No dia de consciência pelo valor da Mulher, somos convidados a compreender que o Mundo não deve acreditar que a Mulher deva ter direitos, porque ainda que ela tivesse todos os direitos, o que testemunhamos como nos já existentes, não são suficientes para a efetivação da Justiça.
Assim, neste dia, esperamos que o Mundo desperte para a grandeza, a honra, a beleza, a suavidade, a certeza, a força, a lealdade, o valor maior, embebendo-se em ternura, capaz de gerar no íntimo de um coração anestesiado por tantas indiferenças, a iniciativa real capaz de garantir a Dignidade do ser Mulher, como meio de se alcançar o seu reconhecimento em grau de Justiça.
Estamos vivendo um momento dramático de extrema gravidade, em que todos estão exposto ao risco de morte imediata, e, já não se sabe, se hoje, estaremos em casa, ou, morrendo asfixiado na fila de um leito de morte, pois, se nas ultimas décadas perdemos a dignidade de cidadão com as soluções de líderes inspiradas na conveniência de lucros, agora o que testemunhamos é que a indignidade está se tornando a cidadã das hipocrisias sociais, onde o grito de socorro daquele que agoniza, não se escuta, e, tornam as democracias mera utopia ou, mesmo, a exemplo do efeito Covid-19, “letra morta”.
Os erros que se testemunha no presente são perceptíveis ao observamos que os modelos da administração moderna têm como referência líderes que dão soluções, emoldurando ícones como por exemplo, Steve Jobs, Bill Gates, que, certamente na faculdade, não frequentaram aquele barzinho preferido da turma, e por isso não ouviram as lições de J. Quest quando cantava:
Viver é uma arte, é um ofício só que precisa cuidado. Prá perceber quer que olhar só pra dentro é o maior desperdício. O teu amor pode estar do seu lado (REIS e JOTA QUEST, 2004)1.
Assim, nos seus modelos de gestão, prometem, sob ilusões de engenhosidades, vender todos os tipos de soluções, no entanto, arquitetadas no desperdício de olhar só para dentro de si, por isso, acabam por escravizar as pessoas para sempre depender de soluções, ao passo que o cuidado no ofício da arte, não é para se dar soluções, mas para se criar saídas, pois, o amor que está ao nosso lado, sob o desperdício de não o vermos, é a nossa própria vida.
Portanto dar soluções, é o modelo aplicado pelos atuais líderes, que norteia a Humanidade como solução para a pandemia atual, o Covid-19, e, pela sua ineficiência, está levando, a saúde, os empresários e os colaboradores para a ausência de recursos de sobrevivência, ou seja, todos caminham para a asfixia, porque o momento não é para se dar soluções mirabolantes, mas sim, para se encontrar saídas.
Abrindo as fronteiras do olhar para fora de si mesmo
Ao conseguir abrir os olhos para fora de si mesmo, o primeiro norte a apontar saídas, vem da possibilidade de se perceber que o princípio aplicado na fabricação de vacinas de combate ao Covid-19, isto é, da indução do organismo para produção de anticorpos visando a estabilidade da saúde e cura pode ser uma saída.
Assim, se é saída, é porque esse princípio, deve ser aplicado não somente para a peste, pois, se abrirmos o olhar veremos que a realidade nos apresenta inúmeros sistemas que estão buscando anticorpos para a estabilidade do ambiente, ou seja se constata a instabilidade do Planeta, reflexo do comprometimento da saúde do Mundo, que está lutando, e, com violência, para curar as suas chagas, como nos ajuda a compreender isso, a Teoria de Gaia:
A teoria de Gaia é uma hipótese da Ecologia que estabelece que a Terra é um imenso organismo vivo. Elaborada pelo cientista inglês James Lovelock, em 1979, ensina-nos que nosso planeta é capaz de obter energia para seu funcionamento, enquanto regula seu clima e temperatura, elimina seus detritos e combate suas próprias doenças, ou seja, assim como os demais seres vivos, um organismo capaz de se autorregular (FIRMO e FINAMORE, 2020, p. 1)2.
Esse processo de autorregulação ou auto recomposição do organismo é chamado de autopoieses (MATURANA e VARELA, 2001)3, e nós, como que dentro do olho do furação, estamos sob forte violência, o que nos leva à primeira constatação da nossa condição real: não estamos no controle, portanto, não somos capazes de dar soluções para vencer algo maior do que o maior dos furacões, restando-nos como meio de cura somente encontrar saídas.
Se demos um primeiro passo para a saída, com o reconhecimento de não sermos capazes de dar soluções, ao tentar darmos o segundo passo para se encontrar saídas, ao lado do princípio da criação de vacinas, há o isolamento, mas que não deve ser visto como uma desgraça, e sim, como uma dieta médica, ou, jejum, isto é, o tempo de convalescência, ou, privações e remodelações de vida, que, também foi cantado no barzinho da faculdade dos tempos de Gates e Jobs em bad moon rising :
Não saia essa noite. Bem, ele é obrigado a tira a sua vida. Há uma lua ruim em ascensão. Eu ouço furacões soprando, eu sei que o fim está chegando em breve Eu temo que os rios fluam eu ouço a voz da raiva e da ruína (FOGERTY e CREEDENCE CLEARWATER REVIVAL, 1969)4[tradução nossa].
Para muitos acostumados a estarem sob o controle das suas coisas, a ideia do isolamento parece suicídio, pois, como se lucrar ao se deixar de vender ou comprar, aparentemente não se resistiria empregadores e empregados. A resposta para esse momento pode receber algumas luzes do texto produzido em 09/12/2016, isto é, há 3 anos, quando já se falou da experiência do homem abrir mão do controle, no enfrentamento da pandemia da asfixia:
Como no contágio por um vírus ou uma bactéria, a partir daí, adquirimos uma doença, cujo hospedeiro é a avidez, e o sintoma é a alucinação, pois ao amarmos o dinheiro, ele sempre nos parecerá insuficiente, e o queremos sempre mais (Cf. Ecl 5,9), cobiçando cada vez mais, sem o limite do que nos é necessário ou, do que nos pertence, sob o efeito alucinógeno de se ter o domínio com ele, ao passo que, a contrário sensu, a ele submetemos toda a nossa livre iniciativa, que passa a ser dominada por ele e, com isso, sujeitamos nossas vontades a ele, nos ajoelhamos, suplicamos, nos arrastamos, nos matamos, assassinamos, casamos, amigamos, traímos, amamos, adorando uma imagem ilusória da segurança, do poder do cara e coroa.
