A encíclica Fratelli Tutti e as distorções do sonho de São Francisco de Assis

Resumo

O presente trabalho trata-se de um subsídio de leitura ao documento do Papa Francisco Encíclica Fratelli Tutti, aplicando-se uma tecnologia que visa contribuir com filtro para reduzir no texto a teoria (filosofia da comunicação clérica) e expandir a realidade (aplicação prática) valendo-se da semiótica (Ciência das Linguagens), como forma de adaptação da linguagem religiosa do clero à atualidade, atrasada em pelo menos 1000 anos de idade, porque na evolução comunicativa da Igreja, ela seguiu mais o caminho da Escolástica de São Tomás de Aquino em que o Amor é para ser explicado, através do diálogo democrático entres homens iguais, do que a Concórdia de Joaquim de Fiore, monge da Ordem dos Trapas, em que o Amor é para ser vivenciado pelos iguais, como Palavra Encarnada na liturgia da vida (praxis em Cristo), metodologia esta que serviu de fundamental inspiração à São Francisco que poderia ser resumida na sábia frase do ditado popular que diz: o amor não se explica, se vive.

A base de Estudos para os apontamentos

Sendo este documento produzido no Brasil e não estando disponível para acesso a Encíclica nem no site do Vaticano, nem nas livrarias brasileiras, o presente trabalho, baseou-se no site de notícias Vaticanews1, e, na sinopse da Língua Portuguesa da Livraria Paulinas – Portugal com o seguinte teor:

Neste documento vertem-se as inquietações do papa Francisco já refletidas, sob outra perspetiva, na Encíclica Laudato si’, mas aprofundadas a partir da inspiração de um encontro ocorrido há 800 anos, entre Francisco de Assis e o sultão do Egito, e sob o estímulo do recente encontro em Abu Dhabi, com o Grande Imã Ahmad Al-Tayyeb. O papa Francisco testemunha a partilha, então vivida, a partir da fé comungada de que Deus «criou todos os seres humanos iguais nos direitos, nos deveres e na dignidade, e chamou-os a conviver entre si como irmãos». O Papa lembra que este não é um documento para expor princípios doutrinários, mas apenas lembrar o amor fraterno que tem uma dimensão universal, que não é um sonho, mas uma realidade da nossa humana condição e que não deve ficar-se apenas em palavas. Ao longo de oito capítulos, é feito um exaustivo levantamento das injustiças, humilhações, conflitos e medo, e outros atentados à dignidade dos homens que parecem encaminharem a Humanidade para um confinamento de angustiante desesperança. Simultaneamente, e a par da denúncia, Francisco vai pontuando de salpicos de esperança o muito que todos, a partir dos governantes até à responsabilidade pelo irmão próximo, que cada um tem, como forma de reverter este estado de calamidade a que está a ser conduzida a Terra e transformá-la ainda num espaço de realização plena da Vida, apenas possível com políticas que não atentem, mas contemplem, a Fraternidade (PAULINAS, 2020)2 .

A aplicação tecnológica no tratamento da linguagem analógica para o texto 3D

Os subsídios não tem a pretensão de acrescentar algo à muito bem vinda Encíclica Papal, mas sim, criar simetria com a profundo anseio de espiritualidade dela, reverenciando-se a sábia maturidade do Ancião no seu patriarcado à frente da Igreja Católica, cujo o humilde propósito é o de se contribuir com se fosse um comutador a dar sentido atual à uma comunicação do clero, que insiste em permanecer em uma metodologia distante do tempo real nos tempos da Revolução Digital, que para se criar sentidos se faz necessário remasterizá-la tratando-se a linguagem analógica (altura+largura), pelo afastamento da sua abstração filosófica, esperando se formar uma percepção real pela tridimensionalidade semiótica (texto em 3D = altura + largura + profundidade).

Ao se falar de filtro tecnologias sobre a linguagem retrógada, a proposta recai sobre o esforço em se afastar o olhar cego e o ouvido surdo do homem, da linguagem analógica (verdade de cada um) para uma percepção da Verdade como Caminho da Vida.

As limitações da linguagem retrógrada a ser tratada

Para se aplicar a tecnologia de comunicação na linguagem original, identificou-se no texto divulgados pela sinópse e notícias, os elementos cuja comunicação na Encíclica tem mais um perfil de mensagem, como uma filosofia de vida, uma crítica ao sujeito indeterminado, que parece provocar uma concordância unânime de todos os leitores, sob a forma de indulgência para ninguem precisar assumir o próprio erro na sensação como se estivesse se dizendo: é ele (o sujeito indetermnidado) está errado sim… e nunca eu mesmo, não se criando um espírito de contrição, de arrependimento, de mudança de vida, mas somente de “atirar pedras”.

Isso se percebe no próprio documento como um pensamento pessoal, um manual, personalizado institucionalmente até com direitos autorais, sem cunho de documento público, cujo resultado tende para se misturar às milhares de informações que o cidadão se depara a cada dia, expondo-se ao risco da intoxicação informativa que o sobrecarrega diariamente.

Diante da poluição informativa combatida o tempo todo pelo homem comum, como rejeição seletiva, aquele Documento pode se tornar pouco atraente, indigesto, pois, vindo com a enxurrada de informações, a reação natural dá sensação de algo que de tanto se falar (permanência em estado abstrato, teórico para alguém nunca para quem lê), não se parece com uma Boa Nova da realidade presente.

Por isso, não parece despertar qualquer senso de praxis, podendo ser comparada ainda, com as milhares de homilias dominicais das missas, que por seguir a mesma metodologia de comunicação retrógada que transformam o Deus vivo de Abrahão, Isaac e Jacó, em mitologia, e por isso, pouco afetam a mudança de vida (conversão) das assembleias, que também, deixam de criar sentido na realidade litúrgica, ao ponto de não se perceber a Graça de Deus, ou, praxis, pois não constrói testemunhos de coesão, unidade e fraternidade (Atos 4,32) e a sociedade não lhes dizem “vejam como eles se amam”.

Além disso, ao se aplicar a proposta puramente abstrata, ela tende a trazer os vícios humanos e contradizer a própria verdade, como se vê em dois contra testemunhos da Igreja nesses dias de apresentação desta Encíclica, que devem ser lidos sob a luz da sabedoria que diz o justo apressa-se para corrigir-se (Provérbios 9, 8-9):

a) o primeiro se deu na assinatura da Encíclica, pois, se a verdade do Senhor repugna a idolatria, e aquele que o representa é o último e não o primeiro, a Verdade do Senhor, nos orienta para se colocar o Senhor à frente, para a Palavra ser reconhecida como Graça de Deus, Mandamento do Cristo, no entanto, nisso o Senhor ficou em segundo plano, para ser destacado como Encíclica do Papa Francisco, sob o brilho inédito de ser assinado sobre um túmulo, e para se elevar um pouco mais esse brilho midiático, adorando os lugares altos, puxou-se para o evento a glória de São Francisco de Assis cuja ordem foi a de Deus em primeiro lugar e jamais aparecer, como na Obra 1 Reg 22,32-40;

Vós sois todos irmãos; e não chameis a ninguém de pai sobre a terra, pois um só e o vosso Pai, que está nos céus. E não vos façais chamar de mestres, pois um só é vosso mestre, que está nos céus (Mt 23,8-10) (MATURA, 1999, p. 43)3

b) o segundo ponto é o conteúdo da mensagem que contém 1000% do propósito do amado Papa, em aquecer o coração através da Graça de Deus daqueles que já perderam a esperança, contudo, a Graça significa o dom dado por Deus de reconhecê-lo como Salvador, e não colocar a supressão de suas necessidades, sua salvação no dinheiro, como no belo testemunho da escrava Agar, que abandonada no deserto, sem dinheiro, comida e água, vítima da falta da fraternidade e amor ao próximo de Sara e Abrahão, foi salva por seu Salvador:

Ela invocou, então, o nome do Senhor que lhe havia falado: “Tu, o Deus que olha para mim”, pois ela disse: “Aqui cheguei a ver Aquele que olha para mim” (Gn 16,13)4

Assim, o brilho da Encíclica colocou a Palavra em segundo plano, como destaque para obra humana, e, diferentemente de Agar, em que a Graça é dom gratuito de Deus, a Palavra é recebida como oportunidade para render dinheiros, e já se encontra no comércio, com desconto de pré-lançamento, assim, a Igreja fala de Graça, mas não acredita no que fala pois, no dinheiro está a sua certeza, ou, seja, ela ama o dinheiro e despreza o seu Senhor.

A visão de São Francisco de Assis que os cegos não vêm e os surdos não ouvem

Os pontos trabalhados pela semiótica neste artigo se debruçam sobre as seguintes mensagens da sinopse:

a) O papa Francisco testemunha a partilha, então vivida, a partir da fé comungada de que Deus «criou todos os seres humanos iguais nos direitos, nos deveres e na dignidade, e chamou-os a conviver entre si como irmãos».

b) Ao longo de oito capítulos, é feito um exaustivo levantamento das injustiças, humilhações, conflitos e medo, e outros atentados à dignidade dos homens que parecem encaminharem a Humanidade para um confinamento de angustiante desesperança. Simultaneamente, e a par da denúncia, Francisco vai pontuando de salpicos de esperança o muito que todos, a partir dos governantes até à responsabilidade pelo irmão próximo, que cada um tem, como forma de reverter este estado de calamidade a que está a ser conduzida a Terra e transformá-la ainda num espaço de realização plena da Vida, apenas possível com políticas que não atentem, mas contemplem, a Fraternidade (PAULINAS, 2000, opus cit. nota 2)

O grande erro da Humanidade que a está encaminhando para a própria extinção (Efésios 2,3-8), pois se faz cega e surda diante do Sinal de Jonas que lhe a está chamando para retornar à Aliança com Deus (LUCIO FILHO, 2019)5, é porque o homem embriagado em seu próprio orgulho só olha para a sua órbita, com isso, toda a Lei, Direito e Salvação é só para a humanidade na ilusão de que só ele poderá salvar a si mesmo com suas meditações, argumentações e astúcias.

Ao subir sobre esse pedestal de orgulho, adorando os lugares altos, ele se vê senhor da água, da terra, do ar, do cósmos, do fogo, pois tudo está em sua própria inteligência e não sob o poder de Deus, tratando as criaturas como coisas, sem direitos, mas como suas escravas, e reservando somente para ele a dignidade, como se confere no texto da sinopse, dirigindo somente à Humanidade, para que se igualem somente entre eles, homens, não se estabelecendo qualquer relação de servo, serviço, subserviência, mandatário, entre o homem e seus governados, isto é, as criaturas (demais espécies animais, vegetais, minerais, ou qualque especie de criatura).

O papa Francisco testemunha a partilha, então vivida, a partir da fé comungada de que Deus «criou todos os seres humanos iguais nos direitos, nos deveres e na dignidade, e chamou-os a conviver entre si como irmãos».

