarão profetas; entre vocês, os velhos terão sonhos e os jovens terão visões! Nesses dias, até sobre os escravos e escravas derramarei o meu espírito! (Joel 2, 21.3,2).
Isso nos leva a um paradoxo, pois, ouvimos falar de tantas aparições de Nossa Senhora depois disso, mas, não nos atrevemos a dizer que eram falsas aparições, mas sim, que eram as Ladys da Rainha, sob as mais diversas faces.
Dizemos com certeza que a aparição de Garabandal foi a 7ª aparição prometida em Fátima, por que ela é precedida para as criancinhas primeiro por um mensageiro, no encontro com o Anjo, como mensageiro da Boa Nova, lá, depois ela afirma para as criancinhas, que será a sua última aparição, e agora, aproximadamente de acordo com Joaquim de Fiore, 40 anos depois, ela nos permite calcular o número de homem, 666:
Numero de homem com o significado de “sem conter a Verdade que forma a Arte = Universo”, mas, o artificial = artefato que todo mundo confunde como tecnologia.
Primeiro 6 = Seis aparições no Santuário de nossa Senhora de Fátima, porque o sétimo foi na Espanha;
Segundo 6 = Um estouro como brilho de rojão, ou sinaleiro (brilho, ou relâmpago de 5 milhões de sóis) em 02/11/2012, dia de sufrágio pelos fiéis defuntos, denominado pela Astronomia de FRB121102, e depois, novamente, mais 5 pulsos em 2015, equivalente a 2,5 bilhões de sóis, ou, os simples 5 mistérios gozosos do terço(LUCIO FILHO, 2019)1.
Terceiro 6 = Capella de Auriga, 6ª estrela mais brilhante do universo, pois, Auriga é a fonte do FRB121102 (ibid.).
Assim, a espiral fractal agora nos traz uma dor no íntimo pela indigestão provocada pelo artificialismo do Pão de 40 anos atrás, nos fazendo diante de suplícios, suplicar por alívios, suscitando igualmente naquele tempo, um clamor ao Senhor, que, por sua vez, ouviu o clamor do seu povo e mandou um sinal da Aliança (ibid.), que foi profetizado por Bechior quando cantou o salmo Velha Roupa Colorida:
1LUCIO FILHO, Laurentino. A comunicação humana nos sinais cósmicos de rádio. In PEREIRA, Denise (org) Ciências Humanas e a dimensão adquirida através da evolução tecnológica. Ponta Grossa – PR: Atena, 2019), disponível em https://formaresaber.com.br/a-comunicacao-humana-entre-a-terra-e-a-constelacao-de-auriga/.
Sobre o Autor