Essa doença tomou uma proporção global como uma pandemia, pois, pelo amor ao dinheiro, o mundo sofre alucinações gigantescas como o fim dos mercados comuns, fim do emprego no mundo, riscos de queda dos ricos e poderosos, que, beirando a uma convulsão, dentro de um escuro leito, atônito, moribundo, não se vê esperança, porque não se guarda mais a fé, agonizante sob o efeito da ilusão de uma pobreza extrema pela perda da energia da sua vida, o dinheiro, se aflige em múltiplos tormentos (Cf. 1Tm 6,10) (LUCIO FILHO, 2016)5
Essa experiência do nosso terror de sermos convidado a andar sob um abismo, sem segurar com nossas mãos, também foi cantada no barzinho da faculdade, na canção Só o fim:
Se o chão abriu sob os seus pés e a segurança, ela sumiu da faixa. Se as peças estão todas soltas, e nada mais encaixa. Oh, crianças isso é só o fim. Isso é só o fim, Isso é só o fim (HUMMEL, MULLEM, NOVA e CAMISA DE VÊNUS, 1986).6
Se conseguimos abrir: a) as portas do olhar para fora de nós mesmos e, b) se nos vemos sem os controle da situação; é como se tivéssemos adquiridos duas pernas, a nos tornar capazes de caminhar para a saída, ou seja, iniciando o ofício da Arte da Vida que canta o Jota Quest, para se perceber a fonte da segurança a nos amparar.
Para se perceber isso, é preciso nos voltarmos para o processo de autopoieses do sistema todo, isto é, o Planeta, que como se estivesse em uma convulsão, busca a cura através da autorecomposição, e nós estando dentro dele, precisaremos criar uma identidade capaz de revelar se ocupamos o perfil dos anticorpos, ou, dos invasores pois, neste segundo caso, seremos eliminados como algo inútil, maléfico, ou desprezível ao organismo, através de uma hemorragia, um vômito, ou, um conteúdo purulento.
E para criar essa identidade precisamos voltar ao nosso índice vital, os seja, nas informações que estão impressa no DNA do organismo, capazes de nos dar sinais perceptíveis de reação, como por exemplo na biologia, quando nos deparamos com o sintomas da febre alta, ou, nos princípios de uma acidente vascular cerebral (AVC) pela pressão alta.
No caso da humanidade que é constituída de consciência, os sinais se dão pela lições de seus ancestrais, como uma cultura, por isso, pedimos licença para chamar a reunião dessa cultura de Acervo Cultural da Humanidade, que, a exemplo do artigo “previna-se da pandemia da fome” (cit. nota 5), como um sinal para esse momento, também, há inúmeros outros como o mais recente, o fabuloso sinal do ParHelio da China apresentado sob o Cântico: da Luz do Mundo És Aurora” (LUCIO FILHO, 2020)7.
Se esses sinais se dão na forma de cultura dos ancestrais, já se é capaz, com o passo da primeira perna, de se olhar para fora de si, para assim, superar a incerteza desse momento, se ensaiando a segurança pelo passo da segunda perna, na renúncia da autossuficiência se reconhecendo impotente, fora do controle.
Esse processo vai criar uma incrível ferramenta da Arte de viver, através do ofício da prudência pois, para que se produza seus efeitos do Acervo Cultural da Humanidade essa mesma prudência se efetiva pelo ofício do respeito ao conselho, como um testamento deixado por nossos ancestrais, ou seja, como no Direito moderno na sucessão testamentária, o conselho é uma disposição de última vontade, por isso, não pode ser quebrada, assim, diante do conselho, pela ofício da prudência se acolhe suas orientações.
Conclusão
Há uma certeza, o Planeta entrou em processo de convalescência, para isso, conta com todas as proteínas, vitaminas, e organismos energéticos de onde ele vai tirar forças para se recuperar e eliminar os invasores, não é apenas no universo de humanidade, mas sim, de todas as criaturas, por isso, repetimos, isto não é uma hipótese, é uma certeza.
Diante disso, não há uma solução humana, para resolver um problema atrás do outro, está fora de suas mãos, assim, o que resta são as saídas para o equilíbrio do ambiente como solução global de tudo, efetivadas a partir do acolhimento dos sinais dado para a conscientização humana.
O primeiro sinal dado nesse processo para a humanidade é para a conscientização que ela está na rota da destruição, contudo, o Planeta, como um organismo em “dieta médica”, não rejeita um bom aliado, como que escolhendo adequadamente os alimentos para fortalecer sua imunidade, abre uma porta, a partir da sabedoria ancestral para que especificamente em uma parte do seu organismo, se opere a cura, chamada de Aliança (LUCIO FILHO, 2019)8.
Portanto, esperamos que o objeto desse artigo não seja entendido como algo da inteligência de uma homem querendo se autopromover, ou, convencer alguém de alguma ideia pessoal sua, mas sim, por ofício da arte, a transcrição de um aviso médico, como o termômetro para a febre, acompanhados de sinais verdadeiros que podem ser testemunhados por qualquer pessoa.
Assim, se isso parece assustador é porque, pela prudência, espera-se o despertar de uma consciência que está morta e insensível para os acontecimentos, para que as pessoas não se comportem como os líderes “donos de soluções convenientes”, dizendo ser tudo normal a massiva mortandade de pessoas, e que tudo vai ficar bem com o seu salvador chamado de mercado econômico, porque, na ilusão de que tudo é normal, acostumando-se com o mal, não suportarão o que terá pela frente, e com isso , serão eliminados como células mortas.
Se há medo, a segurança completa estará na prudência, prestando atenção aos sinais, que como conselhos testamentados, estão sendo apresentado a todos, para que se abra a visão, e, se reconheça a saída do problema, ao invés da ilusória solução de um problema como salvação, pois essa saída, já se cantou no clube da esquina Milton Nascimento:
Eu já estou com o pé nessa estrada, qualquer dia a gente se vê. Sei que nada será como antes, amanhã. que notícias me dão dos amigos? Que notícias me dão de você? Alvoroço em meu coração, amanhã ou depois de amanhã. Resistindo na boca da noite um gosto de sol. Num domingo qualquer, qualquer hora. Ventania em qualquer direção. Sei que nada será como antes amanhã. Que notícias me dão de você? Alvoroço em meu coração, amanhã ou depois de amanhã. Resistindo na boca da noite um gosto de sol (BASTOS e NASCIMENTO, 1972)9.
1REIS, Nando e JOTA QUEST. Do seu lado. Sony, 2004. Disponível em https://youtu.be/h8y-45T_Hak . Acesso em 06 mar. 2021.
6HUMMEL, Karl, MULLEM, Gustavo, NOVA, Marcelo e CAMISA DE VÊNUS. Só o fim. In Album Correndo o Risco, RGE, 1986. Disponível em https://youtu.be/Vd3AmJ4MMlw . Acesso em 06 mar. 2021.
9BASTOS, Reinaldo e NASCIMENTO, Milton. Nada será como antes. In Clube da Esquina, 1972, EMI. Disponível em https://youtu.be/v6ZUwtAty8k . Acesso em 06 mar. 2021.
