Escola Pública com educação digital: violência à infância e à adolescência

Pedimos desculpas mas este artigo agora foi submetido para avaliação de publicação em obra literária, por isso, por enquanto, permanecerá indisponível até o resultado final, quando indicaremos a nova fonte de acesso.

Retiro da Quaresma: Cinzas

Estamos entrando em um portal, e, esse portal se chama caminhada quaresmal, ou, aproveitando a moda, quarentena quaresmal, pois é uma romaria que dura 40 dias.

Mas qual é o sentido real da quaresma, de se receber cinzas? Se você pensa que é apenas um ritual de purificação, está muito enganado, por isso, te convidamos a assistir este vídeo tendo por objetivo criar sentido no que você está acostumado a fazer no seu dia a dia e nem prestar atenção.

Seja bem vindo.

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Retiro da Quaresma: CF, decadência da campanha da fraternidade para campanha da farra.

Na Igreja Católica do Brasil havia uma tradição que se tornou parte da liturgia da quaresma, que recebeu o nome de Campanha da Fraternidade para um referencial litúrgico, em que servia como convite quaresmal ao retiro de conversão de nossos pecados, que podemos chamar de eucaristia viva, que foi vivenciada na liturgia missal da primeira semana do Tempo Comum de 17 de janeiro de 2021, primeira leitura, preparando-se para o tempo quaresmal deste ano como advertência para prevalência da Palavra de Deus sobre a palavra do homem quando disse:

Irmãos:
12A Palavra de Deus é viva, eficaz e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes. Penetra até dividir alma e espírito, articulações e medulas. Ela julga os pensamentos e as intenções do coração. 13E não há criatura que possa ocultar-se diante dela.

Tudo está nu e descoberto a seus olhos, e é a ela que devemos prestar contas. 14Temos um sumo sacerdote eminente, que entrou no céu, Jesus, o Filho de Deus. Por isso, permaneçamos firmes na fé que professamos (Carta aos Hebreus, Cap. 4, v. 12-14).

Mas, não fazendo qualquer caso da Palavra viva celebrada por ela mesma nas missas de 17 de janeiro de 2021, afastando-se da firmeza da fé, a Igreja de Roma, neste ano de 2021, surpreendentemente está convidando a todos a acolher como sacramento, o pecado contra a castidade, ao propor aos fiéis, a instituição do sacramento do matrimonio entre pessoas do mesmo sexo, sob o fundamento de descompromisso da castidade, em nome do culto ao prazer do corpo, em que na relação sexual não há uma definição de conjugalidade, mas a diversidade, sob o tema LGBT.

O presente trabalho não visa difamar a Igreja Católica, ao qual nele mesmo, meu coração é julgado pela Palavra (Hb 4,12) quando digo, sob a Verdade em Cristo, eu a amo com toda a minha alma, mas sim, apresentar aos católicos, as incoerências de uma Igreja que serve aos homens e trai o seu Senhor, pois, cheia de orgulho e cobiça, não faz reverência à Verdade que é Cristo, seu Senhor, mas, imita a mulher de Oséas, para se entregar aos homens, e, fazer o gosto do freguês, para vender o seu corpo, ao exaltar nestes tempos, o gozo dos prazeres do corpo neste mundo passageiro, com isso, substituir a autoridade da Verdade de Cristo da grandeza da eternidade da alma, pelo selo de autoridade papal da conveniência humana “de se acolher os excluídos”.

Por isso Deus mesmo, há um ano atrás, na liturgia quaresmal de 10 de março de 2020, já advertiu seus amigos que reconhecem a voz do Pastor, para que, permanecessem firmes na Verdade das Escrituras, conforme nas missas celebradas por ela naquele dia:

6Gostam dos primeiros lugares nos banquetes e das primeiras cadeiras nas sinagogas.
7Gostam de ser saudados nas praças públicas e de ser chamados rabi pelos homens.
8Mas vós não vos façais chamar rabi, porque um só é o vosso preceptor, e vós sois todos irmãos.
9E a ninguém chameis de pai sobre a terra, porque um só é vosso Pai, aquele que está nos céus.
10Nem vos façais chamar de mestres, porque só tendes um Mestre, o Cristo.
11O maior dentre vós será vosso servo.
12Aquele que se exaltar será humilhado, e aquele que se humilhar será exaltado”
(Mateus, Cap. 23, v. 1-12).

A advertência de Deus é para que as ovelhas não imitassem a conveniência humana daqueles que dizem ser sacerdotes e não o são, ainda que sob o selo de autoridade de pai, que parecendo ter perdido seu juízo, não sabem mais a diferença entre o Sacramento do Matrimônio e o pecado contra a castidade ao propor aos fiéis da Palavra viva, a equiparação do pecado da castidade com o Sacramento de Matrimônio, e com isso, acolher uniões do mesmo sexo.

A mudança da Verdade em Cristo para as conveniências humanas sob a autoridade de pai, como a feita agora na Campanha da Fraternidade pela proposta de união conjugal artificial entre um homem e outro homem ou diversidade de sexo, isto é, qualquer união sexual que não pertence à natural entre um homem e uma mulher, estendendo o mesmo artificialismo na relação comum e na geração de filhos, seja por produção independente ou meios que não a tornam natural, é chamada de aberração pela própria Igreja Católica quando disse:

Fomos criados à imagem do Santo, isto é, de Deus. Sendo assim nosso modo de ser e de pensar é afinado com o modo de pensar e de agir de Deus. O contrário é aberração, é antinatural. A natureza humana foi feita para receber a divina.
Quando falamos de santos, estamos tendo como referencial o Santo, Deus. É santa aquela pessoa que amou, que fez o bem, que foi feliz. Exatamente por isso soube perdoar, interessou-se pelos demais. Podemos ter como ideário dos santos as Bem-Aventuranças. Viveram seu agir especialmente a partir dos valores apontados nesse discurso de Jesus
(RÁDIO VATICANO apud DIOCESE DE PESQUEIRA, 2014)1 .

E a afinação aqui do modo de agir e pensar vem pela palavra de Paulo, canonizada como Escritura Sagrada, portanto na Verdade em Cristo ao qual nenhum homem está autorizado a modificá-la, sob pena de tornar-se maldito, como na eficácia da Palavra viva da liturgia da 27ª Semana do Tempo Comum de 05 de outubro de 2020, que diz:

Irmãos, 6estou admirado de que tão depressa passeis daquele que vos chamou à graça de Cristo para um evangelho diferente.
7 De fato, não há dois (evangelhos): há apenas pessoas que semeiam a confusão entre vós e querem perturbar o Evangelho de Cristo.
8 Mas, ainda que alguém – nós ou um anjo baixado do céu – vos anunciasse um evangelho diferente do que vos temos anunciado, que ele seja anátema.
9 Repito aqui o que acabamos de dizer: se alguém pregar doutrina diferente da que recebestes, seja ele excomungado!
10 É, porventura, o favor dos homens que eu procuro, ou o de Deus? Por acaso tenho interesse em agradar aos homens? Se quisesse ainda agradar aos homens, não seria servo de Cristo.
11 Asseguro-vos, irmãos, que o Evangelho pregado por mim não tem nada de humano.
12 Não o recebi nem o aprendi de homem algum, mas mediante uma revelação de Jesus Cristo
(Carta aos Gálatas, 1,6-12).

Mas aqueles que dizem representar a Deus, mas só dizem, e não praticam e nem imitam o servidão do Senhor (Mateus, Cap. 23, v. 3-4), pregam, a verdade humana como Verdade de Deus, pois, já morreram em si, e por isso não são capazes mais de sentirem a Verdade como Palavra Viva, com isso acreditam que não estão mais sob a autoridade de Deus, e pregam evangelho diferente, como já reconhecido por Paulo ao falar para os fiéis:

2 Ora, sabemos que o julgamento de Deus se exerce segundo a verdade, contra os que praticam tais coisas. 3 Ó homem, tu que julgas os que praticam tais coisas e, no entanto, as fazes também tu, pensas que escaparás ao julgamento de Deus? 4 Ou será que desprezas as riquezas de sua bondade, de sua tolerância, de sua paciência, não entendendo que a bondade de Deus te convida à conversão (Romanos, Capítulo 2, v. 2-4)?

Assim, são semeadores de cizânias, se exaltam pela prevalência da suas “verdades” do Mundo sobre a Verdade em Cristo, desonrando a dignidade da mulher e de pai e mãe, e, com isso, gerou divisão e confusão nas ovelhinhas do Pastor, o seu Senhor, deixando-as como ovelhas sem pastor, como a eficácia da Palavra viva, celebrada na Liturgia da 4ª Semana do Tempo Comum de 06/02/2021: 34Ao desembarcar, Jesus viu uma numerosa multidão e teve compaixão, porque eram como ovelhas sem pastor (Marcos, Cap. 6, v. 34).

No entanto, para suas ovelhas, a voz do Pastor já havia sido proferida antes, pois o Senhor diz antes, para quando acontecer, o amigo dele acredite, confirmando às ovelhas que a Verdade do Senhor está acima da verdade dos homens, como o testemunho da Palavra Viva da liturgia pascal celebrada na 4ª Semana da Páscoa, de 07 de maio de 2020 quando disse:

16Em verdade, em verdade vos digo: o servo não está acima do seu senhor
e o mensageiro não é maior que aquele que o enviou.
17Se sabeis isto, e o puserdes em prática, sereis felizes.
18Eu não falo de vós todos.
Eu conheço aqueles que escolhi, mas é preciso que se realize o que está na Escritura: ‘Aquele que come o meu pão levantou contra mim o calcanhar.’
19Desde agora vos digo isto, antes de acontecer,
a fim de que, quando acontecer, creais que eu sou.
20Em verdade, em verdade vos digo, quem recebe aquele que eu enviar,
me recebe a mim;
e quem me recebe, recebe aquele que me enviou.
‘ (João, Cap. 13, v. 16-20).

Assim, cheio de compaixão por suas ovelhas, o Senhor disse antes, na liturgia quaresmal de 10 de março de 2020, para que, quando entrassem na liturgia quaresmal de 2021, sob uma Campanha de Fraternidade pregando-se a conveniência humana, permanecessem firmes na Verdade do Senhor, que é maior do que o seu servo:

3Observai e fazei tudo o que eles dizem, mas não façais como eles, pois dizem e não fazem.
4Atam fardos pesados e esmagadores e com eles sobrecarregam os ombros dos homens, mas não querem movê-los sequer com o dedo
(Mateus, Cap. 23, v. 3-4).

E, agora, nas vésperas do retiro quaresmal o próprio Deus, mostrou o desprezo a esses falsos profetas, na liturgia missal de 15 de fevereiro de 2021, cuja a eficácia da Palavra Viva lhes diz:

Falou o Senhor Deus, chamou a terra, *
do sol nascente ao sol poente a convocou.
8Eu não venho censurar teus sacrifícios, *
pois sempre estão perante mim teus holocaustos;

16b. ‘Como ousas repetir os meus preceitos *
16c. e trazer minha Aliança em tua boca?
17Tu que odiaste minhas leis e meus conselhos *
e deste as costas às palavras dos meus lábios!

20Assentado, difamavas teu irmão, *
e ao filho de tua mãe injuriavas.
21Diante disso que fizeste, eu calarei? *
Acaso pensas que eu sou igual a ti?
É disso que te acuso e repreendo *
e manifesto essas coisas aos teus olhos
(Salmo 49).

Portanto, neste momento, acolhendo o Deus vivo, não é devemos mais prestar atenção à pregação de pastores com evangelhos próprios, que agem para se atender a conveniência humana, confortavelmente em seus gabinetes, se fazendo maiores do que o seu Senhor, por isso, receberão a sua paga sob o Juízo de Deus, que muito em breve vós mesmos testemunharão conforme já foi manifestado em 25/10/2020 quando se disse:

Quando vocês virem a abominação da desolação, da qual falou o profeta Daniel, estabelecida no lugar onde não deveria estar, – que o leitor entenda! (Mt 24,15), prepara-te, pois, para à prostituta foi proferida a Palavra de Oséas:

Embelezava seus ídolos. Com o coração dividido, deve agora receber castigo; o Senhor mesmo derrubará seus altares e destruirá os seus simulacros: Decerto, dirão agora: “não temos rei; não temos medo do Senhor. Que poderia o rei fazer por nós?” (Os 10, 2-6, 1ª Leitura – Liturgia de 08/07/2020 – Quarta-Feira da 14ª Sem. do Tempo Comum).

E o Senhor nesta quaresma de 2021, convida aqueles que são amigos da Verdade a reconhecerem a voz do seu Pastor, isto é, a Verdade, ao olharem a glorificação do Senhor, pelo testemunho verdadeiro daqueles que longe de gabinetes confortáveis, de gordas doações, das altas patentes, mas no martírio, na hora da morte, mantiveram a certeza da Verdade, e ao invés de se venderem para a conveniência, professaram a Palavra do seu Senhor que por Ele foram escolhidos, e se tornaram seus amigos, portanto, não fale, mas, pratique, dê o teu testemunho, como na eficácia da Palavra Viva da Liturgia da 4ª Semana do Tempo Comum de 1º de Fevereiro de 2021, na 1ª Leitura quando disse:

Irmãos:
32Que mais devo dizer?
Não teria tempo de falar mais sobre Gedeão, Barac, Sansão, Jefté,
Davi, Samuel e os profetas.
33Estes, pela fé, conquistaram reinos, praticaram a justiça, foram contemplados com promessas, amordaçaram a boca dos leões, 34extinguiram o poder do fogo, escaparam do fio da espada, recobraram saúde na doença, mostraram-se valentes na guerra, repeliram os exércitos estrangeiros.
35Mulheres reencontraram os seus mortos pela ressurreição.
Outros foram esquartejados, ou recusaram o resgate, para chegar a uma ressurreição melhor.
36Outros ainda sofreram a provação dos escárnios, experimentaram o açoite, as correntes, as prisões.
37Foram apedrejados, foram serrados, ou morreram a golpes de espada.
Levaram vida errante, vestidos com pele de carneiro ou pêlos de cabra;
oprimidos e atribulados, sofreram privações.
38Eles, de quem o mundo não era digno, erravam pelos desertos e pelas montanhas,
pelas grutas e cavernas da terra.
39E, no entanto, todos eles, se bem que pela fé tenham recebido um bom testemunho, apesar disso não obtiveram a realização da promessa.
40Pois Deus estava prevendo, para nós, algo melhor.
Por isso não convinha que eles chegassem à plena realização sem nós
(Carta aos Hebreus, Capítulo 11, v 32-40).

