Início

Construindo a segurança da vida, unindo forças

Nós que somos empresários, nós que somos trabalhadores, nós que somos pais, perguntamos: o que será de nossas empresas? O que será de nossos empregos? O que será de nossos filhos?

Credits:Startup Store Photos

As ondas da revolução digital têm produzido graves efeitos nos métodos de produção e trabalho atuais, provocando uma massiva, e, bem massiva, quebra de mercados e postos de trabalho, tanto que pensar hoje em ambientes com mais de 100 empregados compartilhando linhas de produção num mesmo espaço físico, parece coisa de tempos dos dinossauros industriais.

o que será de nossas empresas?

A revolução digital provocou uma tendência de produção e consumo sob o lucro da obsolescência, dessa forma as corporações desenvolveram-se com pulmões a partir da linha de produção do produto recente inutilizando o produto anterior, o novo tornando obsoleto o antigo.

[…] mais do que pelas coisas que todos os dias são fabricadas, vendidas e compradas, a opulência de Leônia se mede pelas coisas que todos os dias são jogadas fora para dar lugar às novas.

Tanto que se pergunta se a verdadeira paixão de Leônia é de fato, como dizem, o prazer das coisas novas e diferentes, e não o ato de expelir, de afastar de si, expurgar uma pureza recorrente.

O certo é que os lixeiros são acolhidos como anjos e a sua tarefa de remover restos da existência do dia anterior é circundada de um respeito silencioso, como um rito que inspira a devoção, ou talvez apenas porque, uma vez que as coisas são jogadas fora, ninguém mais quer pensar nelas (CALVINO apud ASSUNÇÃO, 2017, p. 17)1.

Ele seguiu estratégias pela linha da produção chamada de obsolescência programada:

A obsolescência programada consiste no encurtamento da vida útil de um bem ou produto, o qual é projetado para que sua durabilidade ou funcionamento se dê apenas por um período reduzido, de forma que os consumidores tenham que realizar outra compra em um espaço menor de tempo, aumentando, assim, a lucratividade das empresas. (ZANATTA, 2013, p. 1-2)2 .

E, também, pela linha de consumo com massivas campanhas de marketing focada nos recordes de vendas das organizações pelo estímulo da obsolescência psicológica:

Obsolescência psicológica refere-se à aparência do produto, ou seja, pelo lançamento de um produto em uso com uma nova aparência que torna a anterior ultrapassada (ASSUMPÇÃO, 2017, p. 21).

Esse processo acabou sendo abraçado por todos os setores de produção, seja ele produto, seja serviço, de forma que ao criar um incrível mercado consumidor, desequilibrou o próprio mercado, pois, saturou a capacidade do ambiente oferecer matéria-prima, e também, ao mesmo tempo, a capacidade do ambiente de absorver os lixos descartados, e também a própria saturação do novo, uma vez que o consumidor, diante de tanta oferta de novidade, já não se surpreende mais.

É um processo tão intenso de se conseguir vender, que se aproxima da agressividade, que na hora da comercialização transforma o consumidor mais excluído da sociedade, por um segundo inclusivo, no perfil de Rei da loja.

E essa industrialização do produto interativa com a personalização do consumidor acaba por gerar saturações, que aqui pegamos como exemplo o mercado midiático, em que de tanta novidade com core (enredos) comuns, com tantas oferta de acessibilidade, por telas, mobiles, cinemas, perdeu-se os encantos que se percebia até o tempo em que havia fila nas locadoras.

Num mundo onde a tecnologia governa a condição do olhar, é preciso considerar que a migração do produto audiovisual das grandes telas para outros espaços produz significativas transformações nas formas imagéticas: sobreposições, misturas, articulações marcadas pela saturação, excesso, instabilidade passam a atribuir características dominantes ao contexto contemporâneo.(GUIMARÃES, , p. )3

O Resultado prático do preceito acima é algo parecido com isso:

A crise na TV aberta vem de longe e está sendo agravada pelo consumo cada vez maior de streaming e internet.

Apesar de ainda ser a maior mídia no país, nos últimos 20 anos ela já perdeu quase metade de seu público (FELTRIN, 2021, p. 1)4

Mas, considere isso numa onda global, em que todos sofrem do mesmo efeito produção e consumo, o impacto é devastador, pois, asfixia as organizações.

O que será de nossos empregos?

A realidade presente revela as empresas sobreviventes contratando, mas o estado de sobrevivência revela-se como efeito de desequilíbrio, pois, o equilíbrio é a vida e não a sobrevida, assim, a demanda por prestadores de serviços é algo muito tímido.

Isto, porque a realidade das contratações mostra apenas uma parcela dos trabalhadores que permanecerem sem um vínculo de emprego, em razão das ondas digitais serem um fator que vai ainda, se somar aos efeitos da desigualdade anterior, que é herança da velha Revolução Industrial, que também não foi sanada, e, por sua vez, já excluíam pelos fatores de idade, sexo e viabilidade econômica especulativa.

A conclusão é que dentro do sistema atual a tendência é de uma míngua cada vez maior da capacidade de equilíbrio de mercados, ou seja, estamos enfrentando um colapso que tornam os mercados cada vez mais escassos.

A transição para um novo mundo

Aqui falamos apenas do aspecto produção e emprego, mas temos ainda o efeito do sujeira que fizemos no ambiente que ainda teremos que limpar, assim, o que podemos concluir é que temos um problema muito grave, sério.

E o momento de transição para um novo mundo chama cada um de nós para que criemos em nós esse espírito sóbrio de gravidade e seriedade para que possamos reconhecer que estamos diante de um problema enorme, tão grande que teremos muito poucas chances de sobrevivermos se tentarmos resolvê-lo apenas com nossas mãos.

Esse é o primeiro passo que precisamos dar para encontrarmos uma solução que nos permita sair da “sinuca de bico” em que entramos: de que não somos capazes de consertar um erro que vem sendo construído a 400 anos, porque muitas partes quebradas, ou destruídas, não podem ser restauradas por nossas mãos, dependendo de forças muito superiores à soma de todos braços dos homens na Terra.

Para isso, é imprescindível mudar a nossa forma de ver as coisas cotidianas, que hoje parecem banais para nós, mas são imprescindíveis para a sustentação da vida, descobrindo a partir daí, que são elas que estão oferecendo suas forças para que se junte a nossa na reconstrução de um novo Mundo.

Se conseguirmos dar esse primeiro passo seremos capazes de reconhecer que o ambiente vivo propõe o equilíbrio da vida, não tendo o homem dominador do Mundo, mas sim como um simples protagonista na mesma igualdade com as demais espécies, gerando a inspiração para se dar o segundo passo.

Conclusão

Diante das grandes ruínas causada pelo tsunami digital, todos nós estamos tendo a chance de reconstruir nossa vida com decência, para isso, é preciso encararmos o tamanho do nosso erros passados e como homens renovados, gerar a contrição em nós, para se reconstruir a vida de uma forma reparadora.

Não é um fim, é um começo, seja bem-vindo, para unirmos forças para os próximos passos.

Fazer o que nunca fizemos

Sobre esse assunto há mais temas em https://formaresaber.com.br

1ASSUMPÇÃO, Lia. Obsolescência programada, práticas de consumo e design: uma sondagem sobre bens de consumo. Dissertação de mestrado no Programa de Mestrado de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, 2017. Disponível em https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16134/tde-11012018-123754/publico/LiaAssumpcao_REV.pdf. Acesso em 08 mai. 2021.

2ZANATTA, Marina. A obsolescência programada sob a ótica do Direito Ambiental Brasileiro. In Artigos PUCRS, 2013. Disponível em https://www.pucrs.br/direito/wp-content/uploads/sites/11/2018/09/marina_zanatta.pdf. Acesso em 08 mai. 2021

3GUIMARÃES, Cláudia. O cinema e os cinemas: diálogos entre estética e tecnologia. In Revista Lumina, Vol 3. nº 2, Dezembro de 2009. Disponível em https://seer.uscs.edu.br/index.php/revista_comunicacao_inovacao/article/download/676/522/2275. Acesso em 08 mai. 2021.