Iniciando a primeira semana de março, seguindo a rota do Sol, somos chamados à uma parada para nos encontrarmos como um vilão de nossa vida, o complexo da perfeição. É vilão, pois muito já morreram por se verem incapazes de serem perfeitos, e com isso, totalmente desfacelados em si, acreditaram que não deveriam ter nascido, como fez Judas Iscariotes, que preso à perfeição farisaica pela lei, em seu complexo de perfeição, diante de seu erro de traição, se sentiu imperdoável ao pensar que nada mais poderia restaurar uma vida perfeita nele, ou seja, carregaria uma marcha eterna em seu currículo, não perdoando a si mesmo.
Portanto, o vilão do perfeccionismo é o agir tendo por meta a perfeição apenas pelo cumprimento perfeito da lei. É, vilão porque nos ilude e nos enche de força para lutar até o ponto que nos damos conta de que a lei realiza o direito, mas o direito nem sempre é justiça.
Vemos hoje algo semelhante nos programas de compliance aplicados nas grandes coorporações e no sistema financeiro, ao proporem para que aquelas instituições cumpram rigorosamente a lei, mas, a lei que eles cumprem produz um direito totalmente preocupado em atender investidores, isto é, os mais favorecidos, do que realizar justiça, isto é, atender a todos, incluindo também a dignidade dos simples mortais, portanto se faz direito sem se fazer justiça que é o bem comum de todos.
Assim, se temos o complexo de perfeccionismo, e nos vimos impotente para vencê-lo, muitas vezes nos enchemos da mesma dor que teve Judas Iscariotes, e muitos não a suportam, ao ponto de tirar a própria vida.
É uma dor terrível, pois, ao se voltarem para a lei humana vendo que não é possível alcançar justiça, a perfeição se revela para eles impossível, o que torna mais doloroso ainda, se voltar para as milhares de páginas da Bíblia, parecendo ser mais um estatuto rigoroso de direito e ética, a olhar para eles com um olhar mais severo ainda, nos fazendo perder todas as forças que existe em nós ao extrair da alma, toda a essência da dignidade de justiça que há em nós.
Podemos tirar como exemplo disso, a mensagem da 1ª Leitura do 2º Dom da Quaresma 28/02/2021, quando ouvimos sobre Abrahão sendo chamado para sacrificar o seu único filho, que aos olhos do perfeccionista parece que Deus quis apenas aplicar um vestibular para aprovar Abrahão com um diploma para o Céu.
Mas o que podemos compreender nesta ação de Deus, foi possibilitar a Abrahão remir-se da culpa que ele carregava em si, ao acreditar que Isaac fosse seu único filho, diante de seu ato perverso de entregar à morte o seu primogênito, Ismael, e também a mãe dele, Agar, que quer dizer escrava.
Naqueles dias, Deus pôs Abraão à prova. Chamando-o, disse: “Abraão!” E ele respondeu: “Aqui estou”.2E Deus disse: “Toma teu filho único, Isaac, a quem tanto amas, dirige-te à terra de Moriá e oferece-o aí em holocausto sobre um monte que eu te indicar”.
Abrahão não sabendo que Deus havia salvado Ismael, cheio da culpa de seu direito e sua ética não ter feito justiça com seu filho Ismael, não se rebelou contra Deus ao lhe pedir o sacrifício de Isaac, fato esse, que também se repetiu com Davi, que na sua dor de reparação, viu como justiça Deus ter tirado o filho que teve com a mulher de Urias.
O que há de comum entre esses dois fatos, é a plena consciência de que é impossível a perfeição, como justiça, pela lei, pela ética, ou pelo compliance, por isso, pelo exemplo de Abrahão e de Davi, é possível ver que o Senhor, limpa a sujeira que fazemos quando nos iludimos com a ideia de pela autossuficiência sermos perfeito, ou, ser “o cara” (the one), ou, “fazer a diferença”.
E, ao cairmos em si, diante da nossa dor ao reconhecermos dependentes de todos, nos fazendo iguais a Cristo, que sendo Deus, dependeu de José de Arimatéa para ser tirado da cruz, banhado, e o levar para a sepultura, Deus abre-se, para receber de nós a dor da reparação, também chamado, coração contrito, do pobre, mediante a fé que é chamada de justificação.
Por isso podemos dizer que Abrahão, Davi, não conseguindo ser perfeitos pela lei, foram justificado pela fé, e, agora, somos chamados à reparação como medida de justiça, a fim de que pela fé, possamos completar a justiça, que por nós mesmos é impossível de ser realizada, como se confirma nos ensinamentos de São Paulo:
Agora, porém, independentemente da Lei, manifestou-se a justiça de Deus, testemunhada pela Lei e pelos Profetas. É a justiça de Deus que se realiza através da fé em Jesus Cristo, para todos aqueles que acreditam. E não há distinção: todos pecaram e estão privados da glória de Deus, mas se tornam justos gratuitamente pela sua graça, mediante a libertação realizada por meio de Jesus Cristo. Deus o destinou a ser vítima que, mediante seu próprio sangue, nos consegue o perdão, contanto que nós acreditemos. Assim Deus manifestou sua justiça, pois antes deixava pecar sem intervir: eram os tempos da paciência de Deus. Mas, no tempo presente, ele manifesta a sua justiça para ser justo e para tornar justo quem tem fé em Jesus.
Só a fé nos torna justos — Então, onde está o motivo de se gloriar? Foi eliminado. Por qual lei? Pela lei das obras? Não, pela lei da fé. Pois, esta é a nossa tese: o homem se torna justo através da fé, independentemente da observância da Lei. Então, será que Deus é Deus somente dos judeus? Não será também Deus dos pagãos? Sim, ele é Deus também dos pagãos. De fato, há um só Deus que justifica, pela fé, tanto os circuncidados como os não circuncidados. Então, pela fé anulamos a Lei? De forma nenhuma! Pelo contrário, nós a confirmamos (Romanos cap, 3, v. 21-27).
Pela justificação de Abrahão, o mal de seu pecado Deus transformou em bem, gerando em Isaac; a herança da Lei, de Sião, de Aarão. E, de Ismael; a herança da Liturgia, de Jerusalém, de Moisés.
No retiro de hoje, pretendendo dar continuidade sobre os 40 dias da quaresma como fração de 40 anos de caminhada errante, iniciado em nosso vídeo, neste trabalho propõe oferecer algumas luzes sobre a caminhada errante dos 40 anos de Garabandal.
Os 40 anos de Garabandal, se equiparam volta orbital da história de 3000 anos, ao tempo de quarenta anos entre a fuga de Moisés do Egito e o seu retorno como instrumento de libertação dos hebreus, que iniciou com a recusa do escravos dizendo “E quem foi que nomeou você para ser chefe e juiz sobre nós?” (Ex 2,14). Para entendermos isso, precisamos criar estrutura de percepção, com uma comparação.
