Saindo da Pandemia: As distrações no trabalho

Este texto traz uma proposta de segurança e certeza para a caminhada em meio à gravidade do momento.

No dia 16 de março foi publicado a primeira parte do tema Saindo da Pandemia, e tivemos a grata alegria de receber a partilha, quando um estimado amigo reagiu, enviando-nos uma mensagem que compartilharemos parte como parte edificante de um diálogo, por isso, esclarecemos que não se trata de uma disputa de teses de quem tem o melhor argumento, pois, a produção textual que costumamos publicar não é feita a partir de pensamento ou inteligência de um homem mas, sim como um trabalho profissional de alguém que traduz idiomas.

Assim, os textos são resultados de tradução de linguagens semióticas na linha cognitiva, porque Semiótica é a Ciência das Linguagens, que não se limita à comunicação humana, mas a comunicação de tudo que há mensagem desforme (informação) e reação do destinatário (interação), sendo o tradutor não apenas de um idioma, mas de linguagens planetária e estelar.

E ao apresentarmos a mensagem de um amigo que hoje vem a abrir esse tema, a tratamos como colaboração para percebemos nossa indiferença, pois, sem querer julgar o pensamento ou forma de pensar do autor, mas, somente os efeitos daquela mensagem, para nos mostrar como a humanidade está adormecida.

Credit:senoaji1989

Assim, o diálogo se revela útil como uma interação à uma realidade presente, que na semiótica é chamada de abdução, porque como diz o ditado popular: o primeiro ouvinte é aquele que vos fala, ou seja, antes desse texto ser produzido ele foi experimentando por que o produziu.

Assim para evidenciar essa nossa dormência, ou distração no trabalho, foi desenvolvido a continuidade desse tema apresentando ausência de reação, diante de advertências importantes, como se deixássemos de dar a mínima atenção a fenômenos essenciais ao nosso bem estar, a exemplo da massiva gritaria de todos os jornais nesses dias, advertindo os irresponsáveis, homicidas, para que respeitem o isolamento e usem máscaras.

Por isso, a tradução de Linguagens pela semiótica cognitiva não se trata da ideia, entendimento de homem, mas de reação sobre uma advertência em Linguagem não humana para humana, a exemplo da Palavra proferida hoje na Liturgia Missal de 18 de março de 2021, quando o Senhor diz: “Eu, porém, não dependo do testemunho de um ser humano. Mas falo assim para a vossa salvação” (João, cap. 5, v. 34).

A fim de se traduzir essa Linguagem para os tempos de hoje, quando foi dito à Humanidade ou igreja daquele tempo: “mas falo assim….”, traz como tradução humana, como se Ele se fizesse como humano, para usar a linguagem falada em idioma de um povo como recurso de comunicação humana.

Mas, a Linguagem do Senhor não é a linguagem do homem, pois o Senhor não é somente Senhor da Humanidade, mas, do Céu, ou seja, do que está na dimensão acima das criaturas, e, Senhor da Terra, que não é somente um planeta, mas tudo o que está abaixo do Céu, na dimensão material das criaturas e coisas criadas que é o Universo, pois, Ele, afirmamos com certeza pelo testemunho de tradutores, é a Vida que há em tudo que se move ou que se transmuta sobre a dimensão do Universo, de forma que, onde há Vida lá Ele está, e onde Ele não está, não há a Vida.

O resumo do texto publicado no dia 16 de março de 2021, é o seguinte:

a) Todos nós queremos resolver nosso problema, mas o problema não será resolvido por nossas mãos porque ele é muito maior do que nossas forças, por isso. é preciso que confiemos em quem está a resolver esses nossos problemas;

b) Para termos a segurança em Quem está resolvendo o nosso problema, precisamos responder (interagir) à sua mensagem dirigida a cada um de nós, que humanamente poderíamos entender assim: você quer que eu te ajude neste problema?

c) Para isso, foi demonstrado no texto que a oração não deve ser mental, mas é o próprio trabalho que produzimos a cada dia, como uma oferta, mas, diante da ausência de “Culto de Ação de Graças” pelo isolamento, que neste tempo, tem o sentido de jejum, deve ser feita pela Igreja doméstica, ou seja, por nós em nossas próprias casas.