Diferente disso, São Francisco de Assis exorta a todos a renunciar ao domínio e senhorio humano, para reverenciar à dignidade de cada uma das criaturas que ampara a Humanidade, que na linguagem filosófica, a sua falta de sincronia com o presente, cria a sensação de ser apenas uma poética teoria, enquanto na Concórdia, manifesta-se a vivência do “santificado seja o vosso Nome, venha a nós ao vosso Reino”, ao se convidar perante a dignidade das criaturas, a integrar a composição do ambiente com cada criatura, de forma que cada um é próximo (e não apenas irmão que é a Humanidade de 1000 anos atrás) de cada um, como na oração a seguir:

Altíssimo, todo-poderoso, bom Senhor, para ti são os louvres, a glória e a honra e toda bênção. Só a ti, Altíssimo, eles convêm, e nenhum homem é digno de dar-te nome.

Louvado sejas, meu Senhor com todas as criaturas, especialmente o irmão sol, que é o dia, e por ele nos iluminas. E é belo e radiante com grande esplendor, de ti, Altíssimo, ele traz o sinal.

Louvado sejas, meu senhor pela irmã lua e pelas estrelas, no céu as formaste, claras e preciosas e belas.

Louvado sejas, meu Senhor, pelo irmão vento, e pelo ar, e pela nuvem e pelo céu sereno e por todos os tempos, pelos quais às tuas criaturas dás suportes.

Louvado seja, meus Senhor, pela irmã água, que é muito útil e humilde e preciosa e casta.

Louvado sejas, meu Senhor, pelo irmão fogo, pelo qual iluminas a noite e ele é belo e alegre, e robusto e forte.

Louvado sejas, meu Senhor, pela irmã nossa mãe terra que nos sustenta e nos governa e produz diversos frutos com as flores coloridas e a erva (MATURA, 1999, p. 102)

Quando a humanidade só se volta para si mesmo, despreza as criaturas, não se relaciona com o seu meio, isolada em si mesma, assim por exemplo, quando entram no supermercado só a vêem como comida, quando vão para a praia só a vêem como prazer e lazer, quando escalam como montanha só a veem como derrotada, e com esse tratamento de senhor de escravos a maltrata, a depreza e a mata, como se fosse apenas coisas, lixos, descartes, sem qualquer dignidade de direito, nenhuma delas pratica a fraternidade com o seu próximo, isto é, com a sua mãe terra, sua madrinha água, seu padrinho fogo.

Da mesma forma quando naquela Encíclica se alerta para o horror da pobreza causada pela pandemia, como se a opção de São Francisco de Assis tivesse sido feita para aqueles que não têm dinheiro, o que daria contra testemunho a fé de Agar, do Senhor como Salvador, e de Pedro quando disse: “Não tenho ouro nem prata, mas o que tenho eu te dou: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda!” ( At 3,6), o termo pobreza há 1000 anos era o mais oportuno, tendo em vista que Francisco vinha de uma linhagem de nobres, assim pobreza significou naquele momento, um contraste entre a confiança em Quem Lhe sustentaria e o dinheiro como opção salvadora, isto é, como se diz hoje, solução de teus problemas.

Contudo o sentido de pobre daquela época é o mesmo de hoje como o grito do excluído, como o Ismael de Agar, que não tinha quem o escutasse, pela Humanidade (Israel) egocêntrica estar surda e cega, Os Ismael hoje são as criaturas, sem direito ou dignidade, ou seja, a Humanidade, que não se sensibiliza pela dor dos filhotinhos queimados, pelas geleiras extintas, pela sopa global da vida maritima com a alta temperatura dos oceanos, esses são os pobres de hoje, cujo homem que um dia foi constituído mandatário de Deus para cuidar de seu Jardim, mas usurpando-se de seu poder, repetindo os crimes de Sara e Abahão ao invés de rejeitá-los, a exemplo de Agar praticam suas barbáries contra o indefeso ao ponto de levá-los a completa extinção, matando toda a vida na Terra.

Conclusão:

Diante do sistema natural de filtro de informações que exclui as mensagens puramente abstratas, a camunicação clérica urge por atualização do milenio anterior para o milênio presente, pois, senão atuará como cego guiando cego, pois, a exemplos de suas ovelhas, tendo olhos não vê e, tendo ouvidos não ouve:

Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres.. Volte ao primeiro amor (Ap 2,5);

1VATICANEWS. A fraternidade no caminho da Igreja em saída. Disponível em https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2020-10/fratelli-tutti-entrevistas-visita-papa-francisco-assis.html. Acesso em 03 out. 2020.

2PAULINAS. Catálogo. Disponível em https://www.paulinas.pt/loja/autores/papa-francisco/fratelli-tutti. Acesso em 03 de outubro de 2020.

3MATURA, Thadeé. Orar 15 dias com São Francisco de Assis. Aparecida-SP: Santuário, 1999.

4Livro do Gênesis, Capítulo 16, Versículo 13. Bíblia CNBB.

5LUCIO FILHO, Laurentino. A comunicação humana nos sinais cósmico de rádio.in PEREIRA, Denise (Org), Ciência humana e a dimensão adquirida na evolução tecnológica: Apucarana-PR: Atena 2019, Cap. 1, p. 1-12. Disponível em http://www.formaresaber.com.br/wp-content/uploads/2019/10/e-book-Ciencias-Humanas-e-a-Dimensao-Adquirida-Atraves-da-Evolucao-Tecnologica-1-19.pdf. Acesso em 03 out. 2020.

A Ética e a Justiça na linguagem comum do Cidadão

Se temos em nós o desejo de Justiça, é porque ela provêm de um senso ético que reside no íntimo de cada criatura, isto é, não são princípios inventados pela espécie humana, mas um senso natural de equilíbrio de tudo o que é vida.

Assim, esse senso ético natural em seu estado abstrato, isto é imaterial, é como se fosse um propulsor, um projeto na prancheta, a alavancar as ações de cada criatura cujas obras se harmonizam com o ambiente em realidade, ou materialidade, tornando-se uma estrutura ou estética, revelando-se a realização da justiça (material – estética) como resultado da ética (imaterial ou espiritual).

Com isso, é possível se definir o conceito de Justiça que está no âmago de todas as criaturas, como a obra resultante de uma vida em interação com o ambiente, cujo resultado, ou, estruturas estéticas refletirá em harmonia com o mesmo ambiente, como uma brisa de paz e equilíbrio, pois, o ato beneficiou a todos, ao ponto de ser chamado de bem comum, ou interesse público.

E todas as criaturas que estão sob o céu, cada uma a seu modo, servem a seu criador, o conhecem e lhe obedecem melhor que tu. E mesmo os demônios não o crucificaram, mas tu, com eles, o crucificastes e o crucificas ainda, deleitando-te nos vícios e nos pecados. De que podes gloriar-te? 5ª Admonição (MATURA, 1999, p. 25)1

Diferentemente dos conceitos humanos a ética, ou senso, de Justiça não é algo que dever ser medido por critérios subjetivos do que é certo, ou, do que é errado, pois, considerando a sua imaterialidade, ou espiritualidade, não se é passível de mensuração do Espírito, sendo consagrado cada ato como justo, na medida que o resultado dela abraça a harmonia perante a cada criatura do ambiente, e, injustiça quando o resultado dela só beneficia o autor do ato, excluindo a todos.

Assim, ao se falar nessa harmonia com o ambiente, quer-se dizer Justiça pois, a obra realizada ao ser dotada de harmonia se comporta como uma arte, que o homem chamaria de poesia, porque traz uma brisa de paz e equilíbrio aquele ambiente, possibilitando a evolução da vida pela inovação, ou, a criação de uma nova vida pelo invento, que o egoísmo humano ao invés de chamar de índice de desenvolvimento da vida, apropria-se indebitamente dele como se fosse somente seu, isto é, só humano, para chamá-lo de índice de desenvolvimento humano (IDH) como já advertia-nos São Francisco de Assis:

Esses conceitos nos são melhores ensinados pela jovem e bela, de apenas 24 anos, Doutora da Igreja, Santa Terezinha do Menino Jesus, que a Língua Portuguesa parece não ser muito fiel a tradução do sentido de seu nome, já que na original Francesa, é chamada de Infante, por isso, peço a Ela permissão para lhe chamar de Santa Terezinha do Deus Criança, já que a Trindade e constituída por um Deus Pai, um Deus Filho e um Deus Criança – Espírito Santo, que o sobre da Ética de Justiça disse:

Vejo sempre o lado bom das coisas. Existem aqueles que olham as coisas de tal modo que sofrem mais. Para mim é o contrário. Se só tenho o puro sofrimento, se o céu está de tal modo negro que não vejo nenhum clarão, pois bem, faço disso minha alegria (CA 27.4.6)(LIMA, 2004, p. 10).2

Os ensinamentos desses preceitos significam para o homem, hoje, que ele é impaciente, que ele não acredita no tempo da vida mesmo ele vendo que uma feto tem um tempo de gestação, uma ferida tem um tempo de recuperação, uma semente tem um tempo de geminação e depois de frutos, e, quando esse homem, se vê diante de uma adversidade, ele quer tomar o lugar da Ética, e ele mesmo constituir um Direito, apressando-se o tempo, como já advertia São Francisco de Assis:

Eu te digo que se guardo a paciência e não sou abalado, que nisso está a verdadeira alegria, a verdadeira virtude e a salvação da alma (ou realização da Ética de Justiça – acrescentamos) (MATURA, 1999, p. 39, opus cit.).

Essa reação afoita humana, é um sinal de desconfiança na Ética, e, se colocando acima dela, de apressamento do direito, e o grande erro que se revela nessa atitude é o de que, a ansiedade motivadora, não é o bem comum, ou harmoniosa que vem da Ética pois, ela é substituída pelo interesse humano, como nas advertências de São Francisco:

Só um demônio conheceu coisas celestes e agora conhece das coisas terrestres mais que todos os homens.

Do mesmo modo, se fosses mais belo e mais rico que todos e mesmo se fizesses maravilhas a ponto de pôr em fuga os demônios, tudo isso é contra ti e isso não te pertence em nada e de nada disso podes gloriar-te. (Ibid. p. 30-31)

O exemplo mais clássicos dessa vaidade de querer controlar a Ética, podemos trazer de Sara, nas Escrituras Sagradas (Gênesis, 16), pois, Deus ao prometer a Abrahão uma descendência, ela, afoita, quis dar a solução humana substituindo a Ética pela sua inteligência, (o bem pessoal sobrepondo-se ao bem comum) cedendo a Abrahão a sua escrava, e depois, não foi capaz de suportar o próprio erro, e sem reconhecê-lo, tratou suas maquinações como comportamento da escrava fora de seu direto, de injustiça, a ponto de determinar a morte do filho daquela escrava, Agar.

Mas, o grito de Justiça no âmago de Agar, que quer dizer escrava, a salvou, orientando-a não para julgar Sara se ela eria agido pelo certo ou pelo errado, mas para, voltar e submeter-se a ela com reverência à mesma Ética (Gênesis, 16, 9-15), pois a seu tempo, como canta Paul Macartney em Let it Be, que aqui traduzimos como, Assim Seja, ou Amém, a Vida tem o tempo certo para que as obras se realizem como nos adverte São Francisco:

Eu te digo que se guardo a paciência e não sou abalado, que nisso está a verdadeira alegria, a verdadeira virtude e a salvação da alma (MATURA, 1999, p. 39, opus cit.).