A Palavra de Deus é como o sangue que circula em nossas veias, ou seja, ele circula, não segue uma linha reta, assim, as caraterísticas dele como um alimento do sistema circulatório, não se mostram como um resto de comida, mas sempre como uma comida nova, porque houve uma transformação entre o espaço e tempo no ciclo circulatório, como uma renovação do sangue.
Esse processo que também pode ser comparado com o pensamento de Heráclito de quem ninguém pisa duas vezes no mesmo rio, é ilustrado pela geometria como espiral fractal, que aqui usamos para comparar dois fenômenos com espaço de 3000 anos, cuja a essência, o sangue, é o mesmo, mas não como um resto de comida, e sim, um alimento novo, renovando a Vida, ou seja, é por exemplo, diferente daquela fonte artificial de peças de decoração, cujo o movimento também é circulatório, mas só rotina, não contendo o “Sabor” de uma fonte natural.
Assim, aplicando essa comparação aos quarenta anos de Garabandal, é como se repetisse a mesma espiral fractal de quando Moisés foi rejeitado pelos hebreus no Egito, ao lhe repugnarem dizendo: “E quem foi que nomeou você para ser chefe e juiz sobre nós? Está querendo me matar como matou o egípcio ontem?” (Ex 2,14), uma vez que depois disso, ou seja, 40 anos, pela contagem do calendário de Joaquim de Fiore, que é por gerações, não coincide com o caledário comum que conhecemos, vemos o suplício:
“muito tempo depois, o rei do Egito morreu. Os filhos de Israel gemiam sob o peso da escravidão, e clamaram; e do fundo da escravidão, o seu clamor chegou até Deus. Deus ouviu as queixas deles e lembrou-se da aliança que fizera com Abraão, Isaac e Jacó. Deus viu a condição dos filhos de Israel e a levou em consideração” (Ex 2,16).
Da mesma forma, agora, pois, a aparição de Garabandal, que, na verdade, foi a 7ª aparição de Nossa Senhora de Fátima, pois, foi em San Sebastian de Garabandal, na Espanha, e, San Sebastian é uma reverência ao Rei ungido de Portugal Dom Sebastião, cumprindo a sua promessa de 1917 aos pastorinhos, de vir mais uma vez, mas, a exemplo dos hebreus, foi rejeitada pela Igreja entre os anos de 63 a 65, por isso, cantada no Salmo de Bob Dylan na música “Like a Rolling Stone”.
Chamamos de Salmo no sentido de cânticos ou realidade poética porque simultaneamente à aparição de Nossa Senhora, aconteceu outro fenômeno, não promovido por um homem, ou, por uma banda de rock, mas, como se o mundo estivesse numa grande festa, ouvindo o soar de uma trombeta dando o tom e compasso.
Nesse tom e compasso, houve um profunda transformação na música, pois os jovens ficaram embebidos da Arte, a música está no ar, basta pegar uma (Keith Richard), e, tiveram visões e compuseram canções incríveis que retratam a realidade humana com fidelidade, conforme disse o mesmo Profeta Joel que abriu nossa caminhada de cinzas:
Terra, não tema; alegre-se e faça festa, pois o Senhor fez coisas grandiosas. Não temam, feras, pois o verde voltou às pastagens dos campos. As árvores já estão carregadas de frutos, a figueira e a parreira já produzem sua riqueza.
Depois disso, derramarei o meu espírito sobre todos os viventes, e os filhos e filhas de vocês se tornarão profetas; entre vocês, os velhos terão sonhos e os jovens terão visões! Nesses dias, até sobre os escravos e escravas derramarei o meu espírito! (Joel 2, 21.3,2).
Isso nos leva a um paradoxo, pois, ouvimos falar de tantas aparições de Nossa Senhora depois disso, mas, não nos atrevemos a dizer que eram falsas aparições, mas sim, que eram as Ladys da Rainha, sob as mais diversas faces.
Dizemos com certeza que a aparição de Garabandal foi a 7ª aparição prometida em Fátima, por que ela é precedida para as criancinhas primeiro por um mensageiro, no encontro com o Anjo, como mensageiro da Boa Nova, lá, depois ela afirma para as criancinhas, que será a sua última aparição, e agora, aproximadamente de acordo com Joaquim de Fiore, 40 anos depois, ela nos permite calcular o número de homem, 666:
Numero de homem com o significado de “sem conter a Verdade que forma a Arte = Universo”, mas, o artificial = artefato que todo mundo confunde como tecnologia.
Primeiro 6 = Seis aparições no Santuário de nossa Senhora de Fátima, porque o sétimo foi na Espanha;
Segundo 6 = Um estouro como brilho de rojão, ou sinaleiro (brilho, ou relâmpago de 5 milhões de sóis) em 02/11/2012, dia de sufrágio pelos fiéis defuntos, denominado pela Astronomia de FRB121102, e depois, novamente, mais 5 pulsos em 2015, equivalente a 2,5 bilhões de sóis, ou, os simples 5 mistérios gozosos do terço(LUCIO FILHO, 2019)1.
Terceiro 6 = Capella de Auriga, 6ª estrela mais brilhante do universo, pois, Auriga é a fonte do FRB121102 (ibid.).
Assim, a espiral fractal agora nos traz uma dor no íntimo pela indigestão provocada pelo artificialismo do Pão de 40 anos atrás, nos fazendo diante de suplícios, suplicar por alívios, suscitando igualmente naquele tempo, um clamor ao Senhor, que, por sua vez, ouviu o clamor do seu povo e mandou um sinal da Aliança (ibid.), que foi profetizado por Bechior quando cantou o salmo Velha Roupa Colorida:
Na quarta-feira de cinzas, atravessando o portal, e dando início uma caminhada de reconciliação, como os peregrinos de Tiago de Compostela, ou como os romeiros de Aparecida, o Senhor falou pela boca de Joel “rasgai o coração, e não as vestes; e voltai para o Senhor, vosso Deus;” (Joel 2,13), porque a contrição do nosso coração, ao contrário de se apertar um botão para acender ma vela virtual nos santuários, é uma árdua caminhada, uma vez que todos nós, por natureza estamos destinados à ira” (Efésios 2,3), e já estamos sofrendo os efeitos dessa ira nos nossos dias (Apocalipse 16,1), ou fazemos parte do coro dos negacionistas da existência do aquecimento global (Apocalipse, 16,8)?