Sobre esse tema você pode ver mais neste vídeo:

1DIOCESE DE PESQUEIRA . Comemoração dos fiéis defuntos, 01/11/2014. Disponível em https://diocesedepesqueira.com.br/comemoracao-dos-fieis-defuntos-2/. Acesso em 15 fev. 2021.

Configurando o Certificado Digital A3 no Chromium/Chrome

Recentemente fui supreendido pelo assinador WebSigner da Softplan que parou de funcionar no Firefox, me obrigado a usar o Chrome, o incômodo ocorria quando para assinar documentos da Justiça do Trabalho tinha de usar o Firefox, pois não conseguia habilitar o certificado no Chrome, e quando tinha de assinar documentos para o Tribunal de Justiça de São Paulo, tinha de sair do Firefox e ir para o Chrome.

Mas a dificuldade em habilitar o certificado digital no Chrome, ocorre regularmente porque as orientações disponíveis são apontadas para o menu de configurações daquele navegador, pedindo para habilitar em Privacidade Segurança → Segurança → Gerenciar Certificados → HTTPS/SSL.

Toda vez que se tenta carregar o Certificado no formato p12, ele dá erro desconhecido.

A solução é a seguinte, se lembrarmos dos procedimentos do Firefox, ele vai pedir para primeiro habilitarmos o Dispositivo, sendo necessário nesse passo, indicar a biblioteca, no meu caso a libaetpkss.so, assim, o erro desconhecido que ocorre no Chrome acontece por falta dessa habilitação de dispositivo, antes de se habilitar o arquivo certificado .p12.

Graças a ao artigo publicado por Kamarada[1] em setembro de 2019, para usuários do Susi, consegui superar essa dificuldade ao qual reproduzo os passos a seguir:

Lembro aos internautas que os passos a seguir consideram que o dispositivo já foi instalado no Computador com todas as bibliotecas, e está funcionando normalmente em outro navegador, como o Firefox por exemplo.

Passo 1: Instale a biblioteca libnss3-tools

sudo apt-get install libnss3-tools

Passo 2: Vá para o diretório Home de sua Workstation

Passo 3: No terminal, no diretório Home digite o seguinte comando:

modutil -dbdir sql:.pki/nssdb/ -add “nome_do_token” -libfile /caminho/para/a biblioteca

Por exemplo no meu caso ficou assim:

modutil -dbdir sql:.pki/nssdb/ -add “GD_burti” -libfile /usr/lib/libaetpkss.so.3.5.4256

O programa modutil abrirá uma pequena janela de alerta informando que é necessário fechar o navegador, basta constatar se está fechado e clicar Enter:

Passo 4: Ainda dentro do diretório Home, é possível checar o carregamento do dispositivo com o seguinte comando:

modutil -dbdir sql:.pki/nssdb/ -list.

Passo 5: Agora sim, entre nas configurações do Chromium (preferível para o Linux) ou Chrome e você conseguirá carregar teu certificado.

Referencias:

1 – KAMARADA: Configurando certificado digital no navegador Google Chrome / Chromium Disponível em https://kamarada.github.io/pt/2019/09/26/configurando-certificado-digital-no-navegador-google-chrome-chromium/#.YB0zWnWE6Tc. Acesso em 05 fev. 2021.

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O ministério de Felipe: “mostrai-nos o Pai e isso nos basta!”

Agradecimento (ação de graças) pelo mandato presbiterial de Padre Felipe Dalcegio na Paróquia Sagrado Coração de Jesus

Desde os meados da primeira década do milênio, Padre Leo Heck, scj, suscitava aos paroquianos da Paróquia Sagrado Coração de Jesus de Taubaté a prática de se registrar as graças de Deus ocorrida entre seus povo na Comunidade.

Ao longo dos anos foi se apreendendo que isso é a preparação para o um rito litúrgico, pois no Culto Dominical, nos preâmbulos da Oração Eucarística, se convoca o Povo de Deus à apresentação das Graças de Deus, celebrando jubilosos:

Pres. O Senhor esteja convosco!

Ass: Ele está no meio de nós.

Pres. Corações ao alto!

Ass. O nosso coração está em Deus!

Pres. Demos graças ao Senhor!

Ass. É nosso dever e nossa salvação!

E para que possamos nos apresentar a Deus certos de que cumprimos o nosso dever e esperamos a salvação, queremos apresentar ao Senhor as Graças do Ministério de Felipe, que já se encontra de partida para outros mares, sem a pretensão de destacar a figura de alguém, mas sob o compromisso de reconhecer a Graça de Deus atuando na história construída ao longo de seu mandato presbiterial, na Glória de Deus revelada no percurso de sua atuação nos últimos 6 anos.

O Reino de Felipe

Foi sob os trabalhos de Felipe que Deus deu a conhecer ao mundo a revelação de que: mais do que filosofia de palavras teológicas, Deus quer a prática, a coerência na defesa do nome Santo do Senhor, a imitação do Cristo: “Em verdade, em verdade, vos digo: quem crê em mim fará as obras que eu faço, e fará ainda maiores do que estas” (Jo 14,12).

Por isso ele revelou pelo ministério de Pe. Felipe: “Filipe, há tanto tempo estou convosco, e não me conheces? Quem me viu, tem visto o Pai. Como é que tu dizes: ‘Mostra-nos o Pai’?, chamando a atenção de que a Palavra é Viva e não interpretação pessoal de um homem, diante da práxis humana das assembleias que olham para Deus, cultuando a filosofia, a imaginação, como já faziam nossos antepassados, como por exemplo na rebeldia do tempo da Jurisdição do Profeta Samuel, porque não gostam de praticar a Verdade, como é ensinado pelo ditado popular quando diz:

que há apenas duas coisas que o homem não se conforma neste mundo: a primeira é a morte, por isso, ele finge ser deus, iludindo-se que pode controlá-la, e a segunda, é a verdade, que ele rejeita, pois, isso significa abraçar o bem de todos (cidadania e dignidade) e suprimir o seu interesse pessoal.

Mas a dignidade da Graça de Deus na Paróquia Sagrado Coração de Jesus, representa na história dos dias de hoje, a atuação de Deus, como um eco aos ouvidos do Apóstolo Filipe que repercute na atualidade do Ministério de Pe. Felipe através da Comunhão do Sangue Eucarístico do Senhor, chegando até nós, como uma continuidade da Vida, para isso, novamente Deus foi apresentado ao Tribunal, como Réu na figura da Comunidade Nossa Senhora das Graças, sob a presidência do Juiz da 2ª Vara Cível, Dr. Felipe.

O Tribunal, ou Roma, pois julga o civil, isto é, julga aquele que na antiguidade era o gentil romano, e, agora, os códigos legais da atualidade são estruturados sob os mesmos Direitos de Roma, o Jus Civile, por isso Roma, que é destacado aqui porque o Estado Romano, também tem um protagonismo de continuação da história de Deus para o presente, quando os traidores de Júlio César, sentindo o fracasso de suas iniciativas têm uma visão do espírito daquele Imperador, que lhes diz: Em “Filipos vós me vereis”, assim como nos tempos de hoje, sob o ministério de Felipe, Deus mostra os sinais da Aliança aos seu povo (LUCIO FILHO, 2019)1 mostrando em Felipos, isto é a Paróquia Sagrado Coração de Jesus de Taubaté sob o ministério de Pe. Felipe, e também, sob o julgo do Juiz Felipe que a Palavra Viva é do Deus vivo e não de um Deus morto.

E estes sinais não são revelados como prenúncio para a derrubada do Império que escraviza o Mundo de hoje, ou a sonhada restauração da república, ou social democracia, mas, sim para a Instauração do Reino prometido de Sacerdotes, como um dia, na intimidade do coração como Juiz, clamou a Deus o Profeta Samuel: “Samuel se desgostou, quando lhe disseram: ‘Dá-nos um rei para que nos governe’. E invocou o Senhor” (1Sm 8,6).

Tudo isso, vem mostrar-nos que a História da Amizade com Deus é viva, pois ele é o Deus de nossos pais, e não esquece jamais de sua Aliança, por isso, a filosofia, a mitologia e a fantasia de Deus elegida pelo homem por sua rejeição à Verdade, já revelava a hipocrisia dos reinos humanos antes de Samuel, por Ana, consagradora do Profeta Samuel a Deus, que em seu cântico exultava no Espírito:

Não multipliqueis palavras orgulhosas, nem saia insolência de vossas bocas!

Pois o Senhor é um Deus que sabe, é ele quem pesa as nossas ações (1Sm, 2,3).

A Glória de Deus, ao qual se faz neste ato a ação de Graças, tem como início da caminhada com Felipe uma das homilias das três primeiras missas dominicais do início de seu ministério, celebrada às sete da manhã em que foi comungado a Palavra, cujo alimento era a união de todos em uma só verdade, ao qual foi-lhe chamado a atenção ao final da missa que ele falou sobre a Profecia de Isaías:

Visão de Isaías, filho de Amós, a respeito de Judá e de Jerusalém.

Acontecerá, nos últimos tempos, que a montanha da Casa do SENHOR estará plantada bem firme no topo das montanhas, dominando os mais altos morros. Para lá afluirão as nações todas, povos numerosos irão, dizendo: “Vinde! Vamos subir à montanha do SENHOR! Vamos ao Templo do Deus de Jacó. Jacó. Ele nos vai mostrar a sua estrada e nós vamos trilhar os seus caminhos.” Pois de Sião sai o ensinamento, de Jerusalém vem a palavra do SENHOR.

Às nações ele dará a sentença, decisão para povos numerosos: devem fundir suas espadas, para fazer bicos de arado, fundir as lanças, para delas fazer foices. Nenhuma nação pegará em armas contra a outra e nunca mais se treinarão para a guerra.

Casa de Jacó, vinde, vamos caminhar à luz do SENHOR!”(Is 2,1-5)

Dessa Graça foi revelado ao Povo, um sinal da Aliança para o Dia do Senhor, …dias virão que a Casa do Senhor será no mais alto dos montes (Is 2,1), ou seja, o Espírito da Verdade revelou a Casa do Senhor, a sua Tenda, não como miragem, nem imaginação, mas real, certeza na fidelidade da Promessa de Deus, através do Sinal da Aliança, revelando Sião que tem a Lei, o Conselho, o Patriarca, Aarão, o Culto, e, também, revelando Jerusalém que tem a Prudência, a Palavra ou prática da obediência, Moisés, a Liturgia.

Ligando assim o Céu – Auriga Constelação Celeste (Lei de Sião e Palavra de Jerusalém), e a Terra Auriga Virtutus (Conselho (Lei) Aarão e Prudência (prática da Palavra), Moisés, retratada no Salmo apresentado para o Jubileu da Paróquia quando louvando a história jubilar entoou o cântico:

Na festa de oito dezembro, é o júbilo da Imaculada Conceição, Alegra-te ó cheia de graça, pois, contigo está o Senhor (Lc 1,26,28b). Que do solo arenoso, o Coração do Filho levantou. Tornou-se um brilho do céu e luz a propagar o amor de Deus, como predestinados, para o louvor de sua glória, (Ef 1,11-12) o Senhor fez conhecer a salvação, e às nações, sua justiça (Sl 97,2); alimentada pelo carisma de Leão (LUCIO FILHO, 2018)2.

11/08/2020

Desde 27 de novembro de 2016, último dia do ano lítúrgico do Ano C, festa de Nossa Senhora das Graças, Comunidade protagonista da apresentação de Deus no Tribunal da Humanidade, ou, Tribunal Romano, foi iniciado uma pequena via em que de muitas maneiras Deus se manifestou convocando a Humanidade ao retorno para a Verdade, como na revelação pela homilia dominical da Epifania do Senhor de 2017, Ano A, que se tornou importante contribuição para a Pesquisa que, através da Semiótica (Ciência das Linguagens) foi revelado na Paróquia Sagrado Coração de Jesus de Taubaté, os Sinais da Aliança:

Oitava secundidade dos FRBs

A oitava secundidade trabalha a interpretação sobre as afirmações da primeira semana de janeiro de 2017, sobre a possível fonte ou origem dos FRBs, que segundo estudos recentes, são originadas de uma pálida ou empalecida galáxia anã da constelação do condutor da biga, que quer dizer Auriga, mas, pela solenidade da Epífania, peço licença para chamar de constelação do condutor da carruagem.

O Prof. Chatterjee compara as anomalias com explosões de pulsar quando estrelas de nêutrons girando emitem pulsos de radiação como um relógio de tique-taque. Mas essas explosões de rádio rápidas da constelação de Auriga vêm em comprimentos de onda que se espalharam ao longo do tempo, indicando que a fonte está a 3 bilhões de anos-luz da Terra em uma galáxia anã, pálida, da constelação Auriga, apenas 1/100 da massa da galáxia da Via Láctea (HOWE, 2017).