Assim aquilo que parece sofrimento presente, como disse Santa Terezinha, é motivo de alegria, pois, se guarda a certeza que a Ética da Vida não lhe faltará:

O sofrimento pode atingir os limites extremos, mas estou segura de que o Bom Deus não me abandoará jamais – CA.4.7.3 (LIMA, 2004, p. 14, opus cit.). Minha vida não foi amarga, porque soube fazer minha alegria e minha doçura de toda amargura – CA.30.7.9 (Ibid. p. 26).

Ao passo que, ao contrário, sem essa Ética, não haverá sabedoria, e o que se testemunhará é um grito rouco por justiça, porque alguém violou o direito pessoal de alguém, cuja miséria de espírito, se revela na impotência de se conseguir tomar do mais forte o que lhe foi roubado, desequilibrando-se toda a harmonia do ambiente, ao qual, a Ética da Vida os tratarão como dignos de morte, sendo excluído no seu Código de inovação ou criação de vida nova pois, não a reconheceram como Ética, e agiram sem ética.

É uma tola vaidade da Humanidade acreditar que estará escrevendo a Ética da Vida na Terra, ou, que agora cada um é o cara, como deuses que devem ser idolatra, pois, do mesmo modo, se fosses mais belo e mais rico que todos e mesmo se fizesses maravilhas a ponto de pôr em fuga os demônios, tudo isso é contra ti e isso não te pertence em nada e de nada disso podes gloriar-te. (MATURA, 1999, p. 30-31, opus cit.), e no tempo certo prestará contas sob a Lei da Vida, como vivenciamos na liturgia missal da Festa de São Cosme e Damião de 26 de setembro de 2020:

Vós fazeis voltar ao pó todo mortal,*
quando dizeis: ‘Voltai ao pó, filhos de Adão!’
Pois mil anos para vós são como ontem,*
qual vigília de uma noite que passou.R.

Eles passam como o sono da manhã,
são iguais à erva verde pelos campos:
De manhã ela floresce vicejante,
mas à tarde é cortada e logo seca.R.

Ensinai-nos a contar os nossos dias,*
e dai ao nosso coração sabedoria! (Salmo 89 [90], 3-6.12).

A loucura humana parece-lhe que vai-lhe sufocar, e ele então sai transtornado querendo acertar as coisas, mas, Deus não está no terremoto, nem nos incêndios, isto é, na ansiedade que leva o homem a ser afoito em sua ética, mas sim, na brisa do equilíbrio da Vida que produz o fruto ao seu tempo, e deles todos saboreiam e cantam alegrias, como na celebração dominical do 19º Domingo do Tempo Comum de 09 de agosto de 2020, na Primeira Leitura:

Sai e permanece sobre o monte diante do Senhor, porque o Senhor vai passar’.
Antes do Senhor, porém, veio um vento impetuoso e forte, que desfazia as montanhas e quebrava os rochedos. Mas o Senhor não estava no vento. Depois do vento houve um terremoto. Mas o Senhor não estava no terremoto.

Passado o terremoto, veio um fogo. Mas o Senhor não estava no fogo. E depois do fogo ouviu-se um murmúrio de uma leve brisa. Ouvindo isto, Elias cobriu o rosto com o manto, saiu e pôs-se à entrada da gruta (1Rs 19, 12-13).

E cantado também por Alceu Valença na música Anunciação:

Na bruma leve das paixões que vêm de dentro, Tu vens chegando prá brincar no meu quintal. No teu cavalo peito nu, cabelo ao vento,e o sol quarando nossas roupas no varal…

Tu vens, tu vens Eu já escuto os teus sinais. Tu vens, tu vens Eu já escuto os teus sinais…

A voz do anjo sussurrou no meu ouvido. Eu não duvido já escuto os teus sinais. Que tu virias numa manhã de domingo. Eu te anuncio Nos sinos das catedrais…

Tu vens, tu vens eu já escuto os teus sinais. Tu vens, tu vens eu já escuto os teus sinais… (VALENÇA, 1983)3

1MATURA, Taddé. Orar 15 dias com São Francisco de Assis. Aparecida-SP:Santuário, 1999.

2LIMA, Pe. Antonio Lucio da Silva. 30 dias com Santa Terezinha do Menino Jesus. 2ª Ed. São Paulo: Paulus, 2004.

3VALENÇA, Alceu. Anjo avesso. Ariola Discos-Univesal Music. Disponível em https://youtu.be/g7YhxrO5U_o. Acesso em 30 set. 2020.

Why does God allow death? And would your death be just?

It is already approaching one million people killed by Covid-19, adding to the more than one billion animal and biome deaths in Australia, which is also expected to be added in no less expressive amount, to the holocausts on the East Coast of the United States , and in the Pantanal Mato Grossense, in Indonesia, Asia, leading us to the classic question:

Why does God allow death and suffering so horrible?

The answer to this question is given to us today, Monday, September 28, 2020, through the Daily Missal Liturgy, using our first Reading and that in order to understand it we need to comment step by step:

One day, the children of God presented themselves to the Lord;

among them also Satan (Job, 1-6).

In this preamble, which is not a parable, but the present reality telling us that the justice of God is no respecter of person, not differing in his garden, the children of God and Satan, the just or unjust, because, in amidst wheat, there is also the chaff, then the dialogue continues:

The Lord then said to Satan: ‘Where are you from?’ – ‘I am going to take a walk around the earth,’ he replied. The Lord said to him: ‘Have you noticed my servant Job? There is no equal on earth: he is a man of integrity and integrity, he fears God and turns away from evil ‘(Job 1,7-8).

When paying attention to the question: Did you notice my servant Job? Semiotic Science creates an energetic value for an invitation to man, for him to pay attention that the Servant Job in the form of a question, that is, in fact, the representation of his father’s house, the Garden of God, Paradise, that is, the Earth , who faithfully serves God, figuratively as a responsible father, supports his children.

However, this is contested by Satan, who in the present context could be summed up in the sense of our reality, beginning to accuse Job (the Earth), despises her by placing all his subservience to God only as an exchange for the goods that were accumulated throughout his life, and that his relationship with God, that is, the Earth only responds to God because it is not given beyond the natural reaction of the earth that only responds by the seed of God, even today doubting whether, it is God Himself who places these goods, and not because She would have some relationship of obedience to God as a creature.

Then the Lord said to Satan: ‘Well, all that he has, you can dispose of, but don’t reach out against him’ (Job 1:12).

But everything that the Earth gives and the fruit of Life, and Life does not live with injustice, therefore, within this same Justice, God, in favor of Life under the mantle of Justice in friendship with Job, that is, with Terra, his Garden, in which he pitched his tent, is assured that it will not be shaken, grants to Satan, to act not as a penalty of trial to be borne by Job, but as a way to separate those who are from Life, Wheats, who are friends with God and are preserved in Justice, of those who are from Death, weeds, who are the enemies of Life, as is celebrated in the Liturgy of the Feast of All Saints in which he sings:

And so the generation of those who seek the Lord!

– The Lord belongs to the earth and what it contains, the whole world with the beings that populate it; because he made it firm on the seas, and on the waters he keeps it steadfast.

– “Who will go up to the mountain of the Lord, who will stay in his holy habitation?” “Who has pure hands and an innocent heart, who does not direct his mind to crime.

– Upon this descends the blessing of the Lord and the reward of his God and Savior ”. “This is how the generation of those who seek him is, and the God of Israel seek the face” (Psalm 23 [24]).

From then on, the offending actions to the Garden of God, to the Holy Land begin, starting with those who get drunk in greed, believing that salvation is in the accumulation of goods, and for that, they do not think about the common good. , but only turning to self-interest, they assault the goods of those who believed that the meaning of Life is in the justice of being happy and that no one was born to suffer, but rather for the pleasure of drinking and eating:

Now, on a day when Job’s sons and daughters were eating and drinking wine at the older brother’s house, a messenger came to Job: ‘The oxen were plowing and the mules grazing beside him, when, suddenly, wise men and stole everything, passing the servants to the edge of the sword (Job 1: 13-15).

Although the sons of Job, that is, the men are on Earth, warned of the loss of their property by injustice, did not turn to Justice, as is shown in the news that before the death of Greenland, in the face of the agony of the Sea, no one was touched by the death of God’s creatures, the biomes of the ice, the sea, the forest by the fires in Australia, California, Mato Grosso, not even by the one million of his own brothers in the Coronavirus plague, but, at the first opportunity , with a heart steeped in ingratitude, they continue their cult of selfishness founded on the right to be happy, running to the bars, to the beaches (while there is still left), to the parties.

He was still talking, when another came and said: ‘The fire of God fell from heaven and killed sheep and shepherds, reducing them to ashes (Job 1:16).

The fire of God fell from Heaven, not because he wanted the death of man, but because man, having been elected its administrator, usurped his right, to the point that his wickedness was called the Anthropocene Era, because it changed the laws of God of breeze, for global warming, as a thousand years ago, Saint Francis of Assisi already penitented us:

Consider, O man, in what excellence the Lord God has placed you: he created you and formed you in the image of his Son in terms of the body, and in the likeness of the spirit.

And all the creatures under the sky, each in their own way, serve their creator, know him and obey him better than you do.

And even the demons did not crucify him, but you, with them you crucified and still crucify him, delighting in vices and sins.

What can you then boast about?

5th Ammonition (MATURA, 1999, p. 25)1.

Under the cult that the Earth is just something, goods and happiness of those who can be happy, of those who stole a place in the sun of their neighbors, that is, of the animals, of the biomes, of the seas, of the glaciers, the Earth, as who suffering from a terrible ulcer, suffers the pains of human malice, by the domain of investors, or owners of the governors and their vassals who bear witness to the most painful injustice

The latter was still speaking, when another arrived and said:

‘The Chaldeans, divided into three groups, threw themselves on the camels and took them with them, after passing the servants by the edge of the sword (Jn 1,17).

And in the cult of selfishness founded on the right to be happy, everyone concerned about having fun with restaurants, shopping malls, beaches, was not touched by the pain of the Garden of God, because their human justice is to receive as administrator, and to enslave who serves him, usurping his obedience admonished by São Fransisco when he said: And all the creatures that are under the sky, each in their own way, serve their creator, know him and obey him better than you (MATURA, 1999 , p. 25) do not turn to justice, but run out to the bars, to the beaches (while it still remains), to the parties.

(Harriane Laura – Set/2020 by Yucatam Times)

The latter was still speaking, when another one came and said: ‘Your sons and your daughters were eating and drinking wine in the older brother’s house, when a hurricane rose from the desert bands and launched itself against the four corners of the house, which collapsed on the young people and killed them (Job 1: 18-19).

Nobody looked at the hurricanes in the world these days with a sense of justice against men, even though these phenomena of creatures, obeying God, wanted to draw their attention to the large number of them, to the point that they were used to identify them all. names, that is, from A to Z, making it necessary to use now the Greek alphabet.

So the answer to the questions: Why does God allow death? And, is your death just? You will know how to respond when you look at yourself and conclude whether you “are the generation of those who seek the Lord”, like wheat, or if you are deluded that justice is in the right to be happy (at the cost of the death of others), the tares, therefore, those who do not belong to the generation of those who seek the Lord, will not be killed because God is unjust, but because they chose Death instead of Life.

1MATURA, Thadeé. Pray 15 days with Saint Francis of Assisi. Aparecida: Sanctuary, 1999.

1MATURA, Thadeé. Pray 15 days with Saint Francis of Assisi. Aparecida: Sanctuary, 1999.