A ira de Deus não se contradiz quando Ele falou naquele dia para nós “ele é benigno e compassivo, paciente e cheio de misericórdia, inclinado a perdoar o castigo” (Joel 2,13), porque a contrição é um convite para o retorno de uma amizade, o que conhecemos como aliança, por isso exige de nós um compromisso, assim como o patrão pede empenho aos colaboradores, a contrição não acontece sem a nossa participação, e sem essa participação não somos capazes de nos tornarmos amigos de Deus, porque, também naturalmente, qualquer patrão ao perceber que o empregado é preguiçoso, não produz, ou rebelde, o demite.
Portanto a quaresma não é destinada para o católico esfolar os joelhos no genuflexório dos confessionários, mas para uma contrição dos amigos de Deus, pois não existe mais judeus ou gregos, escravos ou livres, homem ou mulher, pois todos nós somos um só em Cristo Jesus (Gálatas, 3,28).
E quando se fala para não se esfolar os joelhos no genuflexório dos confessionários, não se quer dizer que está se abolindo o Sacramento da Penitência, portanto, o que se quer dizer sim, é que a contrição não é apenas para o leigo que vai confessar, mas também para quem concede a absolvição, pois, a Justiça de Deus, ao ver as longas filas em confessionários, percebeu que elas acabam por sobrecarregá-los, e com isso, fazendo-os esquecer que também estão destinados a ira, por isso, há para eles o convite de Joel nas cinzas; “chorem, postos entre o vestíbulo e o altar, os ministros sagrados do Senhor (Joel 2,17).
Eles são representantes do Senhor, por isso, devem imitar o Senhor como Ele fez no chamado de João Batista para a reconciliação, se apresentando e, ao mesmo tempo, deixando constrangido João Batista, que foi consolado pela Palavra do Senhor, “para que se cumpra toda a justiça” (Mt 3,18), porque todo aquele que se humilha será exaltado.
Ao passo que, ao contrário, se ele não se faz modelo, não se humilha igual à ovelha, mas ao invés disso, se eleva como o patrão, contrariando a advertência do próprio Pedro na liturgia missal de hoje, 22/02/2021, “caríssimo, exorto aos presbíteros que estão entre vós, eu, presbítero como eles – sede pastores do rebanho de Deus, confiado a vós, – não como dominadores daqueles que vos foram confiantes, antes, como modelos do rebanho” (1 Carta de Pedro, 5, 1-3), ou seja, se eles na reconciliação, agem diferente de João Batista quando disse “eu não sou digno”, e elevam a voz para pregar às ovelhas, dizendo-lhes que estão promovendo o diálogo, mas cuspindo o autoritarismo da intolerância na voz de desprezo contra aqueles imitando o exemplo de Paulo a Pedro, lhe repreendem.
Dizem-lhes “não é bem isto que Deus está dizendo….eles nos fazem bem em agir contra nós”, ou ainda, ao invés de se acolher a unidade, instigam a divisão nas homilias, dizendo, a Igreja é mãe de todos, são mentirosos os que dizem que Deus está irado, por isso, não nos fará mal”, ou ainda, que estão do lado do demônio por ecoar a voz de Paulo, transformando a contrição no banal apertar do botão de uma vela virtual, por isso, o Senhor adverte a nós hoje sobre para queles que estão protegidos sob o telhado da Igreja mãe:
Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim. Quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim não é digno de mim. Quem não toma a sua cruz e não me segue não é digno de mim. Quem procura conservar a sua vida vai perdê-la. E quem perde a sua vida por causa de mim vai encontrá-la (Mateus, 10,37-40).
Pois, Deus não está pedindo jejum hipócrita, com flagelos inúteis, está querendo saber na proposta de reconciliação da aliança de cada um de nós, ao manifestarmos nossa vontade de sermos seus amigos, se vem como contrição para uma amizade fiel, pois Ele é fiel conosco, por isso, para essa hora, a reconciliação de cada um, deve revelar o caráter de cada um, como exorta-nos, no momento de seu martírio pelos transloucados, o Papa Sisto II:
Entregando tudo ao Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, imitando o Cristo, que, horas antes de morrer, celebrou a Eucaristia, o Sumo Pontífice iniciou a Missa, admoestando a todas a se entregarem confiantes como Hóstias Vivas por Cristo e sua Igreja” (SURIAN, 2014, p. 67)1.
Por isso, a nosso compromisso é por mãos à obra para serem calejadas, não esperando a facilidade de um botão, que automaticamente perdoa todos os nossos pecados, ou, depositando uma moeda para acender uma vela virtual, como simbolismo contricional de restabelecimento da nossa amizade com o Senhor, sob o descaso da falta do Temor Santo, ao dizerem nos seus atos, Deus sabe o que preciso, então não preciso fazer nada.
Portanto, o Espírito da Missão está em você despir-se diante de Deus, e mostrar a todos quem você é, como adverte a Palavra, na Bíblia, Edição CNBB:
Os cristãos devem estar atentos
9Se alguém tem ouvidos, ouça:
10Se alguém está destinado à prisão, irá para a prisão. Se alguém deve morrer pela espada, é pela espada que deve morrer. Aqui se fundamenta a perseverança e a fé dos santos (Apocalipse, 13,9-10).
1SURIAN, O.F.M, Frei Carmelo. Vida de São Lourenço. Aparecida – SP:Santuário, 2014)
Em dezembro de 2020, os jornais do mundo inteiro noticiaram o acontecimento de um fenômeno meteorológico na China, chamado de parhelio, registrando a incrível imagem de 3 Sóis.
Mas ao mergulhar na grandeza desse fenômeno fomos inspirados a compor um cântico novo, ou salmo, que chamamos Do Mundo és Aurora, cuja letra vem pela mensagem da própria impressão do que nos surpreendeu ao nos depararmos com aquela doce imagem de saudação de Paz, por uma Rainha, acompanhada por duas Ladys atrás.
Libertando-se das fronteiras de credos particulares, contemple-a por 30 segundos para receber a Saudação da Paz.
O protagonismo das Ladys
O protagonismo da Lady Santa Clara, se deu pela sua ligação ao Irmão Sol, como cantou Jorge Benjor, Santa Clara clareou, que por isso se ligou a consumação de um tempo de mil anos pelo calendário de Franscico, seu irmão, Frei Gerardo de Borgo e Joaquim de Fiore.
O segundo protagonismo, o de Santa Bárbara, mostrando o amor do Senhor por seus inimigos, pois, se faz por ter sido rejeitada pela própria Igreja, razão do seu martírio e também nos quarenta anos da mensagem de Garabandal, pelo preconceito, ou intolerância religiosa da atual Igreja, como também aconteceu com São Jorge e Santa Margarida de Antioquia que foi desonrada ao deixar de ser chamada de santa por rejeição à sua memória, e peço licença para incluir também, a inocência em Cristo do irmão de Francisco, Frei Gerardo de Borgo, intolerado pela Igreja diante de seus honrrados e honestos trabalhos.