Tendo em vista que essa interpretação se estrutura pelo pragmaticismo através da tridimensionalidade da semiótica, que quer dizer que ela possui altura, largura e profundidade, ou seja, ela se completa pela física que é material, pela metafísica que é imaterial e, pelo fato, que é o significante ou signo.

Assim, a aplicação da semiótica na linguagem cristã, não se limita ao imaterial com o pensamento teológico ou filosófico, mas também, se estende ao universo físico, para a composição do signo.

A parte física, que a teologia chama de obra pela fé, neste caso, se dá pelo serviço à música litúrgica na missa dominical das sete horas da manhã, ao qual, o rito da celebração que simboliza um banquete com o Senhor, que reúne todos os celebrantes ao redor da sua mesa, que alimentados pela Palavra, partilham entre si, suas alegrias, tristezas, esperanças, clamores e fé.


O banquete servido pela homilia deste domingo (DALCEGIO, 2017), vem apresentar a fonte da luz que toda a humanidade espera ver, diante de uma ínfima faísca, mas, mais poderosa de que o brilho do sol em dez mil anos, que parece ser localizada em uma pálida, ou poderíamos dizer fraquinha, simples, pequena, como a pequenez de Deus já tratada na primeira secundidade, em uma galáxia não pequena, mas mais pequena ainda, uma galáxia anã, que integra a constelação do condutor da carruagem ou cocheiro, na constelação de Auriga.

A homilia que desenvolve este signo, que para melhor lógica, aqui foi invertida do meio para o começo, do meio vem sob o contexto do sinal aos reis magos para os dias de hoje, fez referência às falsas fontes de luz, criadas pelos Herodes de hoje, que, formadores de opinião, matam a luz da Verdade em nós, e, do início, faz referência ao profeta Isaías, cuja vocação está em trazer, diante das tragédias a boa notícia, a boa nova para a humanidade, e como que aplicando um pragmaticismo espontâneo, vem falar dos sinais físicos da sabedoria explícitos a nós pela natureza, pela leitura de um livro, de uma carta, pelas estrelas, ou até mesmo, pela dor da doença, que nos ajudam a compreender a ação de Deus na sua amizade com o homem, cuja inversão proposital aqui, foi feita para se alinhar a ordem correta das palavras de Jó que traz um discurso idêntico quando contesta os sábios:

Como vocês são importantes! A sabedoria vai morrer junto com vocês! Todavia, eu também tenho inteligência, e não sou inferior a vocês. Quem não sabe tudo isso?

[…]
Eu me tornei motivo de zombaria para os meus amigos, eu que gritava a Deus para ter uma resposta.

[…]
Pergunte aos animais, que eles instruirão você. Pergunte às aves do céu, que elas o informarão. Pergunte aos répteis do chão, que eles lhe darão lições. Os peixes do mar lhe contarão tudo isso. Entre todos esses seres, quem não sabe que foi a mão do Senhor que fez tudo isso? Nas mãos dele está a vida de todos os viventes e a respiração de todo ser humano. Não é o ouvido que distingue as palavras, e o paladar que saboreia os alimentos? Por acaso, os anciãos não estão destinados a ter sabedoria, e os velhos a ter prudência? (Jó 12, 2.4.7-12).

A parte central e inicial da homilia se faz importante para a compreensão da oitava secundidade pois ela aqui, apresentada invertida, vem trazer para a linguagem cristã, não a indicação da fonte dos FRBs como é hoje buscada pelos sábios, mas sim, o seu destino, ou seja, para onde ela vai.


Apenas para melhor esclarecer, na parte final da homilia, ela conclui com a ideia de que, assim como aconteceu com os os reis magos que mudaram de direção, seguindo um caminho novo depois do encontro com Jesus, a estrela de Belém, deve criar um sentido e brilhar em nós ao ponto de mudar a direção das nossas vidas (DALCEGIO, 2017).


Assim, para a linguagem cristã, o fluxo dos FRBs não é, de onde vem a luz, mas, para onde estará indo uma faísca que tem o brilho de 10 mil anos luz do brilho do sol? E, a resposta aponta para um único caminho que a princípio pode parecer simbólico, mas para a linguagem cristã é real, porque é uma interpretação digna de fé….a faísca, se encandecida, estará indo para o fundo do teu coração: “Pois o Deus que disse: «Do meio das trevas brilhe a luz!» foi ele mesmo que reluziu em nossos corações para fazer brilhar o conhecimento da glória de Deus, que resplandece na face de Cristo” (2Cor 4,6), pois, como a um amigo fiel, Ele te coroou de esplendor e glória: “Quando contemplo o céu, obra de teus dedos, a lua e as estrelas que fixaste… O que é o homem, para dele te lembrares? O ser humano, para que o visites? Tu o fizeste pouco menos do que um deus, e o coroaste de glória e esplendor”(Sl 8,4-6), e como um Pai amoroso se alegra por tua volta restabelecendo a tua dignidade:
“Quando ainda estava longe, o pai o avistou, e teve compaixão. Saiu correndo, o abraçou, e o cobriu de beijos. Então o filho disse: ‘Pai, pequei contra Deus e contra ti; já não mereço que me chamem teu filho’. Mas o pai disse aos empregados: ‘Depressa, tragam a melhor túnica para vestir meu filho. E coloquem um anel no seu dedo e sandálias nos pés. Peguem o novilho gordo e o matem. Vamos fazer um banquete. Porque este meu filho estava morto, e tornou a viver; estava perdido, e foi encontrado’. E começaram a festa”. (Lc 15, 20b-24).

Portanto, o teu coração não é tão anão, ao ponto de não ser capaz de receber 18 faíscas de rádio, com duração de cinco milésimos de segundo cada uma, cujo fogo do brilho dela não te consome, como cantada na sequência da celebração de Pentecostes.

A nós descei, Divina Luz.
A nós descei, Divina Luz.

Em nossas almas acendei, o amor, o amor de Jesus, o amor, o amor de Jesus.


1-Vinde Santo Espírito, e do céu mandai, luminoso raio, luminoso raio.
Vinde Pai dos pobres, doador de dons, luz dos corações, luz corações.
Grande Defensor, em nós habitai e nos confortai, e nos confortai.
Na fadiga pouso, no ardor brandura, e na dor ternura, e na dor ternura.

2- Ó Luz venturosa, divinais clarões, enche os corações, enche os corações.
Sem um tal poder, em qualquer vivente, nada há de inocente, nada há de inocente.
Lavai o impuro e regai o seco, sarai o enfermo, sarai o enfermo.
Dobrai a dureza, aquecei o frio, livrai do desvio, livrai do desvio (VELOSO, s/d).

Essa faísca traz em nós a encandecência, como a sarça que não se consumia (Ex 3,2d), o fogo que não queima, cuja a força, tem um brilho maior do que dez mil anos do brilho do sol, porque “ vocês, porém, são raça eleita, sacerdócio régio, nação santa, povo adquirido por Deus, para proclamar as obras maravilhosas daquele que chamou vocês das trevas para a sua luz maravilhosa” (1Pd 2,9); Porque todos vocês são filhos da luz e filhos do dia. Não somos da noite nem das trevas (1Ts 5,5); Outrora vocês eram trevas, mas agora são luz no Senhor (Ef 5,8);


Para que a luz não passe despercebida ou deixe de encandecer, Cristo adverte seus amigos: “A luz ainda estará no meio de vocês por um pouco de tempo. Procurem caminhar enquanto vocês têm a luz, para que as trevas não alcancem vocês (Jo 12,35), pois, se a alma não é encandecida, a luz do coração não aquecerá, e não é possível fazê-la brilhar em nós: “Enquanto vocês têm a luz, acreditem na luz, para que vocês se tornem filhos da luz’, Depois de dizer isso, Jesus foi embora e se escondeu deles” (Jo 12,36).

Resta-nos a alegria da luz ou como com nas palavras da homilia, que a Estrela de Belém, que te permitiu um encontro com o Deus que visitou seu povo, Emanuel, te faça viver um novo caminho em tua vida. (LUCIO FILHO, 2017, Oitava Secundiade)3

Mas a Humanidade está preocupada tão somente com seus benefícios, seus bônus, seus lucros, suas propriedades, seus direitos, e não se volta para o chamado de Deus, ela o ignora, não aceita a Verdade, diante disso, o Senhor estabeleceu o Jejum entre todas as Igrejas, não mais permitindo o seu culto, fechando também os mercados, e, ainda assim, a Humanidade não deu importância, iludindo-se que é apenas uma questão de vacina, pois, o que importa são os mercados, os gozos, prazeres, e as festas.

Conclusão

O Ministério de Felipe teve um brilho tão grande na participação de Deus na História da Humanidade, quase como o próprio Fast Radio Bust, pequeno com 5 milésimos de segundo, mas, com o brilho de 500 milhões de sóis, como o Coração de Jesus, manso e humilde com um clico (pulso elétrico de 5 milésimos de segundo), e com um amor maior que 500 milhões de sóis.

Todo o serviço desse últimos 5 anos, foi Liturgia, ou Palavra Viva, de ação de Deus na História da Humanidade, por isso, ela é Palavra Viva, se é Palavra é Jerusalém, se é Jerusalém deverá ser registradas nos Anais da Paróquia pois, não poderá ser esquecida, como na celebração missal da semana seguinte à Festa do Sagrado Coração de Jesus, de 26 de junho de 2020, 12ª Semena do Tempo Comum, quando se proclamou no Salmo:

R: Que se prenda a minha língua ao céu da boca, se de ti Jerusalém, eu me esquecer!

Que se cole a minha língua e se prenda ao céu da boca, se de ti não me lembrar!
Se não for Jerusalém minha grande alegria! (Sl 136,6).

É nosso dever e salvação dar-vos graças em todo o tempo e lugar, pois agora, Pe. Felipe, como na liturgia da semana precedente à festa do Sagrado Coração de 12 de junho de 2020:

O Senhor disse-lhe: ‘Vai e toma o teu caminho de volta, na direção do deserto de Damasco’ (1ª Leitura, 1Rs, 19,16).

A Ti ó Senhor vos damos graças, pois, manifestando os teus dons nos teus servos, coroai a Vossa Glória, armado tua Tenda entre nós, e nós levantando o Vosso Filho da Terra.

Obrigado Senhor pela Liturgia, amizade no Senhor, que constituiu a memória do Senhor (fazei isto em memória de Mim), em uma eucaristia permanente, ao longo de 5 anos de história com a Humanidade sob o alimento (eis o meu sangue) da Palavra Viva.

1LUCIO FILHO, Laurentino. A comunicação humana nos sinais cósmicos de rádios, p. 1-12. PEREIRA, Denise (Org), Ciências Humanas e a dimensão adquirida através da evolução tecnológica, Ponta Grossa – PR: Atenas, 2019. Disponível em http://www.formaresaber.com.br/a-comunicacao-humana-entre-a-terra-e-a-constelacao-de-auriga. Acesso 29 nov. 2020.

2LUCIO FILHO, Laurentino. Concurso Poesias na Celebração do Jubileu de 50 anos da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, 2018.

3LUCIO FILHO, Laurentino. A Linguagem cristã nos sinais de rádio. Disponível em http://liturgiadigital.blogspot.com/2016/12/a-linguagem-crista-nos-sinais-de-radio.html. Acesso 02 dez. 2020.

Os frutos da amizade

A Instituição da Eucaristia pelo Senhor, podemos considerar como um convite à amizade com Deus, assim, quando o Senhor levanta o Pão e diz “este é o meu corpo que é dado por vos”, e, “fazei isso em memória de mim”, ele está nos dizendo, fazei igual, doai seus corpos em favor de seus amigos, isto é, servi ao teu próximo e não aguarde para ser servido, esteja disponível ao próximo e não esperando que ele venha te servir. Esta é a memória dele que deve estar víva em nós, ao ponto de se transformar no próprio Sangue de Cristo que corre me nossas veias.

Considerando que nesta semana de 08 a 14 de novembro se teve a graça de viver essa experiência, e sendo nosso dever dar Graças, gostaríamos de compartilhar abaixo os frutos dela.

Um ponto alto dessa semana, foi na própria quinta feira, 12 de novembro, dia em que se celebrou a Eucaristia na Igreja, quando na Liturgia Missal a Palavra Viva nos foi dirigida nestes termos:

– Naquele tempo, os fariseus perguntaram a Jesus sobre o momento em que chegaria o Reino de Deus. Jesus respondeu: “O Reino de Deus não vem ostensivamente. Nem se poderá dizer: ‘Está aqui’ ou ‘Está ali’, porque o Reino de Deus está dentro de vós”. E Jesus disse aos discípulos: “Dias virão em que desejareis ver um só dia do Filho do Homem e não podereis ver. As pessoas vos dirão: ‘Ele está ali’ ou ‘Ele está aqui’. Não deveis ir, nem correr atrás. Pois, como o relâmpago brilha de um lado até o outro do céu, assim também será o Filho do Homem, no seu dia. Antes, porém, ele deverá sofrer muito e ser rejeitado por esta geração” (Lucas 17, 20-25).

Partilhamos o fruto do Pão da Palavra compartilhando a seguinte alegria: Bom dia o Evangelho de hoje nos vem confirmar o que temos vivenciado nestes dias, O Reino de Deus não é visível ele só está acontecendo e não vemos.

Esta reflexão de hoje que te mandei liga-se a outra que foi feita em 30 de abril de 2017 sob o título quem crer verá, quem ver não crerá.

A alegria da amizade nos trouxe um Pão novo com a seguinte partilha:

Mini sermão do Padre Joãozinho que em síntese traz o seguinte: Nos adverte para tomarmos cuidados com notícias alarmistas, que pode ser armadilha de satanás, porque ele quer que fiquemos contra a Igreja, com mentiras do tipo de que Jesus já marcou a data, e conclui: E você fica triste e acaba rejeitando o seu Pároco, o seu Papa, o Seu Pastor. Cuidado! Quando o Espírito Santo nos adverte em discernimento, o fruto é a serenidade (Lc 17,20-25).