4FELTRIN, Ricardo. Após 1 ano de pandemia, ibope de toda a TV aberta desaba. In Splash UOL 05/04/2021. Disponível em https://www.uol.com.br/splash/noticias/ooops/2021/04/05/apos-1-ano-de-pandemia-ibope-de-toda-a-tv-aberta-desaba.htm. Acesso em 08 mai. 2021.

Configuração do Centos 8

Dicas para uso após a instalação do Centos 8

a) Primeiro acesso

Para acesso com mais desenvoltura como administrador (root) nós recomendamos o padrão X11 no Xorg, para isso, na tela de login ao clicar sobre o nome do usuário, ao lado esquerdo do botão entrar clique no botão (de engrenagem) config.

b) Atualizando o sistema

A primeira coisa depois ter iniciado a sessão é atualizar o sistema, abra o terminal e digite os comandos:

sudo dnf update

sudo dnf upgrade

Você pode incluir ao final da linha o comando -y, se quiser dar Sim para todas as interações das atualizações, por exemplo sudo dnf upgrade -y.

c) Habilitando os repositórios
Repositório Epel:

sudo yum install https://dl.fedoraproject.org/pub/epel/epel-release-latest-8.noarch.rpm.

No CentOS 8 é recomendado que também seja habilitado o Repositório Powertools, porque os pacotes do EPEL podem dependerem de pacotes desse repositório.

sudo dnf config-manager --set-enabled powertools

Se necessário, você pode obter mais informações no link: https://fedoraproject.org/wiki/EPEL

Repositório ElRepo – pacotes kmod que suportam placas de rede, de vídeo etc.

Primeiro é preciso baixar a chave de autorização para instalação de pacotes desse repositório.

sudo rpm --import https://www.elrepo.org/RPM-GPG-KEY-elrepo.org

Depois, adicionar o repositório:

sudo yum install https://www.elrepo.org/elrepo-release-8.el8.elrepo.noarch.rpm .

ElRepo – Extras – para atualização de dependências

O site oficial do ElRepo pede para atualiar usando o comando

sudo-enablerepo=elrepo-extras 

mas não deu certo para nós, por isso deixamos esta sugestão de comando que deu certo.

sudo yum config-manager --enable elrepo-extras
ElRepo – kernel – para atualização de dependências
sudo yum config-manager --enable elrepo-kernel

Se necessário, é possível obter mai informações neste link: http://elrepo.org/tiki/HomePage.

RPMFusion Softwares do Projeto Fedora

Para instalar use o CTRL+C para copiar o comando abaixo e CTRL+SHIFT par colar no terminal

sudo dnf install --nogpgcheck https://mirrors.rpmfusion.org/free/el/rpmfusion-free-release-8.noarch.rpm https://mirrors.rpmfusion.org/nonfree/el/rpmfusion-nonfree-release-8.noarch.rpm

Mais informações podem ser encontradas no link:https://rpmfusion.org/Configuration

Repositórios opcionais

Se você não encontrar o software nos repositórios acimas, como por exemplo o mariadb, php, há outros específicos ue podem ser consultados neste link:https://wiki.centos.org/AdditionalResources/Repositories

Repositórios complementares
Flatpak – Loja de aplicativos mais atuailizados que os disponiveis nos repositórios oficiais, lembrando que nem sempre o mais atualizado significa melhor performance

O Flatpak já vem instalado no Centos, sendo necessário apenas a sua habilitação, para isso use o comando:

flatpak remote-add --if-not-exists flathub https://flathub.org/repo/flathub.flatpakrepo
Snapcraft – Loja de aplicativos similar ao Flatpak contendo alguns softwares exclusivos.

No terminal digite o comando

sudo yum install snapd

Habilite as comunicações externas com o servidor

sudo systemctl enable --now snapd.socket

Mais informações podem ser obtidas neste link: https://snapcraft.io/docs/installing-snap-on-centos

depois não esquecer do comando

sudo dnf update
d) Configurações complementares

Sugerimos iniciar instalando o Tweak Tools com o comando no terminal

sudo dnf install gnome-tweaks

Depois, no navegador (firefox) digite:https://extensions.gnome.org/ ao abrir a página, clique em instalar extensões do browser (pode ser que esteja em inglês).

Depois de instalado, clique no ícone (pé) do Gnome na barra do navegador, do lado direito, para abrir a página de extensões do Gnome, depois, em busca, digite dash-to-doc (michele), ao abrir a extensão, mude de OFF para ON.

Agora é só clicar a tecla da janela do windows no teclado, e digitar no busca de aplicativos ajuste e fazer as configurações de sua preferência.

Finalmente, caso queira habilitar a impressora e scanner, no menu principal na parte superior da tela com o sinal de ligar/desligar, clique em configurações, depois, na opção Dispositivos, e impressoras para configurar a impressora.

e) Sugestões de aplicativos básicos

sudo dnf install vlc gimp ffmpeg audacity

f) Sugestão de instalação do Brave no lugar do Chromium

Deixamos aqui a sugestão para a instalação do Brave que é um derivado do Chrome, mas com um projeto de maior privacidade, ele bloqueia aquelas bisbilhotadas que os outros navegadores dão no seu perfil de consumo, por isso, também é mais rápido.

Digite o comando

sudo dnf install dnf-plugins-core

Adicione o Repositório

sudo dnf config-manager --add-repo https://brave-browser-rpm-release.s3.brave.com/x86_64/

Importe a chave do repositório

sudo rpm --import https://brave-browser-rpm-release.s3.brave.com/brave-core.asc

Atualize o Sistema

sudo dnf update

Instale o Browser

sudo dnf install brave-browser

Inteligência Emocional: Aprendendo a alegrar-se

Apresentamos abaixo um vídeo que propõe o desenvolvimento da alegria a partir de prática de inteligência emocional do “deixar-se ser amado” como meio de superação da dor, da angústia e da solidão.

Amor de mãe

Você pode ler mais sobre o assunto no post: https://formaresaber.com.br/#capela.

Denunciando a corrupção:

O tema Denunciando a corrupção, é parte do conteúdo sobre a obra “O Novo Mundo: a história interagindo com o sonho da Humanidade”, que está neste link https://formaresaber.com.br/#roma/, e no vídeo abaixo:

Ao acessar o conteúdo pelo link acima, é possível cruzar leituras relacionadas.

Sem sentidos, desprezamos a cura da doença

Nos tempos presentes, e aqui nos referimos à sexta-feira, 09 de abril de 2021, a exemplo de quando houve a Ressurreição de Jesus em que os discípulos em diversas narrativas bíblicas não o reconheceram, uma delas a dos irmãos que seguiam para Emaús, a Igreja também não o reconheceu diante de sua mensagem de Boa Nova dada pela Liturgia da sexta-feira, oitava da Páscoa, após a celebração de sua Paixão e Morte.

Igual aquele tempo, vivemos tempos de tristeza, de luto, de dor, em que o número de pessoas mortas só pela peste que, aproximando-se de 400.000 vítimas, supera a população de cidades populosas, como Blumenau -SP, Canoas – RS, Carapicuíba – SP, se aproximando de Campina Grande – PB, muitas dessas vítimas, sem a dignidade de um leito, isto é, mortas na fila para entrar nos hospitais.

E diante dessa dor, sentimos a mesma impotência, a falta de forças, o desnorteio, sem saber o que fazer, e, tentamos manter tudo dentro da normalidade continuando nossos trabalhos, repetindo o que fez o Apóstolo Pedro, quando, desiludido, perdido, sem rumo, cheio de dores, parecendo-lhe faltar esperanças para um mundo que o esmagava, disse “Eu vou pescar” (João Cap. 21, v. 3).

Falta de sentidos

E como naqueles tempos, saímos para pescar, mas tudo nos parece sem sentido, tudo nos parece decepção, já não vemos a alegria de nossas festas, já não sentimos prazer em celebrarmos nossas tradições, tudo parece diferente agora, tudo parece sem o vigor de outrora, e como os Discípulos daquele tempo, agora, passamos a noite toda e não pescamos nada (Jo, 21,3), isto é, parece que diante de tanta dor, indiferença, corrupção, nada muda e nada vai mudar, estamos condenados á um lugar de dores, frustrações e decepções.