Assim, Deus a tornou Lady, Embaixatriz dos descendentes de Salomão e da Rainha de Sabah, para falar na língua deles, confirmando o que disse Paulo quando falou que o Deus de Abrahão, Isaac e Jacó, não é só Deus de Israel, pois, já não existe mais judeus, gregos, americanos, africanos, europeus, asiáticos, mas, “com efeito, vós todos sois filho de Deus pela fé em Cristo Jesus” e se acolhem o Cristo como seu Senhor, “Não há mais judeus ou grego, escravo ou livre, homem ou mulher: pois todos vós sois um só em Cristo Jesus” (Gálatas, 3-26-28).
Assim, diante da escravidão daqueles que trabalharam sob perverso tratamento desumano, pior do que dado a outros animais, e hoje continuam a trabaralhar a vida inteira, na terra da Rainha de Sabah, que é a Rainha do Sul, sem conseguir formar patrimônios, mas só, pagando juros e prestações e pedidos de favores, vivendo sempre como sobreviventes dentro do suplício da falta de dignidade, sem poder ser tratados como cidadãos das democracias, Santa Bárbara levou a Deus as lágrimas dos olhos morenos, cantada no salmo Conto de Areia, por Clara Nunes.
E, como uma mãe que amamenta nos peitos seus filhinhos, cuidou da dignidade deles lhes falando da promessa que se realizaria em nossos dias, e, na alegria do Senhor que é a nossa força, abriu um sorriso de moça, pedindo para dançar: “era um peito só (porque ela teve um seio estirpado no seu martírio diante da Igreja), cheio de promessa era só, era um peito só, cheio de promessa era só”, mas agora garantido para a descendência de Davi, um peito cheio de orgulho pela certeza do restabelecimento da dignidade da libertação dos cativos) “.
E a ligação de Santa Bárbara com a Rainha, a partir do Brasil, é porque situando-se no Polo Sul, o seu povo, com o sangue dos africanos, aclamou como Rainha do Brasil, aquela que o Senhor chama de Mulher, quando lhe diz “eis o teu filho” (Jo 19,26), negra, Aparecida, parecendo brincar com o nome Cabrita, ou Capela de Auriga, 6º estrela mais brilhante do Universo, e que na Cruz do Céu do Brasil, novamente ela parece querer nos fazer sorrir, pois, aparece como a estrela intrometida da constelação de Cruz, ao compor a silhueta do buraco feito pela lança dos insensatos, no peito de Jesus, que nesta perspectiva, está de costas para a Terra, e do céu, olha para Deus nos Céus, ou como o Sacerdote Eterno intercede a Deus, com a Aparecida do seu lado direito, porque à direita Dele está a Rainha (Salmo 45).
Tentando sintetizar isso, compomos um salmo que se chama Rainha do Sul que você pode ouvir aqui, mas sem esquecer de contemplar acima “do Mundo és Aurora”:
Pedimos desculpas mas este artigo agora foi submetido para avaliação de publicação em obra literária, por isso, por enquanto, permanecerá indisponível até o resultado final, quando indicaremos a nova fonte de acesso.
Estamos entrando em um portal, e, esse portal se chama caminhada quaresmal, ou, aproveitando a moda, quarentena quaresmal, pois é uma romaria que dura 40 dias.
Mas qual é o sentido real da quaresma, de se receber cinzas? Se você pensa que é apenas um ritual de purificação, está muito enganado, por isso, te convidamos a assistir este vídeo tendo por objetivo criar sentido no que você está acostumado a fazer no seu dia a dia e nem prestar atenção.
Seja bem vindo.
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Na Igreja Católica do Brasil havia uma tradição que se tornou parte da liturgia da quaresma, que recebeu o nome de Campanha da Fraternidade para um referencial litúrgico, em que servia como convite quaresmal ao retiro de conversão de nossos pecados, que podemos chamar de eucaristia viva, que foi vivenciada na liturgia missal da primeira semana do Tempo Comum de 17 de janeiro de 2021, primeira leitura, preparando-se para o tempo quaresmal deste ano como advertência para prevalência da Palavra de Deus sobre a palavra do homem quando disse:
Irmãos: 12A Palavra de Deus é viva, eficaz e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes. Penetra até dividir alma e espírito, articulações e medulas. Ela julga os pensamentos e as intenções do coração. 13E não há criatura que possa ocultar-se diante dela.
Tudo está nu e descoberto a seus olhos, e é a ela que devemos prestar contas. 14Temos um sumo sacerdote eminente, que entrou no céu, Jesus, o Filho de Deus. Por isso, permaneçamos firmes na fé que professamos (Carta aos Hebreus, Cap. 4, v. 12-14).
Mas, não fazendo qualquer caso da Palavra viva celebrada por ela mesma nas missas de 17 de janeiro de 2021, afastando-se da firmeza da fé, a Igreja de Roma, neste ano de 2021, surpreendentemente está convidando a todos a acolher como sacramento, o pecado contra a castidade, ao propor aos fiéis, a instituição do sacramento do matrimonio entre pessoas do mesmo sexo, sob o fundamento de descompromisso da castidade, em nome do culto ao prazer do corpo, em que na relação sexual não há uma definição de conjugalidade, mas a diversidade, sob o tema LGBT.
O presente trabalho não visa difamar a Igreja Católica, ao qual nele mesmo, meu coração é julgado pela Palavra (Hb 4,12) quando digo, sob a Verdade em Cristo, eu a amo com toda a minha alma, mas sim, apresentar aos católicos, as incoerências de uma Igreja que serve aos homens e trai o seu Senhor, pois, cheia de orgulho e cobiça, não faz reverência à Verdade que é Cristo, seu Senhor, mas, imita a mulher de Oséas, para se entregar aos homens, e, fazer o gosto do freguês, para vender o seu corpo, ao exaltar nestes tempos, o gozo dos prazeres do corpo neste mundo passageiro, com isso, substituir a autoridade da Verdade de Cristo da grandeza da eternidade da alma, pelo selo de autoridade papal da conveniência humana “de se acolher os excluídos”.
Por isso Deus mesmo, há um ano atrás, na liturgia quaresmal de 10 de março de 2020, já advertiu seus amigos que reconhecem a voz do Pastor, para que, permanecessem firmes na Verdade das Escrituras, conforme nas missas celebradas por ela naquele dia:
6Gostam dos primeiros lugares nos banquetes e das primeiras cadeiras nas sinagogas. 7Gostam de ser saudados nas praças públicas e de ser chamados rabi pelos homens. 8Mas vós não vos façais chamar rabi, porque um só é o vosso preceptor, e vós sois todos irmãos. 9E a ninguém chameis de pai sobre a terra, porque um só é vosso Pai, aquele que está nos céus. 10Nem vos façais chamar de mestres, porque só tendes um Mestre, o Cristo. 11O maior dentre vós será vosso servo. 12Aquele que se exaltar será humilhado, e aquele que se humilhar será exaltado” (Mateus, Cap. 23, v. 1-12).