E nosso primeiro fruto dessa Eucaristia, está em criamos a serenidade no Espírito, que dá o discernimento aos seus amigos a nos dizer: “as minhas ovelhas ouvem a voz do Pastor e reconhecem a sua voz”, assim podemos reconhecer a voz do Pastor em três realidades vividas hoje:

a) A verdade não vem do homem, não vem de uma interpretação particular de um, mas, dos fenômenos naturais que a Vida, que também é a Verdade, traz ao homem como Caminho a guiá-lo em meio a tantas teias de traições e armadilhas, pois, só nisso seremos capazes de receber o dom de ouvir a voz do Pastor e reconhecê-la como provinda do Pastor;

b) Não se pode confundir serenidade com passividade, ou seja aquela passividade de se permanecer inerte diante de um grande perigo, e, qual é o grande perigo que estamos enfrentando no momento? O descontrole do ambiente vivo pela ação do homem, perdemos as geleiras, estamos esgotando os recursos naturais, e na iminência agora de perdermos o mar, o que segundo a própria ciência do homem, dá como certa a extinção do homem em tempos não tão distantes do nosso.

Se não reconhecermos a própria ciência do homem com o crível de se acreditar nela, ai é porque já nos tornamos tão passivos ao ponto de reagirmos com a indiferença diante da morte.

Essa passividade é vivenciarmos a imprudências das virgens ao qual fomos alertados na Liturgia Dominical do dia 8 de novembro de 2020, pois, não acreditando na realidade do momento, tornaram-se imprudentes e adormeceram, deixando de vigiar:

“O noivo estava demorando e todas elas acabaram cochilando e dormindo. No meio da noite, ouviu-se um grito: `O noivo está chegando. Ide ao seu encontro!’ Então as dez jovens se levantaram e prepararam as lâmpadas. As imprevidentes disseram às previdentes: `Dai-nos um pouco de óleo, porque nossas lâmpadas estão se apagando.’ As previdentes responderam: `De modo nenhum, porque o óleo pode ser insuficiente para nós e para vós. É melhor irdes comprar aos vendedores. Enquanto elas foram comprar óleo, o noivo chegou, e as que estavam preparadas entraram com ele para a festa de casamento. E a porta se fechou. Por fim, chegaram também as outras jovens e disseram: `Senhor! Senhor! Abre-nos a porta!’ Ele, porém, respondeu: `Em verdade eu vos digo: Não vos conheço!’ Portanto, ficai vigiando, pois não sabeis qual será o dia, nem a hora” (Mateus 25,5-13).

c) Quando somos amigos de Deus, a serenidade e complementada pela alegria e não tristeza, pois, como diz São Paulo, no momento em que estamos entregue à morte, isto é, agora, completamente cheios de iniquidade, pois por nossa culpa, matamos bilhões de espécies, biomas e a nós mesmos, rejeitando o Senhor em nossa ciência humana, ao ponto de não o reconhecê-lo mais, Ele, por sua misericórdia, quis nos mostrar agora, no nosso presente que era o futuro de São Paulo quando disse: “Deus quis nos mostrar nos séculos futuros a incomparável riqueza de sua graça. E pela graça que fostes salvo” (Efésios 2,3-8), pois, hoje, Ele se lembrou de sua Aliança com seu povo.

E isso é a Boa Nova que nos alegra e não a tragédia a entristecer-nos, isso é a Alegria Plena e não a tristeza, pois, dá a cada um de seus amigos a salvação da morte, o livramento do perigo, a libertação de seus cativeiros, é breve o tempo para não estarmos mais nas mãos de nossos algozes.

No dia 13 de novembro mais uma partilha especial a completar a nossa Ceia Eucarística Semanal, quando recebemos um novo Pão da Palavra, compartilhando as palavras do Padre Jonas Abib refletindo sobre o governo mundial sob o título Padre Jonas Abib avisa sobre o governo mundial , detalhando sobre o reino do anticristo que poderia estar para se instaurar.

E novamente a Voz do Pastor nos traz nos caminhos da Verdade ao nos mostrar que já vivemos o Reino do Anticristo, testemunhado nos dias de hoje como o fenômeno globalização, em que a cabeça da besta que estava ferida, o deus dinheiro, isto é o capitalismo, foi curada, passando a se chamar neoliberalismo que a Terra inteira adora, e admira dizendo quem poderá lutar contra ele, pois ele domina governos e faz escravo povos, pois multiplicou o seu domínio e poder sobre a Terra.

Para entendermos a constituição desse Reino é preciso se recordar da Palavra que fala sobre os quatro s Reinos descrito por Daniel na interpretação do sonho de Nabucodonossor, que são as divisões em eras descritas pela Humanidade como, Idade antiga, idade média, idade moderna, e idade contemporânea ou Era Antropoceno, numa linha de decadência da amizade dela, no decorrer dessas eras com Deus, por isso, chamada de ouro, prata, bronze, ferro e argila.

A idade contemporânea é o reino do anticristo, pois a serpente aquele que dá a luz, chamado por São Jerônimo como Lucífero, enganou novamente o homem, com já havia feito com Adão e Eva, prometendo a ele que ele dominaria a terra o céu, desde que rejeitasse a Deus, dando início a era do iluminismo, o reino que destruiu a Terra, a era Antropoceno que já falamos sobre ela em 19 de abril de 2019, sob o título A era antropoceno: o homem como senhor.

Conclusão

Reconhecermos a Voz do Pastor hoje, é no chamado que diz: “O Reino de Deus não vem ostensivamente. Nem se poderá dizer: ‘Está aqui’ ou ‘Está ali’, porque o Reino de Deus está dentro de vós”, porque o Espírito não vem em uma bola de fogo, mas na forma de amizade, cujo fruto e gerar a contrição, o arrependimento, o retorno ao Pai, e isso só é visto pela Graça para quem Ele quer se revelar, não é perceptivel, não é visível, não é ostensivo.

Não permaneça indiferente diante da realidade pois, na hora que menos esperais Ele chegará (Mateus 24,50), ao contrário, abris à Verdade, e tornais amigos da Verdade, exatamente como nos ensinou a Palavra na Liturgia Dominical de 08 de novembro de 2020, na 1ª Leitura:

A Sabedoria é resplandecente e sempre viçosa.
Ela é facilmente contemplada por aqueles que a amam, e é encontrada por aqueles que a procuram. Ela até se antecipa, dando-se a conhecer aos que a desejam. Quem por ela madruga não se cansará, pois a encontrará sentada à sua porta. Meditar sobre ela é a perfeição da prudência; e quem ficar acordado por causa dela em breve há de viver despreocupado. Pois ela mesma sai à procura dos que a merecem, cheia de bondade, aparece-lhes nas estradas e vai ao seu encontro em todos os seus projetos (Sabedoria 6,12-16).

Muitos estão maneando a cabeça, ridicularizando, chamando de louco o Sinal do Senhor, o chamado do Pastor, mas isso sim é a armadilha, que aqueles que não são amigos da Verdade, a exemplo das virgens imprudentes, cairão, e só acordarão quando for tarde, por isso, o momento não é o de se murmurar, como se a verdade viesse de nós mesmos, mas lembremos da exortação à vigilância de São Lucas para esse momento:

“Cuidado para que vossos corações não fiquem pesados por causa dos excessos, da embriaguez e das preocupações da vida, e esse dia não caia de repente sobre vós, pois cairá como uma armadilha sobre todos os habitantes de toda a terra.

Portanto, ficai atentos e orai a todo momento, a fim de conseguirdes escapar de tudo o que deve acontecer e para ficardes de pé diante do Filho do Homem” (Lucas 21, 33-35).

E, acolher a Boa Nova não deixando o Espírito contristar, porque é libertação e não motivo de tristeza, pois, a Glória que virá será motivo de exultação e alegria “Eu penso que os sofrimentos do tempo presente não têm proporção com a glória que há de ser revelada em nós” (Romanos 8, 18), portanto, não permaneçamos passivos, na zona de conforto, sendo indiferentes às coisas de Deus, voltemos, pois “Tu (ó Senhor) queres a sinceridade do coração e no íntimo me ensinas a sabedoria. Cria em mim, ó Deus, um coração puro, renova em mim um espírito resoluto (Salmo 50, 8.12).

E por fim, não enterre o Pão da Palavra consigo mesmo, faça o que o Senhor te pediu para fazer em memória Dele, e se há aqui uma promessa de Alegria agarre-a, não a deixe escapar.

Mudando o curso em 180 graus

As conjunturas de mudanças de paradigmas nos tempos presentes chamada para uma conversão em retorno de 180 graus.

A necessidade do retorno se refere à nossa forma de perceber as coisas.

Retorno.

Retornarmos da ilusão de que há certeza na nitidez, pois o coneito que temos é o de quanto mais nítida a imagem, melhor percebemos as coisas.

Saindo da introspecção para a emoção, dando mais oportunidade para o senso crítico do que pelo passivismo da pelo que se vê na imagem.

Quanto mais nítida a imagem for haverá menos índices emocionais de comunicação com o ambiente, por exemplo, imagine que alguém quer te convencer que o Governo atual da Venezuela é o mais democrático do mundo, e mostra tanta nitidez para te convencer disso que extrai de você todas as oportunidades para você desenvolver o seu próprio senso crítico, ou seja, subtrai-se o diálogo por um monólogo.

Mudando-se o paradigma

Se é necessário estarmos nos comunicando com o meio ambiente, então é preciso se estimular os sentidos que estimulam os índices emocionais, para isso é preciso depender menos daquilo que a imagem quer nos convencer, e retornando a comunicação conosco mesmo, podendo ser suficiente uma imagem assim.

Aplicando-se na prática

A aplicação prática parte do primeiro paradigma a ser quebrado tendo como melhor proposta para este trabalho, a conversão da igreja diante do estado atual de imagem morta, de que é a Igreja quem pede a conversão.

O segundo paradigma a ser quebrado é o da percepção de Igreja, que deve ser entendido como o princípio que cada espécie viva carrega em si, como caminho, ou plano, capaz de lhe garantir a vida segura, em contraposição ao do estado atual de imagem morta, sem emoção, de que igreja é aquela que professa a religião dela, possibilitando a partir dessa percepção que todas as espécies vivas buscam vida nova, porque a vida se ressuscita sob a proteção de uma mesma mãe.

O esboço abaixo tem o propósito de facilitar didaticamente a aplicação prática do paradigma que propõe uma mudança, tomando por base a Liturgia do 28º Domingo do Tempo Comum, celebrada em 11/10/2020, e, se a Igreja precisa de conversão, com um retorno de 180 graus, para onde ela está indo e para onde ela precisa voltar?

Para onde ela esta indo: Estado Democrático de Direito

Projeto de Estado Democrático Celestial para a vida futura (eterna)

A formação de uma sociedade celeste, a exemplo do Olimpo, composta por deuses, anjos e homens, em que aquele que deu menos migalha será menor, e o que deu mais migalhas será maior, e os explorados terão fartura de migalhas, por isso também serão grandes como seus exploradores.

Solidariedade e assistência social

A fraternidade social é pretendida para que os exploradores sintam-se solidários como os seus explorados lançando-lhes algumas migalhas a mais do que costumam dar aos escravos no seu salário.

A ilusão da Igreja atual

A ilusão da democracia ( finge a igualdade, em um Estado em que os mais sortudos que compõem o Estado + Igrejas, dominam aqueles que se tornam seus explorados).

Para onde voltar:Paradigma do Reino: a mudança de paradigmas

A promessa da renovação da vida pelo Reino presente

A vida não é um sopro que se esvai, mas se renova, assim ela não se perde, mas muda-se de estado, do material para o imaterial, mas sempre viva, cujo a mudança de estado é semelhante a uma tecnologia que se incrementa, cuja parte material é apenas uma parte do sua estrutura, como se fosse por exemplo, em relação a um cão, o rabo, ou, em relação ao braço do homem, a mão, ou seja, a parte material é só uma extensão, assim cada ser humano é muito maior do que a ilusão da imagem que lhe convence ser, cuja parte material é apenas um fragmento dela que se complementa pelo que se poderia chamar de matéria escura.

E, por sua vez, essa vida, assim como a mão não vive sozinha, ou o rabo do cão não é independente, se liga a um corpo, que é o Caminho que dá a segurança da Vida como a promessa apresentada na Liturgia do 28 Domingo: O Senhor Deus eliminará para sempre a morte e enxugará as lágrimas de todas as faces e acabará com a desonra do seu povo em toda a terra (Is 25, 8) [seu povo significa não apenas da Humanidade, mas incluindo todas as espécies que vivem nela].

Assim, a vida na Terra não é uma sociedade de pessoas, mas a composição de tudo aquilo que compõe o Jardim de Deus, o Eldorado, onde a Terra em meio a bilhões de galáxias, Ele a escolheu para edificar o seu Jardim como a sua Tenda.

Cidadania

Diferentemente da assistência social, cada membro de Vida, ligado ao corpo, é fiel a função ao qual foi constituído, por exemplo, o aparelho gatrointestinal é fiel a sua função de absorção e separação da energia vital, assim como os pés são fiéis para sustentar e deslocar o corpo, de forma que não se voltam para si, mas, para uma articulação conjunta que permitirá que o corpo seja saudável.

Essa articulação elimina a assistência social, pois, todo o corpo se articula como se fosse um, não havendo exclusões, mas integração, cada um com o mérito de sua função, cada um com a riqueza de seu trabalho.