Com o coração pesados, não reconhecemos a Vida se renovando, não reconhecemos o Senhor nos dando uma Boa Nova para a cura de nossa dor, para a cura da peste, para o renascimento em uma Vida nova, na Liturgia do dia 09 de Abril de 2021, Ele disse nas missas daquele dia “Lançai a rede à direita da barca, e achareis” (Jo 21,6), mas, a Igreja está dormente, a exemplo dos discípulos, não reconheceu o seu Senhor, e essas palavras voaram ao vento, sequer são lembradas pela teologia do Deus morto.

Com um coração sem carne, com os ossos secos, as Palavras do Senhor parecem não ter vida para nós quando diz dentro de uma liturgia, isto é, prática de vida, serviço :“Lançai a rede à direita da barca, e achareis” (Jo 21, 6), parecendo apenas um adorno do texto, assim como depois em “ Estava cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes” (Jo,21,11).

No entanto a Palavra do Senhor não é inútil, não foi Proclamada apenas para desaparecer ao vento como desapareceu de nossos corações a Proclamação da sexta-feira dia 09 de abril de 2021, pois, não é apenas adorno, é Palavra Viva, e na Ressurreição do Senhor, é como a chuva que rega o campo a germinar, a trazer a Vida na Boa Nova da cura de nossos males, fazendo novas todas as coisas:

E como a chuva e a neve que caem do céu para lá não voltam sem antes molhar a terra e fazê-la germinar e brotar, a fim de produzir semente para quem planta e alimento para quem come, assim também acontece com a minha palavra: Ela sai da minha boca e para mim não volta sem produzir seu resultado, sem fazer aquilo que planejei, sem cumprir com sucesso a sua missão.

Em clima de alegria saireis, em clima de paz sereis conduzidos (Isaías, Cap. 55, v. 10-12).

A Palavra Viva do Senhor ressuscitado ao nos dizer “Lançai a rede à direita da barca, e achareis”, está se revelando para nós nos tempos presentes, a dizer que toda a nossa alegria de Pentecostes: “Em clima de alegria saireis, em clima de paz sereis conduzidos (Isaías, Cap. 55, v. 12), a Alegria da Boa Nova, precisa ser nos 50 dias da celebração da Páscoa com uma peregrinação junto com Ele à sua direita.

Igual a experiência de Tobias e Sarah na cura com São Rafael, quem está à direita da Barca é a Rainha (Salmo 45), oferecendo-nos o remédio, para curar nossas dores de agora, na peregrinação de cada dia (= 1 dia), que deve conter 150 (saudações angélicas) com a mediação dos mistérios da alegria, dor e glorificação do Senhor (= 3 mistérios), que se representou por 153: “ Então Simão Pedro subiu ao barco e arrastou a rede para a terra. Estava cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes (Jo 21,11);

Mas o coração do homem está sem carne, assim como secos estão seus ossos, e não consegue reconhecer o Senhor, assim, mesmo diante da morte ele permanece indiferente para mudar o curso capaz de salvar sua vida, mesmo diante dos sinais do Senhor ele permanece cabisbaixo, e talvez ainda diante de todos os sinais do Senhor, sua incredulidade veja como atos de um homem, “onde vossos pais me tentaram, me provaram, apesar de terem visto minhas obras” (Salmo 94, 8).

Mas, a Palavra do Senhor não volta ao céu sem dar fruto, por isso é para nós, agora o que foi dito a Moisés:

Com efeito, este mandamento que hoje te prescrevo não é difícil para ti nem está fora do

teu alcance. Não está no céu, para que digas: ‘Quem poderá subir ao céu por nós para

apanhá-lo? Quem no-lo fará ouvir para que o possamos cumprir?’ 13 Não está do outro lado do mar, para que digas: ‘Quem atravessará o mar por nós para apanhá-lo? Quem no-lo fará ouvir para que o possamos cumprir?

Ao contrário, esta palavra está bem ao teu alcance, está em tua boca e em teu coração, para que a possas cumprir. Vê que eu hoje te proponho a vida e a felicidade, a morte e a desgraça. Se obedeceres aos preceitos do Senhor teu Deus, que hoje te prescrevo, amando ao Senhor teu Deus, seguindo seus caminhos e guardando seus mandamentos, suas leis e seus decretos, viverás e te multiplicarás, e o Senhor teu Deus te abençoará na terra em que vais entrar para possuí-la.

Se, porém, o teu coração se desviar e não quiseres escutar, se te deixares arrastar para adorar e prestar culto a outros deuses, eu vos declaro hoje que certamente perecereis.

Não vivereis muito tempo sobre a terra onde ides entrar, depois de atravessar o rio Jordão, para ocupá-la.

Cito hoje o céu e a terra como testemunhas contra vós, de que vos propus a vida e a morte, a bênção e a maldição. Escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e teus descendentes (Deuteronômio, Cap. 30, v.11-19).

Volte para a Vida, abrace o teu Senhor, Ele quer tua amizade, mas o tesouro dessa amizade depende também de você quer ser amigo dele, se você não mudar o teu coração, você não consegue encontrar a vida: Procurai o SENHOR enquanto é possível encontrá-lo chamai por ele, agora que está perto (Isaías, Cap. 55, v. 6).

Mais informações em assuntos semelhantes pode ser encontrado neste link: https://formaresaber.com.br/saindo-da-pandemia-pelo-recluses-no-lugar-do-lockdown/

A Ciência panterrestre

Dentro de nossa caminhada pela Ciência das Linguagens percebemos que a visão humana ou relação da Semiótica com as outras Ciências se revela igual a irônica apresentação feita por Lúcia Santaella quando brincou: “Semi-ótica – ótica pela metade?” (SANTAELLA, 2012, p. 9)1, pois, é exatamente dessa forma que as Ciências da Humanidade encaram a Semiótica.

Charles Sanders Peirce – Credit:Wikipedia

O problema começa a ser sentido a partir da própria apresentação da Semiótica às academias do conhecimento humano que reagem como se deparassem com um imigrante, estrangeiro que quer compartilhar o seu universo, mas enfrenta o preconceito delas como “que cara esquisito”, e, assim, é vista como algo exótico, ou, diferente, e as vezes até incompatível como o ambiente do conhecimento humano.

Conflito 1 – Além das fronteiras da Ciência

O início do conflito parte do que se entende por academias de conhecimento humano como referência às ciências da humanidades isto é, as ciências físicas e as ciências humanas, ou metafísicas, cujo o princípio de reconhecimento se dá a partir de um pressuposto lógico pela a captura do conhecimento a partir de um raciocínio lógico.

Esse processo teve inspiração pelo cartesianismo de Descartes e consolidou-se na física clássica de Newton, de que tudo deve ser explicado positivamente, a partir dos conhecimentos capturados, ou, apreendidos, o que pedimos licença para ilustrar com o exemplo daqueles vídeos que mostram o gato que se encanta pela luz do laser é quer agarrá-la a todo o custo, pois, na ilusão de adivinhadores e dominadores do futuro, o conhecimento sendo como água, não pode ser capturado pelo domínio lógico das mãos humanas, cujo melhor exemplo desse fracasso foi a própria física clássica do absolutismo lógico de Newton sendo reescrita pela física quântica de Planck e Einstein, tornando parte dessa mesma ciência as incertezas.

Conflito2 – Confundido como pensador

Como a ciência humana limita-se ao estudo voltado apenas para o humano, isto é, aquilo que só foi capturado logicamente como conhecimento, não consegue definir algo que é panterrestre, isto é, uma ciência capaz de unificar o conhecimento dentro do universo como lógica e fora dele como experiência, como podemos observar na apresentação de Peirce pelo Livro “Os Pensadores”:

A maior parte dos historiadores de filosofia considera Charles “Santiago” Sanders Peirce como o maior e mais original pensador que já surgiu na América do Norte (D’OLIVEIRA, 1989, p. VII)2.