A advertência de Deus é para que as ovelhas não imitassem a conveniência humana daqueles que dizem ser sacerdotes e não o são, ainda que sob o selo de autoridade de pai, que parecendo ter perdido seu juízo, não sabem mais a diferença entre o Sacramento do Matrimônio e o pecado contra a castidade ao propor aos fiéis da Palavra viva, a equiparação do pecado da castidade com o Sacramento de Matrimônio, e com isso, acolher uniões do mesmo sexo.
A mudança da Verdade em Cristo para as conveniências humanas sob a autoridade de pai, como a feita agora na Campanha da Fraternidade pela proposta de união conjugal artificial entre um homem e outro homem ou diversidade de sexo, isto é, qualquer união sexual que não pertence à natural entre um homem e uma mulher, estendendo o mesmo artificialismo na relação comum e na geração de filhos, seja por produção independente ou meios que não a tornam natural, é chamada de aberração pela própria Igreja Católica quando disse:
Fomos criados à imagem do Santo, isto é, de Deus. Sendo assim nosso modo de ser e de pensar é afinado com o modo de pensar e de agir de Deus. O contrário é aberração, é antinatural. A natureza humana foi feita para receber a divina. Quando falamos de santos, estamos tendo como referencial o Santo, Deus. É santa aquela pessoa que amou, que fez o bem, que foi feliz. Exatamente por isso soube perdoar, interessou-se pelos demais. Podemos ter como ideário dos santos as Bem-Aventuranças. Viveram seu agir especialmente a partir dos valores apontados nesse discurso de Jesus (RÁDIO VATICANO apud DIOCESE DE PESQUEIRA, 2014)1 .
E a afinação aqui do modo de agir e pensar vem pela palavra de Paulo, canonizada como Escritura Sagrada, portanto na Verdade em Cristo ao qual nenhum homem está autorizado a modificá-la, sob pena de tornar-se maldito, como na eficácia da Palavra viva da liturgia da 27ª Semana do Tempo Comum de 05 de outubro de 2020, que diz:
Irmãos, 6estou admirado de que tão depressa passeis daquele que vos chamou à graça de Cristo para um evangelho diferente. 7 De fato, não há dois (evangelhos): há apenas pessoas que semeiam a confusão entre vós e querem perturbar o Evangelho de Cristo. 8 Mas, ainda que alguém – nós ou um anjo baixado do céu – vos anunciasse um evangelho diferente do que vos temos anunciado, que ele seja anátema. 9 Repito aqui o que acabamos de dizer: se alguém pregar doutrina diferente da que recebestes, seja ele excomungado! 10 É, porventura, o favor dos homens que eu procuro, ou o de Deus? Por acaso tenho interesse em agradar aos homens? Se quisesse ainda agradar aos homens, não seria servo de Cristo. 11 Asseguro-vos, irmãos, que o Evangelho pregado por mim não tem nada de humano. 12 Não o recebi nem o aprendi de homem algum, mas mediante uma revelação de Jesus Cristo (Carta aos Gálatas, 1,6-12).
Mas aqueles que dizem representar a Deus, mas só dizem, e não praticam e nem imitam o servidão do Senhor (Mateus, Cap. 23, v. 3-4), pregam, a verdade humana como Verdade de Deus, pois, já morreram em si, e por isso não são capazes mais de sentirem a Verdade como Palavra Viva, com isso acreditam que não estão mais sob a autoridade de Deus, e pregam evangelho diferente, como já reconhecido por Paulo ao falar para os fiéis:
2 Ora, sabemos que o julgamento de Deus se exerce segundo a verdade, contra os que praticam tais coisas. 3 Ó homem, tu que julgas os que praticam tais coisas e, no entanto, as fazes também tu, pensas que escaparás ao julgamento de Deus? 4 Ou será que desprezas as riquezas de sua bondade, de sua tolerância, de sua paciência, não entendendo que a bondade de Deus te convida à conversão (Romanos, Capítulo 2, v. 2-4)?
Assim, são semeadores de cizânias, se exaltam pela prevalência da suas “verdades” do Mundo sobre a Verdade em Cristo, desonrando a dignidade da mulher e de pai e mãe, e, com isso, gerou divisão e confusão nas ovelhinhas do Pastor, o seu Senhor, deixando-as como ovelhas sem pastor, como a eficácia da Palavra viva, celebrada na Liturgia da 4ª Semana do Tempo Comum de 06/02/2021: 34Ao desembarcar, Jesus viu uma numerosa multidão e teve compaixão, porque eram como ovelhas sem pastor (Marcos, Cap. 6, v. 34).
No entanto, para suas ovelhas, a voz do Pastor já havia sido proferida antes, pois o Senhor diz antes, para quando acontecer, o amigo dele acredite, confirmando às ovelhas que a Verdade do Senhor está acima da verdade dos homens, como o testemunho da Palavra Viva da liturgia pascal celebrada na 4ª Semana da Páscoa, de 07 de maio de 2020 quando disse:
16Em verdade, em verdade vos digo: o servo não está acima do seu senhor e o mensageiro não é maior que aquele que o enviou. 17Se sabeis isto, e o puserdes em prática, sereis felizes. 18Eu não falo de vós todos. Eu conheço aqueles que escolhi, mas é preciso que se realize o que está na Escritura: ‘Aquele que come o meu pão levantou contra mim o calcanhar.’ 19Desde agora vos digo isto, antes de acontecer, a fim de que, quando acontecer, creais que eu sou. 20Em verdade, em verdade vos digo, quem recebe aquele que eu enviar, me recebe a mim; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou.‘ (João, Cap. 13, v. 16-20).
Assim, cheio de compaixão por suas ovelhas, o Senhor disse antes, na liturgia quaresmal de 10 de março de 2020, para que, quando entrassem na liturgia quaresmal de 2021, sob uma Campanha de Fraternidade pregando-se a conveniência humana, permanecessem firmes na Verdade do Senhor, que é maior do que o seu servo:
3Observai e fazei tudo o que eles dizem, mas não façais como eles, pois dizem e não fazem. 4Atam fardos pesados e esmagadores e com eles sobrecarregam os ombros dos homens, mas não querem movê-los sequer com o dedo (Mateus, Cap. 23, v. 3-4).
E, agora, nas vésperas do retiro quaresmal o próprio Deus, mostrou o desprezo a esses falsos profetas, na liturgia missal de 15 de fevereiro de 2021, cuja a eficácia da Palavra Viva lhes diz:
Falou o Senhor Deus, chamou a terra, * do sol nascente ao sol poente a convocou. 8Eu não venho censurar teus sacrifícios, * pois sempre estão perante mim teus holocaustos;
16b. ‘Como ousas repetir os meus preceitos * 16c. e trazer minha Aliança em tua boca? 17Tu que odiaste minhas leis e meus conselhos * e deste as costas às palavras dos meus lábios!