Porque Deus permite a morte? E a tua morte seria justa?

Já se aproxima de um milhão de pessoas mortas pelo Covid-19, somando-se aos mais de um bilhão de mortes de animais e bioma na Austrália, que também deverá ser somada em quantidade não menos expressiva, aos holocaustos na Costa Leste dos Estados Unidos, e no Pantanal Mato Grossense, na Indonésia, Asia, levando-nos a tão clássica pergunta:

Porque Deus permite a morte e o sofrimento tão horrível?

A resposta para esta pergunta nos é dada hoje, segunda-feira 28 de setembro de 2020, através da Liturgia Diária Missal, nos valendo de sua primeira Leitura e que para compreendê-la precisamos comentar passo a passo:

Um dia, foram os filhos de Deus apresentar-se ao Senhor;
entre eles também Satanás (Jó, 1-6).

Neste preâmbulo, que não é uma parábola, mas a realidade presente a dizer-nos que a justiça de Deus não faz acepção de pessoa, não se diferenciando no seu jardim, os filhos de Deus e Satanás, os justos ou injustos, pois, em meio ao trigo, está também o joio, então se prossegue o diálogo:

O Senhor, então, disse a Satanás: ‘Donde vens?’ – ‘Venho de dar umas voltas pela terra’, respondeu ele. O Senhor disse-lhe: ‘Reparaste no meu servo Jó? Na terra não há outro igual: é um homem íntegro e correto, teme a Deus e afasta-se do mal’ (Jó 1,7-8).

Ao se dar atenção a pergunta: Reparaste no meu servo Jó? A Ciência Semiótica cria uma valor energético para um convite ao homem, para ele prestar atenção que o Servo Jó em forma de pergunta, quer dizer, na verdade, a representação da casa paterna, o Jardim de Deus, o Paraíso, isto é a Terra, que serve fielmente a Deus, figurativamente como um pai responsável, sustenta seus filhos.

No entanto, isso é contestado por Satanás, que no contexto presente poderia se resumir dentro do sentido da nossa realidade, começando a acusar Jó (a Terra), despreza-a ao colocar toda a sua subserviência a Deus somente como troca pelos bens que havia acumulado ao longo de sua vida, e que a sua relação com Deus, isto é, a Terra só responde a Deus pela própria semente de Deus, sé duvidando hoje até se, é Deus mesmo que coloca esses bens, e não porque Ela teria alguma relação de obediência a Deus.

Então o Senhor disse a Satanás: ‘Pois bem, de tudo o que ele possui, podes dispor, mas não estendas a mão contra ele’ (Jó 1,12).

Mas tudo o que a Terra dá e fruto da Vida, e a Vida não convive com a injustiça, por isso, dentro desta mesma Justiça, Deus, em favor da Vida sob o manto da Justiça na amizade com Jó, isto é, com a Terra, seu Jardim, em que armou sua Tenda, é garantiu-lhe que ela não será abalada, concede a Satanás, agir não como uma pena de provação a ser suportada por Jó, mas, como forma de separar os que são da Vida, trigos, que tem amizade com Deus e se conservam na Justiça, dos que são da Morte, joios, que são os inimigos da Vida, como é celebrado na Liturgia da Festa de Todos os Santos em que canta:

E assim a geração dos que procuram o Senhor!

— Ao Senhor pertence a terra e o que ela encerra, o mundo inteiro com os seres que o povoam; porque ele a tornou firme sobre os mares, e sobre as águas a mantém inabalável.

— “Quem subirá até o monte do Senhor,quem ficará em sua santa habitação?” “Quem tem mãos puras e inocente coração,quem não dirige sua mente para o crime.

— Sobre este desce a bênção do Senhor e a recompensa de seu Deus e Salvador”. “É assim a geração dos que o procuram,e do Deus de Israel buscam a face” (Salmo 23 [24]).

A partir daí começa-se então as ações de ofensa ao Jardim de Deus, ao Solo Santo, iniciando-se por aqueles que se embebedam na cobiça, acreditando que a salvação está no acúmulo de bens, e para isso, não pensam no bem comum, mas somente se voltando para o interesse próprio, assaltam os bens daqueles que acreditavam que o sentido da Vida está na justiça do ser feliz e que ninguém nasceu para sofrer, mas para o prazer do beber e do comer:

Ora, num dia em que os filhos e filhas de Jó comiam e bebiam vinho na casa do irmão mais velho, um mensageiro veio dizer a Jó: ‘Estavam os bois lavrando e as mulas pastando a seu lado, quando, de repente, apareceram os sabeus e roubaram tudo, passando os criados ao fio da espada (Jó 1,13-15).

Embora os filhos de Jó, isto é, os homens tá Terra, advertidos pela perda de seus bens pela injustiça, não se voltaram para a Justiça, , como se acompanha nos noticiários que diante da morte da Groelândia, diante da agonia do Mar, ninguém se sensibilizou pela morte das culturas de Deus, os biomas do gelo, do mar, da floresta pelos incêndios na Austrália, na Califórnia, no Mato Grosso, nem mesmo pelo um milhão de seus próprios irmãos na peste do Coronavírus, mas, na primeira oportunidade, com um coração embebido de ingratidão, continuam o seu culto de egoísmo fundado no direito de ser feliz, correndo para os bares, para as praias (enquanto ainda lhe resta), para as festas.

Estava ainda falando, quando chegou outro e disse: ‘Caiu do céu o fogo de Deus e matou ovelhas e pastores, reduzindo-os a cinza (Jó 1,16).

O fogo de Deus caiu do Céu, não em razão de desejar a morte do homem, mas, porque o homem tendo sido eleito o seu administrador, usurpou do seu direito, ao ponto de chegar sua maldade ser chamada de Era Antropoceno, pois, mudou as leis de Deus de brisa, para aquecimento global, como há mil anos, já nos penitenciava São Francisco de Assis:

Considera, ó homem em que excelência te colocou o Senhor Deus: ele te criou e formou à imagem de seu Filho quanto ao corpo, e à semelhança quanto ao espírito.

E todas as criaturas que estão sob o céu, cada uma a seu modo, serve o seu criador, o conhecem e lhe obedecem melhor que tu.

E mesmo os demônios não o crucificaram, mas tu, com eles o crucificastes e o crucificas ainda, deleitando-te nos vícios e nos pecados.

De que podes, então, gloriar-te?

5ª Amonição (MATURA, 1999, p. 25)1.

Sob o culto de que a Terra é só coisa, bens e felicidade de quem pode ser feliz, de quem roubou um lugar ao sol de seu próximo, isto é, dos animaizinhos, dos biomas, dos mares, das geleiras, a Terra, como que padecendo de uma úlcera terrível, sofre as dores da maldade humana, pelo domínio dos investidores, ou donos dos governantes e dos seus vassalos que testemunham a mais dolorosa injustiça

Este ainda falava, quando chegou outro e disse:
‘Os caldeus, divididos em três bandos, lançaram-se sobre os camelos e levaram-nos consigo, depois de passarem os criados ao fio da espada (Jo 1,17).

E no culto do egoísmo fundado no direito de ser feliz, todo mundo preocupado em se divertir com os restaurantes, os shoppings, as praias, não se sensibilizaram pela dor do Jardim de Deus, pois sua justiça humana estar em receber como administrador, e escravizar quem lhe serve, usurpando-se da sua obediência admoestada por São Fransisco quando disse: E todas as criaturas que estão sob o céu, cada uma a seu modo, serve o seu criador, o conhecem e lhe obedecem melhor que tu (MATURA, 1999, p. 25) não se voltam para a Justiça, mas saem correndo para os bares, para as praias (enquanto ainda lhe resta), para as festas.

(Furação Laura – Set/2020 by Yucatam Times)

Este ainda falava, quando chegou outro e disse: ‘Teus filhos e tuas filhas estavam comendo e bebendo vinho na casa do irmão mais velho, quandoum furacão se levantou das bandas do deserto e se lançou contra os quatro cantos da casa, que desabou sobre os jovens e os matou (Jó 1,18-19).

Ninguém olhou para os furacões no mundo nesses dias com senso de justiça contra os homens, ainda que esses fenômenos de criaturas, obedecendo a Deus, quisessem chamar-lhes a atenção pela grande quantidade deles, ao ponto de se ter usado para identificação deles todos os nomes, isto é, de A a Z, se fazendo necessário a se valer agora, do alfabeto grego.

Por isso, a resposta às questões: Porque Deus permite a Morte? E, a tua morte é justa? Você saberá responder quando olhar para si mesmo e concluir se você “É assim a geração dos que procuram o Senhor”, como o trigo, ou se é dos que se iludem que a justiça está no direito de ser feliz (à custa da morte dos outros), o joio, pois, os que não pertencem a geração dos que procuram o Senhor, não serão mortos porque Deus é injusto, mas porque escolheram a Morte no lugar da Vida.

1MATURA, Thadeé. Orar 15 dias com São Francisco de Assis. Aparecida:Santuário, 1999.

The Universe’s seeds

To Distinguished Lawyers;
The Catholic Church;
The National Press;
To the Program of Technologies of Intelligence and Digital Design of PUCSP.

Dear Sirs,

On August 19, 2020, based on the contributions of lawyers from the 229th Sub-Section of OAB-Tremembé-SP, an outline was presented on Life and its entropy (Worship and Liturgy) with creatures, compared to electricity, with the positive poles (matter = [+]) and negative pole (the neutrinos = [-]) in the following terms:

Wheat died, that is, it became a digestion (chemical element) by the atomic element (neutrons), negative, the Cult, which almost seems hidden because it gives the feeling of being a zero, zero, invisible element, but it is truth of what is not seen, because it is real, called clouds, or shadows of the wings of God, seeds, neutrinos or ghostly, neutrinos was a subject of Physics in 2015 when it stood out as a Nobel Prize in Physics (pages 2).

Therefore, when referring to the topic of the 2015 Nobel Prize in Physics, he sought to highlight that it is not a zero or zero element, but with activity, understood in the award-winning research as “matter in neutrinos”.

In recent weeks, neutrinos have again become a matter of symmetry with Fast Radio Burst, as confirmed below:

For over a decade, astronomers have puzzled over the origins of fast radio bursts, brief blasts of radio waves that come mostly from distant galaxies. During that same period, scientists have also detected high-energy neutrinos, ghostly particles from outside the Milky Way whose origins are also unknown. (GROSSMAN, 2020, p. 1)1.

In the same article, the question of neutrinos has become an issue of Astronomical Science in the following terms, verbis:

A new theory suggests that the two enigmatic signals could come from a single cosmic source: highly active and magnetized neutron stars called magnetars. If true, that could fill in the details of how fast radio bursts, or FRBs, occur. However, finding the “smoking gun” — catching a simultaneous neutrino and radio burst from the same magnetar — will be challenging because such neutrinos would be rare and hard to find, says astrophysicist Brian Metzger of Columbia University. He and his colleagues described the idea in a study posted September 1 at arXiv.org.

Even so, “this paper gives a possible link between what I think are two of the most exciting mysteries in astrophysics,” says astrophysicist Justin Vandenbroucke of the University of Wisconsin–Madison, who hunts for neutrinos but was not involved in the new work (Ibid.).