O grande equívoco nesta apresentação e considerar Peirce como um pensador, Ele pode ter sido original, pode ter sido grandioso, mas não pensador, porque estaria contradizendo o pragmaticismo da própria ciência que ele apresentou, pois, o processo cognitivo apresentado aos homens por Peirce, não veio do seu intelecto, mas sim, de uma interpretação, ou, tradução, de uma ciência que vai além da compreensão humana, Peirce, testemunhando a paisagem do conhecimento real, expressou-a como Arte, não de autoria própria, pois a Semiótica é fenômeno de realidade e não pensamento que engaiola o conhecimento, talvez por essa caraterística de ciência panterrestre, a mesma Obra “Os Pensadores”, relata o exílio de Peirce como “entre tormentos”.

Apesar de todas as qualidades intelectuais de Peirce, sua carreira universitária não foi bem-sucedida. Personalidade instável e complexa, o filósofo teve uma vida pessoal muito atribulada, que o prejudicou nas atividades docentes.

(…) Em 1887, depois de herdar algum dinheiro, Peirce retirou-se para Milford, Pensilvânia, onde viveu em relativo isolamento até a morte, em 19 de abril de 1914. Os habitantes de Milfor não tinham dele a melhor das impressões: era considerado um excêntrico, pouco cuidados com a aparência, solitário e desregrado nos hábitos (Ibid.).

Conflito 3 – Realidade de fenômenos confundida como filosofia

O terceiro conflito é o tratamento dado à Semiótica como Filosofia de Peirce, o que consiste um grande equívoco, porque se Peirce apenas promoveu a interpretação das interações comunicativas com o ambiente, que é chamado de fenomenologia, não se trata de um pensamento de Peirce, ou Filosofia de Peirce, ou forma de pensar, mas sim, de um registro de realidade de um fenômeno, sem a contaminação da influência humana, cuja a participação de cada um se dá pela experiência da lei chamada de secundidade a aplicar a Ética que estrutura esse fenômeno.

Conclusão

As ciências da humanidade se prende na ambição de capturar o conhecimento a fim de que o homem possa se tornar dominador, ou adivinhador dos eventos, capazes de preverem o futuro, limitando-se assim a uma relação puramente humana, ao passo que a Semiótica traduzida por Peirce ao Mundo, a exemplo da Teoria do Caos, revela uma comunicação intensa de sentidos, não só entre os conhecimentos humanos, mas, interagindo-se com tudo o que estrutura o ambiente, isto é, uma comunicação que não se limita a ligação entre os pontos do Universo mas também à Vida que está além dele.

Por fim tem de se encarar a dura realidade, de que, ao se descobrir as incontáveis belezas de uma Ciência Viva, cuja tecnologia de inovação e criação acontece, na linguagem da ciência digital, em tempo real, traz como efeito os tormentos de Peirce, se vendo sempre como um forasteiro extra-terrestre, vivendo seu exílio.

Continua na próxima semana.

1SANTAELLA, Lúcia. O que é Semiótica. São Paulo: Brasiliense, 1989.

2D’OLIVEIRA, Armando Mora. Peirce – Vida e Obra. In Os Pensadores – Peirce – Frege. 4ª Ed. São Paulo: Nova Cultural, 1989.

A corrupção social e política na democracia da lógica

Se você olhar ao teu redor vai perceber que a corrupção é uma instituição tão forte na sociedade como a instituição da democracia de uma nação.

E ela tão corrupta, tão ardil, que todo mundo a odeia, mas vivem abraçados com ela, pois, embriagados na intoxicação da hipocrisia, cada um levanta a vergonha do outro enquanto esconde a própria.

Olhar no espelho

Um exemplo disso que testemunhamos nos dias de hoje, é que a sociedade prega a igualdade dentro de um estado democrático, mas diante de um momento de chamado cívico de vacinação em massa, lá está ela, a corrupção vistosa, abraçando os espertinhos:

Uma vez…

Policiais federais constrangem servidora e tentam furar fila da vacinação

O incidente aconteceu na tarde deste sábado (27/3), no drive-thru do Terraço Shopping. Os policiais exigiam o acesso a “xepa”, que são doses remanescentes do imunizante contra a covid-19 (CORREIO BRAZILIENSE, 2021)1

Inúmeras vezes ….

MP-PR investiga mais de 600 denúncias de ‘fura-fila’ da vacina contra Covid-19 no Paraná.

Segundo a Controladoria Geral do do Paraná, quase 40% dos municípios do estado registram pelo menos um caso de pessoas que furaram a fila da vacinação. Denúncias podem ser feitas de forma anônima (RPC PONTA GROSSA – G1, 2021)2.

Ou ainda naquela hipocrisia da catimba popular de que, eu tenho o direito, mas o dever é só para os outros, porque o meu direito é o de desrespeitar as obrigações.

Uma vez …

Médico registra festa clandestina ao lado de UPA com pacientes de Covid-19 na Zona Leste de SP (ISTO É, 2021)3

Inúmeras vezes …

Polícia investiga mais de 4.600 pessoas envolvidas em festas clandestinas em SP.

Em menos de 20 dias, delegados instauraram 52 inquéritos policiais em todo o estado (Henrique, 2021)4.

E diante de todos esses escândalos, o primeiro impulso nos leva a tropeçarmos num abraço da corrupção, ao olharmos irresignados todos esses comportamentos desprezíveis, julgando que eles estão errados e nós que não fazemos isso, estamos certos.

No entanto, se, nos isentarmos da hipocrisia e intoxicação da corrupção, conseguiremos compreender que, na verdade, somos nós todos que estamos errados, somos nós todos desprezíveis nesse ambiente, e que, no dia da mentira é essa verdade que sempre ocultamos de nós mesmos.

Para buscar luzes para a resposta, vamos nos valer de nosso texto anterior COVID-19: governantes e empresários no caminho errante para a morte, quando falamos que vivemos em sociedade, mas, voltada apenas para nós mesmos, somente olhando o próprio umbigo, como se todas as leis, todas as obrigações e deveres estivessem voltados exclusivamente para a satisfação humana ou da Humanidade, e, não como colaborações para a edificação do ambiente como um todo, por isso estamos sempre olhando para dentro, como foi proposto naquele artigo:

Os erros que se testemunha no presente são perceptíveis ao observamos que os modelos da administração moderna têm como referência líderes que dão soluções, emoldurando ícones como por exemplo, Steve Jobs, Bill Gates, que, certamente na faculdade, não frequentaram aquele barzinho preferido da turma, e por isso não ouviram as lições de J. Quest quando cantava:

Viver é uma arte, é um ofício
só que precisa cuidado.
Prá perceber quer que olhar só pra dentro
é o maior desperdício.
O teu amor pode estar do seu lado (REIS e JOTA QUEST, 2004) (LUCIO FILHO, 2021)5.

Se reconhecermos isso, talvez possamos identificar o cupim que corrompe o tronco, pois, ele é quase imperceptível, mas dentro de nós, nos intoxica com uma substância com um enorme poder alucinógeno, que nos ilude com a sensação de ser, ou “sonho de ser”, um verdadeiro deus.

Neste sonho o tema é “ser dono da própria vida” e o lema é “independência financeira”, que combinado forma a ilusão de transformar qualquer um em deus, capaz de controlar tudo e a todos, como se não existisse o Universo, mas cada um fosse o centro do mundo, sob o olhar no próprio umbigo da humanidade do ter: meu time, minha família, minha cidade, meu país, valendo-se de planos estratégicos, agenda, orçamentos, avaliações, pré-ocupações, alimentando um corpo poderoso chamado lógica.

Ao garrar-se na lógica, que é a estruturação parcial da Arte, o cupim da corrupção produz a sociedade das aparências, a artificialidade que também é conhecida por hipocrisia, que há 370 anos atrás, em abril de 1651, agarrou com força como vítima em Paris, Thomas Hobbes, que nos lembrando a inocência do acidente do césio-137 em setembro de 1987 em Goiânia, o fez se encantar pela artificialidade, e denominou o poderoso alucinógeno de Leviatã, proferindo uma profecia atualíssima para os tempos presentes.