A supremacia da dignidade

Na renovação da Vida cuja tecnologia demanda o trabalho, diferentemente do ócio no Monte Olimpo, muitas vezes a função dos pés é cansativa, ou, as vezes ele deu uma topada na pedra e quebrou o dedo, contudo suas limitações são acolhidas com motivo de dignidade pelo seu trabalho e não como motivo de exclusão.

Da mesma forma que a hostilidade natural não é amaldiçoada como fatalidade de azarão: sei viver na miséria e sei viver na abundância. Eu aprendi o segredo de viver em toda e qualquer situação, estando farto ou passando fome, tendo de sobra ou sofrendo necessidade. Tudo posso naquele me dá força (Ef 4,12-13).

O maior propósito de cada um é a preservação da dignidade do outro, cuja a riqueza está em renunciar as próprias necessidades para garantir a estabilização do bem estar do corpo.

O retorno ou mudança: a conversão em 180 graus

Ao se falar de conversão da Igreja não se quer dizer uma modernização dos seus tradições, ou quebra de seus costumes, mas sim mudança de caminho, retorno diante de uma postura de ser conduzida por piloto automático, para assumir a própria direção.

A conversão: percebendo o piloto automático

A Liturgia do 28 Domingo do Tempo Comum traz a renovação da Vida, dizendo para a Igreja nos dias atuais que ela está sendo convidada para a posse do Rei: O Reino dos céus é como a história a do rei que preparou a festa de casamento do seu filho. E mandou os seus empregados para chamar os convidados para a festa, mas estes não quiseram ir (Mt 22,2-3).

Mas, ao se prestar atenção ao sentido de “não quiseram ir”, já se mostra uma caminhada na contramão, demandando um retorno.

O sentido de “não quiseram ir”, se dá pela visão estrábica (vesga) causada pelas certeza nas imagens, como se ela estivesse dizendo para si: devemos ser solidários, dar assistência social para se estar no caminho da salvação, dando esmolas (migalhas) aos pobres, e uma dia na eternidade, isto é, fora da realidade presente, como uma utopia, estaremos sem choro e sem dor na sociedade celestial.

Mudando a direção

Mudar de direção é necessário a realizar uma verdadeira transformação de vida, ao ponto de se perceber incapaz de por si só alcançar toda a segurança e renovação da vida, como se fosse uma mão independente, dessa forma voltando-se ao regaço do Corpo, voltar-se a certeza de que esse Corpo garantirá a Viva:
O Senhor é o pastor que me conduz; não me falta coisa alguma. Ele me guia no caminho mais seguro, pela honra do seu nome. Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, nenhum mal eu temerei, estais comigo com bastão e com cajado; eles me dão a segurança. Na casa do senhor habitarei pelos tempos infinitos (Sl 22, 1.3b-4.6b).

Sair do piloto automático e não simplesmente participar da liturgia como se fosse no bar relaxar um pouco e depois, já nem mais se lembrar da cerveja que tomou, mas sim, absorvê-la como realidade transformadora, e se ela diz hoje para a Igreja que está convidando-a, ela precisa reconhecer, ou seja, aceitar o convite para as bodas.

E aceitar esse convite significa se revestir das vestes da Realeza, ou seja, ela como ovelha reconhecer a voz do seu Pastor que a está chamando neste momento real, e não para um dia na eternidade, e reagir assumindo a função para a qual foi chamada, não se portanto como aqueles que lhe viram as costas:

O rei mandou outros empregados, dizendo: ‘Dizei aos convidados; já preparei o banquete, os bois e os animais cevados já foram abatidos, e tudo está pronto. Vinde para a festa’. Mas os convidados não deram a menor atenção: um foi para o seu campo, outro para os seus negócios. (Mt 22,4-5).

Conclusão

Cuidado, talvez você precise ir para o oculista para trocar os óculos, por um escuro sem grau, que reduza a nitidez das imagens que te impedem de se emocionar.

Atitude para superar as adversidades do tempo presente

Resumo: O presente texto tem por objetivo criar uma percepção diante da realidade inóspida, gerada pelas altas ondas de calor, e, compor a viabilidade de propostas para o planejamento da vida para os próximos anos, encarando-se a verdade, e superando os medos.

I – Explicação inicial necessária sobre as tecnologias para a produção do Artigo em texto tridimensional (3D)

O presente artigo compõe-se de uma comunicação por via de linguagem textual tridimensional (texto em 3D), estruturada com altura, largura e profundidade, valendo-se de duas tecnologias da Semiótica (Ciência das Linguagens) desenvolvidas por Charles Senders Peirce.

A primeira tecnologia semiótica é a da abdução, que é a ferramenta tecnológica que se assemelha a antítese da dialética ou, uma problemática na pesquisa, ou, ainda, a entropia da termodinâmica, na função de reequilíbrio, concordância, síntese da mensagem na comunicação.

A segunda tecnologia semiótica é o do pragmaticismo, que representa uma ferramenta tecnológica que permite a demonstração objetiva dos fenômenos sem a contaminação do ímpeto pessoal na estruturação da comunicação, em diametral contraposição às abstrações argumentativas que se confundem com opinião pessoal de quem as emite, pela construção de antíteses com vícios de conveniência, como se cada um tivesse a própria verdade, pois, neste caso, é rejeitada a ferramenta tecnológica da abdução e colocado em seu lugar a presunção.

II – A existência de comunicação nas ondas de calor

Testemunhamos nas últimas semanas de setembro e primeiras semana de outubro de 2020, uma escaldante onda de calor, estimulando ferozmente os focos de queimadas sobre diversas partes do mundo. E, se confirmamos estes testemunhos, é porque estamos em comunicação com o ambiente, e, também, se temos esse privilégio, é porque o fenômeno da onda de calor têm uma linguagem com os seres vivos.

No entanto, se há uma linguagem, é preciso voltar o nosso olhar para quem emite a mensagem, que no caso não são as ondas de calor, porque, como fenômenos abdutivos representam apenas fatores, e não autores da mensagem, como uma entropia, termo que emprestamos da termodinâmica para representar o desequilíbrio do sistema de pressão atmosférica, que na dialética poderia ser chamada de antítese.

Assim, se as ondas de calor, são fatores, a sua atuação na comunicação é semelhante a função do campo magnético para a luz, que a exemplo das ondas de calor, são compostas por ondas magnéticas com a função de transportar a luz, e, no caso das ondas de calor, a função será a de condutor da linguagem, do transportador, como um mensageiro do sistema de pressão atmosférica, tendo por emissores da comunicação, um sistema tríduo, isto é com três emissores; as estrelas, o Sol e a Terra.

O primeiro sistema comunicativo são as estrelas, a partir da produção de nêutrons que vai estruturar o Planeta com os elementos necessários ao desenvolvimento da vida, por exemplo, o cálcio, o ferro, o zinco, o bório.

O segundo sistema comunicativo é o Sol, que para se entender melhor a interação da comunicação do Sol com os seres vivos, basta se olhar para uma semente, que ao ser plantada, a Terra se alimenta dela, e a partir da luz solar há uma comunicação, cuja a interação de linguagens produzirá a reação do brotar e se transformar em uma árvore que alimentará a vida com as essências estelares, isto é, aquele cálcio, ferro, zinco bório.

O terceiro sistema comunicativo é o Planeta Terra, que assemelhando-se a uma mãe que carrega o feto no útero, oferece aos seres vivos, um lugar seguro, para se alimentar e desenvolver a vida, a partir das essências trazidas pelas estrelas e, que foram cultivada pelo Sol.

Essas considerações nos permite então, identificar que o Sistema Vital está estruturado sobre três comunicadores diretos: o Universo, o Sol e o Planeta Terra, cuja a mensagem nesses dias, nos são transmitidas por altas ondas de calor a oferecer risco para a vida dos habitantes do Planeta.

III – A comunicação pelo Surf na crista das altas ondas de calor

Se já se tem definidos os emissores, um transportador e um receptor, no processo de comunicação, se torna possível interagir com a linguagem a partir da ferramenta tecnológica do pragmaticismo, no entanto, dependerá de cada receptor a reação, isto é, se acolhe ou não a mensagem, completando-se o processo comunicativo.

Ao se referir a reação à mensagem como resultado da interação se parte da premissa de que se as ondas de calor decorrem de um desequilíbrio, esse desequilíbrio por sua vez, ou, caos a produzir uma entropia, é resultado da intervenção humana no ambiente natural.

A Humanidade ao promover intervenções na Arte natural constituído pelo Sistema Vital, remodelando-o para o Sistema Antropoceno, isto é o Artificial, afastou a Arte para colocar em seu lugar o Artefato, que se popularizou como tecnológico, ao ponto de concluir que muito próximo do tudo o que é Antropoceno, é Artificial, saturando-se a capacidade planetária pelos Artefatos.

Essa saturação é o primeiro índice abdutivo a indicar um elemento da linguagem, qual seja, a intervenção Antropoceno, espalhando a artificialidade no ambiente, provocou um desequilíbrio climático, tornando-se responsável exclusivo pela extinção de bilhões de espécies animais, vegetais e minerais, ao ponto de ser contaminado pelo próprio artificialismo, em que o modelo de vida em comum, de natural passou a ser o artificial, isto é, de aparências, em atos vazios de verdade, assim, permanece indiferente e insensível às mensagens, e, mesmo interagindo com elas não reage, e se irrita quando alguém lhe mostra a realidade.

IV – Compreendendo a mensagem das altas ondas de calor

Testemunhamos nessas últimas semanas o grave efeito das ondas de calor, em que tornou-se comum a quebra de recordes de temperaturas máximas nas cidades, informando as populações com a apresentação de índices jamais noticiados antes, criando um segundo índice abdutivo a partir da doença humana em decorrência de seu artificialismo, que o torna indiferente sem reação ao risco da própria extinção, pois, ele já havia sido avisado que isso ocorreria, como é possível se constatar na notícia de mais de 8 anos atrás:

Aquecimento global está perto de se tornar irreversível, dizem cientistas

Derretimento da cobertura de gelo e perda de floresta são críticos.

Reunidos em Londres, pesquisadores pediram ações urgentes.

O mundo está perto de atingir um estado crítico que vai torná-lo irreversivelmente mais quente, tornando esta década crítica nos esforços para conter o aquecimento global, alertaram cientistas nesta segunda-feira.

(…)

Com o crescimento das emissões, especialistas dizem que o mundo está perto de atingir limites que vão tornar os efeitos do aquecimento global irreversíveis, como o derretimento da cobertura de gelo polar e perda de floresta.

“Esta é a década crítica. Se nós não invertermos a curva nesta década nós vamos ultrapassar estes limites”, disse Will Steffen, diretor executivo do instituto de mudança climática da Universidade Nacional da Austrália. (REUTERS apud G1, 2012)1.

O terceiro índice abdutivo se dá com a quebra do ar condicionado da Terra, ou, seja, a irreversibilidade das geleiras da Groelândia, e pedimos licença para se destacar aqui, o termo irreversibilidade, isto é, aquilo que se perdeu por completo, não produz mais vida, a exemplo do combustível que se põe no carro, uma vez, queimado para fazer o motor mover o carro, ele não é mais recuperado no tanque.

Com o comprometimento do sistema glacial responsável pelo equilíbrio da pressão atmosférica do Planeta, iniciou-se um processo de falência completa, pois, de acordo com a estrutura dos sistemas, eles são formados por núcleos, ou, princípios, que uma vez eliminados um núcleo, compromete todo o sistema, por exemplo, se no organismo humano se perde o sistema nervoso, ou sistema digestivo, ou o sistema intestinal, toda a estrutura do corpo será afetada, por isso, como se o ar condicionado estivesse quebrado, a coisa começou a esquentar, como já advertia a mesma notícia.

Momento limite

Para a cobertura de gelo – enormes refrigeradores que retardam o aquecimento do planeta – o ponto limite já foi ultrapassado, afirmou Steffen. A cobertura de gelo do oeste da Antártica já encolheu ao longo da última década e a cobertura da Groenlândia perdeu em torno de 200 km³ por ano, desde 1990.

A maioria das estimativas climáticas concorda que a floresta amazônica vai se tornar mais seca conforme o planeta esquente. Mortes de grandes porções de floresta provocadas pela seca têm aumentado temores de que estamos prestes a viver um ponto limite, quando a vegetação vai parar de absorver emissões e começar a liberar gases na atmosfera (Ibid.).

E, diante de claros e prudentes avisos à Humanidade, como que portadora da doença humana da hipocrisia, pois comportando-se como anestesiada às interações do ambiente, parece impossibilitaa de criar algum sentido a tudo isso, e, permaneceu inerte, não fazendo qualquer caso sobre as advertências, com isso, o que era um aviso, se tornou com uma realidade.

Derretimento de gelo na Groenlândia atingiu ponto irreversível, diz estudo.

Degelo faz com que os oceanos subam cerca de um milímetro em média por ano. Em julho, o gelo marinho polar atingiu sua menor extensão em 40 anos.

As camadas de gelo da Groenlândia encolheram a um ponto irreversível, segundo dados publicados nesta semana na revista científica Nature Communications Earth & Environment.

Esse derretimento já está fazendo com que os oceanos subam cerca de um milímetro em média por ano, tornando a Groenlândia a maior responsável por essa elevação. Em julho, o gelo marinho polar atingiu sua menor extensão em 40 anos (REUTERS apud G1, 2020)2.

E as altas ondas de calor uma segunda realidade de reação à falência glacial:

Após uma semana de temperaturas elevadas e umidade do ar baixa, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta de “grande perigo” em razão de uma onda de calor em grande parte da região Centro-Oeste, uma parte do Norte e do Sudeste. De acordo com o Inmet, há risco de morte por hipertermia, quando a temperatura corporal sobe além dos 40ºC, o que pode comprometer a saúde ou até mesmo levar à falência de órgãos (LEITE, 2020, p. 1)3.