Translating scientific language into a popular language, we can consider that neutron stars (negative) can be understood with pulsating winds containing the wisdom of Life, sowing the mysterious seeds that form hair, bones, skin, steel, the sunflower, the rose, the daisy, that is, it spurts in the Universe, the structural elements of the nature of the atoms that will give the quality of each created thing or creature, applying this in yourself, remember that every seven years, all your body structure was renewed by these seeds, because all your cells have been renewed..

The Article considers the mysteries of FRB and Neutrinos as the most exciting in Astrophysics, and we seem to be right about that, when we come across another article that presents the activities of FRB 121102 with the following information:

At the time, a study published by the Royal Astronomical Society, based on data accumulated over five years, reported that the event was repeated every 157 days: 90 active days, emitting pulses, and 67 sleepers. The source of the blast, named FRB 121102, was a dwarf galaxy more than three billion light years from Earth. (DUARTE, 2020, p. 1)2.

When considering these Pulsars through the recent activities of FRB 121102, pulses (activity = liturgy) every 90 days, and rest (the Cult of the Shadows of God) every 67 days, a fractal cycle of 157 days is completed, which under the method of Concordia of the Trappist Monk, Joaquim de Fiore, creates symmetry with the Cultural Collection of Humanity (Revelation 12.14), when he states: time (42 days) + times (84 days) + half a time (21+ 10), since this last fraction is not exact, it represents an unknown date, because no one is given to know the time of God, creating a new real symmetry, and not philosophical, with the Cultural Collection of Humanity on the brevity of this, when it says: when all this starts to happen, lift yourself up and lift your head, for your deliverance is at hand ”(Luke 21,28) ( Lc 21,28).

What is the synchrony between the activities of FRB 121102 and life on Earth?

It is necessary to understand that Life is Art, because the King is the Artificer (Cf. Hebrews 11,10), therefore, it is as if it were a song in binary time, for example From Here to Eternity by Giorgio Moroder3, in which the Pulsars are the drums, counting, 1, 2 … 1, 2 … 1,2 …, and men as their mandatories servants, or administrators, form the balance, dancing to the rhythm of the music 1, 2 … 1, 2 … 1,2…, therefore, they will rock all other creatures and creation, “Show your glory among the nations. Sing to the Lord God a new song”4.

However, until the present time man has not been able to understand this, deluding himself that all the power of the universe is in his own hands, despising Life to rely only on its science, as for example in the following article:

Artificial Intelligence can unravel mysterious signals from Space: Phenomenon known as ‘Fast Radio Bursts’ was only detected after analyzing data from past observations; with the new algorithm, they can be captured in real time (DOURADO, 2019, p1)5.

When he deceives himself that the power of everything is centered on his own intelligence, he moves away from his humanity whose vocation is the administration of the goods of Life to which he was appointed mandatory, to act by himself as a tyrant, usurping the powers to which he was given conferred and becomes inhumane by practicing the most terrible barbarities against creation, moved by the bestiality of an egocentric spirit in which there are no limits to its cruelty, as witnessed in Greenland, India, Australia, California-USA, the Amazon and Mato Grosso in Brazil.

And this is not practiced by this or that, but by the current Humanity, in clearer words, it is being practiced now by ALL OF US, because if we say at this time that we are not criminals, we say that God is a liar and His Word is not in us (Cf 1John, 1,10).

Thus, the activities of the FRBs, especially the FRB 121102, are the drums that mark the final march, inviting us to vote for Life, to recover our vocation as a human and to reject inhumanity, because those who do not march will be destroyed, because , all of this has already started to happen, and we are invited to stand up and raise our heads, because your release from this cruel inhumanity is at hand ”(Lk 21,28), being prudent to turn as soon as possible. because all of this can be confirmed today and there is no more time tomorrow, as in the Sunday Liturgy warning of the 25th Sunday in Ordinary Time, First Reading:

Seek the Lord, while he may be found; summons him while he is near. Forsake the wicked for his way, and the unjust man for his machinations; return to the Lord, who will have mercy on him, return to our God, who is generous in forgiveness (Isaiah 55,6).

To return to the Lord means to renounce yourself as master of life, in fact, that is, not to remain indifferent, insensitive or silent in the face of your Great Work witnessed in the present, instead, to return, to recognize the Lord as the Lord of your life. life, as this will be a matter of Life or death of each one that makes up Humanity, not escaping anyone, even though he is no longer among those who inhabit the Earth.

Be careful, at that time, not to betray yourself instead of accepting the foreshadowing of Good News, despise it as a threat or tragedy and run away from it, and with that, you will decide to continue serving your work as your king because the flesh he is weak, believing that he is serving the one who made you the Administrator, thinking that his spirit seems ready (cf. Mark 14.38), but in truth, he falls into the trap of the worshipers of Baal, serving him as your lord, and believing to be going back and saving your life, continue in your inhumanity, as Wisdom says: “Not everyone who says to me, ‘Lord, Lord!’ will enter the Kingdom of Heaven, but only what my Father’s will does, that is in heaven ”(Matthew 7.21).

Finally, do not consider this as rhetorical engineering, or argumentative devices, but as a warning from a true friend who wishes you long life and joy in your family.

Laurentino Lúcio Filho

Executor appointed by the Queen’s Apostle signed by the Paraclitus Spirit in the Bidding Process of 27/02/2020 of the Sacred Heart of Jesus Parish of Taubaté-SP – Brazil.

1GROSSMAN, Lisa. Neutrinos could reveal how fast radio bursts are launched: The elusive particles would be hard to catch, but they’d be a smoking gun, researchers say. In Science News – Space. Disponível em https://www.sciencenews.org/article/neutrinos-magnetars-how-fast-radio-bursts-launch. Acesso em 25 set. 2020.

2DUARTE, Marcella. Ouça misteriosa onda de radio espacial que novamente chegou à Terra. In Astronomia – Caderno Tilt – 21/08/2020 – UOL. Disponível em https://www.uol.com.br/tilt/noticias/redacao/2020/08/27/ouca-misteriosa-onda-de-radio-espacial-que-novamente-chegou-a-terra.htm?cmpid=copiaecola. Acesso em 25 set. 2020.

3MORODER, Giorgio. From here to eternity. Disponível em https://youtu.be/GdMqR0MvjNA. Acesso em 24 set. 2020.

4Festa de Nossa Senhora de Guadalupe – Liturgia Diária – 12 de dezembro. Disponível em https://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2015&mes=12&dia=12. Acesso em 25 set. 2020.

5DOURADO, Maria. Inteligência Artificial pode desvendar sinais misteriosos do Espaço. In Ciência e Espaço – Olhar Digital. Disponível em https://olhardigital.com.br/ciencia-e-espaco/noticia/ia-pode-desvendar-sinais-misteriosos-que-vem-do-espaco/88833. Acesso em 25 set. 2020.

Democracia sem utopia

Comissão de Cidadania da 229ª SubSeção da OABSP

Tremembé-SP, 9 de agosto de 2020.

Ilustres Advogados e Advogadas.

Ilustres Semiólogos.

Ilustres Profissionais da Imprensa, jornais, rádios e televisão.

Ilustres Presbíteros e Pastores.

Ilustres Juízes e Promotores.

Ilustres Membros do Poder Executivo e Legislativo.

Nesta semana de muitos cansaço pelo esforço de trabalhos, eu, já pelas quatro da tarde, tirei algumas horas para repousar minha cabeça em uma almofada, na sala mesmo, diante da televisão ligada, que não sentia nem vontade de mudar de canal, e fiquei ali assistindo a um filme que não me atraia muito, chamado Debi & Loide, que naquela hora me entreteve bem e me fez rir, mas a cena mais intrigante foi a do final, depois que foram ridicularizados pelo fato de não ser os pais da menina, filha de uma prostituta.

E os dois saem então caminhando pela calçada quando vêem duas lindaS mulheres, encantando o mundo de sensualidade e beleza, e de fato eram encantadoras, vindo em suas direções, e dizem mais ou menos assim…. “agora vai….agora vai… ”, e ao chegar dos lados das duas quando se esperava um doce romance, eles estupidamente jogam elas sobre a moita, e saem correndo gritando…. “tá na moita….tá na moita…há há há…

Em um primeiro momento eu preconceituosamente julguei…. “idiotas”, mas depois entendi que era uma muito inteligente mensagem a dizer mais ou menos assim: você parece um idiota tendo medo de ser idiota, pois, a vida na simplicidade de um ser com cérebro de criança é vivida com alegria real, e você ai, como disse um locutor da Rádio Kiss FM – São Paulo, nesta quarta feira, deitado no sofá coçando as frieiras do pé, e compreendi que não devemos estar na moita, mas, vivermos nossas alegrias a partir de uma razão para o nosso esforço, pois, ela transforma o nosso cansaço em endorfina, com isso, devemos defender o nosso trabalho com coerência, como já dizia Felix Guisard, maior empreendedor que Taubaté já teve, quando falou um dia: o trabalho dignifica a alma, faça do teu trabalho o teu divertimento, que peço licença para compará-lo como um membro da família Patrística Taubaté, ao lado de Monteiro Lobato, Fego Camargo, Renato Teixeira, ao pais desconhecidos homenageados pela Rua 4 de Março, que hoje também acolhe a sede da 18ª SubSeção da OABSP, pois, saindo da moita, figuram entrem os pioneiros da libertação dos escravos (4.537, em em 4 de março de 1888), Milton de Moura França, o ancião Gentil Leite, que na sua aula inaugural de Direito Penal dos apadrinhados por Odir Porto (Paraninfo), se apresentou ao alunos dizendo que não era louco, porque sua interação inicial pouco convencional com a classe era pelo fato dele ter 480 anos.

E a brincadeira dos dois personagens naquele filme “estar na moita”, também é poesia de realidade cantada pelo Titãs na música “Pela Paz”, que trazendo para o contexto presente diz mais ou menos assim: Você diz amar teu filho (você espera sempre mais, você não se conforma), você diz que faria tudo pelo teu filho (você não se satisfaz, todo mundo diz acreditar na paz) , mas você, como um viciado em crack que rouba a blusa do próprio filho para vender e comprar pedras (todos são capazes da guerra), você roubou o seu futuro matando a vida que lhe sustenta (mas ninguém luta por você, você ainda está sozinho, ninguém acredita em ninguém), e os personagem do filme que saem correndo ao final parece dizer para cada um de nós …. você está na moita..há há há …. você está na moita..há há há, e você acredita ou não? E então o que você está fazendo agora para salvar o teu filho (o que você faz pela paz)?

Você espera sempre mais

Você não se conforma

Você não se satisfaz

Todo mundo diz acreditar na paz

E você acredita ou não?

E então, o que você faz pela paz?

O que você faz pela paz?

O que você faz pela paz?

Todos são capazes da guerra

Mas ninguém luta por você

Você ainda está sozinho

Ninguém acredita em ninguém

E você acredita ou não?

E então, o que você faz pela paz?

O que você faz pela paz?

O que você faz pela paz?

nossas ideias (Pela Paz, Titãs).

No que eu preciso acreditar?