Do mesmo modo que tantas outras coisas, a natureza (a arte mediante a qual Deus fez e governa o mundo) é imitada pela arte dos homens também nisto: que lhe é possível fazer um animal artificial. Pois vendo que a vida não é mais do que um movimento dos membros, cujo início ocorre em alguma parte principal interna, por que não poderíamos dizer que todos os autômatos (máquinas que se movem a si mesmas por meio de molas, tal como um relógio) possuem uma vida artificial?

Pois o que é o coração, senão uma mola; e os nervos, senão outras tantas cordas; e as juntas, senão outras tantas rodas, imprimindo movimento ao corpo inteiro, tal como foi projetado pelo Artífice? E a arte vai mais longe ainda, imitando aquela criatura racional, a mais excelente obra da natureza, o Homem. Porque pela arte é criado aquele grande Leviatã a que se chama Estado, ou Cidade (em latim Civitas), que não é senão um homem artificial, embora de maior estatura e força do que o homem natural, para cuja proteção e defesa foi projetado.

E no qual a soberania é uma alma artificial, pois dá vida e movimento ao corpo inteiro; os magistrados e outros funcionários judiciais ou executivos, juntas artificiais; a recompensa e o castigo (pêlos quais, ligados ao trono da soberania, todas as juntas e membros são levados a cumprir seu dever) são os nervos, que fazem o mesmo no corpo natural;

a riqueza e prosperidade de todos os membros individuais são a força; Salus Populi (a segurança do povo) é seu objetivo; os conselheiros, através dos quais todas as coisas que necessita saber lhe são sugeridas, são a memória; a justiça e as leis, uma razão e uma vontade artificiais; a concórdia é a saúde; a sedição é a doença; e a guerra civil é a morte. Por último, os pactos e convenções mediante os quais as partes deste Corpo Político foram criadas, reunidas e unificadas assemelham-se àquele Fiat, ao Façamos o homem proferido por Deus na Criação (MALMESBURY, 2015, p. 9)6

É atualíssima pois, diante da artificialidade de cada um individualmente, há os reflexos no Estado artificial civil e eclesiástico de Hobbes, pois, no Estado há uma lei maior do sonho de Igualdade da nação, no entanto, a artificialidade dos poderes governamentais, executivo, legislativo e judiciários são verdadeiras classes de privilégios que os tornam muito distante da realidade do cidadão comum.

Vivem em um patamar muito superior da realidade do homem comum, pois, os salários são diferenciados em milhares de reais comparados com o do cidadão comum, há privilégios para a categoria que não alcança aos demais cidadãos, como foro privilegiado, aposentadoria com vencimentos integrais, pensões aristocratas até a terceira geração, auxílios e benefícios que sequer são imitados pela iniciativa privada, muito menos para o cidadão comum, polícia do próprio do poder, julgador para o próprio poder.

O serviço se dá sob a prevalência da aplicação do direito sem qualidade de justiça, ou seja, é o Estado artificial a exemplo de 1651, formalizando o carimbo do direito sem qualquer controle em qualquer um dos poderes pela falta de eficácia da justiça sonhada pelo Art. 37 da Constituição Federal.

Todos carregam a consciência do imoral, mas como detêm o poder “o tornam legal”, e às favas a justiça social, já que a própria sociedade também é artificial ao ponto de hoje, primeiro de abril de 2021, em que é noticiada pela imprensa nacional a morte de 500 cidadãos só na fila de uma internação, ou seja, privados da dignidade e cidadania de se receber o serviço público da saúde que não é obrigação, mas dever do Estado.

Cidadãos que não são anônimos, pois constam dos cadastros estatais para a tributação de erário ao longo de suas vidas mantendo os altos salários e benefícios e luxos de cada um desses poderes.

No entanto, tal escândalo deplorável, não provoca o mínimo constrangimento de falha administrativa em algum desses poderes, e, seguindo o principio de se olhar para o próprio umbigo, não provoca qualquer complexo de culpa pelas mortes trágicas daqueles que o sustentam, se quer se lembrando dos órfãos e viúvas, e nem qualquer iniciativa dos poderes fiscalizadores, como se nada tivesse a ver com alguma autoridade governamental, pois o Estado é artificial como profetizou em sua ingenuidade, Thomas Hobbes.

Mas o tema deste trabalho não é uma crítica ao Estado, mas sim, o artificialismo da lógica que cada um carrega em si como se fosse o ar que respira pois, uma vez que em toda arquitetura lógica está a ilusão do controle e do domínio, na sensação da liberdade e independência, que parecendo ser bom, tornar-se um cupim corruptor e transforma a realidade em mera aparência ou simulação, isto é, em artificialismo.

O poder desse domínio é tão forte que parece ser impossível viver sem lógica, porque essa impossibilidade é formada pela ambição e desejo de aplicar o princípio de “controlar a vida” no entanto, como não há uma lógica para se controlar a vida, a sabedoria convida para que a realidade se construa deixando a própria vida ditar o controle, criando sentido e construindo emoções, essas são as matérias-primas que se plasmam a ética de todas as matérias ou objetividades físicas que abraçando a sanidade, harmonizam qualquer ambiente, ao invés de arquiteturas de pensamentos lógicos que são secos, rígidos e desumanizados pela falta de sentidos.

No dia da mentira, a grande mentira social, é a grande verdade, já que vivemos uma sociedade do artificial. De que adianta um sobrevida de miseráveis que ao invés de dignidade e cidadania, recebem esmolas dos poderes como moeda de trocas por favores em suplícios no lugar de prestarem serviços, não havendo espaço para os sentidos da vida de se andar de cabeça erguida, ou mesmo de se dar um sorriso? Até quando o homem escolherá a fake de dizer que é democracia, mas viver no “me engana que eu gosto”?

Fazendo uma adaptação às palavras de Jucas Chaves, o governo é um bobo vestido de deus, seguido por um monte de deuses vestidos de bobos, por isso, alegremo-nos pois, a mentira já se foi e a justiça bate à porta, eliminando para sempre o artificialismo, pois, como é a vida quem domina, e não a lógica pois suas fronteiras são curtas, a tendência é a de se edificar os sentidos que é arte a eliminar as bobeiras que é artificial como um dia já nos preveniu o Profeta Isaías ” Naquele dia o Senhor vai castigar com sua espada dura, grande e forte, Leviatã, a serpente tortuosa, serpente escorregadia. Matará o monstro que habita o oceano” (Isaías, cap. 27, v, 1).

1CORREIO BRAZILIENSE. Policiais federais constrangem servidora e tentam furar fila da vacinação. In Caderno DF Cidade, 27/03/2021. Disponivel em https://www.correiobraziliense.com.br/cidades-df/2021/03/4914523-policiais-federais-constrangem-servidora-e-tentam-furar-fila-da-vacinacao.html.

2RPC PONTA GROSSA – G1. MP-PR investiga mais de 600 denúncias de ‘fura-fila’ da vacina contra Covid-19 no Paraná. In G1, PARANÁ RPC, 30/03/2021. Disponivel em https://g1.globo.com/pr/oeste-sudoeste/noticia/2021/03/30/mp-pr-investiga-mais-de-600-denuncias-de-fura-fila-da-vacina-contra-covid-19-no-parana.ghtml. Acesso em 01/04/2021.

3ISTO É. Médico registra festa clandestina ao lado da UPA com pacientes de COVID-19 na Zona Leste de SP. In ISTO É. Caderno Geral, da Redação, 29/03/2021. Disponível em https://istoe.com.br/medico-registra-festa-clandestina-ao-lado-de-upa-com-pacientes-de-covid-19-na-zona-leste-de-sp/. Acesso em 01/04/2021.

4HENIRQUE, Alfredo. In São Paulo Agora, Caderno Coronavírus, 31/03/2021. Disponível em https://agora.folha.uol.com.br/sao-paulo/2021/03/policia-investiga-mais-de-4600-pessoas-envolvidas-em-festas-clandestinas-em-sp.shtml. Acesso em 01/04/2021.