d) Naquele texto a Igreja também foi convidada para substituir suas abstrações e distrações virtuais, e usar as telas para que os sacerdotes, como primeiro ouvintes, ajudem na interação de cada família, ou cada casa, ensinando-a a santificar sua oferta para que seja agradável ao Senhor, através do rito do Rosário nos mistérios Gozosos, Dolorosos e Gloriosos, a ser acolhido pelo rosto Maternal de Deus, ou, Regina Caelorum.

e) Por fim, conclui que a oração puramente mental, ainda que diante do altar mais sagrado, é uma fé morta porque não contem as obras, ao passo que a oferta das primícias, é uma obra (Estética) construída pela fé (Ética) que compõe a ARTE.

Diante daquele texto foi recebido a seguinte partilha que com a devida estima ao amigo, dizemos que é resultado da Igreja adormecida:

Meu irmão, estamos ma quaresma tempo de oração, jejum e esmola. Tempo de aposta em sermos melhores do que somos, em todos os níveis. Melhor diante de Deus, diante do Irmão e da Irmã, diante de mim mesmo.

A resposta trata-se da interação no modo introspectivo, que predomina o nosso comportamento hoje, isto é, puramente mental e não de obras de realidade, em forma de um ideal de ritos puramente mitológicos quando diz “estamos na quaresma tempo de oração, jejum e esmola”, pois, falamos distantes da realidade vivida.

Oração: oração mental? Fé sem obras, pois diferente disso, o texto anterior falou de se orar com a prática da dignidade e cidadania que é o mesmo que a liturgia em que se produz as primícias a serem ofertadas.

Jejum: Diante de nossa obstinação perguntamos, quem voltou a Deus para agradecer pelos sinais através da peste? Mas ao contrário, mal dizemos a peste “aff….quando irá passar?”, não voltamos e nem estamos fazendo jejum, mas reclamando dos infortúnios.

Esmola: Diante de nosso agir, costumamos imitar o publicano, ao voltarmos nosso olhar para aquele que não teve o nosso privilégio, ou, cobrador de impostos, e, hipocritamente piedoso dá como, a um desgraçado, merecedor da esmola, os restos que nos sobram, enquanto a Igreja é chamada a dar a dignidade que Pedro deu ao mendigo na porta do Templo: ouro e prata não tenho, mas o que tenho te dou, em nome do Senhor Jesus Cristo levanta-te e anda (Atos dos Apóstolos, cap. 6, v.3).

Assim na mensagem com todo o nosso respeito, há uma reação puramente abstrata confirmando o que se foi traduzido no primeiro texto quando se iniciou falando que você está sozinho, pois Governo e Igreja segue o mesmo parâmetro de retóricas, como se constata ao analisar no texto seguinte:

Tua mensagem acena algo que estamos fazendo na CF ecumênica.
Quanto aos padres, creio ser oportuno para aqueles que tem um dom da comunicação ocuparem o espaço no desejo de evangelizar. São vários os dons.
Quanto ao suicídio falamos bastante do caso na última campanha e, na oportunidade, te convido a acompanhar o padre Lício Araújo Vale, especilsita no suicídio. Ele acaba de craiar uma página no facebook.

Isso na linguagem humana é chamada de retórica, ferramenta muito utilizada hoje quando os poderes institucionalizam a demagogia em suas prestações de contas e dizem que estão fazendo todo o possível, ou que, nunca na história desse pais se fez como eles, falam que fazem, mas os efeitos de suas palavras é somente a dissipação pelo vento, pois não existe eficácia no que proferem, por consequente não existe ações efetivas e constatação de alguma melhoria.

A mensagem evidencia-nos um profundo sono daqueles que representam Sião quando a retórica diz:

Quanto aos padres, creio ser oportuno para aqueles que tem um dom da comunicação ocuparem o espaço no desejo de evangelizar. São vários os dons.

Há de se considerar que a interação com Deus se dá de dois modos, primeiro a Palavra, que é Sião, Aarão, o Culto pelos sacerdotes, e a segunda é a Obra pela Fé, ou prática da palavra que é Jerusalém, Moisés, ou Liturgia pelo povo.