V – Dos apelos das criaturas viventes no Planeta para uma reação da Humanidade.

Embora a maioria das notícias publicadas relacionam a irreversibilidade do Sistema Glacial com o aumento dos Oceanos, o maior perigo não são as profundezas do mar, mas sim, o aquecimento dos oceanos, transformando os mares em grandes panelas a cozinhar vidas marinhas, no fenômeno de aquecimento das águas marinhas, que hoje é chamado de blob.

Um fenômeno preocupante que já havia ocorrido no Oceano Pacífico em 2014 e 2015 parece estar de volta.

É um gigantesco fluxo de água quente na costa oeste dos Estados Unidos, que ameaça causar devastação na vida marinha e na pesca nessa região.

Há cinco anos, quando apareceu pela primeira vez, os cientistas batizaram o fenômeno de “The Blob” (“a mancha”, em tradução livre.

O nome foi inspirado em um filme de terror dos anos 60, que no Brasil foi batizado de A Bolha Assassina.

The Blob” criou a maior floração de algas tóxicas já registrada na costa oeste dos Estados Unidos. Essas algas nocivas, das quais pequenos organismos se alimentam, afetam toda a cadeia alimentar.

O aumento da temperatura também fez com que salmões que entravam no oceano encontrassem menos alimentos de qualidade.

Essa água mais quente fez com que milhares de leões-marinhos que procuravam comida encalhassem nas praias e que várias espécies de baleias, que também se aproximavam das costas, ficassem presas em redes de pesca ou aparecessem mortas na praia.

Para a indústria pesqueira, a situação também foi desastrosa. Nos Estados de Oregon e Washington, nos Estados Unidos, a floração de algas tóxicas paralisou a indústria de frutos do mar.

Agora, entre o Alasca e a Califórnia, outro aquecimento incomum da água ameaça causar efeitos semelhantes (BBC, 2019, p.1)4.

Ao se acolher esses resultados é formada um quarto índice abdutivo que é o ceticismo da Humanidade, baseada na presunção dela de que ela é a mocinha da história, e sempre vai acabar bem, no entanto, presunçosa, acaba por esquecer-se do antigo lema dos filmes antigos de Hollywood, de que o crime não compensa, e, imprudentemente, ignora a responsabilidade sua sobre as barbáries nos holocaustos e extinção da outras espécies, e pede para pagar para ver, como já começou com os altos preços para ela e para as demais espécies, em razão das altas ondas de calor nesses dias.

E isso parece caminhar para um abismo ao se considerar o que a comunidade científica alerta para os tempos próximos.

Cientistas estão alertando para o derretimento irreversível da Antártica devido ao aquecimento global.

Qual é o consenso científico?

Desde a Primeira Revolução Industrial, o homem interfere cada vez mais no clima por meio da emissão de gases do efeito estufa, como o gás carbônico (CO2) e o gás metano (CH4).

Para determinar a temperatura média do planeta, os climatologistas e meteorologistas contam com dados atmosféricos de várias localidades espalhadas pelo mundo, obtidos por estações meteorológicas. Isso inclui coleta de dados em mares e oceanos – com estações embarcadas em navios, por exemplo – além de dados da alta troposfera por meio de balões e radares meteorológicos em aeronaves.

O consenso na comunidade científica é de que o aquecimento global seja causado principalmente pelo homem. De qualquer forma, a mudança climática nos últimos anos tem trazido muitos problemas como queimadas e aumento do nível do mar.

Desde o início das observações com satélites, no fim dos anos 1970, o Ártico tem perdido cada vez mais gelo no verão e ganho cada vez menos gelo no inverno.

Além disso, há registros de mortes em massa de corais devido ao aumento da temperatura da água nos recifes (GOUVEA, 2020, p. 2)5.

Embora sem um quinto índice abdutivo, é possível valer-se do princípio da dedução lógica ou, da tendência estatística para se concluir que, se com a perda da Groelândia o planeta esquentou muito, ele certamente ferveria com a irreversibilidade da Antártica, cuja imprudência do homem em manter-se na teimosia de se pagar o alto preço para ver, alcançaria os níveis de insanidade a comprometer todos os que dependem de suas ações, isto é, comprometendo a existência não só da própria Humanidade como nas demais espécies.

VIA saída pela prudência.

Se testemunhamos a irreversibilidade de Groelândia, e estamos em vias de testemunhar também a irreversibilidade da Antártida, comprometendo todo o Sistema Glacial, que repercute no Sistema de Pressão Atmosférica do Planeta, tornando irreversível também o Sistema Marinho dos Oceanos, a quinta abdução vem apresentar um convite a prudência a partir da sensibilidade para a palavra irreversibilidade.

Se se prestar atenção à palavra irreversibilidade, de imediato se criará o senso de que ela gera um sentido de fora das mãos da Humanidade pois, a Humanidade feriu de morte o Sistema Glacial, tirou dela a vida, tornou irreversível, sem poder trazê-la de volta, e com isso, desencadeando uma reação de falência sistêmica.

Ou seja, na sua irresponsabilidade decorrente de comportamento presunçoso de que a Humanidade é sempre a mocinha, por isso sempre vencedora, embriagada no orgulho inconsequente de pagar para ver, provocou um fenômeno que agora ela já não pode, e não poderá controlar, porque está muito mais além de sua inteligência e tecnologias, ainda que tenha levado 40 anos para a Humanidade eliminá-los, nada aprenderam para recondicioná-los ou, ressuscita-los, pois, esses sistemas foram estruturados como resultado de milhões de anos da sabedoria da natureza dos nossos ancestrais.

Diante disso surge um quinto índice de abdução, pois se o Sistema Vital sofre da fragilidade de ser extinto, seja no nível de Planeta, ou, de Sol ou, por fim, das Estrelas, é porque nenhum deles tem o controle da vida por si mesmos, sendo cada um deles apenas portadores da vida dentro de um Sistema de Comunicação Universal, ou Cosmológico, comungando pela comunicação com cada espécie viva, tendo então, a Vida o domínio de se estabelecer em alguns deles, isto é a Vida é a Senhora do Sistema Vital.

A partir disso, se verifica a impotência da Humanidade na reparação do caos, isto é, de trazer de volta à vida os sistemas mortos exclusivamente pelas mãos dela, parecendo oferecer como única saída à Humanidade, conduzindo a Ciência da Semiótica aos signos dos Ancestrais da Humanidade, pelo o eco de voz dada como uma ordem ao ancestral chamado Moisés diante das chamas: “Não te aproximes daqui: tire as sandálias dos teus pés porque o lugar, em que estás, é uma terra santa (VULGATA, 1990 p. 78)6.

No contexto presente o frase “tirar as sandálias” cria o sentido da Humanidade descer de sua presunção de que tudo está em suas mãos, e reconhecer-se incapaz de reparar o grave erro que cometeu em face das espécies sob à sua administração.

Pois, ela sendo a administradora e por isso, possuir a característica humanidade, que a diferencia de todas as demais espécies, e com isso se convencionar naturalmente no Planeta, o seu domínio ou governança sobre cada uma delas, assim, precisa se sensibilizar ao ponto de reconhecer o seu erro de morte, isto é, a produção de fenômenos contra a vida causando a morte das geleiras, do mar, da terra, dos biomas, que é a terra santa, porque contém a vida que foi estabelecida neles.

Assim, a advertência parece apontar para a única saída consistente, qual seja, a Humanidade descer o pedestal, rejeitando o seu orgulho, e abraçar o dom de humildade, a fim de que possa a recobrar a sensibilidade e construir os sentidos como elementos vitais, como se estivesse se curando de uma paralisia, ou anestesia.

Porque assim, a semiótica apontará para um sexto índice abdutivo, estruturando uma comunicação a partir de uma mensagem do Sistema Cósmico, isto é, das Estrelas, que respeitando a atitude humana de humildade, não humilha a Humanidade, mas comunga com ela, da própria lei humana que ele adotou um dia para destruir, e, a partir de agora para reconstruir, a Lei de Adam Smith, de não intervenção humana no ambiente, a mão invisível.

Assim, a vida na Terra sendo destinada ao fim, estendendo-se um braço forte como uma mão invisível (ibid. p. 978)7, equivalente a 500 milhões de sóis, sem a intervenção humana, as Estrelas como sistema do princípio da Vida, como sistema vivos que são, emitiram um sinal àqueles que carregam em si, o senso de humildade pelo reconhecimento de sua pequenez e incapacidade de reparação, como cumprimento da promessa de amizade eterna, estabelecida entre a Vida e seus Ancestrais da Humanidade, chamada de Aliança (LUCIO FILHO, 2019)8.

Perante os humildes se fez humilde, pois, no gigantesco brilho equivalente a 500 milhões de sóis, se fez pequeno como um pequeno relâmpago de 5 milésimos de segundo, igual a um sinal elétrico do coração que a medicina chama de clico, curando o homem da insensibilidade causada pelo artificialismo, para chamá-lo novamente à Arte, cuja a vida é rica em emoções.

Proposta de solução

A situação é bem semelhantes as deixadas pelos nossos ancestrais ao se mirar no exemplo entre os Apóstolos Simão Pedro e Judas Iscariotes, o que tem em comum entre eles e a dívida da traição contra seu amigo Jesus, assim como a Humanidade tem hoje a dívida da improbidade administrativa, como que se estivesse traído o mandato que lhe foi conferido de administrador, o que cria simetria também com a parábola do devedor implacável, aquele cujo pagamento da dívida seria impossível (VULGATA, 1990, p. 1081)9

Mas, se Pedro e Judas carregavam a características de pecadores, o que diferença a ação que deu a vida para um e a morte para o outro está no fato de Pedro tirar as sandálias, reconhecendo-se devedor, e, “chorou amargamente” (ibid. p, 1151)10, ao passo de que Judas, não conseguindo perdoar-se a si mesmo (ibid. p. 1081)11, escolheu a morte.

Assim, se Pedro teve o galo da madrugada como sinal, hoje a Humanidade tem o sinal da Aliança pelo FRB 121102, convidando-a à prudência para voltar-se ao conselho dos seus Ancestrais, cujo comportamento insistente dela em deixar de acolher sob o risco de pagar para ver, cria uma simetria com parábolas das virgens prudentes (ibid. p. 1089)12, pois, ao deixarem para aceitar a irreversibilidade dos sistemas depois da hora, correm o risco de não achar mais nenhuma saída.

Portanto, o convite para uma solução é, reconhecer que as coisas estão fora do controle humano, voltar-se para si, a exemplo dos programas de responsabilidade social e compliance, e fazer uma avaliação crítica da Verdade consigo mesmo, e não das verdades seletivas pela relatividade da conveniência, ainda que ela venha depor contra si mesmo, e não ter medo, pois, a Vida ao receber o pedido de desculpa verdadeiro, a concede cheia de misericórdia e incondicionalidade.

A partir dai, buscar as soluções em parceria com a sabedoria dos Ancestrais e a prática presente e, caso interesse, pedimos licença para sugerir nosso vídeo com o título A verdade nua e crua: aviso contra o mascaramento do homem e da Igreja13.

Concluímos por fim, que diante da enorme extensão dos danos que torna a Humanidade incapaz de reparar sozinha o grave efeito produzidos nos Sistema Glacial, Marítimo e Terrestre, é muito pouco provável se desvendar saída diferente, pois, não depende mais de sua vontade, ou domínio, só lhe restando mesmo a prudência como filho obediente, como todas as chances plausíveis.

1G1. Aquecimento global está perto de se tornar irreversível, dizem cientistas. In Natureza, 26/03/2012. Disponível em http://g1.globo.com/natureza/noticia/2012/03/aquecimento-global-esta-perto-de-se-tornar-irreversivel-dizem-cientistas.html. Acesso em 08 out. 2020.

2G1. Derretimento de gelo na Groenlândia atingiu ponto irreversível, diz estudo. In Natureza – G1. Disponível em https://g1.globo.com/natureza/noticia/2020/08/15/derretimento-de-gelo-na-groenlandia-atingiu-ponto-irreversivel-diz-estudo.ghtml. Acesso em 08 out. 2020.

3LEITE, Hellen. Onda de calor dos próximos dias pode levar até a morte, alerta Inmet. In Cidades-DF – Correio Braziliense 06/10/2020. Disponível em https://www.correiobraziliense.com.br/cidades-df/2020/10/4880305-onda-de-calor-dos-proximos-dias-pode-levar-ate-a-morte-alerta-inmet.html. Acesso em 08 out. 2020.

4 BBC. ‘The Blob’: a preocupante massa de água quente que vem aparecendo na costa da Califórnia. In BBC Mundo, 18/09/2019. Disponível em https://www.bbc.com/portuguese/internacional-49729315, Acesso em 08 out. 2020.

5GOUVÊA, Matheus. Com o aquecimento global, cientista alertam para a Antárdia. In Natureza – Sócientífica, 03/10/2020. Disponível em https://socientifica.com.br/com-aquecimento-do-planeta-cientistas-alertam/. Acesso em 08 out. 2020.

6VULGATA, Bíblia. Livro do Êxodo, Cap. 1, versículo 5. 47ª Ed. São Paulo: Paulinas, 1990.

7VULGATA, Bíblia. Livro Daniel, Cap. 3, versículos44-45. 47ª Ed. São Paulo: Paulinas, 1990.

8LUCIO FILHO, Laurentino. A comunidação humana nos sinais cósmicos de rádios. In Ciências Humanas e a dimensão adquirida através da evolução tecnológica. Cap. 1, p. 1-12, PEREIRA, Denise (org.). Apucarana – PR: Atena, 2019. Disponível em https://www.atenaeditora.com.br/wp-content/uploads/2019/10/e-book-Ciencias-Humanas-e-a-Dimensao-Adquirida-Atraves-da-Evolucao-Tecnologica.pdf, Acesso em 08 out. 2020.