5LUCIO FILHO, Laurentino. COVID-19: governantes e empresários no caminho errante para a morte. Disponível em https://formaresaber.com.br/covid-19-governantes-e-empresarios-no-caminho-errante-para-a-morte/. Acesso em 01 abr. 2021.

6MALMESBURY, Thomas Hobbes de. O Leviatã ou matéria, forma e poder de um estado eclesiástico e civil. São Paulo. Edipro, 2015.

Saindo da Pandemia: As distrações no trabalho

No dia 16 de março foi publicado a primeira parte do tema Saindo da Pandemia, e tivemos a grata alegria de receber a partilha, quando um estimado amigo reagiu, enviando-nos uma mensagem que compartilharemos parte como parte edificante de um diálogo, por isso, esclarecemos que não se trata de uma disputa de teses de quem tem o melhor argumento, pois, a produção textual que costumamos publicar não é feita a partir de pensamento ou inteligência de um homem mas, sim como um trabalho profissional de alguém que traduz idiomas.

Assim, os textos são resultados de tradução de linguagens semióticas na linha cognitiva, porque Semiótica é a Ciência das Linguagens, que não se limita à comunicação humana, mas a comunicação de tudo que há mensagem desforme (informação) e reação do destinatário (interação), sendo o tradutor não apenas de um idioma, mas de linguagens planetária e estelar.

E ao apresentarmos a mensagem de um amigo que hoje vem a abrir esse tema, a tratamos como colaboração para percebemos nossa indiferença, pois, sem querer julgar o pensamento ou forma de pensar do autor, mas, somente os efeitos daquela mensagem, para nos mostrar como a humanidade está adormecida.

Credit:senoaji1989

Assim, o diálogo se revela útil como uma interação à uma realidade presente, que na semiótica é chamada de abdução, porque como diz o ditado popular: o primeiro ouvinte é aquele que vos fala, ou seja, antes desse texto ser produzido ele foi experimentando por que o produziu.

Assim para evidenciar essa nossa dormência, ou distração no trabalho, foi desenvolvido a continuidade desse tema apresentando ausência de reação, diante de advertências importantes, como se deixássemos de dar a mínima atenção a fenômenos essenciais ao nosso bem estar, a exemplo da massiva gritaria de todos os jornais nesses dias, advertindo os irresponsáveis, homicidas, para que respeitem o isolamento e usem máscaras.

Por isso, a tradução de Linguagens pela semiótica cognitiva não se trata da ideia, entendimento de homem, mas de reação sobre uma advertência em Linguagem não humana para humana, a exemplo da Palavra proferida hoje na Liturgia Missal de 18 de março de 2021, quando o Senhor diz: “Eu, porém, não dependo do testemunho de um ser humano. Mas falo assim para a vossa salvação” (João, cap. 5, v. 34).

A fim de se traduzir essa Linguagem para os tempos de hoje, quando foi dito à Humanidade ou igreja daquele tempo: “mas falo assim….”, traz como tradução humana, como se Ele se fizesse como humano, para usar a linguagem falada em idioma de um povo como recurso de comunicação humana.

Mas, a Linguagem do Senhor não é a linguagem do homem, pois o Senhor não é somente Senhor da Humanidade, mas, do Céu, ou seja, do que está na dimensão acima das criaturas, e, Senhor da Terra, que não é somente um planeta, mas tudo o que está abaixo do Céu, na dimensão material das criaturas e coisas criadas que é o Universo, pois, Ele, afirmamos com certeza pelo testemunho de tradutores, é a Vida que há em tudo que se move ou que se transmuta sobre a dimensão do Universo, de forma que, onde há Vida lá Ele está, e onde Ele não está, não há a Vida.

O resumo do texto publicado no dia 16 de março de 2021, é o seguinte:

a) Todos nós queremos resolver nosso problema, mas o problema não será resolvido por nossas mãos porque ele é muito maior do que nossas forças, por isso. é preciso que confiemos em quem está a resolver esses nossos problemas;

b) Para termos a segurança em Quem está resolvendo o nosso problema, precisamos responder (interagir) à sua mensagem dirigida a cada um de nós, que humanamente poderíamos entender assim: você quer que eu te ajude neste problema?

c) Para isso, foi demonstrado no texto que a oração não deve ser mental, mas é o próprio trabalho que produzimos a cada dia, como uma oferta, mas, diante da ausência de “Culto de Ação de Graças” pelo isolamento, que neste tempo, tem o sentido de jejum, deve ser feita pela Igreja doméstica, ou seja, por nós em nossas próprias casas.

d) Naquele texto a Igreja também foi convidada para substituir suas abstrações e distrações virtuais, e usar as telas para que os sacerdotes, como primeiro ouvintes, ajudem na interação de cada família, ou cada casa, ensinando-a a santificar sua oferta para que seja agradável ao Senhor, através do rito do Rosário nos mistérios Gozosos, Dolorosos e Gloriosos, a ser acolhido pelo rosto Maternal de Deus, ou, Regina Caelorum.

e) Por fim, conclui que a oração puramente mental, ainda que diante do altar mais sagrado, é uma fé morta porque não contem as obras, ao passo que a oferta das primícias, é uma obra (Estética) construída pela fé (Ética) que compõe a ARTE.

Diante daquele texto foi recebido a seguinte partilha que com a devida estima ao amigo, dizemos que é resultado da Igreja adormecida:

Meu irmão, estamos ma quaresma tempo de oração, jejum e esmola. Tempo de aposta em sermos melhores do que somos, em todos os níveis. Melhor diante de Deus, diante do Irmão e da Irmã, diante de mim mesmo.

A resposta trata-se da interação no modo introspectivo, que predomina o nosso comportamento hoje, isto é, puramente mental e não de obras de realidade, em forma de um ideal de ritos puramente mitológicos quando diz “estamos na quaresma tempo de oração, jejum e esmola”, pois, falamos distantes da realidade vivida.

Oração: oração mental? Fé sem obras, pois diferente disso, o texto anterior falou de se orar com a prática da dignidade e cidadania que é o mesmo que a liturgia em que se produz as primícias a serem ofertadas.

Jejum: Diante de nossa obstinação perguntamos, quem voltou a Deus para agradecer pelos sinais através da peste? Mas ao contrário, mal dizemos a peste “aff….quando irá passar?”, não voltamos e nem estamos fazendo jejum, mas reclamando dos infortúnios.

Esmola: Diante de nosso agir, costumamos imitar o publicano, ao voltarmos nosso olhar para aquele que não teve o nosso privilégio, ou, cobrador de impostos, e, hipocritamente piedoso dá como, a um desgraçado, merecedor da esmola, os restos que nos sobram, enquanto a Igreja é chamada a dar a dignidade que Pedro deu ao mendigo na porta do Templo: ouro e prata não tenho, mas o que tenho te dou, em nome do Senhor Jesus Cristo levanta-te e anda (Atos dos Apóstolos, cap. 6, v.3).

Assim na mensagem com todo o nosso respeito, há uma reação puramente abstrata confirmando o que se foi traduzido no primeiro texto quando se iniciou falando que você está sozinho, pois Governo e Igreja segue o mesmo parâmetro de retóricas, como se constata ao analisar no texto seguinte:

Tua mensagem acena algo que estamos fazendo na CF ecumênica.
Quanto aos padres, creio ser oportuno para aqueles que tem um dom da comunicação ocuparem o espaço no desejo de evangelizar. São vários os dons.
Quanto ao suicídio falamos bastante do caso na última campanha e, na oportunidade, te convido a acompanhar o padre Lício Araújo Vale, especilsita no suicídio. Ele acaba de craiar uma página no facebook.

Isso na linguagem humana é chamada de retórica, ferramenta muito utilizada hoje quando os poderes institucionalizam a demagogia em suas prestações de contas e dizem que estão fazendo todo o possível, ou que, nunca na história desse pais se fez como eles, falam que fazem, mas os efeitos de suas palavras é somente a dissipação pelo vento, pois não existe eficácia no que proferem, por consequente não existe ações efetivas e constatação de alguma melhoria.