A Vida nos chama para despertarmos para uma realidade catastróficas produzida pela nossa insanidade tão imbecil, que não é comparável a singeleza infantil de Debi e Loide, que em nome da mentira chamada de emprego e vendas (consumismo), pois deixa a riqueza nas mãos de poucos senhores feudais, e a miséria na mãos de bilhões de vassalos que lhe pagam tributos, a vida da Humanidade está fadada a extinção nas próximas décadas, e antes de se perguntar “então, você acredita ou não”, se faz necessário a avaliar o critério que você vai usar para responder… se você está pesando a resposta na realidade de pesquisas sérias, ou…, na saborosa estratégia marqueteira dos “estelionatos eleitorais” que dizem ser conspiração ou perseguição política dos partidários dos senhores feudais?

O que fazer para sair da moita (o que você faz pela paz)?

A primeira coisa e se tomar consciência que as coisas não estão em nossas mãos, não somos capazes de nada, e quando queremos controlar a vida ela nos dá uma chapuletada na orelha, que de dor da impotência, temos de colocar a cabeça na almofada do sofá, para entendermos que estamos sendo idiotas aos nos iludir que as coisas são obrigadas a saírem do jeito que queremos, como se fossemos seus senhores, pois na verdade estamos sendo escravos, pois nem sequer conseguimos descansar.

A segunda coisa, sermos coerentes, porque senão, nos tornaremos iguais aos falsos pastores, pois falam e não praticam, pois, não é porque meu time rouba no jogo… que eu preciso defendê-lo, e isso, começa a partir de mim mesmo, pois, não adianta eu me indignar com a corrupção do governador ou do presidente da república, se em mim está a mesma corrupção, pois, sou igual a eles, e, estou tendo o governo que mereço.

A terceira coisa é a seguinte: se você decidir fazer alguma coisa, comece sentindo a beleza da música dos Titãs quando diz, você não se conforma, e não se satisfaz em ver que todos estão dispostos à guerra, mas ninguém luta por você, para não sair da moita e trazer aquele grandioso plano que você tem com você, e sempre acreditou que poderia tornar tudo diferente, mas, venha com um coração acolhedor de ideias e disposto a edificar juntos e para todos, e, assim, a partir de um alicerce seguro, começarem a edificar do zero, regados pelo fonte do paritarismo a sustentar a dignidade no direito do Ser, repudiando o partidarismo do direito do Ter (acumulando-se absurdamente mais do que se precisa, na ilusão de se tornar senhor e tudo controlar).

Quais são os alicerces?

Os alicerces abordados nos trabalhos realizados na 229ª SubSeção da OAB figuram em três colunas:

A primeira coluna, diz respeito a Constituição de uma sociedade justa e solidária (Art. 3º, I da Constituição da República/88) a partir do seu desenvolvimento de melhoria da qualidade de vida, aproveitando-se a sabedoria de nossos ancestrais, que hoje está encoberta como o lodo no fundo do Rio Tietê na Cidade de São Paulo, pois, como filhos rebeldes, os detentores de mandatos celestiais, dizem agir em defesa da vida nas igrejas de todas as religiões e sem religiões, esquecendo a primeira Lei da promessa aos nossos pais de que Deus Providencia (amar a Deus sobre todas as coisas), e batem no peito dizendo serem os herdeiros, que agora são eles os senhores que providenciarão, como cantou Raul Seixas na música Ouro de Tolo: confinando os cidadãos como animais de zoológico, cuja satisfação é controlar através de atos sem sentidos (macaquismo) distribuindo “pipocas aos macacos”, ou “milhos às galinhas”, assim, como um governo ditador, perverteram o interesse público social, ao mudarem a Constituição paritária (Art. 1º, V da Constituição da República/88) para a partidária de conveniências camuflando-se a Realeza (aos amigos do rei tudo e aos inimigos o rigor da lei), em Democracia aparente, como se a igualdade republicana fosse utopia ao ponto da justiça ser questão de sorte dos abastados e não questão de direito dos oprimidos, pois a ele às pipocas, milhos, dentaduras, transformando em mentira a promessa de Deus aos nossos ancestrais

A segunda coluna, diz respeito a necessidade do valor social ou, interesse público do papel da imprensa Jornais, revistas, rádios, televisão, que todo mundo diz ser imprescindível, mas, incoerentemente atacam jornalista, ultrajam os órgãos tentando destruir sua isenção transformando a credibilidade de suas notícias (trigo) em camuflagens de notícias (cizânias) a partir de críticas destrutivas de macaquistas maniupulados unicamente pelas conveniências partidaristas, sem saber o que estão fazendo, quando, se fossem honestos consigo mesmos estariam na verdade usando o mantra: lobo, lobo, lobo os partidaristas (que dizem ser o povo) são todos uns bobos, e, o pior, que adoram ser feitos de bobos.

Da mesma forma se vê nas lágrimas de crocodilos dos demais poderes que choram a morte de jornalistas, da primazia do interesse público da imprensa, sentados em gordos salários, justificado como preço, santificação ou pureza da independências de serviço público, mas, que na verdade é uma grande farsa Institucional do Estado de Direito, como se vê nas tragédias dos cariocas no Estado Fluminense, cantada na opera de Bezerra da Silva, quando o Juiz parecendo ser mané de partidários, foi eleito governador pelo povo, que, acreditando numa independência judiciária o elegeu, mas, ele ao ser ele eleito, foi se meter a malandro e ai…..Bezerra cantou:

E malandro é malandro, Mané é mané

Podes crer que é.

Malandro é malandro e Mané é mané

Diz aí!

Podes crer que é… ,

Que igualdade há em transformar o interesse público da imprensa, em máquinas a calar a publicidade das atrocidades de mandatários iníquos, cuja a humilhação da imprensa nos lembra a doce canção na bela interpretação de Fun Boys Three, Our lips is sealed [1], gritando….então….pode me ouvir? (Can you hear then?), e ainda, que sentido estúpido há, em um juiz ser o parâmetro para o maior salário do Brasil como símbolo de independência funcional, como o santo justo, se o partidarismo conveniente são o mesmos dos demais poderes como testemunhamos horrorizados no Rio de Janeiro hoje, o escândalo de alguém que não se conformouo só com os ganhos de um juiz (que já são suficientes para a independência funcional), mas, também, cobiçou os ganhos da conveniência de ser governador? Imitando o pastor que não se conformou com os ganhos dos fiéis, mas quis a conveniência do Partido? Dói nos ouvidos o mantra: lobo, lobo, lobo os partidaristas (que dizem ser o povo) são todos uns bobos, e, o pior, que adoram ser feitos de bobos, pois, seus enganadores fazem a sua alegria ao lhes darem pipoca no zoológico, lembrando-nos a fábula da mosca que um dia foi alertada pela abelha que o alimento da flor é mais saudável que o das fezes, e a mosca até gostou, mas, jã não mais reconhecendo a sua dignidade, manteve o conformismo de viver na merda.

A terceira coluna, diz respeito a função do Advogado como essencial à Justiça no sentido não mais como ilustres retóricos, nos teatros de tribunais de juris e processos, mas na nobre arte de alinhar, a sabedoria dos nossos ancestrais à Vida, como se fossem um certificador, um órgão de certificação da conformidade do bem de todos, isto é, do interesse público, com a Democracia, em que uma contenda judicial ao invés de disputa por ter direito, se tornaria em tecnologias pelo esforço comum para o desenvolvimento de uma sociedade equilibrada (ordem social), pois, a honra de seus ganhos é chamada de honorários, e na promessa à nossos pais de que Deus Providencia, lá está na sagrada disposição testamentária de que o trabalhador faz jus ao seus honorários.

Quando começar?

Nesta semana a Comissão de Cidadania abriu a janela para que fosse feita as proposta para o gatilho de segurança no Art. 37 da Constituição, para que a vinculatividade do interesse público não seja transformada em ato de conveniências partidárias, que comprometem a Democracia Republicana pela ausência da igualdade, impessoalidade e paridade das partes, e espera manifestações tanto dos advogados, quanto da imprensa, como das Igrejas como também dos Semiólogos, a esses pedindo licença para advertir que há um sério riscos do colapso nas pesquisas para o próximo ano, diante do sucateamento das universidades federais.

Recentemente a Imprensa teve uma iniciativa muito louvável sobre o consórcio para a divulgação dos dados do Covid-19, deixa-se aberto para qualquer instituição, pode ser até os, já fiéis defuntos, comitês 9840, para que sentemos juntos e comecemos do nada, como aqueles peixes que fugiram do aquário na final da Filme-Animação “Procurando Nemo”, e perguntemos ….e agora….o que fazemos? Porque se errarmos ou acertamos o importante e não levarmos um empurrão de idiotas, que nos vendo caído sobre as plantas riam de nós dizendo….tá na moitahhh..há há há.

Atenciosamente.

Laurentino Lúcio Filho

Referências:

[1] Fun Boys Three. Our lips is sealed. Disponível em https://youtu.be/QhVhK-VveXo, Acesso em 29 ago. 2020.

O aviso dado pela tragédia do Libano

O aviso dado pela tragédia do Líbano tem entre suas razões a demonstrar, a farça das religiões atuais que falam em nome de Deus não real, imaginário, a exemplo dos profetas de Baal desafiado por Elias, pois são idênticos a eles, adoradores de Baal, um deus de faz de conta, pois seus deus, sua religião nada pode por isso dizem…vamos esperar em Deus, ou na desesperança de “só por Deus”, pois Deus não está nela, e não está nela o Deus vivo, a Palavra viva, O que faz novas todas as coisas.

Os pastores dessas Igrejas adoram falar dos sonhos e imaginação de Deus, como os fábulas, ou as mitologias gregas, porque não põem em prática o que pregam, dai porque Deus avisou aos seus amigos, fazei tudo o que eles vos falam mas não os imiteis, pois, eles se juntam aos que elegem o dinheiro como salvação de tudo, isto é como seu deus, seu salvador, pois, a todo o instante investem em grandes campanhas de arrecadação, como se a Vida fosse coisa acumulável como um bem de posse e domínio, desprezando o sabor para eleger o sal que salga, transformando o Sagrado em entretenimento midiático ou televisivo na literal adoração de imagens e ilusionismo, até mesmo em culto de adoração a vaidade do próprio corpo, maculando-o templo de Deus, com tatoos, no gozo das ilusões do mundo, sob o nome de evangelizar (para a perdição) pela comunicação midiática, nas desorientações das almas vítimas de estelionato religioso.

Assim, foi dado um aviso no Líbano, pois enquanto o Mundo lamenta o sofrimento da pobre Nação, como resultado de suas negligências, isto é, de seus pecados, repetem o lamento da tragédia dos Galileus na Torre de Siloé, tentando justificar como pecado, a negligência deles como a razão de tamanha abominação na mistura do sangue dos galileus mortos aos sacrifícios feitos por Pilatos (Lc 13,-15).

E, o sinal dado a partir do fato de que aquele que tem pouco até mesmo o que tem lhe será tirado, ou seja, se você fala de Deus mas não dá o testemunho do que fala, Ele te vomitará, isto é, te rejeitará inteiro, por isso, da mesma forma o Senhor hoje pergunta ao Mundo: vocês acham que foram a negligência política que causou tudo isso? E por causa da culpa deles que aconteceu tudo isso? Pensais que trata-se de uma nação subdesenvolvidas por isso não são iguais a vocês, cabendo apenas dar esmolas para eles?