20Assentado, difamavas teu irmão, * e ao filho de tua mãe injuriavas. 21Diante disso que fizeste, eu calarei? * Acaso pensas que eu sou igual a ti? É disso que te acuso e repreendo * e manifesto essas coisas aos teus olhos (Salmo 49).
Portanto, neste momento, acolhendo o Deus vivo, não é devemos mais prestar atenção à pregação de pastores com evangelhos próprios, que agem para se atender a conveniência humana, confortavelmente em seus gabinetes, se fazendo maiores do que o seu Senhor, por isso, receberão a sua paga sob o Juízo de Deus, que muito em breve vós mesmos testemunharão conforme já foi manifestado em 25/10/2020 quando se disse:
Quando vocês virem a abominação da desolação, da qual falou o profeta Daniel, estabelecida no lugar onde não deveria estar, – que o leitor entenda! (Mt 24,15), prepara-te, pois, para à prostituta foi proferida a Palavra de Oséas:
Embelezava seus ídolos. Com o coração dividido, deve agora receber castigo; o Senhor mesmo derrubará seus altares e destruirá os seus simulacros: Decerto, dirão agora: “não temos rei; não temos medo do Senhor. Que poderia o rei fazer por nós?” (Os 10, 2-6, 1ª Leitura – Liturgia de 08/07/2020 – Quarta-Feira da 14ª Sem. do Tempo Comum).
E o Senhor nesta quaresma de 2021, convida aqueles que são amigos da Verdade a reconhecerem a voz do seu Pastor, isto é, a Verdade, ao olharem a glorificação do Senhor, pelo testemunho verdadeiro daqueles que longe de gabinetes confortáveis, de gordas doações, das altas patentes, mas no martírio, na hora da morte, mantiveram a certeza da Verdade, e ao invés de se venderem para a conveniência, professaram a Palavra do seu Senhor que por Ele foram escolhidos, e se tornaram seus amigos, portanto, não fale, mas, pratique, dê o teu testemunho, como na eficácia da Palavra Viva da Liturgia da 4ª Semana do Tempo Comum de 1º de Fevereiro de 2021, na 1ª Leitura quando disse:
Irmãos: 32Que mais devo dizer? Não teria tempo de falar mais sobre Gedeão, Barac, Sansão, Jefté, Davi, Samuel e os profetas. 33Estes, pela fé, conquistaram reinos, praticaram a justiça, foram contemplados com promessas, amordaçaram a boca dos leões, 34extinguiram o poder do fogo, escaparam do fio da espada, recobraram saúde na doença, mostraram-se valentes na guerra, repeliram os exércitos estrangeiros. 35Mulheres reencontraram os seus mortos pela ressurreição. Outros foram esquartejados, ou recusaram o resgate, para chegar a uma ressurreição melhor. 36Outros ainda sofreram a provação dos escárnios, experimentaram o açoite, as correntes, as prisões. 37Foram apedrejados, foram serrados, ou morreram a golpes de espada. Levaram vida errante, vestidos com pele de carneiro ou pêlos de cabra; oprimidos e atribulados, sofreram privações. 38Eles, de quem o mundo não era digno, erravam pelos desertos e pelas montanhas, pelas grutas e cavernas da terra. 39E, no entanto, todos eles, se bem que pela fé tenham recebido um bom testemunho, apesar disso não obtiveram a realização da promessa. 40Pois Deus estava prevendo, para nós, algo melhor. Por isso não convinha que eles chegassem à plena realização sem nós (Carta aos Hebreus, Capítulo 11, v 32-40).
Brasil
juntando os cacos: A reconstrução de uma nação fragmentada
politicamente
O Brasil de hoje, é um povo que carrega em si, o colorido da esperança para o desenvolvimento de um mundo melhor, trabalhando em seu cotidiano, para juntar os cacos de seu tesouro político poupado ao longo de pouco mais de 100 anos, e, fragmentado a partir do novo milênio, por 12 anos de fisiologismo através de práticas de sucessivos governos populistas, cujo anseio do povo era encoberto pela ânsia de eternização do auto poder.
A partir de 2018, o povo foi chamado a eleger um novo governante, mas, a ideia da manutenção do governo populista causava náuseas à maioria dos eleitores, contudo, o Povo não percebia ainda naquele momento, que também estava sendo vítima da liberdade de consciência do voto, através de práticas de guerra, com o fim de desacreditar as instituições, encobrindo todo o acervo político de sua história anterior, massacrando, calcando, humilhando, e, com isso, provocando um descrédito absoluto nas instituições e partidos políticos, esperando dessa forma manter-se em vantagem, pois, destruindo as tradições, diante de uma política fragmentada o numero de massacradores se mostrava mais forte sozinhos dos que os partidos políticos estraçalhados que se agonizavam em despojos.
Mas as náuseas do Povo ao populismo foi maior, no entanto, e na absoluta escuridão, restou como única alternativa a ele, votar no atual Presidente da República, cuja promessa de campanha trazia em si, o restabelecimento do respeito às instituições e aos costumes, especialmente às tradições familiares.
Contudo, a exemplo dos governos populistas, o atual Presidente se mostra altamente dependente de assessores, não possuindo uma personalidade com autoafirmação política. Diante disso, elegeu dois gurus a desenhar os percursos de seu governo, o primeiro, para a economia, que mergulhou de cabeça, em uma prática ortodoxa do modelo econômico americano neoliberal, que de tanto afinco, o guru econômico parece não ter percebido que tal modelo entrou em colapso, com isso, o efeito sobre o resultado dos projetos econômicos tem sido muito a quem da promessa, como se estívessemos chegados em um final de festa, que o que tem a se consumir são restos que já não produzem prazer na degustação.
O
esforço do ministro é louvável, no entanto a direção de tanta
força não se mostra muito coerente com a realidade presente.
O segundo guru é um eco, pois, residente nos Estados Unidos, parece ser o influenciador remoto de filho presidencial para pai, cuja filosofia calcada no complexo do vira lata, baba o modelo político americano atual, gerando uma caricatura parecida como a de um cover de Donald Trump, da pior classe, principalmente quando se refere a política do meio ambiente, vomitando arrogância e a prepotência, talvez isso seja, o que o Presidente Francês quis dizer com “o Brasil precisa de um governo a altura”, e não parece estar errado.
O Presidente precisa parar de querer bancar o Bad Boy, e começar a honrar o seu mandato, passando a criar o seu governo estruturado na esperança do Povo, reestruturando o modelo econômico atual diretamente ligado à sustentabilidade ambiental, ao invés de voltar-se para um orgulho regado a vaidade pessoal, egoísta e altamente prejudicial à Nação.
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