A mensagem evidencia-nos um profundo sono daqueles que representam Sião quando a retórica diz:

Quanto aos padres, creio ser oportuno para aqueles que tem um dom da comunicação ocuparem o espaço no desejo de evangelizar. São vários os dons.

Há de se considerar que a interação com Deus se dá de dois modos, primeiro a Palavra, que é Sião, Aarão, o Culto pelos sacerdotes, e a segunda é a Obra pela Fé, ou prática da palavra que é Jerusalém, Moisés, ou Liturgia pelo povo.

Ao se valer do meio de interação através de Aarão, a única vocação dos sacerdotes é o Culto da Palavra, como um dia fizeram os levitas, por isso, nos dias de hoje, sob o pretexto de igreja moderna, não representa o Senhor aquele que é travestido de padre galã cantor, ou padre presidente, Senador, Deputado, e, ainda, padre travestido de cowboy para entreter as misérias humanas, ou, padre travestido de curandeiro como garoto propaganda de remédio milagroso.

Pois não trazem o Culto na forma a eles Institucionalizadas, mas apenas as misérias humanas, e corrompendo o sacerdócio, se transformam em simples concorrentes dos profissionais do mesmo ofício, que não estão aptos ao Culto mas à Liturgia e, sem função de sacerdotes ou de leigo, são mornos, como são aqueles que têm um pé em cada canoa para seguir o curso do mar.

O mesmo texto de 16 de março, diante de um forte apelo para se voltar à realidade, se depara com a repetição da mesma retórica: As devoções marianas seguem em nossas TV’s e rádios.

Se voltarmos ainda para aquele texto, diferente da mensagem, a proposta é a de que a oração mental não chega a Deus, mas sim, somente a obra com fé, assim, as devoções humanas das TV’s e rádios, não agradam ao Senhor da Igreja, pois são meramente abstratas, mitológicas ou distraídas, parece uma gravação cansativa, que fica repetindo e repetindo sem qualquer sentido, não sendo agradável nem mesmo para despertar o sono.

Conclusão

O texto inicial traduziu uma promessa de segurança absoluta para aqueles que se sentem inseguros, sem amparo, sem rumo, diante do grave momento em que vivemos, sob uma proposta de conforto para confiarem na solução Natural, e não nas propostas das próprias mãos, pois se hoje os irresponsáveis não obedecem o isolamento é porque viram que a solução humana não está dando certo, pois lhe colocam em risco a subsistência.

Isso se confirma pela Liturgia Missal de 18 de março de 2021, ao compararmos o texto de 16 de março de 2021 quando se falou para não se por a esperança em Vacas de Ouro, como se a vacina, cuja a origem etimológica do nome vem de vaca, fosse a solução de nossas mãos, e que hoje nos diz:

o Senhor falou a Moisés: “Vai, desce, pois corrompeu-se o teu povo, que tiraste da terra do Egito. Bem depressa desviaram-se do caminho que lhes prescrevi. Fizeram para si um bezerro de metal fundido, inclinaram-se em adoração diante dele e ofereceram-lhe sacrifícios, dizendo: ‘Estes são os teus deuses, Israel, que te fizeram sair do Egito!'” (Livro do Êxodo, Cap. 32, v. 7-8).

A proposta desse trabalho não deve ser entendida como se não se devêssemos obedecer os direcionamentos apresentadas hoje, com vacinas e isolamento, devemos sim, mas concomitantemente devemos também nos voltar ao Senhor a fim de que Ele nos instrua o que devemos fazer, pois a peste tornou-se uma forma de chamar a atenção de cada um, que, sem qualquer solução nas mãos, deve voltar sua segurança para Ele, e confiar que terá uma solução segura para este momento, e, que não é tempo para brincadeiras, isto é, Ele não está muito contente.

Portanto, os trabalhos que produzimos através dos títulos Saindo da Pandemia, tem por propósito despertar nos leitores apenas os pontos de linguagens que lhes parecem imperceptíveis no cotidianos, de forma que, ao lhes estimular os sentidos eles reajam por interações litúrgicas da Regina Caelorum, com aquele que é a própria Solução de Deus, pois do contrários se tornaram como as virgens imprudentes, que a exemplo do publicano, achando estar dominando a situação, acabaram ficando de fora.

Te amo meu amigo, por isso não estou te propondo um debate com minhas ideias, mas por obrigação que me foi imposta, te dando um aviso para que você desperte e se assegure na Solução de Deus.

Mais sobre esse tema: https://formaresaber.com.br/saindo-da-pandemia-pelo-recluses-no-lugar-do-lockdown/

Saindo da Pandemia pelo recluses no lugar do lockdown

Vivemos dias de extremas aflições, nos desviando da morte a cada instante e tentando salvar nossos filhos, porque, como na música dos Titãs, Pela Paz (1997)1, todo mundo está disposto à guerra, mas ninguém luta por você, você está sozinho.

Ao olharmos para o líderes, todos dizem, disposto à guerra, mas, não para lutar por você, isto é, para se efetivar a Justiça, mas, para manterem sua boa imagem pública, para manterem sua popularidade e, para alguns, para sucesso em reeleição das mamadeiras do Estado.

Para isso, praticam o ofício público da mera burocracia, que atenta contra a dignidade e cidadania, valendo-se do direito das aparências, cuja a injustiça do Ter Direito, faz prisioneira a verdade do Ser Direito e dizem sem qualquer constrangimento “é imoral, mas é legal”.

Por isso, vivemos um momento em que somos chamados a nos conscientizarmos de que o maior erro nosso agora, é por a esperança na mão de um desses caras, pois, ao invés de amarem a justiça, ostentam a si próprios, e preocupados apenas com a manutenção de seus luxos, não se importam e nem mexem um dedo para lutar por você, tua dignidade de ter um leito, um cuidado na saúde, é o que menos importa, a final adotam como ideal mais importante, a politicagem.

No entanto, a dignidade e a cidadania não estão sob as sujas mãos demagógicas deles, pois, são atributos sublimes que a própria natureza os guarda em seu santuário, e quando há ameaça a algum deles, ela própria se incumbe de protegê-los e não mede forças para, a seu tempo, destruir esses perversos egoístas.

Por isso, o momento presente em que testemunhamos uma peste global, ou pandemia, somos chamados a acreditar que não há “donos da verdade” a dar solução, pois não se têm a solução, não se devendo esperar que surgirá um plano mirabolante de economia e saúde, ou um plano conservador, porque tudo isso que foi feito até hoje já não se mostra mais adequado, por se sustentarem sob a indignidade do ter Direito, conservado pelas aparências, fingimentos, ou hipocrisias, e se afastarem do ser Direito.

Assim, não devemos esperar uma solução humana, não acredite em nenhuma promessa de homem, pois, o que nós todos somos chamados agora, trata-se de um fenômeno muito mais forte do que o homem, porque sua dimensão transpassa as fronteiras da capacidade de controle pela própria Humanidade.

Falar de solução por vacas (= vacina) de ouro, ou por máscaras como seu salvador, é ilusão para não se encarar o mal real que temos de enfrentar, que é a falta de coragem para olharmos para nós mesmos e ver que estamos sozinhos, e, homem nenhum lutará por nós e nossos filhos.

crédits:gdj

O momento presente não pede uma solução por lockdown, que quer dizer confinamento, mas, apresenta uma saída pelo recluses, que quer dizer contemplação, recolhendo-se a um jejum solitário, buscando atender ao chamado da única que pode estar ao nosso alado agora, a Natureza, nos convidando para voltarmos à realidade, à verdade, pois nós não somos vacas, nem de ouro, nem de carne, mas, cultuadores da dignidade e cidadania.

Para isso, se faz necessário se aprender a interagir com a Natureza para se aprende a ouvir dela o que ela quer e espera de cada um neste momento, tornando-se cultuadores da dignidade e cidadania, sendo Direito, e que podemos chamar de tecnologias de inovação de culto e liturgia.