“Pensais que esses galileus eram mais pecadores do que qualquer outro galileu, por terem sofrido tal coisa? Digo-vos que não. Mas se vós não vos converterdes, perecereis todos do mesmo modo (Lc 13, 2-3).

Converterdes do que, se as religiões vivem a ilusão, o deus imaginário, sob uma ficção de uma sociedade celeste como pregada pela mitologia grega sobre os deuses no Olimpo, e não o Deus real, a Palavra Viva, o Sabor vivo?

A Vida é como a eletricidade, já que ela é Energia, por isso Ela tem o polo (+) que é a matéria – liturgia, que não por coincidência é um símbolo cristão, e o polo (–) que é o negativo, o escuro, a sombra coberta pelas asas de Deus (o culto, quase querendo dizer oculto), e esse negativo só pode ser ativado pelo Sabor que dá Vida, e esse ativador do Sabor se chama Verdade, assim, se o polo (+) não tem o Sabor, ele não ativará a Vida, e morrerá, ou seja, se ele não acolhe a Verdade e escolhe viver na ilusão, na mentira, ainda que professada por falsos pastores, acontecerá com ele a mesma coisa que os galileus mortos em Siloé, daí o aviso: Mas se vós não vos converterdes, perecereis todos do mesmo modo (Lc 13, 3).

Para isso, o Pastor chamou as suas ovelhas, e quem são as suas ovelhas reconhecem a sua voz e o seguem, isto é, chamou-as sob a forma de relâmpagos que atravessam do oriente para o ocidente [1], e por isso, real e não imaginário, dos confins do universo foi contemplada a salvação, hosana nas alturas, bendito o que vem em nome do Senhor, hosana nas alturas (hosana quer dizer a salvação que vem dos céus) está chamando o seu povo, mas eles não escutam, por isso, fala à Humanidade, a tragédia do Líbano é um aviso como disse o profeta Isaías:

“Já que este povo desprezou as águas de Siloé, que correm tranquilas, e desfaleceu diante de Rason e do filho de Romelias, o SENHOR fará vir sobre ele as águas do Eufrates, volumosas e violentas (o rei dos assírios com todo seu peso).

Ele vai subir em todos os córregos, transbordando por todas as margens, invadindo Judá, avançando e inundando e chegando até ao pescoço. Ao abrir as asas, vai cobrir toda a extensão da tua terra, Emanuel” (Is 8.5-8).

Não se iludam que inventarão vacina para criar o Sabor da tua alma capaz de garantir a tua passagem para as sombras de Deus, ou que enganarão a peste, e escaparão da mão do seu Senhor, pois dele é a autoridade no Céu e na Terra, Amém, e esmagará a torre dos homens que não são seus amigos, pois, falar de cordeirinho hoje é conversa dos lobos.

Referência

[1] LUCIO FILHO, Laurentino. A verdade nua e crua: aviso contra o mascaramento do homem e da Igreja https://youtu.be/71maH_N0G2A

A agonia da Cátedra: A reversão tecnológica do Sistema Educacional Brasileiro

Pedimos desculpas mas este artigo agora foi submetido para avaliação de publicação em obra literária, por isso, por enquanto, permanecerá indisponível até o resultado final, quando indicaremos a nova fonte de acesso.

Ataque ao STF: crime ou culpa concorrente?

O presente artigo tem por objetivo fazer uma análise com serenidade, diante de fenômenos de rebeldia e ousadia de criminosos de certa forma, inspirados pelas indignações do atual Presidente da República, tratado como aquecimento de tensões entre o Palácio do Planalto e o STF.

Para a elaboração deste artigo, se escolheu como instrumento a dialética, na expectativa de lhe dar o caráter de uma antítese dentro do diálogo, como instrumento de agregação social, e, tentando afastar-se dos discursos polarizados do falar/responder, por isso visa apresentar uma percepção da realidade sem polaridades que transformam os diálogos em contendas, que acabam por enterrar as sínteses com a indiferença e desprezo ao interlocutor, como um dia já falou Rubens Alves:

Daí a dificuldade: a gente não aguenta ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite melhor, sem misturar o que ele diz com aquilo que a gente tem a dizer… Nossa incapacidade de ouvir é a manifestação mais constante e sutil de nossa arrogância e vaidade: no fundo, somos os mais bonitos (ALVES, s/d) [1].

Mas o ouvir significa dentro do diálogo, receber o pensamento do outro como antítese para se edificar uma síntese de melhoria comum, de avanço, como resultado de um diálogo, no entanto, o que se testemunha hoje diante de um Estado combalido, são ataques comuns entre os poderes, que embora com moderação suave nas palavras, os músculos da boca estão reprimidos pela ausência de paz.

Por isso, se teve o cuidado de desenvolver as ideias abordadas no mais stricto sentido da palavra democracia, ou seja, em que o povo tem o direito de manifestar condutas que se afastam do sonho constitucional, praticadas pelo Estado, através de alguns de seus órgãos ou servidores, valendo-se da garantia constitucional da liberdade de pensamento (Art. 5º, IV da CR/88) no sentido de acréscimo à sociologia do Direito, e não como escudo para se ocultadr de atos ilegais.

Além dessa garantia constitucional também se inspirou no direito estrangeiro dos Estados Unidos, que o seu Governo para ouvir o povo, segue uma linha bem semelhante na 1ª Emenda à Constituição estadunidense, quando, na parte final daquele dispositivo traz a seguinte garantia: “o direito do povo pacificamente de se reunir e de solicitar ao Governo uma reparação de queixas”, isto quer dizer, de se falar e, de também de ser ouvido, ao invés das reações polares de ser ignorar pela indiferença ou desprezo, cujo o ouvir trata-se de garantia constitucional que no Direito pátrio poderia chamar de garantia constitucional do Direito de Petição cidadão, isto é, cumprido espontaneamente pelo Estado (Art. 5º, XXXIV, “a” da CR/88) por quem deseja o desenvolvimento de uma sociedade, sem necessidade de judicialização.

A sociedade ao testemunhar um Presidente da República se insurgindo contra a prestação de serviços do Judiciário, e, por sua vez, o Judiciário, ainda que traga um discurso de diálogo, demonstra reagir com a judicialização, sem o menor interesse em dar ouvidos à qualidade de serviços reclamada, e, imitando a liderança autocrática do Presidente, reage autocraticamente com suas armas judicializadoras, e, cada um se arma como pode, como se canta na muita oportuna canção do Titãs, Pela Paz:

Todos são capazes da guerra,

Mas ninguém luta por você.

Você ainda está sozinho.

Ninguém acredita em ninguém.

E você acredita ou não?

E então, o que você faz pela paz?

O que você faz pela paz?

O que você faz pela paz?

Se aplicarmos o direito da liberdade de pensamento aos Titãs, aceitaremos a sua canção, mas, na maior parte das vezes, não aplicamos o direito deles de serem ouvidos, pois, não damos valor a força da letra de sua canção, a final…, é só uma canção, como se não fosse aplicada para a vida real, assim como os atos processuais, que são produzidos destoados de realidades recebendo em seu lugar, o nome de formais ou formalização, assim, mesmo dizendo que acreditamos na paz, pouco nos importamos em fazer alguma coisa pela paz, por isso, você está sozinho, e ninguém luta por você.

Será que se o Poder Judiciário ao invés de judicializar a questão, muitas vezes sob enormes esforços para se criar ferramentas processuais transversais como meio de dar legalidade à cumulação de função de investigar e julgar ao mesmo tempo, radicalizasse a cidadania, escancarasse a transparência com o intuito de se caminhar com a sociedade, e abrisse as suas portas ao povo através de audiência pública a ouvir as suas ineficiências, ao ponto de um Presidente da República chegar ao disparate de se insurgir às decisões judiciais? Ou mesmo, o porque abusados criminosos atacam fisicamente a sede do Poder Judiciário?

A resposta mais simples para estas questões, que no presente ocorre entre o Poder Executivo e Judiciário, mas também já ocorreu até com mais violência no Legislativo, quando em dezembro de 2016, o Presidente do Congresso descumpriu ordem da Suprema Corte, é que a razão das contentas entre os Poderes se dá pela substituição do princípio do interesse público da eficiência administrativa tratada pelo Art. 37 da Constituição da República/88, por ato particular de servidor público, revestido da motivação do que ele, particularmente entende que deve fazer, cuja fé publica é herdada de sistemas jurídicos revogados que defendiam que cada cabeça (particular) de julgador, tenha a sua própria sentença, ou seja, não há harmonia de conjunto a justificar socialmente o interesse público, e a Justiça ao invés de caminhar com o povo, torna-se opressão do povo, chegando-se a insurgência até os altos níveis do governo do Estado Brasileiro.

Ao se deparar com a indignação do Presidente da República sobre o governo indireto do judiciário, que, ao cumular para si, as funções de investigar e julgar, agora, também, cumula para mais uma, a função executiva de produzir arestos judiciais ora monocráticos, ora colegiados, como meio de se criar efeitos como verdadeiros atos indiretos de Governo Executivo, a sociedade que se diz acreditar na paz, não pode simplesmente se calar e dizer que se trata de um mal necessário para se evitar mal maior, pois, o que se evidencia são Três poderes autocráticos, opressores, cada um disposto a ir à guerra, mas, ninguém lutando por você.

Por isso, se a você diz acreditar na paz, a primeira coisa que você deve fazer é perguntar: afastando-se os meios inidôneos, a Presidência não teria suas razões de reclamar contra o Poder Judiciário? Por sua vez, os criminosos que atacaram a sede do Poder Judiciário, o fizeram porque a Suprema Corte seria uma vítima inocente?

O Poder Judiciário, ao burocratizar os fatos pela judicialização, data maxima venia, cumulando-se as funções de investigar, julgar e governar por arestos, sob o preceito de se guardar a Constituição parece mais retroagir ao Poder Moderador do extinto Art. 98 da Constituição de 1824, cuja disposição era a seguinte:

Artigo 98: O Poder Moderador é a chave de toda a organização política e é delegado privativamente ao imperador, como chefe supremo da nação e seu primeiro representante, para que incessantemente vele sobre a manutenção da independência, equilíbrio e harmonia dos demais poderes políticos.

Não seria exagero ao se afirmar se está muito próximo deste retrocesso por qualquer um dos poderes tripartidos, tendo vista que, o Sistema Jurídico Brasileiro, a exemplo do Código de Consumidor que demorou mais de uma década para ser absorvido pela Justiça, ainda não absorveu o Sistema Processual da nova Constituição, mantendo-se à arcaica e extrema burocracia processual, regida pela normas de organização do trabalho cartesianas, data maxima venia, assemelhadas aos antolhos, que sob o argumento de especialização, se olha somente para frente, e com isso, produz o impulso processual sem visão panorâmica da realidade, afastada de justiça eficiente, uma justiça calcada na hiperespecialização de Morin (2013).

De fato, a hiperespecialização impede de ver o global (que ela fragmenta em parcelas), bem como o essencial (que ela dilui). Ora, o problemas essenciais nunca são parceláveis, e os problemas globais são cada vez mais essenciais. Além disso, todo os problemas particualares só podem ser posicionados e pensados corretamente em seus contextos; e o próprio contexto desses problemas deve ser posicionado, cada vem mais, no contexto planetário[2].