Ao se valer do meio de interação através de Aarão, a única vocação dos sacerdotes é o Culto da Palavra, como um dia fizeram os levitas, por isso, nos dias de hoje, sob o pretexto de igreja moderna, não representa o Senhor aquele que é travestido de padre galã cantor, ou padre presidente, Senador, Deputado, e, ainda, padre travestido de cowboy para entreter as misérias humanas, ou, padre travestido de curandeiro como garoto propaganda de remédio milagroso.

Pois não trazem o Culto na forma a eles Institucionalizadas, mas apenas as misérias humanas, e corrompendo o sacerdócio, se transformam em simples concorrentes dos profissionais do mesmo ofício, que não estão aptos ao Culto mas à Liturgia e, sem função de sacerdotes ou de leigo, são mornos, como são aqueles que têm um pé em cada canoa para seguir o curso do mar.

O mesmo texto de 16 de março, diante de um forte apelo para se voltar à realidade, se depara com a repetição da mesma retórica: As devoções marianas seguem em nossas TV’s e rádios.

Se voltarmos ainda para aquele texto, diferente da mensagem, a proposta é a de que a oração mental não chega a Deus, mas sim, somente a obra com fé, assim, as devoções humanas das TV’s e rádios, não agradam ao Senhor da Igreja, pois são meramente abstratas, mitológicas ou distraídas, parece uma gravação cansativa, que fica repetindo e repetindo sem qualquer sentido, não sendo agradável nem mesmo para despertar o sono.

Conclusão

O texto inicial traduziu uma promessa de segurança absoluta para aqueles que se sentem inseguros, sem amparo, sem rumo, diante do grave momento em que vivemos, sob uma proposta de conforto para confiarem na solução Natural, e não nas propostas das próprias mãos, pois se hoje os irresponsáveis não obedecem o isolamento é porque viram que a solução humana não está dando certo, pois lhe colocam em risco a subsistência.

Isso se confirma pela Liturgia Missal de 18 de março de 2021, ao compararmos o texto de 16 de março de 2021 quando se falou para não se por a esperança em Vacas de Ouro, como se a vacina, cuja a origem etimológica do nome vem de vaca, fosse a solução de nossas mãos, e que hoje nos diz:

o Senhor falou a Moisés: “Vai, desce, pois corrompeu-se o teu povo, que tiraste da terra do Egito. Bem depressa desviaram-se do caminho que lhes prescrevi. Fizeram para si um bezerro de metal fundido, inclinaram-se em adoração diante dele e ofereceram-lhe sacrifícios, dizendo: ‘Estes são os teus deuses, Israel, que te fizeram sair do Egito!'” (Livro do Êxodo, Cap. 32, v. 7-8).

A proposta desse trabalho não deve ser entendida como se não se devêssemos obedecer os direcionamentos apresentadas hoje, com vacinas e isolamento, devemos sim, mas concomitantemente devemos também nos voltar ao Senhor a fim de que Ele nos instrua o que devemos fazer, pois a peste tornou-se uma forma de chamar a atenção de cada um, que, sem qualquer solução nas mãos, deve voltar sua segurança para Ele, e confiar que terá uma solução segura para este momento, e, que não é tempo para brincadeiras, isto é, Ele não está muito contente.

Portanto, os trabalhos que produzimos através dos títulos Saindo da Pandemia, tem por propósito despertar nos leitores apenas os pontos de linguagens que lhes parecem imperceptíveis no cotidianos, de forma que, ao lhes estimular os sentidos eles reajam por interações litúrgicas da Regina Caelorum, com aquele que é a própria Solução de Deus, pois do contrários se tornaram como as virgens imprudentes, que a exemplo do publicano, achando estar dominando a situação, acabaram ficando de fora.

Te amo meu amigo, por isso não estou te propondo um debate com minhas ideias, mas por obrigação que me foi imposta, te dando um aviso para que você desperte e se assegure na Solução de Deus.

Mais sobre esse tema: https://formaresaber.com.br/saindo-da-pandemia-pelo-recluses-no-lugar-do-lockdown/

Autor: Laurentino Lúcio Filho

Advogado na área cível-empresarial, há 26 anos, Mestre em Tecnologias da Inteligência e Design Digital na linha da Semiótica Cognitiva com foco em formação docente e Professor Universitário nas graduações de Adminsitração, Gestão de Pessoas e Contabilidade.

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