É uma tecnologia de inovação, porque hoje, diante das ilusões que somos expostos diariamente, quando se fala em relacionamento com a Natureza nos permanecemos a um exercício milenarmente retrógrado, puramente mental, abstrato, como uma meditação, uma filosofia, reflexão, Yoga.

A assim, essa tecnologia diante da gravidade da situação, propõe uma mudança necessária para que a parte imaterial que compõe nossos atos, que poderíamos chamar de ética, também integre a parte material, cuja estrutura é chamada de de estética, pois a composição da Ética + Estética se forma a Arte.

Assim, nesse momento em que somos desafiados a presenciarmos um fenômeno aterrorizante, fora de nossas mãos, e também, quando nenhum homem parece disposto a fazer algo por nós, logo só nos resta lançamos mãos de um pedido a Deus, como por exemplo, os pais que oram pelo filho que sofreu um traumatismo craniano em acidente de carro, ou, o filho que ora pelo pai no leito de morte, na luta para sobreviver contra uma doença.

No entanto, esse modelo que estamos acostumado, e que se pratica milenarmente em qualquer credo ou igreja, por mais bem intencionado que seja, se mostra inoportuno, pois, muitas vezes, as orações parecem ter sido em vãos, o que nos faz lembrar aquele filme “Os imortais”, de 2011, quando o ladrão, ao lado de Teseu, responde à Oráculo, que se tornou ladrão porque teria pedido um cavalo para os deuses e nada recebeu, já que os deuses não lhe deram, ele decidiu roubá-lo.

Portanto, o momento não é o de elevar uma oração puramente mental, mas sim, a necessidade de inovar para uma nova tecnologia, para se colocar, antes de qualquer oração, a nossa obra de dignidade e de cidadania, que os cultos dignos costumam chamar de “oferta de Abel” ou, “a primícia”.

Para isso ser feito, é preciso que primeiro, acolhemos a verdade, aquela que não muda por conveniências, ou seja, aquela que era, é, e será, e, em nome dela pratiquemos todos os atos ao qual somos chamados a realizar no nosso dia a dia, em dignidade e cidadania, pois, somente a partir de nossas obras, podemos nos apresentar diante de Deus, com primícias, sem estar com as mãos vazias:

Que ninguém se apresente de mãos vazias diante do Senhor: cada um traga seu dom, conforme a bênção que o Senhor seu Deus lhe tiver proporcionado (Deuteronômio, Cap. 16, v. 16-17).

Para encher as mãos, é preciso portanto, praticar nosso ofício cotidiano dentro da dignidade, ou seja, o respeito, o carinho, o zelo, o sentimento verdadeiro de estima por quem nos relacionamos, seja ele humano, animal, vegetal ou mineral, e também dentro da cidadania, que é respeitar toda a dignidade do próximo, antes que esse próximo tenha de pedir, ou, ele antes dele ter de exigir do Estado nossa correção.

Com essa oferta em mãos, diante da verdade, só você e Deus saberá se a oferta é de Abel ou de Caim, e, sendo digna de primícias, antes de você se deparar com um ato aterrorizante, o Senhor mesmo já te livrou dele, mas se não, a exemplo da parábola das virgens imprudentes, você deixou para a última hora, não conseguirá reverter a situação só porque você quer daquela forma, ainda com longas dias de orações e lágrimas.

Para aperfeiçoar essa tecnologia, há mil anos, ocorreu um fenômeno sem intervenção humana, testemunhada por São Domingos de Gusmão, em que, a Mulher, a mesma em que o Senhor lhe a apresentou como Mãe da Humanidade quando disse ao discípulo amado “eis o teu filho” (João, cap. 19, v. 25-27), se apresentou como medianeira, a colher as obras produzidas materialmente pelos homens diariamente e serem apresentadas como incenso santo a Deus.

Para instrumento de coleta instituiu uma prática imaterial, a nossa ética, a tornar as obras materiais, a estética do trabalho de nossas mãos, como incenso, chamada de Rosário, para que o homem peça à Ela, por meio de contemplação (recluses) de três mistérios: gozosos, dolorosos e gloriosos, e, assim, Ela apresente a Deus a sua oferta do dia, mediante a seguinte promessa chegada a nós nestes dias por São Domingos, destinada àqueles que, como o discípulo que o Senhor amava, a receberam em sua casa:

Eu lhe asseguro que apesar das gravidades de seus pecados “alcançareis a incorruptível coroa da glória” (1Pd 5,4). Mesmo que você esteja à beira da condenação eterna, mesmo que você já tenha um pé no inferno, mesmo que você já tenha vendido sua alma ao diabo como os feiticeiros fazem ao praticar a magia negra, e mesmo que você seja um herege obstinado, como um diabo, inevitavelmente você se converterá, conservará sua vida e Jesus salvará sua alma (MONFORT, 1997, p. 6)2.

Assim, a tecnologia inovadora trazida para os dias de hoje é composta pela iniciativa de deixarmos de nos apresentar de mãos vazias olhando para o céu a pedir ajuda de Deus, para pormos mãos à obra, e pratiquemos em todas as ações a que Deus nos chama a praticá-la, desde a mais simples como varrer uma sala, como projeto dele de liturgia, revestidas de dignidade e cidadania, e diariamente colocada, como incenso pela Medianeira, a rogar por nós, agora e na hora de nossa morte, cujo resultado dessas obras, seja como projeto Dele de Culto de vanguarda tecnológica.

E para se dar o primeiro passo, a primeira delas a vencer essa pandemia: é a reclusão interna (recluses), voltar-se para a verdade, ver onde erramos ao ferir a dignidade e cidadania e imediatamente começar as reparações, apresentando nosso incenso diário nos recluses de três mistérios.

Conclusão

Se você diante de tanta aflição, acolher a promessa feita aos homens testemunhada por São Domingos, tem a promessa, não por demagogos humanos, a de vencer os desafios presentes. Se acolhê-la, no mínimo, ficaria como está, ao passo que sozinho, sem ninguém lutar por você, você certamente não terá nenhuma chance, e só lhe restará ser pisados pelos homens.

1TITÃS, Paulo, Sérgio, Branco, Charles, Nando. Pela Paz. In Album Domingo – Acústico MTV, 1997. Disponível em https://youtu.be/ymk7Qby8Tmg. Acesso em 16 mar. 2021.

2MONFORT, São Luís Mª Grignion de. O segredo do Rosário. Belo Horizonte-MG:Divina Misericórdia, 1997.

O Novo Mundo: a história interagindo com a humanidade

Se direcionarmos nosso olhar para as lojas físicas de locadoras de vídeos, já não existem mais, ou, para lojas de CDs e DVDs, outras no mesmo ramo tentam sobrevida, à custa de muita briga, como os taxistas x motoristas de aplicativos, a drástica redução do público de jornais impressos, TVs abertas e até TVs a cabo.

Agora imagine que esse mesmo processo está ocorrendo com o Sistema Econômico Global, ou seja, o modelo de “A Riqueza das Nações” entrou em colapso, e estamos no salve-se quem puder: salve tua empresa, ou salve teu emprego, ou, salve teu investimento.

The crash

Te convidamos a sair dessa muvuca, e fazer uma análise de conjuntura para a nova realidade que se iniciou, que não se chama novo reset, ou novo normal, mas sim, o Novo Mundo, num warm-up produzido no vídeo de 30 segundos abaixo.

Breve resumo da Obra:

Obra literária desenvolvida a partir de pesquisas para desenvolvimento de percepção didática valendo-se da Ciência das Linguagens, a Semiótica, na linha de Semiótica Cognitiva, que permitiu retratar panoramicamente, o momento presente capaz de oferecer habilidades para criação de estratégias para a ações no desenvolvimento empresarial, governamental, profissional e pessoal.

Começando um novo tempo

Iniciar uma nova caminhada não é fácil, é como iniciar um novo idioma, acostumados com o Português, tentar compreender e falar o Inglếs, ou Japonês, Alemão, Chinês.

Assim, eu um novo começo de tudo, e começamos a aprender uma nova Língua, cujo curso precisa produzir sentido e emoção, fizemos um resumo na composição abaixo, que te convidamos a ver, ativando as legendas para interagir com a letra.