9VULGATA, Bíblia. Evangelho de Mateus, Cap. 18 versículos2327. 47ª Ed. São Paulo: Paulinas, 1990.

10VULGATA, Bíblia. Evangelho de Lucas, Cap. 22 versículo 62. 47ª Ed. São Paulo: Paulinas, 1990.

11VULGATA, Bíblia. Evangelho de Mateus, Cap. 18 versículos2835. 47ª Ed. São Paulo: Paulinas, 1990.

12VULGATA, Bíblia. Evangelho de Mateus, Cap. 25 versículos113. 47ª Ed. São Paulo: Paulinas, 1990.

13LUCIO FILHO, Laurentino. A verdade nua e crua: aviso contra o mascaramento do homem e da Igreja. Disponível em https://youtu.be/71maH_N0G2.A. Acesso em 08 out. 2020

A encíclica Fratelli Tutti e as distorções do sonho de São Francisco de Assis

Resumo

O presente trabalho trata-se de um subsídio de leitura ao documento do Papa Francisco Encíclica Fratelli Tutti, aplicando-se uma tecnologia que visa contribuir com filtro para reduzir no texto a teoria (filosofia da comunicação clérica) e expandir a realidade (aplicação prática) valendo-se da semiótica (Ciência das Linguagens), como forma de adaptação da linguagem religiosa do clero à atualidade, atrasada em pelo menos 1000 anos de idade, porque na evolução comunicativa da Igreja, ela seguiu mais o caminho da Escolástica de São Tomás de Aquino em que o Amor é para ser explicado, através do diálogo democrático entres homens iguais, do que a Concórdia de Joaquim de Fiore, monge da Ordem dos Trapas, em que o Amor é para ser vivenciado pelos iguais, como Palavra Encarnada na liturgia da vida (praxis em Cristo), metodologia esta que serviu de fundamental inspiração à São Francisco que poderia ser resumida na sábia frase do ditado popular que diz: o amor não se explica, se vive.

A base de Estudos para os apontamentos

Sendo este documento produzido no Brasil e não estando disponível para acesso a Encíclica nem no site do Vaticano, nem nas livrarias brasileiras, o presente trabalho, baseou-se no site de notícias Vaticanews1, e, na sinopse da Língua Portuguesa da Livraria Paulinas – Portugal com o seguinte teor:

Neste documento vertem-se as inquietações do papa Francisco já refletidas, sob outra perspetiva, na Encíclica Laudato si’, mas aprofundadas a partir da inspiração de um encontro ocorrido há 800 anos, entre Francisco de Assis e o sultão do Egito, e sob o estímulo do recente encontro em Abu Dhabi, com o Grande Imã Ahmad Al-Tayyeb. O papa Francisco testemunha a partilha, então vivida, a partir da fé comungada de que Deus «criou todos os seres humanos iguais nos direitos, nos deveres e na dignidade, e chamou-os a conviver entre si como irmãos». O Papa lembra que este não é um documento para expor princípios doutrinários, mas apenas lembrar o amor fraterno que tem uma dimensão universal, que não é um sonho, mas uma realidade da nossa humana condição e que não deve ficar-se apenas em palavas. Ao longo de oito capítulos, é feito um exaustivo levantamento das injustiças, humilhações, conflitos e medo, e outros atentados à dignidade dos homens que parecem encaminharem a Humanidade para um confinamento de angustiante desesperança. Simultaneamente, e a par da denúncia, Francisco vai pontuando de salpicos de esperança o muito que todos, a partir dos governantes até à responsabilidade pelo irmão próximo, que cada um tem, como forma de reverter este estado de calamidade a que está a ser conduzida a Terra e transformá-la ainda num espaço de realização plena da Vida, apenas possível com políticas que não atentem, mas contemplem, a Fraternidade (PAULINAS, 2020)2 .

A aplicação tecnológica no tratamento da linguagem analógica para o texto 3D

Os subsídios não tem a pretensão de acrescentar algo à muito bem vinda Encíclica Papal, mas sim, criar simetria com a profundo anseio de espiritualidade dela, reverenciando-se a sábia maturidade do Ancião no seu patriarcado à frente da Igreja Católica, cujo o humilde propósito é o de se contribuir com se fosse um comutador a dar sentido atual à uma comunicação do clero, que insiste em permanecer em uma metodologia distante do tempo real nos tempos da Revolução Digital, que para se criar sentidos se faz necessário remasterizá-la tratando-se a linguagem analógica (altura+largura), pelo afastamento da sua abstração filosófica, esperando se formar uma percepção real pela tridimensionalidade semiótica (texto em 3D = altura + largura + profundidade).

Ao se falar de filtro tecnologias sobre a linguagem retrógada, a proposta recai sobre o esforço em se afastar o olhar cego e o ouvido surdo do homem, da linguagem analógica (verdade de cada um) para uma percepção da Verdade como Caminho da Vida.

As limitações da linguagem retrógrada a ser tratada

Para se aplicar a tecnologia de comunicação na linguagem original, identificou-se no texto divulgados pela sinópse e notícias, os elementos cuja comunicação na Encíclica tem mais um perfil de mensagem, como uma filosofia de vida, uma crítica ao sujeito indeterminado, que parece provocar uma concordância unânime de todos os leitores, sob a forma de indulgência para ninguem precisar assumir o próprio erro na sensação como se estivesse se dizendo: é ele (o sujeito indetermnidado) está errado sim… e nunca eu mesmo, não se criando um espírito de contrição, de arrependimento, de mudança de vida, mas somente de “atirar pedras”.

Isso se percebe no próprio documento como um pensamento pessoal, um manual, personalizado institucionalmente até com direitos autorais, sem cunho de documento público, cujo resultado tende para se misturar às milhares de informações que o cidadão se depara a cada dia, expondo-se ao risco da intoxicação informativa que o sobrecarrega diariamente.

Diante da poluição informativa combatida o tempo todo pelo homem comum, como rejeição seletiva, aquele Documento pode se tornar pouco atraente, indigesto, pois, vindo com a enxurrada de informações, a reação natural dá sensação de algo que de tanto se falar (permanência em estado abstrato, teórico para alguém nunca para quem lê), não se parece com uma Boa Nova da realidade presente.

Por isso, não parece despertar qualquer senso de praxis, podendo ser comparada ainda, com as milhares de homilias dominicais das missas, que por seguir a mesma metodologia de comunicação retrógada que transformam o Deus vivo de Abrahão, Isaac e Jacó, em mitologia, e por isso, pouco afetam a mudança de vida (conversão) das assembleias, que também, deixam de criar sentido na realidade litúrgica, ao ponto de não se perceber a Graça de Deus, ou, praxis, pois não constrói testemunhos de coesão, unidade e fraternidade (Atos 4,32) e a sociedade não lhes dizem “vejam como eles se amam”.

Além disso, ao se aplicar a proposta puramente abstrata, ela tende a trazer os vícios humanos e contradizer a própria verdade, como se vê em dois contra testemunhos da Igreja nesses dias de apresentação desta Encíclica, que devem ser lidos sob a luz da sabedoria que diz o justo apressa-se para corrigir-se (Provérbios 9, 8-9):

a) o primeiro se deu na assinatura da Encíclica, pois, se a verdade do Senhor repugna a idolatria, e aquele que o representa é o último e não o primeiro, a Verdade do Senhor, nos orienta para se colocar o Senhor à frente, para a Palavra ser reconhecida como Graça de Deus, Mandamento do Cristo, no entanto, nisso o Senhor ficou em segundo plano, para ser destacado como Encíclica do Papa Francisco, sob o brilho inédito de ser assinado sobre um túmulo, e para se elevar um pouco mais esse brilho midiático, adorando os lugares altos, puxou-se para o evento a glória de São Francisco de Assis cuja ordem foi a de Deus em primeiro lugar e jamais aparecer, como na Obra 1 Reg 22,32-40;

Vós sois todos irmãos; e não chameis a ninguém de pai sobre a terra, pois um só e o vosso Pai, que está nos céus. E não vos façais chamar de mestres, pois um só é vosso mestre, que está nos céus (Mt 23,8-10) (MATURA, 1999, p. 43)3

b) o segundo ponto é o conteúdo da mensagem que contém 1000% do propósito do amado Papa, em aquecer o coração através da Graça de Deus daqueles que já perderam a esperança, contudo, a Graça significa o dom dado por Deus de reconhecê-lo como Salvador, e não colocar a supressão de suas necessidades, sua salvação no dinheiro, como no belo testemunho da escrava Agar, que abandonada no deserto, sem dinheiro, comida e água, vítima da falta da fraternidade e amor ao próximo de Sara e Abrahão, foi salva por seu Salvador:

Ela invocou, então, o nome do Senhor que lhe havia falado: “Tu, o Deus que olha para mim”, pois ela disse: “Aqui cheguei a ver Aquele que olha para mim” (Gn 16,13)4

Assim, o brilho da Encíclica colocou a Palavra em segundo plano, como destaque para obra humana, e, diferentemente de Agar, em que a Graça é dom gratuito de Deus, a Palavra é recebida como oportunidade para render dinheiros, e já se encontra no comércio, com desconto de pré-lançamento, assim, a Igreja fala de Graça, mas não acredita no que fala pois, no dinheiro está a sua certeza, ou, seja, ela ama o dinheiro e despreza o seu Senhor.

A visão de São Francisco de Assis que os cegos não vêm e os surdos não ouvem

Os pontos trabalhados pela semiótica neste artigo se debruçam sobre as seguintes mensagens da sinopse:

a) O papa Francisco testemunha a partilha, então vivida, a partir da fé comungada de que Deus «criou todos os seres humanos iguais nos direitos, nos deveres e na dignidade, e chamou-os a conviver entre si como irmãos».

b) Ao longo de oito capítulos, é feito um exaustivo levantamento das injustiças, humilhações, conflitos e medo, e outros atentados à dignidade dos homens que parecem encaminharem a Humanidade para um confinamento de angustiante desesperança. Simultaneamente, e a par da denúncia, Francisco vai pontuando de salpicos de esperança o muito que todos, a partir dos governantes até à responsabilidade pelo irmão próximo, que cada um tem, como forma de reverter este estado de calamidade a que está a ser conduzida a Terra e transformá-la ainda num espaço de realização plena da Vida, apenas possível com políticas que não atentem, mas contemplem, a Fraternidade (PAULINAS, 2000, opus cit. nota 2)

O grande erro da Humanidade que a está encaminhando para a própria extinção (Efésios 2,3-8), pois se faz cega e surda diante do Sinal de Jonas que lhe a está chamando para retornar à Aliança com Deus (LUCIO FILHO, 2019)5, é porque o homem embriagado em seu próprio orgulho só olha para a sua órbita, com isso, toda a Lei, Direito e Salvação é só para a humanidade na ilusão de que só ele poderá salvar a si mesmo com suas meditações, argumentações e astúcias.

Ao subir sobre esse pedestal de orgulho, adorando os lugares altos, ele se vê senhor da água, da terra, do ar, do cósmos, do fogo, pois tudo está em sua própria inteligência e não sob o poder de Deus, tratando as criaturas como coisas, sem direitos, mas como suas escravas, e reservando somente para ele a dignidade, como se confere no texto da sinopse, dirigindo somente à Humanidade, para que se igualem somente entre eles, homens, não se estabelecendo qualquer relação de servo, serviço, subserviência, mandatário, entre o homem e seus governados, isto é, as criaturas (demais espécies animais, vegetais, minerais, ou qualque especie de criatura).

O papa Francisco testemunha a partilha, então vivida, a partir da fé comungada de que Deus «criou todos os seres humanos iguais nos direitos, nos deveres e na dignidade, e chamou-os a conviver entre si como irmãos».

Diferente disso, São Francisco de Assis exorta a todos a renunciar ao domínio e senhorio humano, para reverenciar à dignidade de cada uma das criaturas que ampara a Humanidade, que na linguagem filosófica, a sua falta de sincronia com o presente, cria a sensação de ser apenas uma poética teoria, enquanto na Concórdia, manifesta-se a vivência do “santificado seja o vosso Nome, venha a nós ao vosso Reino”, ao se convidar perante a dignidade das criaturas, a integrar a composição do ambiente com cada criatura, de forma que cada um é próximo (e não apenas irmão que é a Humanidade de 1000 anos atrás) de cada um, como na oração a seguir:

Altíssimo, todo-poderoso, bom Senhor, para ti são os louvres, a glória e a honra e toda bênção. Só a ti, Altíssimo, eles convêm, e nenhum homem é digno de dar-te nome.

Louvado sejas, meu Senhor com todas as criaturas, especialmente o irmão sol, que é o dia, e por ele nos iluminas. E é belo e radiante com grande esplendor, de ti, Altíssimo, ele traz o sinal.

Louvado sejas, meu senhor pela irmã lua e pelas estrelas, no céu as formaste, claras e preciosas e belas.

Louvado sejas, meu Senhor, pelo irmão vento, e pelo ar, e pela nuvem e pelo céu sereno e por todos os tempos, pelos quais às tuas criaturas dás suportes.

Louvado seja, meus Senhor, pela irmã água, que é muito útil e humilde e preciosa e casta.

Louvado sejas, meu Senhor, pelo irmão fogo, pelo qual iluminas a noite e ele é belo e alegre, e robusto e forte.

Louvado sejas, meu Senhor, pela irmã nossa mãe terra que nos sustenta e nos governa e produz diversos frutos com as flores coloridas e a erva (MATURA, 1999, p. 102)

Quando a humanidade só se volta para si mesmo, despreza as criaturas, não se relaciona com o seu meio, isolada em si mesma, assim por exemplo, quando entram no supermercado só a vêem como comida, quando vão para a praia só a vêem como prazer e lazer, quando escalam como montanha só a veem como derrotada, e com esse tratamento de senhor de escravos a maltrata, a depreza e a mata, como se fosse apenas coisas, lixos, descartes, sem qualquer dignidade de direito, nenhuma delas pratica a fraternidade com o seu próximo, isto é, com a sua mãe terra, sua madrinha água, seu padrinho fogo.