O Sistema Judiciário quanto serviço judicial, não evoluiu com a Constituição de 1988, pois aplica a Constituição para o povo, mas para si, aplica peso diferente, como se não fizesse parte desse mesmo povo, enquanto se diz Constituição Cidadã, isto é, trabalhar em favor do desenvolvimento social, adota no Sistema Processual a subjetividade, transformando a realização da Justiça em verdadeiro órgão de repressão e opressão ao ponto de se ouvir dizer o ditado: “decisão judicial não se discute, se cumpre”, ao passo que a democracia sempre aceita o diálogo do povo, e não por debates subjetivos que só falam a linguagem de um tribunal.

A subjetividade inicia a sua ineficiência no próprio dispositivo que burla a legalidade, ao se dar uma extensão inexistente ao princípio do livre convencimento do Juiz, aplicando no processo, a infalibilidade papal, ou seja, se o prejudicado reclama da qualidade do julgado para uma ouvidoria, é recomendado a corregedoria, que por sua vez, afastado das garantias do interesse público do ato (Art. 37 da Constituição da República/88), opta pelo subjetivismo diante da inconveniência de se julgar contra o próprio tribunal a corrigir o seus pares.

Assim, na interpretação subjetiva que atende ao interesse particular daquele tribunal, sustenta a infabilidade papal do julgador sob pretexto de não intervenção no processo, que, contrariamente à cidadania de se fazer prevalecer o direito espontaneamente, estimula infindáveis debates jurídicos.

Não se importam com a estrutura da realidade social, pois, sabe que dificilmente suas decisões serão alteradas, pois, nos julgamento dos recursos para outros tribunais se aplicará remédios valendo-se dos mesmos antolhos, sem panorama da realidades, e os debates limitam-se a leituras e interpretações particulares, que impedirão a percepção do equilíbrio jurisdicional processual, e com isso, a ineficiência do provimento jurisdicional se manterá revestido da infalibilidade papal, pois, contra juiz não há controle de qualidade de julgados, pois está blindado com efeito de infalibilidade papal subjetiva.

O que se pretende demonstrar com isso, não é a ilegalidade do princípio do livre convencimento do Juiz, mas sim, a ilegal extensão interpretativa dada a ele pelos tribunais que não foi acolhida pela Constituição da República, pois ela passou a partir de 1988, exigir de todos os Poderes que os atos praticados pelo serviço público seja vinculado de interesse público na moralidade, igualdade, publicidade e eficiência administrativa (Art. 37 da Constituição da República).

Assim, o sagrado princípio de livre convencimento do Juiz, deve ser aplicado em cada ato jurisidicional, mas a motivação do ato não pode ser subjetiva como entendimento particular, ao pornto de tornar o julgador um ser supremo que não pode ser corrigido, repreendido, assemelhando-se a um imperador, ou papa, ou faraó, produzindo atos jurisdicionais, sem qualquer controle democrático, sob o argumento de que proferida seu entendimento, no seu pensar, enquanto o interesse público constitucional exige de forma objetiva a vinculação do ato jurisdicional como motivação do bem comum ao delienar a órbita do objeto do processo como disposto no Art. 37, caput, da CR/88:

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.

Legalidade – Há uma lei que garante o direito, é objetivo, o direito é garantido a partir de um interesse público objetivo.

Impessoalidade – Não se olha para quem se julga, não existiria por exemplo, vendas de sentenças.

Moralidade – A prevalência não é o do interesse de uma parte como uma disputa de dois polos, Autor x Réu, que hoje favorece um sem qualquer equilíbrio com o conjunto, isto é, o social, mas do interesse do bem comum, o bem de toda a sociedade, o interesse público, que no Sistema Jurídico Brasileiro também é objetivo, e não o entendimento subjetivo do autor do ato público.

Publicidade ou, Transparência – O ato não é a vontade do governo, seja ele de que poder for, por isso, a transparência é produzir o ato como se fosse de todos e para todos, assim, a sua produção deve ser resultado daquilo que surgiu do povo e ao praticá-la desenvolve, edifica o povo, que não se confunde com destreza de politiqueiros que agem para atender os seus próprios órgãos, cumulando para si todos os poderes e exigindo do povo somente pesados encargos para a sua manutenção, desprezando a sua participação como povo naquele poder, e dizem: …é o meu governo, ou, ….no meu governo, ou ainda, … eu prometo que quando for eleito eu vou fazer….

Eficiência – O ato produzir o efeito pleno do bem comum que o povo espera que ele seja produzido e colocou nele, através da eleição do seu representante todo o volto de fidelidade, lealdade e justiça.

Assim, a operação do Direito não é cada um tem o seu, ou cada juiz tem sua sentença, ele é dotado de estrutura objetiva cujo interesse é publico que afeta a convivência social, com direito definido e processo cujos atos jurisdicionais não estão a parte do conjunto social, vinculados pelas exigências do princípios constitucionais da legalidade, moralidade, publicidade e eficiência, como bem ensina Maria Helena Diniz:

Ao se interpretar a norma, deve-se procurar compreendê-la em atenção aos seus fins sociais e aos valores que pretende garantir. O ato interpretativo não se resume, portanto, em simples operação mental, reduzida a meras inferências lógicas a partir das normas, pois o intérprete deve levar em conta o coeficiente axiológico, e social nela contido, baseado no momento histórico em que está vivendo.

(…)

A teoria objetiva, por nós acatada, tendo como representante Köhler, Wach, Binding, Schreirer, Dahm, Bartholomeyczik, Larenz, Radbruch, Sauer e Binder, preconinza que, na interpretação, deve-se ater à votade de lei, à mens legis, que enquanto sentido objetivo, independende do querer subjetivo do legislador, porque após o ato legislativo a lei desliga-se do seu elaborador, adquirindo existência objetiva. A norma seria uma “vontade” transformada em palavras, uma força objetivida independente do seu aturo, por isso, deve-se procurar o sentindo imanente no texto e não o que seu prolator teve em mira (DINIZ, 1988, p. 382-384)[3]

Assim, ao testemunharmos as prisões dos criminosos que praticaram violência física contra a sede do Supremo Tribunal, à sociedade em nada edifica sob o olhar polarizado de direita x esquerda, dos certinhos x os vândalos, dos democratas x bolsonaristas, mas sim, precisa ser honesta consigo mesma, e ver que a insurgência se dá diante da necessidade de eficiência nos atos jurisdicionais, e a primeira coisa a se fazer é que eles sejam atualizados para a Constituição de 1988, e passem a ser realizados sob a cidadania exigida pelos princípios ditados pelo Art. 37, caput da Constituição da República, e não como sob poder Moderador de imperador, papa ou faraó.

É preciso que a sociedade tome consciência de que o Poder Executivo não é de um Presidente da República, mas do Povo, assim, o andar do Governo não é a vontade do Presidente mas do Povo, é interesse público, pois no desenvolvimento democrático a voz do povo é primazia do diálogo na construção do interesse comum, e não o o agente ou servidor público acha ser certo, por isso sua voz deve ser ouvida e participada como um todo, e não apenas por simpatizantes ou grupos com interesses em benécies daquele Poder.

Assim, também, no Poder Legislativo não pode prevalecer a vontade promíscua do interesse pessoal do legislador cujo impulso sempre é o fisiologismo de se atender aos financiadores de campanha, afinal o Direito distante da realidade é so formalismo que o povo clama como impunidade, lembrando aqui como fato, a prevalência do interesse particular dos partidos sobre o fundo partidário em desfavor da calamidade pública no País, e, também aqueles casos de se vender leis sob encomenda como serviço particular on demand, mas em seu lugar a prevalência do interesse público do Povo, o caminhar com o Povo.

E por fim, O Julgador não está acima das leis, e se há um preceito constitucional a exigir a eficiência no ato, o ato jurisdicional ele como Guardião Constitucional, deve aplicar primeiramente para si, para, somente depois julgar a aplicação aos demais órgãos.

Pois, assim, poderá atender a realidade social, guardando estrita obediência aos princípios do interesse público ditados pelo Art. 37 da CR/88., falando a linguagem do povo, e não abstrações jurídicas subjetivas na linguagem exclusiva do tribunal, cujos efeitos ao invés de edificação cidadã são de repressão ou opressão, produzidos por um tribunal que parece não pertencer ao povo, se mostrando como uma casa fechada em que só se relacionada com seus pares, cuja função é a de reprimir.

Assim, as idéias aqui propostas tem como único intuíto despertar um olhar para o desenvolvimento da democrácia, que, dentro de um Estado Democráticos são ouvidas e não repudiadas como ataque às Instituições.

REFERÊNCIAS

[1] ALVES, Rubens. Texto de Rubens Alves. Disponível em https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4132953/mod_resource/content/1/Texto%20de%20Rubem%20Alves.pdf. Acesso em 09 jun. 2020 [2] .

[2] MORIN, Edgar. A cabeça bem-feita: repensar a reforma – reformar o pensamento. 20ªEd. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2012.

[3] DINIZ, Maria Helena. Compêndio de Introdução à Ciência do Direito. São Paulo: Saraiva, 1988.

Echoes of hope in the cry of the Environment’s Voice: suggestions for Coronavirus prevention.

I join Greta, with the same simplicity as a child with a poster in favor of Life, so I ask you to read this message with the Spirit of Prudence and not Intelligence.

Greta, your cry reached Heaven, and in the face of the avarice of the man who ignored all the calls for the reduction of pollutant gas emissions, control was taken from him and Nature imposed its voice, forcing him to stop his polluting activities, yes the Earth stopped.

So, know that it is not a disgrace, because the Coronavirus joined the voice of the environment to show that it is not the man who is in control, but the voice of Life.

Rejoice in the cry of Victory

I share below, based on my research on Intelligence Technologies in Semiotics, the suggestions sent to the Ministry of Health of Brazil as prevention to Coronavirus.

Fighting Coronavirus

Msc. Laurentino Lucio Filho

Teacher and Master in Technologies of Semiotic Intelligence,

of the Taubaté Institute of College Education

Dear Sirs,

I am a professor of higher education, with a master’s degree in Semiotic Intelligence Technologies, having done independent research and Semiotics pointed out some lines of prevention to the coronavirus to which I sent to the Ministry of Health of Brazil under protocol nº 25072.002618 / 2020-43 which I reproduce below .

Considering that the treatments applied to the symptoms of Coronavirus are similar to those applied palliatively to colds and flu, I present below an alternative proposal of isolation in the care of Coronavirus for the prevention of colds and flu in the following precautions.

With or Without Coronavirus Symptoms

a) Observe the wind in the environment, if it is at the same temperature as the local environment, or below, if below, even if the person feels hot, he must protect himself from the cold wind to prevent the body from cooling (thermal shock).

b) Strengthen immunity from consumption at all meals or between meals, with yam juice, ginger, bay leaf, orange, and whatever

more the creativity of the nutrologists to propose.

c) Keep the body under permanent hydration by taking at least a sip of water every 15 minutes, if already having the flu, intensify hydration.

d) Do not use air conditioning, which I recommend not to use here, as it attacks the airways, exposing us to risk [Not included in the original message]

The Ministry of Health must assess whether there is a need to anticipate the flu vaccination campaign, but, if so, it must consider that the vaccine must act in conjunction with the above treatment, as a way of strengthening the immune system.

Sincerely,

Prof. Laurentino Lúcio Filho