Da mesma forma quando naquela Encíclica se alerta para o horror da pobreza causada pela pandemia, como se a opção de São Francisco de Assis tivesse sido feita para aqueles que não têm dinheiro, o que daria contra testemunho a fé de Agar, do Senhor como Salvador, e de Pedro quando disse: “Não tenho ouro nem prata, mas o que tenho eu te dou: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda!” ( At 3,6), o termo pobreza há 1000 anos era o mais oportuno, tendo em vista que Francisco vinha de uma linhagem de nobres, assim pobreza significou naquele momento, um contraste entre a confiança em Quem Lhe sustentaria e o dinheiro como opção salvadora, isto é, como se diz hoje, solução de teus problemas.

Contudo o sentido de pobre daquela época é o mesmo de hoje como o grito do excluído, como o Ismael de Agar, que não tinha quem o escutasse, pela Humanidade (Israel) egocêntrica estar surda e cega, Os Ismael hoje são as criaturas, sem direito ou dignidade, ou seja, a Humanidade, que não se sensibiliza pela dor dos filhotinhos queimados, pelas geleiras extintas, pela sopa global da vida maritima com a alta temperatura dos oceanos, esses são os pobres de hoje, cujo homem que um dia foi constituído mandatário de Deus para cuidar de seu Jardim, mas usurpando-se de seu poder, repetindo os crimes de Sara e Abahão ao invés de rejeitá-los, a exemplo de Agar praticam suas barbáries contra o indefeso ao ponto de levá-los a completa extinção, matando toda a vida na Terra.

Conclusão:

Diante do sistema natural de filtro de informações que exclui as mensagens puramente abstratas, a camunicação clérica urge por atualização do milenio anterior para o milênio presente, pois, senão atuará como cego guiando cego, pois, a exemplos de suas ovelhas, tendo olhos não vê e, tendo ouvidos não ouve:

Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres.. Volte ao primeiro amor (Ap 2,5);

1VATICANEWS. A fraternidade no caminho da Igreja em saída. Disponível em https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2020-10/fratelli-tutti-entrevistas-visita-papa-francisco-assis.html. Acesso em 03 out. 2020.

2PAULINAS. Catálogo. Disponível em https://www.paulinas.pt/loja/autores/papa-francisco/fratelli-tutti. Acesso em 03 de outubro de 2020.

3MATURA, Thadeé. Orar 15 dias com São Francisco de Assis. Aparecida-SP: Santuário, 1999.

4Livro do Gênesis, Capítulo 16, Versículo 13. Bíblia CNBB.

5LUCIO FILHO, Laurentino. A comunicação humana nos sinais cósmico de rádio.in PEREIRA, Denise (Org), Ciência humana e a dimensão adquirida na evolução tecnológica: Apucarana-PR: Atena 2019, Cap. 1, p. 1-12. Disponível em http://www.formaresaber.com.br/wp-content/uploads/2019/10/e-book-Ciencias-Humanas-e-a-Dimensao-Adquirida-Atraves-da-Evolucao-Tecnologica-1-19.pdf. Acesso em 03 out. 2020.

A Ética e a Justiça na linguagem comum do Cidadão

Se temos em nós o desejo de Justiça, é porque ela provêm de um senso ético que reside no íntimo de cada criatura, isto é, não são princípios inventados pela espécie humana, mas um senso natural de equilíbrio de tudo o que é vida.

Assim, esse senso ético natural em seu estado abstrato, isto é imaterial, é como se fosse um propulsor, um projeto na prancheta, a alavancar as ações de cada criatura cujas obras se harmonizam com o ambiente em realidade, ou materialidade, tornando-se uma estrutura ou estética, revelando-se a realização da justiça (material – estética) como resultado da ética (imaterial ou espiritual).

Com isso, é possível se definir o conceito de Justiça que está no âmago de todas as criaturas, como a obra resultante de uma vida em interação com o ambiente, cujo resultado, ou, estruturas estéticas refletirá em harmonia com o mesmo ambiente, como uma brisa de paz e equilíbrio, pois, o ato beneficiou a todos, ao ponto de ser chamado de bem comum, ou interesse público.

E todas as criaturas que estão sob o céu, cada uma a seu modo, servem a seu criador, o conhecem e lhe obedecem melhor que tu. E mesmo os demônios não o crucificaram, mas tu, com eles, o crucificastes e o crucificas ainda, deleitando-te nos vícios e nos pecados. De que podes gloriar-te? 5ª Admonição (MATURA, 1999, p. 25)1

Diferentemente dos conceitos humanos a ética, ou senso, de Justiça não é algo que dever ser medido por critérios subjetivos do que é certo, ou, do que é errado, pois, considerando a sua imaterialidade, ou espiritualidade, não se é passível de mensuração do Espírito, sendo consagrado cada ato como justo, na medida que o resultado dela abraça a harmonia perante a cada criatura do ambiente, e, injustiça quando o resultado dela só beneficia o autor do ato, excluindo a todos.

Assim, ao se falar nessa harmonia com o ambiente, quer-se dizer Justiça pois, a obra realizada ao ser dotada de harmonia se comporta como uma arte, que o homem chamaria de poesia, porque traz uma brisa de paz e equilíbrio aquele ambiente, possibilitando a evolução da vida pela inovação, ou, a criação de uma nova vida pelo invento, que o egoísmo humano ao invés de chamar de índice de desenvolvimento da vida, apropria-se indebitamente dele como se fosse somente seu, isto é, só humano, para chamá-lo de índice de desenvolvimento humano (IDH) como já advertia-nos São Francisco de Assis:

Esses conceitos nos são melhores ensinados pela jovem e bela, de apenas 24 anos, Doutora da Igreja, Santa Terezinha do Menino Jesus, que a Língua Portuguesa parece não ser muito fiel a tradução do sentido de seu nome, já que na original Francesa, é chamada de Infante, por isso, peço a Ela permissão para lhe chamar de Santa Terezinha do Deus Criança, já que a Trindade e constituída por um Deus Pai, um Deus Filho e um Deus Criança – Espírito Santo, que o sobre da Ética de Justiça disse:

Vejo sempre o lado bom das coisas. Existem aqueles que olham as coisas de tal modo que sofrem mais. Para mim é o contrário. Se só tenho o puro sofrimento, se o céu está de tal modo negro que não vejo nenhum clarão, pois bem, faço disso minha alegria (CA 27.4.6)(LIMA, 2004, p. 10).2

Os ensinamentos desses preceitos significam para o homem, hoje, que ele é impaciente, que ele não acredita no tempo da vida mesmo ele vendo que uma feto tem um tempo de gestação, uma ferida tem um tempo de recuperação, uma semente tem um tempo de geminação e depois de frutos, e, quando esse homem, se vê diante de uma adversidade, ele quer tomar o lugar da Ética, e ele mesmo constituir um Direito, apressando-se o tempo, como já advertia São Francisco de Assis:

Eu te digo que se guardo a paciência e não sou abalado, que nisso está a verdadeira alegria, a verdadeira virtude e a salvação da alma (ou realização da Ética de Justiça – acrescentamos) (MATURA, 1999, p. 39, opus cit.).

Essa reação afoita humana, é um sinal de desconfiança na Ética, e, se colocando acima dela, de apressamento do direito, e o grande erro que se revela nessa atitude é o de que, a ansiedade motivadora, não é o bem comum, ou harmoniosa que vem da Ética pois, ela é substituída pelo interesse humano, como nas advertências de São Francisco:

Só um demônio conheceu coisas celestes e agora conhece das coisas terrestres mais que todos os homens.

Do mesmo modo, se fosses mais belo e mais rico que todos e mesmo se fizesses maravilhas a ponto de pôr em fuga os demônios, tudo isso é contra ti e isso não te pertence em nada e de nada disso podes gloriar-te. (Ibid. p. 30-31)

O exemplo mais clássicos dessa vaidade de querer controlar a Ética, podemos trazer de Sara, nas Escrituras Sagradas (Gênesis, 16), pois, Deus ao prometer a Abrahão uma descendência, ela, afoita, quis dar a solução humana substituindo a Ética pela sua inteligência, (o bem pessoal sobrepondo-se ao bem comum) cedendo a Abrahão a sua escrava, e depois, não foi capaz de suportar o próprio erro, e sem reconhecê-lo, tratou suas maquinações como comportamento da escrava fora de seu direto, de injustiça, a ponto de determinar a morte do filho daquela escrava, Agar.

Mas, o grito de Justiça no âmago de Agar, que quer dizer escrava, a salvou, orientando-a não para julgar Sara se ela eria agido pelo certo ou pelo errado, mas para, voltar e submeter-se a ela com reverência à mesma Ética (Gênesis, 16, 9-15), pois a seu tempo, como canta Paul Macartney em Let it Be, que aqui traduzimos como, Assim Seja, ou Amém, a Vida tem o tempo certo para que as obras se realizem como nos adverte São Francisco:

Eu te digo que se guardo a paciência e não sou abalado, que nisso está a verdadeira alegria, a verdadeira virtude e a salvação da alma (MATURA, 1999, p. 39, opus cit.).

Assim aquilo que parece sofrimento presente, como disse Santa Terezinha, é motivo de alegria, pois, se guarda a certeza que a Ética da Vida não lhe faltará:

O sofrimento pode atingir os limites extremos, mas estou segura de que o Bom Deus não me abandoará jamais – CA.4.7.3 (LIMA, 2004, p. 14, opus cit.). Minha vida não foi amarga, porque soube fazer minha alegria e minha doçura de toda amargura – CA.30.7.9 (Ibid. p. 26).

Ao passo que, ao contrário, sem essa Ética, não haverá sabedoria, e o que se testemunhará é um grito rouco por justiça, porque alguém violou o direito pessoal de alguém, cuja miséria de espírito, se revela na impotência de se conseguir tomar do mais forte o que lhe foi roubado, desequilibrando-se toda a harmonia do ambiente, ao qual, a Ética da Vida os tratarão como dignos de morte, sendo excluído no seu Código de inovação ou criação de vida nova pois, não a reconheceram como Ética, e agiram sem ética.

É uma tola vaidade da Humanidade acreditar que estará escrevendo a Ética da Vida na Terra, ou, que agora cada um é o cara, como deuses que devem ser idolatra, pois, do mesmo modo, se fosses mais belo e mais rico que todos e mesmo se fizesses maravilhas a ponto de pôr em fuga os demônios, tudo isso é contra ti e isso não te pertence em nada e de nada disso podes gloriar-te. (MATURA, 1999, p. 30-31, opus cit.), e no tempo certo prestará contas sob a Lei da Vida, como vivenciamos na liturgia missal da Festa de São Cosme e Damião de 26 de setembro de 2020:

Vós fazeis voltar ao pó todo mortal,*
quando dizeis: ‘Voltai ao pó, filhos de Adão!’
Pois mil anos para vós são como ontem,*
qual vigília de uma noite que passou.R.

Eles passam como o sono da manhã,
são iguais à erva verde pelos campos:
De manhã ela floresce vicejante,
mas à tarde é cortada e logo seca.R.

Ensinai-nos a contar os nossos dias,*
e dai ao nosso coração sabedoria! (Salmo 89 [90], 3-6.12).

A loucura humana parece-lhe que vai-lhe sufocar, e ele então sai transtornado querendo acertar as coisas, mas, Deus não está no terremoto, nem nos incêndios, isto é, na ansiedade que leva o homem a ser afoito em sua ética, mas sim, na brisa do equilíbrio da Vida que produz o fruto ao seu tempo, e deles todos saboreiam e cantam alegrias, como na celebração dominical do 19º Domingo do Tempo Comum de 09 de agosto de 2020, na Primeira Leitura:

Sai e permanece sobre o monte diante do Senhor, porque o Senhor vai passar’.
Antes do Senhor, porém, veio um vento impetuoso e forte, que desfazia as montanhas e quebrava os rochedos. Mas o Senhor não estava no vento. Depois do vento houve um terremoto. Mas o Senhor não estava no terremoto.

Passado o terremoto, veio um fogo. Mas o Senhor não estava no fogo. E depois do fogo ouviu-se um murmúrio de uma leve brisa. Ouvindo isto, Elias cobriu o rosto com o manto, saiu e pôs-se à entrada da gruta (1Rs 19, 12-13).

E cantado também por Alceu Valença na música Anunciação:

Na bruma leve das paixões que vêm de dentro, Tu vens chegando prá brincar no meu quintal. No teu cavalo peito nu, cabelo ao vento,e o sol quarando nossas roupas no varal…

Tu vens, tu vens Eu já escuto os teus sinais. Tu vens, tu vens Eu já escuto os teus sinais…

A voz do anjo sussurrou no meu ouvido. Eu não duvido já escuto os teus sinais. Que tu virias numa manhã de domingo. Eu te anuncio Nos sinos das catedrais…

Tu vens, tu vens eu já escuto os teus sinais. Tu vens, tu vens eu já escuto os teus sinais… (VALENÇA, 1983)3

1MATURA, Taddé. Orar 15 dias com São Francisco de Assis. Aparecida-SP:Santuário, 1999.

2LIMA, Pe. Antonio Lucio da Silva. 30 dias com Santa Terezinha do Menino Jesus. 2ª Ed. São Paulo: Paulus, 2004.

3VALENÇA, Alceu. Anjo avesso. Ariola Discos-Univesal Music. Disponível em https://youtu.be/g7YhxrO5U_o. Acesso em 30 set. 2020.